https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/issue/feed Lumina 2024-04-30T18:34:44+00:00 Equipe Lumina revista.lumina@ufjf.br Open Journal Systems <p>Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCOM/UFJF). Dá sequência à edição impressa, publicada semestralmente, da Lumina, Revista da Faculdade de Comunicação / UFJF (ISSN 1516-0785 / e-ISSN 1981-4070), iniciada em julho de 1998 e concluída em dezembro de 2006. Com periodicidade quadrimestral, aceitam-se artigos, resenhas, relatos de pesquisa e entrevistas sobre questões e temas relacionados ao campo de estudos da comunicação.</p> https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/44357 Editorial 2024-04-29T12:16:05+00:00 Ana Paula Dessupoio ana.dessupoio@ufjf.br João Paulo Malerba joaopaulo.malerba@ufjf.br Telma Sueli Pinto Johnson telma.johnson@ufjf.br <p>Editorial Lumina v.18, n.1 (2024)</p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43149 Representações do aborto em cena: disputas narrativas e construção do direito humano à vida 2024-02-27T14:00:11+00:00 Vânia Coutinho Quintanilha Borges vaniacqborges@gmail.com Wilson Couto Borges wcborges1@yahoo.com.br <p><span style="font-weight: 400;">Nossa reflexão parte de pensar o lugar que o aborto – e uma perspectiva de controle sobre o corpo da mulher – ocupa em nossa sociedade. Associada a essa primeira dimensão, nosso foco recai sobre o processo de descriminalização (em oposição a criminalização vigente) do aborto, concebendo-o como uma prática que precisa estar imersa numa série de cuidados cuja dimensão da saúde da mulher ocupa lugar central. Em 1988, com a Constituição Cidadã, a ADPF 442 torna-se um ponto de tensão entre a manutenção da criminalização do aborto ou sua descriminalização. Com o avanço das pautas conservadoras, observa-se como o debate sobre o aborto é atravessado por elementos constitutivos da nossa realidade, especialmente pela centralidade que a mídia vem ocupando desde o final do século passado e cuja capilaridade se acentua neste século. Tal protagonismo passa a ser tão ou mais significativo à medida que a chegada da internet e das redes sociais digitais multiplicam os polos de produção de conteúdo – assumido aqui como narrativa – gerando novos partícipes das mais variadas agendas. Assim, a arruda e a “maré verde” são tomadas como símbolos que serão apropriados por grupos partidários da descriminalização do aborto em oposição aos que defendem a manutenção da criminalização.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/40093 Os circuitos da midiatização da saúde: sentidos emergentes sobre Síndrome de Turner 2023-10-30T20:42:41+00:00 Maria do Carmo Falchi mariapfalchi@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Na ambiência da midiatização, as informações sobre saúde não estão restritas aos meios de comunicação tradicionais ou aos médicos. Há uma maior preocupação dos indivíduos em produzir e disseminar saberes sobre doenças que muitas vezes passam despercebidas pelos profissionais da área da saúde, ou seja, os pacientes ganham mais autonomia. Por meio de referenciais teóricos sobre midiatização e plataformas digitais, e através de </span><em><span style="font-weight: 400;">posts</span></em><span style="font-weight: 400;"> e comentários da página do Facebook da organização TSGA, o artigo visa responder ao questionamento: de que forma pacientes com Síndrome de Turner (ST) e seus familiares produzem sentidos nos </span><em><span style="font-weight: 400;">posts</span></em><span style="font-weight: 400;"> da página do Facebook da TSGA? Identificamos que as estratégias comunicacionais da organização não atingem seus objetivos sozinhas. É por meio da circulação exacerbada executada pelos seguidores que a TSGA se torna uma ONG reconhecida e a síndrome ganha contornos reais. Assim, compreendemos que a midiatização da saúde vai além do contribuir com o compartilhamento e a disseminação de informações que antes estavam nas mãos dos médicos, ela é fundamental para uma inserção social dos pacientes, para a construção de uma rede de contato e para a tornar a ST algo real, que vai além do que é dito nos livros e pelos profissionais da saúde.