Um panorama dos estudos sobre jornalismo esportivo no Brasil no século XXI

Daniel Leal1 e Giovana Borges Mesquita2 

Resumo

Este artigo tem como objetivo trazer um panorama nacional dos estudos envolvendo o jornalismo esportivo no Brasil no século XXI, a partir de uma coleta de dados das pesquisas publicadas no Portal de Periódicos da Capes, na Biblioteca Brasileira de Dissertações e Teses (BBDT), e nos Anais dos três mais importantes congressos da área: a Intercom, a SBPJor e a COMPÓS. Analisamos todas as pesquisas sobre o tema, no período entre 2001 e 2022, no qual foram encontrados um total de 1.098 publicações ligadas ao jornalismo esportivo, entre artigos, dissertações e teses. Observamos a relevância do espaço oferecido pela Intercom, única a possuir um Grupo de Trabalho e oferecer um espaço anual regular para publicações, sendo responsável por 556 artigos, ou seja, mais de 50% de todas as contribuições. Por outro lado, congressos como os da COMPÓS e da SBPJor dedicaram menos de 1% de todas as publicações neste século ao tema, reforçando o estigma de que o jornalismo esportivo recebe um olhar “marginal” no campo científico quando comparado a temáticas consideradas mais “importantes”, como política, economia, internacional, entre outras.

Palavras-chave

Jornalismo esportivo; Jornalismo; Compós; SBPJor; Intercom.

1 Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do ReNEme.

E-mail: danielleal87@gmail.com.

2 Professora adjunta do curso de Comunicação do CAA-UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). E-mail: giovanamesquita@yahoo.com.br.

Juiz de Fora, PPGCOM – UFJF, v. 17, n. 3, p. 189-206, set./dez. 2023 DOI: 10.34019/1981-4070.2023.v17.42813

An overview of studies on sports journalism in Brazil in the 21st century

Daniel Leal1 and Giovana Borges Mesquita2 

Abstract

This article aims to provide a national overview of studies involving sports journalism in Brazil in the 21st century, based on a collection of data from research published in the Capes Journal Portal, in the Brazilian Library of Dissertations and Theses (BBDT), and in the Annals of the three most important congresses in the area: Intercom, SBPJor and COMPÓS. We analyzed all research on the topic, in the period between 2001 and 2022, in which a total of 1,098 publications linked to sports journalism were found, including articles, dissertations and theses. We note the relevance of the space offered by Intercom, the only one to have a Working Group and offer a regular annual space for publications, being responsible for 556 articles, in other words, more than 50% of these works. On the other hand, congresses such as COMPÓS and SBPJor dedicated less than 1% of their publications to the topic on this century, reinforcing the stigma that sports journalism has a “marginal” view in the scientific field when compared to “important” themes such as Politics, Economics, among others.

Keywords

Sports journalism; Journalism; Compos; SBPJor; Intercom.

1 Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do ReNEme.

E-mail: danielleal87@gmail.com.

2 Professora adjunta do curso de Comunicação do CAA-UFPE e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). E-mail: giovanamesquita@yahoo.com.br.

Juiz de Fora, PPGCOM – UFJF, v. 17, n. 3, p. 189-206, set./dez. 2023 DOI: 10.34019/1981-4070.2023.v17.42813

Introdução

        Há uma espécie de consenso entre os investigadores que iniciam e aqueles que já estão há algum tempo imersos nas pesquisas envolvendo o jornalismo esportivo no Brasil: o campo é pouco explorado e carente de bibliografia, existindo uma certa resistência dos principais meios de divulgação científica acerca da área. A especialidade, historicamente, é tratada no meio acadêmico da Comunicação como “um tanto marginal” (GASTALDO, 2020, p. 400), embora nos últimos anos tenha havido um crescimento acerca dos estudos sobre esportes no Brasil, “que se apresenta em perceptível evolução desde a realização, na última década, de megaeventos no país” (EHRENBERG, 2021, p. 1).

        Ao filtrar esses estudos, olhando para o campo do jornalismo, notamos que o crescimento não acontece da mesma forma. Afinal, essa percepção de que as pesquisas acerca do jornalismo esportivo estão sendo bastante difundidas remontamente, especialmente, a certa abundância de investigadores que se utilizam dos canais de comunicação para realizar pesquisas sobre outras áreas, a exemplo da Educação Física e das Ciências do Desporto. A proximidade entre os campos, ou a interdisciplinaridade (BUENO, 2011; BORGES, 2020), é uma das características presentes na investigação acadêmica sobre a Comunicação Esportiva e, portanto, oferece armadilhas nos filtros que, por vezes, são impossíveis de se esquivar.

