TY - JOUR AU - Andrade, Elisabeth AU - Valvassori, Pedro Miguel Diniz AU - Mingote, André Coutinho Alves AU - Guedes, Ana Lúcia de Lima AU - Nogueira, Mário Círio PY - 2021/02/10 Y2 - 2024/03/29 TI - Epidemiologia da sífilis congênita no Brasil: Uma revisão sistemática JF - Principia: Caminhos da Iniciação Científica JA - Principia VL - 20 IS - SE - Artigos originais - Ciências da Saúde DO - 10.34019/2179-3700.2020.v20.31004 UR - https://periodicos.ufjf.br/index.php/principia/article/view/31004 SP - 23 AB - <p>Introdução: A sífilis congênita (SC) ocorre através da disseminação hematogênica, do <em>Treponema pallidum</em>, da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto via transplacentária. Houve um progressivo aumento na sua taxa de incidência no Brasil nos últimos 10 anos, relacionado a diversos fatores.</p><p>Objetivo: Investigar a distribuição espacial e temporal da incidência e da mortalidade por SC no Brasil e seus fatores associados.</p><p>Material e métodos: Foi feita uma revisão sistemática da literatura,cujo protocolo está registrado na base PROSPERO (International Prospective Register of Systematic Reviews) com o número CRD42018083448. Foram pesquisadas as bases MEDLINE, LILACS, WEB OF SCIENCE e SCOPUS, com estratégias de busca que incluíram os termos sífilis congênita, epidemiologia, Brasil, alguns sinônimos e termos correlatos, em</p><p>português e em inglês, no período de 2007 a 2017. O processo de seleção dos artigos e extração de seus dados foi feito por dois pesquisadores independentes.</p><p>Resultados: De um total de 58 referências finais analisadas, observou-se em estudos realizados em todas as regiões demográficas do país que a incidência de SC tem crescido. Trinta e seis destes analisaram fatores de risco para a patologia destacando-se assistência pré natal inadequada, baixa escolaridade materna, raça negra, baixo nível socioeconômico, parceiro não tratado e idade materna. Os dados sobre as taxas de incidência e mortalidade de SC no Brasil foram heterogêneos em função da seleção dos trabalhos. Observamos taxas de incidência mais elevadas nos trabalhos entre 2006 a 2015 e nas regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul. A menor taxa de incidência foi observada em estados do Nordeste, porém, nessa região foi relatada a maior taxa de mortalidade.</p><p>Conclusão:Através deste estudo foi possível mapear, na literatura brasileira, alguns dos principais fatores de risco do processo saúde doença da SC nos últimos anos. Ao desdobrarmos essas variáveis, demonstramos direta correlação com condições sociais, econômicas e educacionais das gestantes e ainda, na qualidade do atendimento pré-natal. Há relatos na literatura sobre aumento da incidência de SC no Brasil, porém há poucos dados sobre a mortalidade da SC no país.</p> ER -