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/42294 A imagem transgressora da ninfa amazônica: fotografia e outros modos de ver 2024-01-29T07:39:14+00:00 Leandro Lage leandrorlage@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo do texto é explorar deslocamentos estéticos e políticos que atravessam uma das principais imagens do ensaio fotográfico em que a artista paraense Leona Vingativa encarna a figura mitológica da tela </span><em><span style="font-weight: 400;">O nascimento de Vênus</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Sandro Botticelli. Sob as lentes do fotógrafo Jonas Amador e com edição de arte de Rafa Cardoso, uma travesti, negra, amazônida, lasciva e debochada toma a forma, a intensidade e o lugar sacralizado da ninfa Vênus. Interessa-nos observar essa imagem enquanto gesto transgressor, no qual a representação da deusa da beleza é transfigurada a partir de outros modos de ver, mostrar e aparecer, em contraposição aos imaginários hegemônicos racializados do belo e do desejo. A artista paraense evoca uma imagem transgressora da ninfa, centrada na própria sobrevivência de uma travesti negra, alçada ao lugar de divindade de beleza exuberante, forma sintomática do desejo persistente de existir frente às opressões. A fotografia de Leona Vingativa levanta um conjunto extenso de dilemas, nos quais o corpo da mulher trans figura entre a abjeção e a beleza, a nudez e o pudor, o desejo e a inocência, a violência e a sobrevivência.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/42961 A comunicação corporativa e o consumo de ativismo: o caso da Simple Organic no Instagram 2024-03-06T15:46:09+00:00 Giovanna Masiero Fischer giovanna.fischer@acad.espm.br Marcia Perencin Tondato mtondato@espm.br <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo é refletir sobre a configuração da comunicação corporativa como estímulo ao consumo de ativismo na pós-modernidade, suas características e formas de expressão. No contexto de nossa problematização, caracterizamos o consumo como um ato de expressão identitária e cultural, entendendo que os símbolos são utilizados como forma de atribuição de significados e valores. A problematização diz respeito a como o estímulo ao consumo de ativismo engendra a ordem capitalista pós-moderna, em um sistema que se retroalimenta e se transforma a partir das suas próprias inquietações, utilizando as mídias sociais para aumentar o alcance da narrativa e atingir uma audiência mais ampla. Para responder a isso, realizamos um estudo tendo como base um perfil de produtos veganos no Instagram (</span><em><span style="font-weight: 400;">Simple Organic</span></em><span style="font-weight: 400;">) observando como se configura o conteúdo das postagens da empresa em relação aos símbolos apresentados, entre 04 e 14 de outubro de 2023. Analisamos a estratégia discursiva da marca sob a ótica de deslocamentos identitários, buscando entender os padrões narrativos empregados. Observamos nas narrativas da marca, nas redes sociais, uma tendência à apropriação de signos de consumo já estabelecidos culturalmente.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/40850 O consumo no romance Mãos de Cavalo, de Daniel Galera 2024-02-01T13:13:40+00:00 Luiz Siqueira siq.luizc@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O romance </span><em><span style="font-weight: 400;">Mãos de Cavalo</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Daniel Galera, alterna seus capítulos narrando a infância, adolescência e vida adulta de seu protagonista, ressaltando os seus aspectos físicos, morais e psicológicos. Ao longo do trajeto formativo narrado, notam-se menções a marcas publicitárias extradiegéticas, isto é, não fictícias. Uma vez que, conforme Lajolo (2001), a literatura mergulha no imaginário coletivo e o fecunda, e, segundo Gregorin Filho (2011), há uma diversidade de imagens disponíveis para escolha identitária do jovem, reflete-se sobre a importância concedida ao consumo das personagens nessa obra. Com uma abordagem essencialmente bibliográfica, destaca-se o modo como essas marcas publicitárias se articulam ao texto literário, buscando compreender tais manifestações à luz de perspectivas teóricas em relação ao consumo. Conclui-se que as marcas, percebidas como extradiegéticas, acrescentam informações à narrativa; os objetos são mais que utilitários, são comunicadores. À luz dos pressupostos teóricos de Bauman (2008) e Candido (2007), entre outros, entende-se que a recorrência às marcas publicitárias extradiegéticas nesse romance utiliza a cultura material como uma via de acesso aos indivíduos, ao mesmo tempo em que imprime à obra um sentimento de verdade.