Neoplasias malignas de glândulas salivares entre casos de câncer de cabeça e pescoço em serviço de referência em Governador Valadares - MG
Palavras-chave:
Glândula salivar, Neoplasia maligna, TumorResumo
Os tumores de glândulas salivares perfazem cerca de 3-5% de todas as neoplasias de cabeça e pescoço. A prevalência pode variar de acordo com localização geográfica e raça da população e atribuição do serviço de saúde no sistema local. Este estudo teve como objetivo geral descrever o perfil epidemiológico dos casos de neoplasias malignas de glândulas salivares entre casos de câncer de cabeça e pescoço de um centro de referência em oncologia no interior de Minas Gerais, no período de 2009 a 2015. Verificou-se que dos 405 prontuários avaliados, 23 casos foram diagnosticados como neoplasias malignas em glândula salivar (5,67%). A idade mínima observada foi de 32 anos e a máxima de 85 anos, com idade média de 52 anos e predomínio de pacientes entre 50 a 70 anos. Quanto ao gênero, 13 foram do masculino (56,5%) e 10 do feminino (43,5%). 19 pacientes eram provenientes da zona urbana (82,6%) e 4 da zona rural (14,4%). 6 pacientes eram analfabetos, 6 possuíam ensino fundamental, 2 possuíam ensino médio, 7 com ensino superior e um não possuía informação. Dentre os 23 pacientes, 8 eram assintomáticos e os demais sintomáticos (dor, trismo ou alteração de fala). 4 pacientes tiveram procedência de serviço privado, os demais de serviços vincula-dos ao SUS (82,6%) e apenas 3 foram encaminhados por cirurgião-dentista, os demais por médico (87%). Quanto ao método de diagnóstico, 16 pacientes foram diagnosticados a partir de biópsia (69,7%). 7 (30,4%) casos foram diagnosticados como adenocarcinoma sem outra especificação, 6 como carcinoma adenoide cístico (26%), 3 como carcinoma de células acinares e 2 como carcinoma mucoepidermóide. 6 casos ocorreram em glândula parótida (26%), 5 em língua (21,7%). 3 pacientes apresentaram estadiamento 1, 3 pacientes estadiamento 2, 6 pacientes estadiamento 3 e 11 pacientes estadiamento 4 (48%). 6 pacientes apresentaram comprometimento linfonodal e 2 metástase (fígado e cérebro). Quanto a evolução, 4 apresentaram doença em progressão e 11 pacientes evoluíram para óbito ao longo do seguimento (48%). Esse estudo demonstrou que esse tipo de neoplasia teve baixa frequência mas apresentou-se em mais da metade dos casos como doença em progressão ou com evolução a óbito.
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