https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/issue/feedLumina2024-08-30T23:18:59+00:00Equipe Luminarevista.lumina@ufjf.brOpen Journal Systems<p><span style="font-weight: 400;">Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCOM/UFJF). Dá sequência à edição impressa, publicada semestralmente, da Lumina, Revista da Faculdade de Comunicação / UFJF (ISSN 1516-0785 / e-INSS 1981-4070), iniciada em julho de 1998. O objetivo então era incentivar e desenvolver a prática da pesquisa no âmbito da graduação da Faculdade de Comunicação. Foi publicada semestralmente como edição impressa até 2003 (ISSN 1516-0785). De 2004 a 2006 é publicada on-line (e-ISSN 1981-4070). Os editores, durante esse período, foram Francisco Paoliello Pimenta e Potiguara Mendes da Silveira Jr. Foi (re)lançada como publicação semestral em 2007, ano inaugural do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. A partir de 2016, passa a ter periodicidade quadrimestral e continua publicando artigos, dossiês, resenhas, relatos de pesquisa e entrevistas de autores/as brasileiros/as e internacionais relacionados/as ao campo de estudos da Comunicação. Foi editada por Potiguara Mendes da Silveira Jr. até 2013, quando inclui Gabriela Borges como co-editora e, em 2017 Erika Savernini também se junta ao corpo editorial por um período de 2 anos. Em 2019, Gabriela Borges passa a editar a revista juntamente com Daiana Sigiliano, como editora associada. Desde 2023, a Lumina conta com uma equipe editorial colegiada, composta por </span><span style="font-weight: 400;">Ana Paula Dessupoio, Eli Borges Júnior, Gabriela Borges, </span><span style="font-weight: 400;">Jhonatan Alves Pereira Mata,</span><span style="font-weight: 400;"> João Paulo Malerba, Letícia Barbosa Torres Americano, Paulo Roberto Figueira Leal, Telma Sueli Pinto Johnson e </span><span style="font-weight: 400;">Wedencley Alves Santana. Em 2024, é lançado o canal Lumiah com podcasts, vídeos e posts que divulgam os artigos publicados pela Lumina, contando com entrevistas com seus/suas autores/as e eventuais participações de outro/as pesquisadores/as e docentes do PPGCom/UFJF. Os produtos da Lumiah dão destaque à relevância social dos estudos em Comunicação, fazendo a ponte entre pesquisa e sociedade. Os objetivos estão em consonância com os propósitos do PPGCOM/UFJF: - Pensar os meios em sua especificidade e interrogar o campo da comunicação quanto à definição de seu objeto segundo as perspectivas do pensamento científico atual, de seu enquadramento disciplinar e de suas linhas teóricas. - Articular pesquisa, ensino e prática visando refletir sobre a construção de sentidos num contexto de interfaces tecnológico-midiáticas, globais ou focalizadas. - Trabalhar com os meios buscando compreender a construção e a mutação das identidades, especialmente no âmbito da cultura. - Investigar a dinâmica dos meios e das imagens que estes geram tanto em grupos sociais quanto na sociedade em geral.</span></p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45022O impeachment de Dilma Rousseff segundo os editoriais da imprensa brasileira2024-08-14T15:32:14+00:00Suzete Nocratosuzete.nocrato@gmail.comDiogenes Lycariãolycariao-d@ufc.brAnézia Limaanezialima55@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta uma revisão sistemática de literatura (RSL) de pesquisas empíricas sobre como os editoriais da imprensa brasileira interpretaram a deposição da presidente Dilma Rousseff, em 2016. A RSL realizou uma análise de conteúdo (AC) de trabalhos acadêmicos (n=13) dentro desse recorte com o objetivo de identificar: (a) os veículos jornalísticos estudados e métodos empregados pela literatura especializada; (b) se essa literatura revela padrões interpretativos dos editoriais analisados em relação ao impeachment; (c) se é possível aí observar algum tipo de paralelismo político. Para isso, utilizamos três sistemas de busca acadêmica, a saber: </span><span style="font-weight: 400;">Scopus; SciELO; e </span><span style="font-weight: 400;">Catálogo de Teses e Dissertações da</span><span style="font-weight: 400;"> CAPES</span><em><span style="font-weight: 400;">, </span></em><span style="font-weight: 400;">nas quais selecionamos trabalhos publicados entre 2016 e 2023. Sob tais parâmetros, foram encontradas 13 pesquisas analisando os jornais </span><em><span style="font-weight: 400;">O Globo</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">Folha de S. Paulo</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">O Estado de S. Paulo</span></em><span style="font-weight: 400;">; as revistas </span><em><span style="font-weight: 