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Metodologias ativas aplicadas ao ensino de parasitoses intestinais

Thais Aparecida Ferreira Diniz — 2024-09-01

As parasitoses intestinais conhecidas comumente como verminoses, são consideradas doenças tropicais negligenciadas e ameaçam mais de 1,7 bilhão de pessoas no mundo geralmente comunidades marginalizadas e de países em desenvolvimento, a maioria das infecções causadas por esses parasitos são adquiridas por via ora- fecal, ou seja, por meio da água e alimentos contaminados por fezes contaminadas. Além do saneamento básico, a educação ambiental representa um ponto muito importante na erradicação desse problema de saúde pública. O ensino por meio de recursos lúdicos e sequências didáticas, mostram-se cada dia mais eficazes para a disseminação de conhecimento em todos os níveis de ensino. Nesse trabalho propõe-se uma sequência didática, acompanhada de recursos lúdico-didáticos para informar e ensinar sobre os sintomas, o tratamento de parasitoses dando ênfase para Ascaris lumbricoides, abordando ciclo de vida bem como as medidas profiláticas, questões relacionadas com higiene pessoal e hábitos alimentares, realizou-se a aplicação da sequência didática em uma 7° e 6° ano do ensino fundamental na escola Municipal Prefeito José Esteves, no município de Cataguases-MG.

Rotação por estações e suas contribuições para o ensino de resistência bacteriana

Géllys Luckas da Silva Agostini — 2024-09-03

A microbiologia no ensino fundamental tem como principal objetivo a compreensão de conceitos relacionados à educação em saúde. Relatamos no presente estudo uma prática pedagógica utilizando a Metodologia Ativa Rotações por Estações com uma turma do último ano do Ensino Fundamental II de uma escola pública. Ao utilizar Metodologias Ativas contextualizadas com o dia a dia dos estudantes, buscou-se facilitar a construção dos conhecimentos relacionados ao uso correto dos antibióticos. No planejamento do circuito da Rotação por Estações foram organizadas quatro estações, cada uma com uma atividade diferente relacionada ao tema resistência bacteriana aos antibióticos: surgimento de bactérias resistentes, mecanismos de variabilidade genética em bactérias, seleção natural e os tipos de adaptações de bactérias frente aos antibióticos. A metodologia proposta se mostrou eficiente em promover o engajamento dos estudantes na construção do próprio conhecimento e no desenvolvimento de habilidades relacionadas ao trabalho em equipe. As diferentes atividades presentes no circuito proporcionaram uma mudança na rotina escolar e os alunos relataram que esse modelo híbrido foi relevante para a aprendizagem.

Explorando a fermentação das leveduras: uma Abordagem Ativa no Ensino de Biologia

Tiago Maretti Gonçalves — 2024-08-26

Aulas expositivas passivas prejudicam a atenção e motivação dos alunos, não permitindo que sejam o foco da aprendizagem. Para contornar isso, propôs-se aplicar uma Sequência de Ensino por Investigação (SEI) sobre a fermentação alcoólica das leveduras no segundo ano do ensino médio na disciplina de biologia. O tema é considerado complexo devido a conceitos novos e processos metabólicos envolvendo biologia e química. A SEI foi dividida em cinco etapas (apresentação do tema, problematização, observação de experimento, atividade prática com discussão de dados e conclusão). Houve aumento significativo na atenção e motivação dos alunos, permitindo interação com o professor. A implementação da SEI, mostrou-se útil e prazerosa, melhorando a aprendizagem e promovendo a experimentação científica em sala de aula.

A abordagem lúdica e os modelos didáticos como instrumentos facilitadores no ensino da morfologia floral

