https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/issue/feedLumina2024-12-30T16:38:50+00:00Equipe Luminaluminaufjf@gmail.comOpen Journal Systems<p><span style="font-weight: 400;">Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCOM/UFJF). Dá sequência à edição impressa, publicada semestralmente, da Lumina, Revista da Faculdade de Comunicação / UFJF (ISSN 1516-0785 / e-INSS 1981-4070), iniciada em julho de 1998. O objetivo então era incentivar e desenvolver a prática da pesquisa no âmbito da graduação da Faculdade de Comunicação. Foi publicada semestralmente como edição impressa até 2003 (ISSN 1516-0785). De 2004 a 2006 é publicada on-line (e-ISSN 1981-4070). Os editores, durante esse período, foram Francisco Paoliello Pimenta e Potiguara Mendes da Silveira Jr. Foi (re)lançada como publicação semestral em 2007, ano inaugural do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. A partir de 2016, passa a ter periodicidade quadrimestral e continua publicando artigos, dossiês, resenhas, relatos de pesquisa e entrevistas de autores/as brasileiros/as e internacionais relacionados/as ao campo de estudos da Comunicação. Foi editada por Potiguara Mendes da Silveira Jr. até 2013, quando inclui Gabriela Borges como co-editora e, em 2017 Erika Savernini também se junta ao corpo editorial por um período de 2 anos. Em 2019, Gabriela Borges passa a editar a revista juntamente com Daiana Sigiliano, como editora associada. Desde 2023, a Lumina conta com uma equipe editorial colegiada, composta por </span><span style="font-weight: 400;">Ana Paula Dessupoio, Eli Borges Júnior, Gabriela Borges, </span><span style="font-weight: 400;">Jhonatan Alves Pereira Mata,</span><span style="font-weight: 400;"> João Paulo Malerba, Letícia Barbosa Torres Americano, Paulo Roberto Figueira Leal, Telma Sueli Pinto Johnson e </span><span style="font-weight: 400;">Wedencley Alves Santana. Em 2024, é lançado o canal Lumiah com podcasts, vídeos e posts que divulgam os artigos publicados pela Lumina, contando com entrevistas com seus/suas autores/as e eventuais participações de outro/as pesquisadores/as e docentes do PPGCom/UFJF. Os produtos da Lumiah dão destaque à relevância social dos estudos em Comunicação, fazendo a ponte entre pesquisa e sociedade. Os objetivos estão em consonância com os propósitos do PPGCOM/UFJF: - Pensar os meios em sua especificidade e interrogar o campo da comunicação quanto à definição de seu objeto segundo as perspectivas do pensamento científico atual, de seu enquadramento disciplinar e de suas linhas teóricas. - Articular pesquisa, ensino e prática visando refletir sobre a construção de sentidos num contexto de interfaces tecnológico-midiáticas, globais ou focalizadas. - Trabalhar com os meios buscando compreender a construção e a mutação das identidades, especialmente no âmbito da cultura. - Investigar a dinâmica dos meios e das imagens que estes geram tanto em grupos sociais quanto na sociedade em geral.</span></p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45425Audiovisualidades e subjetividades: o que os filmes assistidos em isolamento social apontam sobre nós2024-09-27T18:06:30+00:00Fernanda Elouise Budagfernanda.budag@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Compreendendo que as subjetividades são construídas a partir das textualidades em circulação socialmente, questionamos nesta investigação o que sinalizam sobre as subjetividades dos brasileiros as audiovisualidades fílmicas mais assistidas em </span><em><span style="font-weight: 400;">streaming</span></em><span style="font-weight: 400;"> durante o período de isolamento/distanciamento social em virtude da pandemia de Covid-19 ao longo do ano de 2020 (mar. a nov. 2020). Para o necessário recorte, o objeto empírico de estudo desta pesquisa são os filmes em </span><em><span style="font-weight: 400;">streaming</span></em><span style="font-weight: 400;"> mais assistidos no Brasil no ano de 2020, com um recorte do </span><em><span style="font-weight: 400;">locus</span></em><span style="font-weight: 400;"> de observação particularmente centrado na plataforma Netflix a partir de dados divulgados pela própria empresa. Assentados nas bases dos Estudos Culturais e nos princípios da Análise do Discurso de linha francesa, interessados em duas esferas de produção de sentido – o discurso e a narrativa –, buscamos, em termos metodológicos, por marcas narrativas e discursivas indicativas da subjetividade a que nos referimos. Do </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> observado, depreendemos uma subjetividade involuntariamente marcada pelo luto e problemas de saúde mental, enquanto temáticas que atravessam mais de um gênero fílmico, consumidos por uma certa identificação coletiva; mas também uma subjetividade marcadamente assinalada pela esperança e crença no amor, presentes em filmes consumidos por projeção, recheados de clichês que fixam bases estáveis importantes para o momento sócio-histórico.