400;">Veja</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">Carta Capital</span></em><span style="font-weight: 400;">; e o telejornal </span><em><span style="font-weight: 400;">Jornal Nacional</span></em><span style="font-weight: 400;">, da Rede Globo de Televisão. Os trabalhos revisados mostram que, com exceção de um caso (a </span><em><span style="font-weight: 400;">Carta Capital</span></em><span style="font-weight: 400;">), todos os demais veículos jornalísticos intervieram no debate público de modo a defender, por meio de impeachment ou renúncia, a dissolução do governo Dilma. Diante disso, discutimos como o conceito de “paralelismo assimétrico” ajuda a compreender criticamente esses achados da literatura e como pesquisas futuras em torno de veículos de alcance regional ajudariam a melhor compreender esse momento tão crucial da relação entre imprensa e política no Brasil.</span></p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44489O patrimonialismo deles e o nosso: o bolsonarismo e o caso WarnerMedia2024-08-14T15:20:52+00:00João Damasceno Martins Ladeirajoaomartinsladeira@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo contribui para a discussão sobre o patrimonialismo recorrente nas relações de propriedade das mídias no Brasil, a partir, todavia, de uma abordagem que toma como objeto um momento particular, com características idiossincráticas dentro dessa trajetória mais extensa. Aqui, analisa-se um instante específico de uma deliberação jurídica com papel relevante no processo de reorganização das mídias no Brasil contemporâneo: a decisão sobre a fusão entre a AT&T e a Time Warner. Contudo, esse evento será aqui tratado tendo em vista um fenômeno que radicaliza tais vínculos patrimoniais: a intervenção dos Bolsonaro em tal acontecimento. A participação dessa família política toma parte em um conjunto de ações: a ameaça de uma medida provisória, a pressão exercida sobre a Anatel, as manifestações públicas sobre o caso. Interpreta-se essa estratégia como um exercício pontual que se integra a um projeto mais extenso, que, pautado pela tentativa de exercer um patrimonialismo específico, tem como horizonte uma mescla de autocracia, oligarquia e iliberalismo emblemático às direitas populistas globais, o qual, neste caso, abarca uma interferência sobre a estrutura dos meios. Analisa-se essa intervenção a partir da arqueologia da mídia, perspectiva atenta à forma que as tecnologias de comunicação adotam.</span></p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44227“Pós de verdade” e jornalismo em Mato Grosso: uma análise sobre o site FolhaMax2024-07-11T13:49:31+00:00Thiago Cury Luizthiago.luiz@ufmt.brNayara Fernanda Takahara da Cruz Carvalhonayaratakahara@gmail.com<p>Os métodos canônicos do Jornalismo, como pesquisa documental e entrevista, são centrais ao ofício no cumprimento do seu papel junto à sociedade e à democracia. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é demonstrar a ocorrência de “pós de verdade” (Zamith, 2019) gerados pela lógica do “jornalista sentado” (Neveu, 2006) na relação entre a produção de relises pela assessoria de comunicação do governo do estado de Mato Grosso e a veiculação de matérias sobre o referido órgão público no site jornalístico FolhaMax. Para tanto, tendo como recorte temporal da pesquisa os 31 dias do mês de janeiro de 2023, lançamos mão da análise de conteúdo (Bardin, 2002) enquanto método de investigação, em vertente qualitativa e quantitativa. A partir deste substrato metodológico, discriminamos cinco categorias analíticas, quais sejam: título; linha fina; assinatura; conteúdo (foto e texto) e crédito (autoria). Observamos uma alta incidência de reprodução dos relises, pressupondo a prática do “jornalista sentado” e do jornalismo declaratório e descontextualizado. Com isso, ao transformar o relise em conteúdo publicável, em vez de sugestão de pauta, o jornalismo, seja por escassez de recursos, precarização do trabalho, déficit técnico ou falência deontológica, compromete a cidadania e a lógica democrática.