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/40379 Denúncias sobre Sherry Pie: efeitos da circulação em RuPaul’s Drag Race 2024-01-10T18:26:28+00:00 Rodrigo Duarte Bueno de Godoi rodrigodurt@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Analisam-se, neste artigo, os fluxos inaugurados pela publicação de um depoimento de uma das vítimas de Sherry Pie, drag queen acusada de </span><em><span style="font-weight: 400;">catfishing</span></em><span style="font-weight: 400;"> e participante da décima segunda temporada do </span><em><span style="font-weight: 400;">reality show</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">RuPaul’s Drag Race</span></em><span style="font-weight: 400;">. Examina-se a processualidade do caso e como se elabora um circuito-ambiente, articulado interacionalmente através de processos circulatórios. Orientados pelas epistemologias da midiatização, o ponto de partida de observação será aquilo que se desloca em fluxos, atentando para as operações envolvidas no “fazer circular” do caso. O ponto inicial é a inscrição do depoimento de uma das vítimas nas redes digitais que, ao ingressar em coletivos de fãs do programa e ser reportado por portais jornalísticos e de entretenimento, ganha visibilidade e afeta as gramáticas do próprio </span><em><span style="font-weight: 400;">reality show</span></em><span style="font-weight: 400;">. Observa-se a questão da extimidade nas redes e como, ao circular, o caso vai gerando desdobramentos. O programa articula estratégias de resposta, como a mostra de um aviso que antecede a exibição do programa, além de uma reedição audiovisual de toda a temporada. A tensão constituída em torno das denúncias evidencia modos de interação entre o programa e as audiências ordenados também pelas respostas que os públicos manifestavam, sobretudo nas redes digitais.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/41751 A tiktokização como estratégia de combate à desinformação 2024-01-26T07:55:27+00:00 Cristiane Lindemann clindemann@unisc.br Patrícia Regina Schuster pati.jornalista@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Nosso artigo tem como objetivo examinar como aquilo que estamos chamando de </span><em><span style="font-weight: 400;">tiktokização</span></em><span style="font-weight: 400;"> do jornalismo atua no combate à desinformação. A intenção é avançar nas contribuições científicas acerca do conceito, ainda pouco explorado pela agenda acadêmica. Estipulamos ainda como objetivo analisar, sob o amparo metodológico da Análise de Conteúdo (AC), quais são as estratégias narrativas que a Agência Lupa utiliza na plataforma TikTok, tanto para divulgação de </span><em><span style="font-weight: 400;">fact-checking</span></em><span style="font-weight: 400;">, quanto para promover a literacia midiática. Foram submetidos à investigação 24 vídeos, veiculados entre os meses de julho a dezembro de 2022. Concluímos que há uma movimentação por parte da referida iniciativa para “informar-educar”, oferecendo conteúdos com estruturas narrativas que incorporam algumas potencialidades estéticas da plataforma – o que percebemos como um imperativo estratégico. Além disso, numa aposta à condição emotiva do jornalismo, a Lupa subverte o uso do artifício da emoção. Tão empregada no contexto da desinformação, em prol da dilatação do fenômeno da pós-verdade, em que evidências são substituídas por crenças pessoais, o apelo emotivo – utilizado pela agência através do recurso meme – visa, neste caso, simplificar ou reforçar a veracidade do acontecimento narrado.