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44552Netflix midiatizada: uma análise sociossemiótica da Netflix Brasil no WhatsApp2024-11-25T13:53:49+00:00Claudinei Lopes Juniorclaudine.i.lopes@hotmail.com<p>A Netflix figura como uma das plataformas de vídeo sob demanda por assinatura de maior protagonismo no mundo. Diante dessa preeminência é ideal observar como a empresa interage, na perspectiva da midiatização, em especial, com os receptores de suas mensagens nas mídias sociais. Neste artigo, nosso objetivo é investigar como a Netflix expandiu sua relação com o público que interage com seus discursos numa ambiência midiatizada. Para isso, realiza-se uma análise sociossemiótica, ancorada na corrente veroniana, do canal da Netflix Brasil no WhatsApp durante o mês de abril de 2024. A escolha do WhatsApp se dá pela originalidade e por conta do alcance e da dispersão do aplicativo mensageiro no Brasil. Com a análise, foram tabuladas e analisadas 150 postagens e a análise sociossemiótica nos mostrou como resultado uma zona de contato regulada, mas o circuito comunicacional entre produção e recepção permanece ativo sob uma estratégia midiática, em que protocolos específicos de produção de discurso operam a circulação do conteúdo do catálogo da Netflix nas publicações analisadas, entrelaçando-se com traços do cotidiano. Os receptores podem apreender sentido por meio da leitura das interdiscursividades o que garante condições de reconhecimento para interação entre atores nas zonas de contato midiática.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43259A adicção na ficção televisiva contemporânea: Verdades Secretas e Verdades Secretas II2024-10-30T09:54:25+00:00Bernardo José Monteiro Lottibjml.01@hotmail.comJoão Paulo Hergeseljoao.hergesel@puc-campinas.edu.br<p><em><span style="font-weight: 400;">Verdades Secretas</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2015) e </span><em><span style="font-weight: 400;">Verdades Secretas II</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2021) foram (tele)novelas criadas por Walcyr Carrasco, sendo a primeira exibida pela televisão linear e a segunda pensada principalmente para a plataforma de </span><em><span style="font-weight: 400;">streaming</span></em><span style="font-weight: 400;">. Em ambas as obras, houve uma linha de enredo direcionada a discutir o vício em drogas ilícitas, manifestado, respectivamente, pelas personagens Larissa e Laila. Pensando nisso, surgiu o seguinte problema de pesquisa: como o contexto de produção, ao considerar os recursos técnicos do audiovisual, buscou representar a adicção na ficção televisiva contemporânea? Este artigo tem como objetivo discutir como os aspectos referentes ao vício foram construídos em ambas as produções, levando em conta os componentes pertencentes à poética televisiva, isto é, tema, narrativa e estilo. Para isso, elegeu-se como metodologia a análise poética do audiovisual, embasada por autores como Bordwell (2008) e Thompson (2003), com direcionamento para três momentos do arco narrativo das personagens: o começo do vício, os efeitos da droga e o destino de cada uma. Como resultado, verificou-se que, em relação à Larissa, há uma adesão ao que era o </span><em><span style="font-weight: 400;">merchandising </span></em><span style="font-weight: 400;">social (Lopes, 2009), abordando as oportunidades de reabilitação no país e alinhando-se à narrativa da nação (Lopes, 2003), ao recriar ambientes como a Cracolândia e destacar intervenções religiosas. Já o caso de Laila segue uma trajetória narrativa inversa, desvinculando-se da conscientização das ações sociais e cumprindo a função pedagógica do melodrama (Lopes, 2009) ao mostrar as consequências da busca por uma perfeição ilusória e o destino de muitos dependentes químicos.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45405Quem capta as fotografias que vemos nos jornais? Análise das imagens veiculadas em dois dias pela Folha e G12024-11-05T23:14:38+00:00Silvio da Costa Pereirasilvio.pereira@ufms.br<p><span style="font-weight: 400;">Analisamos as origens das fotografias utilizadas por veículos jornalísticos, com especial atenção àquelas produzidas pelos usuários. Estudos de Näsi (2015) e Runge (2021) apontam a oferta de imagens, por parte dos usuários, aos veículos jornalísticos, na cobertura de acontecimentos imprevistos, mas também buscando redução de custos e engajamento do público. A pesquisa é de cunho exploratório (Bonin, 2008), e parte da observação e análise das imagens publicadas ao longo de dois dias pela Folha de S. Paulo e pelo G1. Quantificamos e categorizamos as 5.621 fotografias encontradas, separando-as em com ou sem custo e buscando identificar a origem. Os dados indicam que pouco menos da metade das fotos são custeadas pelos veículos e a outra metade obtida sem custos, a partir, principalmente, de assessorias, redes sociais e arquivos pessoais. Sugerem que há mais busca por redução de custos do que construção de um trabalho em colaboração com o público, podendo levar à perda do controle do discurso/narrativa visual veiculado.