@article{Seabra_2020, title={Cinema, história, memória e verdade: found footage e apropriação em Wajda }, volume={14}, url={https://periodicos.ufjf.br/index.php/lumina/article/view/30380}, DOI={10.34019/1981-4070.2020.v14.30380}, abstractNote={<p>Este artigo discute a apropriação de arquivos de filmes e vídeos <em>footage</em> para propostas representacionais de fundo histórico no cinema, através de alguns trabalhos do cineasta Andrzej Wajda (<em>Trilogia da guerra </em>1954-1958<em>, Homem de mármore </em>1976 e <em>Katyn </em>2007). Embora a relação dos estudos históricos com as imagens tenha sido sempre questionada pelos pesquisadores da área, ao longo do século XX a utilização da fotografia, do cinema e do vídeo, em geral, foi cada vez mais incorporada e ampliada ao campo histórico. Wajda foi um cineasta que, por seu viés nacionalista, teve aproximação marcante com o gênero histórico, adotando, desde sua estreia, imagens de arquivos fílmicos (<em>footage</em>) mescladas ao ficcional. Contudo, a apropriação dos <em>footage</em> por Wajda não se limitou, como era comum aos anos 1930, a um caráter puramente documental ou ilustrativo, mas tornou-se, a exemplo de outros artistas, um recurso criativo e crítico. Assim, nas obras aqui examinadas –  <em>Trilogia da guerra</em> (<em>Geração</em>, <em>Canal</em> e <em>Cinzas e diamantes</em>), <em>Homem de mármore</em> e, mais enfaticamente,  <em>Katyn</em> –, é possível atestar como o recurso ao <em>footage</em> não apenas fornece outros significados à história oficial, mas engendra uma meta-história, tanto da história oficial como das formas canônicas de se buscar a memória e a história. Tomando o conceito de “efeito de arquivo”, elaborado por Jamie Baron (2012, 2014), esta análise busca, ainda, destacar o papel determinante da recepção no estabelecimento dos sentidos de “documento” e dos elementos considerados “ficcionais” no uso dos arquivos de imagens.</p>}, number={2}, journal={Lumina}, author={Seabra, Silvana}, year={2020}, month={ago.}, pages={7–21} }