Não é exagero relembrarmos aqui o quanto a academia brasileira, historicamente, vem subdimensionando a importância do fenômeno esportivo. Inexistem, na grande maioria dos cursos de Comunicação das universidades públicas do país, disciplinas que tratem de comunicação e esporte, de jornalismo esportivo ou de marketing esportivo. (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014, p. 361)

        Essa percepção inicial estimulou o desenvolvimento de uma investigação científica, a fim de se conhecer o estado da arte da produção nacional e verificar se os resultados corroboravam com o senso comum: afinal, existe uma produção acadêmica no Brasil escassa sobre o jornalismo esportivo? Vale ressaltar que este artigo é parte de uma pesquisa mais ampla, que investiga as mudanças na forma de fazer jornalismo esportivo no país.

        O artigo de caráter exploratório pode ser caraterizado como uma metapesquisa que, para Navarro (2007), é um caminho para investigar os processos de institucionalização, profissionalização e legitimação da área acadêmica em Comunicação. Nessa perspectiva de uma pesquisa sobre o que se pesquisa (a metapesquisa), o que se propõe no artigo é trazer um panorama dos estudos envolvendo o jornalismo esportivo no Brasil no século XXI, a  partir de uma coleta de dados das pesquisas publicadas nos Anais de três dos mais importantes congressos da área: da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) [1], da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) [2] e da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS) [3]; também no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) [4] e na Biblioteca Brasileira de Dissertações e Teses (BBDT) [5]. Analisamos todas as pesquisas sobre o tema, no período entre os anos de 2001 e 2022.

        O levantamento envolveu a identificação de pesquisas a partir dos títulos, resumos e palavras-chaves. Ao todo, nos cinco repositórios pesquisados, foram encontrados 1.098 registros de trabalhos sobre jornalismo esportivo neste século, entre artigos, dissertações e teses. Foram 195 na Capes, 301 na BBDT, 33 na SBPJor, 13 na COMPÓS e 556 na Intercom – esta última, vale destacar, com mais de 50% das contribuições no período, fato que se dá especialmente por ser a única a manter um Grupo de Trabalho e espaço anual regular para publicações sobre a mídia esportiva.

        Para chegar a esse corpus, aplicamos nestas seções diferentes formas de buscas, a partir de palavras-chave que pudessem dar conta das pesquisas do campo ou, como no caso da Intercom, diretamente através do Grupo de Trabalho específico para o estudo da mídia esportiva. Após discussões iniciais, quando necessário, optamos pela utilização de um ou mais termos, como: “Jornalismo esportivo”, “Esporte”, “Sport” (em Português, esporte), “Futebol”, “Copa”, “Olimpíada”. A metodologia será detalhada adiante.

A constituição dos estudos sobre jornalismo esportivo no Brasil

        Os estudos sobre jornalismo são incorporados à academia a partir da segunda metade da década de 1940, com a criação da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, em São Paulo, e, na década seguinte, com o nascimento da primeira revista acadêmica dedicada às Ciências da Comunicação, Comunicações & Problemas, na Universidade Católica de Pernambuco (BORGES, 2020). As reflexões críticas sobre o jornalismo no Brasil tomaram corpo após 1950, mas só ganharam o respaldo definitivo das universidades na década de 1970.

        De acordo com Marques (2020), somente a partir da década de 1990, com a efervescência em relação ao futebol por força de a Seleção Brasileira ter chegado a três finais consecutivas de Copas do Mundo (1994, 1998 e 2002), “o esporte intensificava a sua presença na academia, especialmente nos cursos de Comunicação e Humanidades, como nunca havia ocorrido até então” (MARQUES, 2020, p. 412). Este breve passeio entre as Ciências da Comunicação e os estudos acerca da presença do esporte na Comunicação servem para mostrar que tratamos aqui de um campo ainda bastante jovem e, portanto, pode-se assim dizer, ainda em processo de formação.

        Justamente por esse processo tardio, uma característica ainda transversal à investigação acadêmica sobre Comunicação e Esporte é a proximidade com os campos da Educação Física e das Ciências do Esportes. De acordo com Bueno (2011), que realizou um mapeamento dos grupos de pesquisa em Comunicação em Esporte no Brasil na última década, foram identificados 82 grupos que estudam temas relacionados à Comunicação Esportiva no país. Apenas seis (7,32%) ligados diretamente à Comunicação.

        A grande influência da Educação Física e das Ciências do Esporte nesse campo também se evidencia se analisarmos o perfil e a trajetória acadêmica dos investigadores: 43,9% são oriundos destas áreas, enquanto apenas 15,85% têm formação em Comunicação Social.