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45318Sujeição e agência à luz das instituições: o Diário do hospício de Lima Barreto2024-12-12T13:23:34+00:00Marcela Barbosa Linsmarcela.lins@gmail.com<p class="TextodoResumo">O artigo investiga a relação entre sujeição e agência em contextos institucionais hospitalares, a partir do relato autobiográfico de Lima Barreto. Escrito entre dezembro de 1919 e fevereiro de 1920, o <em>Diário do hospício</em> documenta as condições adversas enfrentadas pelo autor durante sua internação no Hospital Nacional de Alienados. O texto desvela as interpelações da instituição na constituição de sujeitos precarizados, mas também revela um importante processo de agência e aparição dos corpos figurantes. A análise do diário de Lima Barreto é fundamentada em teóricos como Foucault, Fassin, Preciado e Butler. Barreto utiliza a escrita como um meio de transfigurar os enquadramentos opressivos impostos pela instituição, apresentando suas experiências e reflexões sobre a vida no hospício. A narrativa, dividida em capítulos temáticos, abrange desde a descrição da instituição e seus funcionários até a análise pessoal de sua condição e interações com outros internos. O artigo argumenta que o diário de Lima Barreto, mais do que um testemunho de opressão, representa um processo narrativo que questiona e desafia os quadros morais estabelecidos que separam o normal do patológico. Nesse contexto, a escrita emerge como um dispositivo de agência que possibilita a reinvenção de si e a resistência aos processos de sujeição.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44083Territorialidade no jornalismo alternativo brasileiro: construções midiáticas do Lado B do Rio2024-08-08T17:13:59+00:00Paulo Henrique Semicekpaulohsemicek@gmail.comMaria Clara Aquinoaquino.mariaclara@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O jornalismo alternativo estabelece um contraponto ao jornalismo tradicional, supostamente incapaz de ser plural. Em um contexto decolonial, como se pode pensar o cenário político brasileiro, as práticas alternativas são capazes de abordar territorialidades periféricas com o destaque que grupos maiores de comunicação do país não conseguem produzir. Isso se deve ao reforço do compromisso social do jornalismo que os projetos alternativos buscam ressaltar, indicando que esse é um fator ausente nos meios hegemônicos. Logo, o objetivo geral deste artigo é identificar diálogos entre o jornalismo alternativo brasileiro e o debate político e socioeconômico de diferentes territórios aos quais realiza construções midiáticas, tendo como objeto empírico os episódios #234 e #292 do veículo brasileiro </span><em><span style="font-weight: 400;">Lado B do Rio</span></em><span style="font-weight: 400;">. Entre os objetivos secundários, há a observação de posicionamentos políticos do projeto, a análise de subjetividade dos comunicadores e também do exercício de cobertura jornalística em diferentes territórios. Como etapa metodológica, o estudo utiliza a Análise do Discurso para identificar enunciados em ambos os episódios que revelem uma produção de sentidos direcionada a pensar diferentes aspectos da territorialidade discutida neste recorte verificado.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44963Desinformação e economia política nas plataformas digitais2024-10-09T11:58:04+00:00Thiago Henrique de Jesus-Silvathiago.silva@ufpi.