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/42910 Diáspora nas plataformas digitais no Brasil: pesquisas sobre TIC's e migrações 2024-01-18T21:45:07+00:00 Brunno Ewerton de Magalhães Lima brunnoewerton@ufrj.br Corina Evelin Demarchi Villalón coridemarchi@gmail.com Mohammed ElHajji mohahajji@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo apresenta uma revisão de escopo das pesquisas sobre a diáspora nas plataformas digitais no Brasil. A pesquisa tem o objetivo de compreender como o conceito de diáspora digital tem sido empregado em trabalhos e artigos acadêmicos relacionados aos fluxos migratórios transnacionais no país. Foram examinados nove artigos que abordaram a temática, revelando a evolução do conceito mais utilizado pelos estudos: a </span><em><span style="font-weight: 400;">webdiáspora</span></em><span style="font-weight: 400;">. A análise dos artigos selecionados se concentrou nas categorias teóricas, as abordagens metodológicas, as comunidades foco dos estudos, e as lacunas identificadas a partir do cruzamento entre cada um desses tópicos. Além disso, destacamos algumas reflexões dos referidos artigos, como o impacto econômico das atividades on-line das comunidades migrantes, especialmente no contexto de empreendimentos comerciais e negócios étnicos; as reflexões sobre abrangência e (a)espacialidade da </span><em><span style="font-weight: 400;">webdiáspora</span></em><span style="font-weight: 400;">; a influência das plataformas digitais nos projetos migratórios, entre outras. Essas descobertas ressaltam a necessidade de uma perspectiva dinâmica e atualizada para a pesquisa sobre </span><em><span style="font-weight: 400;">webdiáspora</span></em><span style="font-weight: 400;">, considerando seu papel e suas implicâncias multifacetadas nas migrações contemporâneas para e desde o Brasil, bem como nas políticas públicas relacionadas aos fluxos migratórios transnacionais.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/43319 Empreendedorismo como propósito: o ethos discursivo dos “cases de sucesso” do inChurchapp 2024-03-07T16:30:59+00:00 Deivison Brito Nogueira deivisong3@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O artigo tem como foco de pesquisa o aplicativo </span><em><span style="font-weight: 400;">inChurch</span></em><span style="font-weight: 400;"> criado para fazer a gestão operacional e financeira de instituições religiosas. Busca-se compreender como o aplicativo </span><em><span style="font-weight: 400;">inChurch</span></em><span style="font-weight: 400;"> modifica o </span><em><span style="font-weight: 400;">ethos</span></em><span style="font-weight: 400;"> discursivo das instituições religiosas. Expressões como “captação de fiéis”, “gestão da membresia” e “retenção de pessoas” refletem o </span><em><span style="font-weight: 400;">ethos</span></em><span style="font-weight: 400;"> discursivo do mundo dos negócios. A abordagem metodológica proposta pelo artigo consiste na construção do </span><em><span style="font-weight: 400;">ethos</span></em><span style="font-weight: 400;"> discursivo por meio da análise de </span><em><span style="font-weight: 400;">cases</span></em><span style="font-weight: 400;"> de sucesso de igrejas-clientes que utilizam o aplicativo </span><em><span style="font-weight: 400;">inChurch</span></em><span style="font-weight: 400;">. O referencial teórico adota uma perspectiva crítica dividida em três partes: a) as mudanças na relação entre fiéis e igrejas e a expansão das plataformas digitais; b) o uso de aplicativos móveis pelas instituições religiosas em um contexto de midiatização da sociedade; c) a análise do </span><em><span style="font-weight: 400;">ethos</span></em><span style="font-weight: 400;"> discursivo dos líderes religiosos em um contexto neoliberal. A argumentação sugere que as plataformas digitais, especialmente o uso de aplicativos de gestão, têm modificado a maneira como as igrejas lidam com questões relacionadas à “expansão do reino”, visto que associar igreja ao mundo dos negócios torna-se uma contradição, uma vez que as instituições religiosas geralmente prezam por práticas desvinculadas de rentabilidade.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/39178 O carro no cinema: notas para o medo no território cinematográfico 2024-02-23T17:30:04+00:00 Luís Henrique Marques Ribeiro dizerluis@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O que o carro pode expressar obre a relação entre território urbano, o cinema e o medo? Pensando nisso, o artigo analisa </span><em><span style="font-weight: 400;">Aquarius</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2016), a partir da perspectiva bakhtiniana dialógica do discurso, que parece viabilizar a compreensão do cinema enquanto arena ideológica, atravessada por várias vozes em modos de interação muito complexos. Partimos da hipótese de que as imagens em movimento