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43073Análise do Discurso da grande imprensa: eleições presidenciais de 1950 no Brasil2024-03-07T16:21:33+00:00Thiago Costa Juliani Reginathiago.julianir@gmail.comPâmela Chiorotti Becker Souzapamela.souza@edu.pucrs.br<p>Com base na Análise do Discurso, este artigo objetiva refletir sobre a adequação e a aplicação de certas categorias no tratamento da grande imprensa como fonte e/ou objeto da pesquisa histórica. Nesse sentido, visamos considerar como conceitos-chave deste campo dos estudos da linguagem podem ser úteis à pesquisa com jornais de grande circulação. Unindo teoria e prática, investigamos o discurso do jornal O Estado de São Paulo sobre os principais candidatos à presidência nas eleições de 1950 no Brasil, Getúlio Vargas e Eduardo Gomes. A segunda eleição da Quarta República brasileira inicia uma sequência de vitórias eleitorais dos partidos de massa, pautados nas chamadas plataformas populares, a exemplo do PTB de Vargas. Na época, construiu-se o consenso de que esse processo assinalava o crescimento do “populismo” na política nacional, visto a suposta inexperiência das camadas populares na atividade democrática. Proliferavam visões elitistas dos chamados “populistas” e/ou “demagogos” como manipuladores destas camadas sociais. Grandes periódicos, como O Estado de São Paulo, aqui analisado, contribuíram para a difusão dessas representações. A questão que se coloca em nosso estudo é: que estratégias discursivas foram utilizadas para interpelar o público, criando tais imagens do processo político?</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43539Netflix e mercado da nostalgia: acionamentos nostálgicos da Guerra Fria em Stranger Things 2024-07-08T22:07:34+00:00Letícia Xavier de Lemos Capanemaleticia.capanema@ufmt.brLuiz Alberto Rodrigues Gonçalvesbetomkt@gmail.com<p>Este estudo se insere no campo das investigações sobre a memória midiatizada, em especial, a nostalgia na Cultura Pop, destacando como objeto de análise a série <em>Stranger Things</em> (Netflix, 2016 - presente). A obra se caracteriza pelo forte apelo nostálgico aos anos 1980 e por ser resultante da análise de hábitos e preferências de consumo extraídos de dados de usuários da plataforma Netflix. Assim, busca-se examinar aspectos estéticos, narrativos e discursivos da representação da Guerra Fria na série, explorando suas conexões com os conceitos de nostalgia restauradora e nostalgia reflexiva definidos pela teórica da cultura Svetlana Boym (2017). A análise se concentra na terceira e na quarta temporadas, destacando cenas e personagens com o fim de examinar os acionamentos nostálgicos na representação do conflito entre os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, bem como suas relações com os cenários geopolíticos dos anos 1980 e do governo de Donald Trump (2017-2021). O estudo lança luz sobre o atual mercado da nostalgia na cultura das séries, explorando as relações entre passado e presente, assim como a criação de discursos nostálgicos restauradores e reflexivos.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43247Jornalistas e mulheres no esporte: Belo Horizonte e a primeira edição de O Diário Esportivo2024-06-04T13:57:10+00:00Ives Teixeira Souzaives@ufmg.br<p>Este artigo busca investigar como era a presença das mulheres na prática de esportes e no jornalismo em O Diário Esportivo, o primeiro semanário esportivo de Belo Horizonte, em 1945, e que compõe o acervo da Coleção Linhares, pertencente à Universidade Federal de Minas Gerais. A pesquisa se baseia no entendimento de que o jornalismo é historicamente situado, em que o contexto se torna fundamental enquanto operador metodológico. Para tanto, a análise verbovisual da publicação parte da primeira edição, visto que os editoriais e a edição inicial são objetos fecundos para se compreender como era o fazer jornalístico e as representações dadas pelo jornal na sociedade. A presença das mulheres na prática de esportes é evidenciada no impresso em matérias sobre resultados de competições de natação, de voleibol e da equipe feminina do América Futebol Clube, e revela cobranças dirigidas às atletas de vôlei, por parte do veículo, por mais vigor físico. Não foi possível identificar a atuação de mulheres na produção do semanário. Ressalta-se a necessidade de pesquisas que se dediquem à historicidade das presenças das mulheres no jornalismo relacionado aos esportes em Belo Horizonte.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43784Explorando caminhos: uma cartografia da pesquisa no ensino de Publicidade2024-06-06T14:53:23+00:00Lara Timm Cezarlaratcezar@gmail.comAriadni Looseadiloose@gmail.com<p>Navegando pelos caminhos da publicidade, pousamos nossas percepções sobre as inúmeras reconfigurações desse campo e de seu processo de formação, entendendo que a produção do conhecimento sobre/com o ensino de publicidade não resulta da representação de uma realidade pré-existente, e sim de um acompanhamento de processos. Neste artigo, buscamos, a partir do método cartográfico inspirado no pensamento rizomático de Deleuze e Guattari (1995), aliado à técnica de coleta de dados da “pesquisa da pesquisa” (Bonin, 