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo investiga o papel das plataformas digitais, como Facebook, YouTube e WhatsApp, na disseminação de desinformação, fraudes publicitárias e teorias da conspiração, à luz da Economia Política da Desinformação (EPD). O objetivo principal é entender como o modelo de negócios dessas plataformas, focado no engajamento e lucro, amplifica a desinformação. Utilizando uma análise de conteúdo sobre relatórios de desinformação climática, fraudes digitais e golpes, a pesquisa mapeia padrões comuns nas plataformas digitais, identificando os principais atores e mecanismos envolvidos. O processo metodológico baseou-se na categorização de dados extraídos de documentos fornecidos pelo NetLab e no uso de tabelas para identificar as principais palavras-chave e padrões. Os resultados mostram que a monetização do engajamento nas plataformas digitais cria incentivos econômicos que favorecem a disseminação de desinformação, colocando em risco a integridade da informação e exacerbando a polarização política. Conclui-se que a desinformação é não apenas uma questão de erro ou mal-entendido, mas parte de uma estratégia estrutural que privilegia os interesses econômicos das grandes plataformas. A pesquisa sugere a necessidade de regulamentação dessas plataformas e de políticas públicas voltadas para a contenção da desinformação.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43177Análise das estratégias de comunicação digital do SOS Pantanal no Facebook2024-09-27T18:03:25+00:00Carla Negrim Fernandes de Paivacarlanegrim@gmail.comMariana Alarcon Datrinomariana.datrino@unesp.brCaroline Kraus Luvizottocaroline.luvizotto@unesp.br<p><span style="font-weight: 400;">Este estudo explora o papel da comunicação digital no ativismo socioambiental, utilizando como exemplo o Instituto SOS Pantanal durante os incêndios de 2020. Através da análise das estratégias de mobilização digital, o estudo revela como as plataformas digitais permitem não apenas a disseminação rápida de informações, mas também a construção de vínculos identitários com o público. Com base na revisão da literatura, na análise documental e na análise de conteúdo das 32 postagens coletadas na </span><em><span style="font-weight: 400;">fanpage</span></em><span style="font-weight: 400;"> do SOS Pantanal durante os meses de outubro e novembro de 2020, foi possível identificar que as publicações do SOS Pantanal focaram em ações de arrecadação de doações, uso de influenciadores e prestação de contas, destacando a importância da transparência para legitimar o movimento. As estratégias utilizadas foram eficazes para ampliar a visibilidade da causa e reforçar a mobilização. Contudo, essa abordagem não se traduziu na interação na plataforma, no engajamento com as pessoas afetadas localmente, nem em ações que pudessem ser reproduzidas fora do ambiente digital. Os resultados sugerem que, embora o ativismo digital ofereça novas oportunidades, há desafios relacionados à interação com o público e às limitações impostas por contextos políticos.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;"> </span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44473Elementos para uma produção audiovisual intercultural: estudo de caso sobre a série Índio Presente2024-12-11T14:47:17+00:00Mônica Panis Kasekermkaseker@uel.brAdriana Nakamura Gallassiadrianangallassi@gmail.com<p>Apresentamos reflexões sobre como os processos de autorrepresentação midiática indígena provocam transformações na forma como os comunicadores não indígenas se relacionam com a temática, em especial os que atuam na produção audiovisual, a partir de um estudo de caso da série <em>Índio Presente</em>. Essa série foi lançada em 2017 e veiculada em TVs universitárias ou educativas regionais e nacionais, além de disponibilizada na plataforma digital Futura Play, pertencente ao Canal Futura, até 2020. Trata-se de 13 episódios que abordam, a cada edição, um equívoco que permeia a visão do senso comum sobre os povos originários. <em>Índio Presente</em> foi produzida por não indígenas para o público não indígena e traz em seu conteúdo entrevistas com autoridades e “personagens agentes”, tanto indígenas como não indígenas. A metodologia envolve revisão bibliográfica sobre a representação imagética dos povos indígenas, mapeamento dos estereótipos construídos historicamente nessas representações e análise da narrativa e das fontes ouvidas na série <em>Índio Presente</em>. Conclui-se que o giro decolonial não representa somente a autorrepresentação, mas o deslocamento e descentramento causados na prática dos comunicadores não indígenas ao desenvolver uma produção intercultural sobre os povos indígenas.