A ESCRITA FEMININA NA LITERATURA DE CORDEL: ROMPENDO BARREIRAS
Resumo
Este artigo apresenta pesquisa de cunho bibliográfico acerca de mulheres cordelistas. O trabalho retoma a história do cordel brasileiro e a presença/ausência das mulheres na história das produções de folhetos. Com o objetivo de resgatar o lugar da escrita feminina no cordel, destacamos alguns nomes de mulheres cordelistas não citados pela história nem pela crítica durante muitas décadas. E apresentamos alguns exemplos de folhetos escritos por poetisas contemporâneas. Para tanto, buscamos nos amparar em autores como Zumthor (2018), Santos (2009), Silva (2009), Queiroz (2006), Luyten (1992), Bergson (1999), Luna e Silva (2010), Cascudo (1984), entre outros. Os resultados das leituras bibliográficas e das análises de folhetos de Dalinha Catunda, Ivonete Morais, Anne Karolynne Santos de Negreiros e Érica Montenegro mostram que as mulheres participaram de grande parte dos momentos da história do cordel brasileiro e que apresentam uma vivência de escrita com peculiar sensibilidade, tratando de temas relativos à vida cotidiana, à história, à cultura popular, às lutas sociais e históricas, entre outros.
Palavras-chave: Literatura de cordel. Escrita feminina. Mulheres cordelistas.