Charlane Moura da silva — 2024-08-27

O emprego de modelos didáticos através de uma abordagem lúdica configura-se como uma estratégia didática facilitadora muito valiosa no ensino de Ciências, e permite que o aprendizado seja interativo e prazeroso. Dessa forma, o relato de experiência teve como objetivo compreender e relatar o desenvolvimento do ensino de ciências com foco na morfologia floral, com o auxílio de modelos didáticos das flores. A pesquisa foi realizada com discentes de instituição de ensino público no município de Santana do Ipanema, no Laboratório de Pesquisa em Angiospermas da Caatinga, localizado na Universidade Estadual de Alagoas. Para o desenvolvimento do estudo, o material didático consistiu em réplicas de estruturas florais fabricadas em EVA e biscuit, seguindo as colorações das flores escolhidas para demonstração. Os modelos florais foram elaborados seguindo os padrões morfológicos, porém, com escala ampliada. A experiência consistiu em um momento inicial expositivo com auxílio de modelos didáticos de flores, abordando aspectos da morfologia floral e a sua importância na reprodução das angiospermas. As espécies escolhidas para a representação permitem diferentes abordagens explicativas. Os alunos se mostraram engajados na participação, ressaltando que as flores utilizadas como modelo facilitou a visualização e a disposição das estruturas florais, o que melhorou o entendimento do assunto. Portanto, a utilização de modelos florais como ferramenta educacional no ensino da morfologia floral se configura como uma estratégia potencialmente eficaz para a promoção da compreensão profunda e contextualizada das características estruturais das flores.

Jogo de tabuleiro: a história das vacinas com materiais usados

Claodinice Vargas — 2024-08-25

O estudo apresenta o desenvolvimento e aplicação do Jogo de Tabuleiro: A História das Vacinas com Materiais Usados, uma abordagem lúdica e interativa que visa promover o aprendizado sobre vacinas de forma envolvente. Utilizando materiais reciclados na sua confecção, o jogo foi introduzido aos alunos do oitavo e sétimo ano, envolvendo-os em uma experiência educativa única. Durante o jogo, os alunos foram desafiados a responder perguntas sobre a história das vacinas, estimulando não apenas o conhecimento, mas também habilidades cognitivas, como pensamento crítico e tomada de decisões estratégicas. Apesar de algumas ausências, a maioria dos alunos demonstrou alto engajamento e interesse, participando ativamente das atividades propostas. As discussões geradas durante o jogo proporcionaram uma compreensão mais profunda do tema, destacando sua eficácia como ferramenta educacional. A colaboração entre eu, como pesquisadora, e os alunos evidenciou a importância de diversificar os métodos pedagógicos para atender às necessidades dos alunos contemporâneos. Em suma, o jogo de tabuleiro ofereceu uma experiência educativa estimulante, permitindo que os alunos não apenas absorvessem conhecimento, mas também desenvolvessem habilidades essenciais para a vida, enquanto se divertiam.

Construção de silhuetas humanas: uma proposta de sequência didática para educação sexual

Giovanna Matiolli — 2024-08-30

Este trabalho propõe uma Sequência Didática para estudantes do Ensino Fundamental abordando a temática de Educação Sexual, utilizando a dinâmica de construção de silhuetas humanas. A SD se divide em três momentos: construção de silhuetas humanas com material EVA; discussão, saneamento de dúvidas e contextualização com o cotidiano; escrita de uma carta para o “eu” do futuro. Espera-se que esta sequência didática seja exequível pela inteligibilidade da proposta e materiais acessíveis para execução da atividade. Enfatiza-se o papel da docência na promoção da reflexão e conscientização diante dos altos índices de casos de IST’s no Brasil. Por meio de aulas de ciências e biologia, como é a proposta desta sequência didática, se torna possível orientar estes jovens e adolescentes a respeito dos riscos.

Ensino de Ciências através das Tecnologias Africanas

Valeriana Christina de Melo e Sousa — 2024-08-27

O ensino de ciências através das tecnologias africanas busca promover uma educação antirracista através da valorização das contribuições científicas das civilizações africanas, na maioria das vezes negligenciadas nos currículos tradicionais. Este trabalho teve como objetivo incentivar habilidades de pesquisa, análise crítica e reflexão sobre as tecnologias africanas ao longo da história, dentro do contexto da obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira pela Lei n.10639/2003. A metodologia proposta envolve uma Sequência Didática para turmas do Ensino Fundamental II, composta por atividades de pesquisa autônoma, discussão em grupo e apresentações, visando investigar, discutir e compreender inovações tecnológicas nos campos da agricultura, metalurgia e medicina desenvolvidas por civilizações africanas. Os resultados esperados incluem a decolonização do conhecimento científico e a valorização das contribuições africanas, promovendo o empoderamento e a autoestima dos estudantes negros. As conclusões indicam que a abordagem pedagógica proposta pode enriquecer o aprendizado, desconstruir estereótipos e fomentar uma cultura de respeito e valorização da diversidade cultural e tecnológica.