        Apesar de haver alguma sinalização de uma mudança em curso, conforme mostraremos adiante, Borges (2020), embasado a partir da pesquisa de Bueno (2011) e trazendo análise atualizada sobre o tema, afirma que “com exceção de alguns temas muito específicos, a bibliografia sobre Comunicação e Esportes no Brasil não é muito abundante” (BORGES, 2020, p. 318). Fortes (2011) acrescenta que, do ponto de vista acadêmico, “este terreno permanece tal qual amplas extensões do território brasileiro: um latifúndio improdutivo – com a diferença de que, ao contrário do campo rural, o científico conta com escassa mão de obra disposta a lavrá-lo” (FORTES, 2011, p. 599).

        Marques e Rocco Junior (2014) explicam que a baixa produtividade na academia também é corroborada, em certa medida, pelo próprio mercado:

[...] uma vez que o campo do jornalismo brasileiro também cresceu e solidificou-se enxergando o esporte como um assunto pertencente a uma editoria igualmente “menor”, especialmente quando sua temática é confrontada com as “editorias importantes” (como Política, Economia, Internacional etc.). (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014, p. 361)

        De acordo com os autores, as explicações para isso têm a ver com o fato de o esporte ser visto, para diversos outros pesquisadores, como um objeto excessivamente mercantilizado e alienante. “Essas leituras, em maior ou em menor grau, foram balizadas pelos conceitos marxistas-frankfurtianos (que fundamentaram a chamada Escola Crítica), em busca dos sentidos e das relações do esporte no seio da sociedade da cultura de massas” (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014, p. 361).

        Num estudo mais recente, Marques (2020) reforça que o pouco prestígio das pesquisas sobre o esporte no campo da Comunicação e das Ciências Humanas pode ter relação com a tradição dos estudos sobre o tema que predominou no Brasil nas décadas de 1960, 1970 e 1980, baseada numa visão neomarxista sobre o fenômeno esportivo. Neste sentido, preferiram “destacar os aspectos em que o esporte está associado à disciplina e a alienação, como fruto da sociedade pós-Revolução Industrial do século XIX” (MARQUES, 2020, p. 410).

        Apesar do olhar um tanto quanto “apocalíptico”, podemos apontar que, ao longo das últimas duas décadas, uma série de iniciativas tem surgido a fim de trazer luz a novos debates e, consequentemente, novas pesquisas acerca da comunicação e do jornalismo esportivo. Borges (2020) aponta que, por exemplo, três revistas dedicaram dossiês temáticos na última década fomentando a pesquisa na área: Estudos em Jornalismo e Mídia (v. 11, n. 2, 2014); Âncora (v. 4, n. 1, 2017); e Communicare (v. 8, n. 1, 2018). Mais recentemente, em 2021, acrescentamos, a Revista Sobre Jornalismo – About Journalism – Sur le Journalisme, que publicou o dossiê “As escritas do Jornalismo Esportivo” [6].

        É verdade que ainda se trata de um número ínfimo - em um universo de 76 revistas em Comunicação no Brasil contabilizadas por esta pesquisa apenas no ano de 2023. Mas podemos observar que, de certa forma, remete também a uma sinalização de que há uma evolução em curso, especialmente a partir de 1996, quando surge a proposta de criação do GT “Mídia e Esporte” na Intercom com o fomento de novas produções na área.

        Um espaço relevante nasceu com a criação, em 2013, do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), na Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS/UERJ). A iniciativa é coordenada por membros do grupo de pesquisa Esporte e Cultura que, desde 1998, analisa a relação entre mídia, idolatria, identidade nacional e local e o esporte.

        Inspirado no LEME, foi desenvolvida, em agosto de 2020, a Rede Nordestina de Estudos em Mídia e Esporte (ReNEme), com o objetivo de fortalecer e dar visibilidade às pesquisas desenvolvidas por estudantes da região. No ano seguinte, inspirada na iniciativa regional do ReNEme, nasceu o “Setor Norte – Futebol e Pesquisa”, com finalidade semelhante para os pesquisadores nortistas.

        Não é nosso objetivo fazer um mapeamento dos estados, universidades ou regiões que mais ou menos contribuem para a pesquisa acerca do jornalismo esportivo no país, tampouco mapeamos estatisticamente os subtemas que emergem dentro do nosso campo de pesquisa, embora, evidentemente, pontuaremos os mais destacados.

        É relevante também mencionar que, durante o nosso levantamento para esta pesquisa, deparamo-nos já com algumas análises sobre o panorama dos estudos sobre a ligação entre Comunicação e Esporte.