do carro são enunciados discursivos que se adicionam à influência da estética de terror/horror do cinema de gênero no filme de Kleber Mendonça Filho. Observamos o deslocamento de estereotipias de classe e raça mobilizadas pelo medo como afeto estruturante na exclusão daquilo que está fora dos muros. Sobre isso, encontramos correspondência no que Dunker (2015) intitula como “lógica de condomínio”. Por essas vias pensamos e elaboramos um esboço do que seria uma análise territorial fílmica brasileira, contribuindo para a criação do estilo do diretor. Para isso, pensamos o território como conceito de dimensão política, atravessado por conflitos históricos de classe, raça ou gênero e que está expresso no discurso das imagens, entendidas enquanto texto.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/42841 Perspectivas de desenvolvimento e a construção da identidade no território Geoparque Quarta Colônia 2024-03-26T12:48:35+00:00 Mauricio Rebellato mauricio-rebellato@hotmail.com Luciomar de Carvalho luciomar.carvalho@ufsm.br Flavi Ferreira Lisboa Filho flavi@ufsm.br <p><span style="font-weight: 400;">Estar inserido em um determinado território não é condicionante para que os indivíduos compartilhem dos mesmos interesses, costumes e vivências daquele meio. Mas, quando isso ocorre e há uma identificação mútua, os indivíduos tendem a se agrupar, legitimando identidades, que através de uma ação coletiva, podem resultar em benefícios coletivos. Todavia, sabe-se que essas identidades são construídas através de relações de poder. Desse modo, a partir de uma revisão de literatura, discute-se neste texto a construção da identidade de indivíduos pertencentes ao território do Geoparque Mundial Unesco Quarta Colônia. Parte-se do pressuposto de que existe uma identidade territorial formada por elementos e características em comum que vinculam os indivíduos a determinados espaços geográficos. Para isso, considera-se também que os patrimônios culturais e naturais auxiliam na formação dessa identidade coletiva e podem reforçar o sentimento de pertença ao território. Ao longo do artigo, fica evidente que elementos positivos comuns ao território, como as manifestações culturais e ambientes naturais, podem construir e fortalecer uma identidade coletiva visando ao desenvolvimento sustentável. Neste sentido, a comunicação é vista não como uma ferramenta tecnicista, mas como meio articulador junto ao território, pois além de difundir a informação, cria vínculos e fortalece identidades.</span></p> <p><br /><br /></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/41470 Detetives do Prédio Azul em: notas sobre imaginação, criação e apropriação lúdica 2024-01-19T04:02:05+00:00 Arthur Fiel arthur.fiel@ufes.br <p><span style="font-weight: 400;">O artigo busca evidenciar as relações possíveis entre imaginação, criação e apropriação lúdica pelo público infantil diante de narrativas midiáticas. Para tanto, analisamos as possibilidades de relação, inter-relação e cocriação do </span><em><span style="font-weight: 400;">círculo mágico</span></em><span style="font-weight: 400;"> (Huizinga, 2001) aberto pela série </span><em><span style="font-weight: 400;">Detetives do Prédio Azul</span></em><span style="font-weight: 400;"> (Gloob, 2012) em contínuo diálogo com seu público-alvo. Quanto à metodologia, o trabalho realiza uma análise descritiva, interpretativa e crítica (Vanoye; Goliot-Lété, 1994), que deixa à mostra as relações aqui pretendidas, partindo de um breve relato para, então, adentrarmos a discussão a partir de um vasto e rico referencial teórico que suporte a análise desta produção. Por fim, ao conciliar saberes oriundos de estudos da cultura, dos games e da experiência lúdica (Ferreira, 2020; Kishimoto, 2002), ao campo da psicologia (Brougère, 1998; Vigotski, 2018), das culturas das mídias e suas mediações (Setton, 2010; Martín-Barbero, 1997) e estudos relacionados ao brincar advindos da gramática da fantasia (Rodari, 2021), notamos que, no contexto do conteúdo analisado, tanto criadores quanto seu próprio público-alvo alimentam e retroalimentam o círculo mágico no qual estão inseridos a partir de um processo múltiplo de imaginação, criação e apropriação lúdica possibilitado pela própria narrativa.</span></p> 2024-04-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Lumina