Hortas escolares como ferramenta de Educação Ambiental

Flávio Lucas Macanha — 2024-09-10

Com o crescimento das áreas urbanas, tem se dissipado o contato com a natureza e os conhecimentos agroecológicos. A integração de hortas em ambientes escolares é uma estratégia fundamental para fortalecer a Educação Ambiental, aproximando os centros urbanos da natureza. O objetivo do trabalho foi realizar uma sequência didática (SD) em escola estadual no município de Juiz de Fora, MG, visando promover a educação ambiental por meio de horta escolar, permitindo a sensibilização da comunidade escolar com o meio natural e o fortalecimento dos saberes agroecológicos. A realização das SD foi dividida em quatro dias, envolvendo aulas teóricas e práticas na horta, jogos lúdicos e culinária. Os alunos demonstraram maior engajamento nas atividades práticas, absorvendo conhecimento e desenvolvendo percepções ambientais. Conclui-se que a sequência didática, aliada ao uso da horta como ferramenta educacional, proporcionou a realização da educação ambiental, a percepção botânica no ensino, além de promover maior conscientização e adoção de hábitos saudáveis.

Construção em grupo: audiodescrição do DNA

Isadora Oliveira Gondim — 2024-08-26

Este trabalho trata-se de um relato de experiência realizado com alunos de uma turma do 9° ano do ensino fundamental e outra do 1° do ensino médio, em uma escola particular de Belo Horizonte. O objetivo do trabalho foi apresentar uma metodologia interativa, visando trabalhar a audiodescrição e apresentar a sua importância para acessibilidade, relembrando o conteúdo ensinado sobre DNA. Participaram da dinâmica 17 alunos do 9° ano e 9 alunos do 1° ano do ensino médio. Para alcançar os objetivos propostos foi solicitado que os alunos escrevessem uma audiodescrição em grupo sobre o DNA, após uma introdução sobre conceitos de genética e uma conversa sobre acessibilidade. A experiência permitiu que pudéssemos trabalhar as dúvidas e assuntos pouco discutidos, como recursos acessíveis. Dos resultados obtidos, foi percebido que os alunos não tinham conhecimento sobre audiodescrição e ficaram muito interessados, dentro disso exploraram o conhecimento a respeito de DNA em grupo.

Campanha de sensibilização sobre o HIV/AIDS no Ensino de Biologia e Saúde

Abraão Carneiro do Carmo Rodrigues — 2024-08-23

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) atualmente pode ser controlado por meio de antirretrovirais, além de haver disponíveis medidas profiláticas que evitam a contaminação, dentre elas as intervenções de educação em saúde. Todavia, até 2022, uma quantidade expressiva de sujeitos foi diagnosticada com o vírus, apontando para a relevância de um trabalho pedagógico sobre a infecção e suas consequências. Destarte, o objetivo deste trabalho é apresentar e discutir a construção discente de uma campanha de sensibilização sobre o HIV/AIDS em duas turmas do Ensino Médio. Para tanto, utilizamos a sistematização de experiências como método que permite a organização e reflexão ordenada de vivências em um dado campo empírico. No âmbito da intervenção, a metodologia ativa utilizada foi a sala de aula invertida, integrada aos seguintes métodos: pesquisa bibliográfica, rodas de conversa, jogo e estudo de caso. Através de tais recursos, os estudantes buscaram informações em espaços extraclasse, as esmiuçaram em discussões e debates e as aplicaram em desafios lúdicos e de análise de situações cotidianas. Esses favoreceram a apropriação de conhecimentos sobre o HIV para a construção e divulgação de materiais que resultaram em uma campanha de sensibilização sobre o tema. Por meio da intervenção, observamos a participação ativa dos sujeitos no processo de ensino-aprendizagem, oportunizando o protagonismo discente, além da priorização da construção do conhecimento em detrimento da transmissão magistral de informações. Ademais, as estratégias adotadas ensejaram o trabalho de conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais, com a aplicação significativa e contextualizada do tema.

Expediente

Liamara Scortegagna — 2024-09-04

Editorial

Marcelo de Oliveira Santos — 2024-09-04