2011), compreender o processo diacrônico do ensino de publicidade, destacando suas nuances e produções científicas ao longo do tempo. O recorte temporal de cinco anos é realizado tendo em vista as transformações do campo, o que permite uma análise contemporânea do movimento de investigação. Como resultado, apresentamos 28 pesquisas categorizadas em oito platôs: Estudos de gênero, Pandemia Covid-19, Ensino-aprendizagem, Discurso publicitário, Docência publicitária, Perfil do estudante, História do ensino, Transformações do campo. Os resultados revelam uma baixa incidência de pesquisas científicas na área, realizadas por um número limitado de cientistas. O artigo conclui apontando para possíveis caminhos e sugestões para ampliar e aprofundar futuras pesquisas sobre o ensino de publicidade no contexto brasileiro.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43357Para criança ver: O uso do product placement no canais de YouTube brasileiros2024-03-26T12:52:42+00:00Fernando Jesus da Rochafernando.rocha@ubi.ptRicardo Moraisrjmorais@letras.up.ptRosália Rodriguesrosalia.rodrigues@ipportalegre.pt<p>Este estudo tem por objetivo investigar o uso de estratégias publicitárias, nomeadamente o product placement, em cinco canais de YouTube brasileiros orientados para o público infantil, focando na faixa etária dos 6 aos 12 anos. A pesquisa centra-se assim na construção de um corpus de canais de YouTube que, pelo número de inscritos, estão entre os mais populares, como são os casos de: Luccas Neto, Maria Clara & JP, Valentina Pontes, Juliana Baltar e Brancoala. A partir de um estudo de caso múltiplo, procuramos perceber o impacto que as estratégias utilizadas nesses canais podem ter nos hábitos de consumo das crianças. Exploramos ainda os desafios éticos que colidem com a significativa utilização do product placement para o público infantil. Para tanto, analisamos a colocação das marcas nos cinco vídeos mais populares de cada um dos canais selecionados, categorizando-as, de acordo com a classificação de Chacel e Patriota (2010), como screen placement, script placement e plot placement. Paralelamente, foi aplicado um questionário com 152 pais ou responsáveis, para medir, sobretudo, a influência que estes canais podem ter nos seus hábitos de consumo. Os resultados evidenciam uma expressiva incidência do product placement nos 25 vídeos selecionados, que, ao convergir com uma alta exposição das crianças aos dispositivos eletrônicos, denotam a necessidade de uma regulamentação mais clara e eficaz para esse tipo de abordagem publicitária direcionada ao público infantil.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43826O sofrimento explicíto nas redes: a convocação global em favor das vítimas palestinas2024-08-05T13:58:30+00:00Juana Dinizjuanardiniz@gmail.com<p>Este artigo disserta sobre a relação entre manifestações a favor das vítimas no conflito Israel-Palestina e os possíveis efeitos de uma experiência estética a partir das imagens de sofrimento explícito dessas vítimas que circularam pelas redes sociais. Partimos da suposição de que tais imagens tenham propiciado uma convocação ética, de caráter global, a partir de uma mudança de enquadramento da cena política, que vem há tempos reiterando uma narrativa islamofóbica e em favor de Israel e dos Estados Unidos, nas guerras contra os povos palestinos. Se as imagens midiáticas que exibem o sofrimento explícito das vítimas em Gaza permitem um distanciamento capaz de dessensibilizar o espectador diante do sofrimento do outro, também permitem que, justamente pela distância, mas tocado por uma espécie de aproximação a uma dor coletiva, seja possível atuar em favor desse outro, sobre o qual a tragédia se abate e retira-lhe condições propícias para a ação. A proposta aqui é fundamentar esse argumento nas teorias de Butler, a fim de explicar, a partir das imagens, a relação entre “enquadramento” (2015) e convocação ética” (2019) e no conceito de “política e emergência do sujeito” (1996), em Rancière, se contrapondo à impossibilidade de experiência no “Bios Virtual” (2021), tal qual aborda Sodré, no contexto da midiatização.