DA CELEBRAÇÃO AO ESQUECIMENTO: GÊNEROS E SEXUALIDADES TRANSGRESSOR NA ARTE TRADICIONAL AFRICANA E NA ARTE EGÍPCIA

Autores

  • Megg Rayara Gomes de Oliveira

Resumo

A Arte Tradicional Africana, classificada de forma depreciativa pelo olhar europeu, continua excluída da história da arte no Brasil (Dilma de Melo e SILVA; Maria Felix CALAÇA, 2006). Quando estudada, na maioria das vezes, é interpretada de maneira homogênea, como o resultado de um pensamento meramente intuitivo, que desconsidera a multiplicidade étnica e estilística do continente africano. A Arte Egípcia, por sua vez, é tratada como uma extensão da arte europeia e utilizada não apenas para reforçar a suposta superioridade racial branca, mas também para naturalizar a cisgeneridade heterossexual. Minha intenção neste artigo, então, é identificar a diversidade de gêneros e de sexualidades presentes na Arte Egípcia e na Arte Tradicional Africana, questionando a cisgeneridade heterossexual como norma. Para fazer esse trabalho, de caráter genealógico, nos moldes proposto por Inés Dussel e Marcelo Caruso (2003), procurei me aproximar da Perspectiva Parcial proposta por Donna Haraway (1995), bem como dos estudos feministas, dos estudos das relações étnico-raciais, dos estudos de gênero, da história geral da arte e da história da arte africana e, assim, analisar, de forma crítica, fragmentos da história tradicional, da história da Arte Egípcia e da história da Arte Tradicional Africana.

Palavras chave: Arte Tradicional Africana. Arte Egípcia. Gênero. Cisgeneridade Normativa.

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Biografia do Autor

Megg Rayara Gomes de Oliveira

Megg Rayara Gomes de Oliveira, travesti preta, mestra e doutora em educação; professora adjunta no Setor de Educação da UFPR; professora credenciada no programa de pós-graduação em educação na UFPR.

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Publicado

2022-02-11