TY - JOUR AU - Abramovictz, Felipe AU - Eduardo, André Gustavo de Paula PY - 2022/04/30 Y2 - 2024/03/29 TI - Sebastião de Souza, um artesão do cinema paulista JF - Lumina JA - Lumina VL - 16 IS - 1 SE - Entrevista DO - 10.34019/1981-4070.2022.v16.33217 UR - https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/33217 SP - 203-217 AB - <p><span style="font-weight: 400;">Sebastião de Souza é diretor de </span><em><span style="font-weight: 400;">Transplante de Mãe</span></em><span style="font-weight: 400;"> (episódio de </span><em><span style="font-weight: 400;">Em Cada Coração um Punhal</span></em><span style="font-weight: 400;">, 1969), dos curtas </span><em><span style="font-weight: 400;">Cu da Mãe</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1969) e </span><em><span style="font-weight: 400;">Festa do Divino</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1969) e do longa </span><em><span style="font-weight: 400;">O Quarto da Viúva</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1975). Nesta entrevista comenta sua trajetória no cinema, em especial, as contundentes obras que realizou no contexto pós-AI-5 e sua colaboração com cineastas como Roberto Santos, Luiz Sérgio Person, Maurice Capovilla, Sylvio Back e Carlos Reichenbach. Com longeva trajetória no teatro e na fotografia, estreou no cinema como assistente de direção e diretor de arte de </span><em><span style="font-weight: 400;">O Caso dos Irmãos Naves</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1967) e, a partir de então, colaborou nas mais diversas funções em projetos emblemáticos do cinema paulista, em um contexto no qual emerge uma nova geração de cineastas — pertencentes ao dito “cinema de invenção” — em busca de novas formas de significação e reação ao contexto autoritário imposto após o Golpe de 1964. Neste sentido, obras como </span><em><span style="font-weight: 400;">Cu da Mãe</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">Transplante de Mãe</span></em><span style="font-weight: 400;">, cujas trilhas sonoras são assinadas por ninguém menos do que Rogério Duprat, são exemplos ímpares de um projeto de cinema que — em meio a um momento de forte censura e repressão como aquele que marcou o fim da década de 1960 — resiste e subverte as normas a partir de uma fruição da “liberdade do fazer”, como o próprio cineasta define, em uma radical experimentação dos limites da representação sensível às tendências contraculturais e ao tropicalismo.</span></p> ER -