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43251Música clássica e cinemas autorais latino-americanos: recorrências de repertório e modos de utilização2024-07-17T14:54:39+00:00Luíza Beatriz Alvimluizabeatriz@yahoo.com<p>O emprego de música preexistente é uma característica do cinema contemporâneo (Hubbert, 2014; Chion, 2019) e, no caso da música clássica, os repertórios barroco e minimalista se destacam. Observamos essas recorrências em nossa pesquisa de filmes contemporâneos autorais a partir de um mapeamento do repertório em filmes participantes dos festivais de Berlim, Cannes e Veneza. Neste artigo, detemo-nos na América Latina, com o objetivo de destacar quatro filmes que apresentam essas características de repertório, fazendo análise fílmica de sequências com música: Gloria (2013) e Uma mulher fantástica (2017), ambos de Sebastián Lelio, El Club (Pablo Larraín, 2015) e Birdman (Alejandro Iñarritu, 2014). Nos três primeiros, há música de Bach, Handel e Vivaldi, sendo a música desses dois últimos especialmente importantes na narrativa de Uma mulher fantástica. Em El Club destacam-se as obras do compositor Arvo Pärt e seu sentido espiritual é explorado. O também minimalista John Adams é utilizado em Birdman, num dos momentos de maior ambiguidade entre diegético e extradiegético. Também consideramos o conceito de “música de autor” de Gorbman (2007), que se refere à escolha da trilha musical pelo diretor do filme e ao seu consequente controle maior sobre a música. Para isso, recolhemos informações em entrevistas com os diretores e colaboradores, e observamos que o conceito se aplica principalmente a Sebastián Lelio.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44364Sobre homens e heróis: Batman, ano um2024-08-02T19:56:45+00:00Celso Vitellicelso.vitelli@gmail.comDavi Aragão Vieiradaviaragaov@gmail.comNicolas Jorge Mollardinicolaseetcs@gmail.com<p>O artigo analisa as diferentes masculinidades presentes no quadrinho <em>Batman, ano um</em> (2011), do roteirista Frank Miller e do ilustrador David Mazzucchelli. Cruza-se esse conceito com as posições de masculinidade exercidas pelos protagonistas da obra, desdobrando-se a investigação nos seguintes itens: a) introdução da construção de masculinidades nos quadrinhos de super-heróis de origem estadunidense; b) análise das masculinidades exercidas pelos protagonistas da história em estudo; c) a presença da masculinidade hegemônica na construção de Bruce Wayne, seu alter ego Batman e a influência que esse protagonista exerce em outros personagens. Reflete-se sobre o desenvolvimento dos personagens masculinos ao longo da trama analisada, aventando o caráter pedagógico do quadrinho em foco e a possibilidade de esta obra insuflar seus leitores a consumirem masculinidades outras, como aqui apresentadas. Conclui-se que aspectos como as ações violentas do personagem central, recorrentemente por ele exercidas e veiculadas nos meios de comunicação de Gotham City, ao longo da história analisada, contribuem para determinar uma hegemonia masculina sobre seus opositores e estabelecer um paradigma a ser emulado e contra-atacado, mesmo que enaltecido pelas autoridades e população, a suscitar uma escalada infindável de violência contra e em defesa da justiça.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45820Editorial2024-08-30T23:18:59+00:00Ana Paula Dessupoioana.dessupoio@ufjf.brJoão Paulo Malerbajoaopaulo.malerba@ufjf.brTelma S. P. Johnsontelma.johnson@ufjf.br2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44509Um elogio da pesquisa: resenha de Marxismo cultural e estudos de mídia, de Otávio Daros2024-08-08T17:33:23+00:00Arthur Freire Simões Piresgrohsarthur@gmail.com<p>Resenha de <em>Marxismo cultural e estudos de mídia: trajetória e análise da obra de Douglas Kellner</em>, de Otávio Daros. A obra se propõe a fazer uma investigação acerca do percurso e das contribuições desse destacado teórico estadunidense que, por circunstâncias explicadas no livro, acabou se tornando um teórico da Comunicação. O livro se divide, basicamente, entre uma contextualização do desenvolvimento desse autor enquanto pensador (identificando, assim, quais foram as influências, de onde partiu e quais os atravessamentos sobre seu pensamento) e uma exegese do que Kellner presta ao campo da Comunicação. Sem poupar críticas, Daros aponta eventuais generalizações e contradições do autor estudado, além de salientar as contribuições que, de fato, capilarizaram-se no campo e, até hoje, servem como referencial teórico do estudo de fenômenos midiáticos. O autor, ainda que jovem, despeja muita capacidade e domínio. Excetuando pequenos deslizes, é um volume que apresenta o desenvolvimento de Douglas Kellner e tece uma análise minuciosa sobre seu legado para o campo da Comunicação. Foi constatado que se trata de uma obra que poderá facilmente ser incorporada a bibliografias acadêmicas em disciplinas da graduação e pós-graduação em Comunicação voltadas para a Teoria da Comunicação ou História do Pensamento em Comunicação.</p>2024-08-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Lumina