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43887Contribuições dos estudos de discurso na análise da comunicação em plataformas digitais2024-11-25T13:50:40+00:00Ruth de Cássia dos Reisruth.reis@ufes.brDaniela Zanettidaniela.zanetti@ufes.br<p>O propósito deste artigo é discutir a contribuição dos estudos de discurso no contexto da comunicação contemporânea, a construção de <em>corpora</em> e estratégias de análise dos processos discursivos em ambiente on-line. Marcado pelas mídias sociais, o ecossistema comunicacional da atualidade coloca em cena uma miríade de atores que se movimentam numa trama de múltiplas conexões e têm nas suas textualidades uma das formas de produção do social. Inicialmente, são apresentadas as principais contribuições teóricas dos estudos de discurso que são apropriadas pelo campo da Comunicação, incluindo autores como Foucault, Pêcheux, Fairclough, Dijk, Laclau, Mouffe, Paveau entre outros. Numa segunda parte, são discutidos alguns dilemas metodológicos e procedimentos possíveis de coleta e análise dos dados. Tendo a revisão bibliográfica como caminho metodológico, bem como a experiência no desenvolvimento de trabalhos de análise do discurso em ambientes digitais, apresentamos reflexões sobre os desafios de pesquisa e destacamos a importância da conexão entre o trabalho humano desempenhado pelo pesquisador e o trabalho maquínico desenvolvido por softwares na obtenção de resultados profícuos para análise do discurso em mídias sociais digitais.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44246Looping da violência na representação do conflito Rússia e Ucrânia no Instagram2024-11-04T14:37:40+00:00Daniela Osvald Ramosdosvald@gmail.comNatália Xavier Coelhonxcoelho@hotmail.com<p><span style="font-weight: 400;">A guerra entre Rússia e Ucrânia teve início em fevereiro de 2022 e desde então despertou um amplo interesse também por sua notória presença nas redes sociais digitais. O conflito se manifesta não apenas por meio da intensa cobertura em jornais e portais de notícias, mas também pela participação ativa de civis, soldados e até mesmo influenciadores, que oferecem perspectivas diversas sobre os eventos. Diante dessa profusão de conteúdo nas plataformas digitais, perguntamos: será que a cobertura sobre a guerra pode ser enquadrada como um exemplo de </span><em><span style="font-weight: 400;">looping</span></em><span style="font-weight: 400;"> de violência? Nesse contexto, o conflito é disseminado de maneira quase saturada, em um padrão de repetição em espiral que pode transformá-lo em fonte não de empatia, mas de exaustão para seus espectadores. O presente trabalho tem como objetivo analisar a relevância geopolítica e jornalística da Guerra da Ucrânia a partir de publicações no Instagram dos maiores jornais nacionais e internacionais, compreender os conceitos de </span><em><span style="font-weight: 400;">looping</span></em><span style="font-weight: 400;"> e espiral de violência, abordados pela criminologia cultural (Ferrell; Hayward; Young, 2008) e estabelecer conexões entre esses aspectos para investigar se o conflito em questão pode ser classificado como um exemplo de </span><em><span style="font-weight: 400;">looping</span></em><span style="font-weight: 400;"> de violência. A metodologia utilizada foi baseada na análise de Barbosa (2011) de observação e interpretação de imagens. Concluímos que as postagens priorizam imagens impactantes, mas que reiteram a violência de forma repetitiva, o que reforça a ideia de um conflito interminável.</span></p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/47001Editorial2024-12-23T18:29:44+00:00Ana Paula Dessupoioana.dessupoio@ufjf.brJoão Paulo Malerba joaopaulo.malerba@ufjf.brTelma S. P. Johnsontelma.johnson@ufjf.br2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luminahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/45116Internet como suporte para uma comunidade interpretativa transnacional de jornalistas2024-10-07T18:49:32+00:00Natália Hufnatalia.huf@gmail.com<p>Com o objetivo de compreender como os jornalistas que atuam em mídias digitais constroem suas carreiras, falam de seu trabalho e forjam sua identidade profissional, os pesquisadores Florence Le Cam e Fábio Henrique Pereira realizaram uma pesquisa sobre a identidade transnacional desses profissionais. A investigação está registrada no livro <em>Um jornalista on-line mundializado: sócio-história comparativa</em>, lançado em 2022. A obra é o nono volume da série Jornalismo e Sociedade, organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e editada pela Insular. A partir de uma abordagem comparativa, os autores analisaram dados coletados em entrevistas com jornalistas do Brasil e da França, e também do Québec (Canadá) e da Bélgica, para traçar a sócio-história dos jornalistas on-line. A coleta de dados foi realizada ao longo de mais de uma década e, nas entrevistas com jornalistas dos países citados, os autores identificaram temas como condições e processos de trabalho, desenvolvimentos técnicos e tecnológicos da profissão, inovação e práticas cotidianas. Embora centrada nos cenários brasileiro e francês, a obra demonstra como o jornalismo on-line se constitui no imaginário social e se estrutura ao longo do tempo, constituindo uma comunidade interpretativa internacional que ultrapassa fronteiras e temporalidades.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Lumina