        Nos Anais do Congresso da Intercom encontramos pesquisas similares ao nosso artigo. Guerra, Helal e Paschoalino (2017) analisaram os caminhos da pesquisa acadêmica nos programas de Pós-Graduação de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Vaver, Galvão e Gurgel (2020), por sua vez, trazem levantamentos e reflexões sobre o ensino do jornalismo esportivo no país. No ano seguinte, Ehrenberg (2021) apresenta um levantamento sobre o estado da arte da pesquisa nacional em comunicação organizacional no segmento esportivo. Todas contribuições ímpares e que ajudaram, de alguma forma, a nortear, direta ou indiretamente, esta pesquisa.

Procedimentos metodológicos

        Para realizar este estudo, além de uma pesquisa bibliográfica e documental, optamos pela análise de conteúdo (BARDIN, 2011). Dividimos as técnicas de coletas de dados em duas dimensões estruturais: 1) a pesquisa quantitativa com base nos números disponibilizadas nos repositórios on-line gratuitos de Intercom, SBPJor, COMPÓS, Capes e BBDT; 2) e, a segunda, o trabalho qualitativo, com a análise das informações disponibilizadas nesses canais.

        Para o início da pesquisa empírica, o primeiro passo foi definir o período de análise, sendo escolhido o intervalo entre os anos 2001 e 2022, a fim de serem estudadas as publicações mais recorrentes neste século, para dar um panorama significativo da pesquisa acerca do tema no Brasil.

        Em seguida, definimos os cinco canais para realizar a filtragem das publicações que envolvem o jornalismo esportivo. Primeiramente, o repositório da Capes, um dos maiores acervos científicos virtuais do país, que reúne e disponibiliza 49 mil periódicos com texto completo; a seguir incluímos a BBDT, com 799.714 documentos – sendo 584.546 dissertações e 215.168 teses. Ambos os dados são de abril de 2023.

        Depois, optamos também por trazer à pesquisa os Anais de três dos mais importantes congressos de comunicação e/ou jornalismo no Brasil. Escolhemos a COMPÓS, cujo encontro anual constitui-se historicamente como o mais relevante evento em termos de profundidade das discussões acadêmicas e do avanço do estado da arte do campo da Comunicação no Brasil (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014); a SBPJor, única que reúne, anualmente, pesquisadores especificamente do campo do Jornalismo; e o Intercom, maior evento do gênero na América Latina e único com uma peculiaridade para a nossa pesquisa, porque possui um grupo de pesquisa dedicado à temática “Comunicação e Esporte”.

        As palavras-chave que serviram de direcionamento, seja com utilização total ou parcial pela pesquisa, conforme explicaremos a seguir, foram: “Jornalismo esportivo”, “Esporte”, “Sport”, “Futebol”, “Copa”, “Olimpíada”.

Grupo 1: SBPJor e COMPÓS – Nos portais onde estão hospedados os artigos a SBPJor e da COMPÓS é necessário percorrer ano a ano os Anais de cada evento, utilizando-se da ferramenta de atalho do Windows “Ctrl+F” e digitando os termos de pesquisa elegidos. Somente a partir deste recurso, analisando títulos, resumos e palavras-chave, página por página, é possível chegar ao resultado esperado. Não existe na tecnologia desses Anais, por exemplo, uma ferramenta de busca centralizada em que se coloca uma palavra e os resultados surgem condensados. Portanto, há um forte componente manual nesta pesquisa;

Grupo 2: Intercom – Como já destacado anteriormente, a Intercom criou o Grupo de Pesquisa (GP) “Mídia e Esporte” voltado para os trabalhos reunindo as duas temáticas. Optamos, então, por desenvolver a análise dos Anais do evento da Intercom de maneira distinta, não se utilizando de termos ou palavras-chave (BARDIN, 2011), mas contabilizando e analisando todas as publicações inseridas nesse GP desde que dentro do nosso recorte temporal (2001 a 2022). Ainda que uma parte delas remetesse muito mais a campos como da Sociologia ou Educação Física, todas as publicações possuem maior ou menor grau com o campo da Comunicação pela sua relação interdisciplinar (BORGES, 2020);

Grupo 3: Capes e da BBDT – Aqui há outra especificidade: tanto a Capes, quanto a BBDT possuem plataformas de busca mais avançadas e centralizadas, que permitem realizar a pesquisa de maneira mais precisa a partir de um único termo escolhido. Neste caso, o termo que mais remete à essência da nossa pesquisa é “jornalismo esportivo”. Caso elegidas variações - como “Futebol”, “Copa” ou “Olimpíada” - uma série de repetições de publicações poderiam ser computadas sem que a pesquisa conseguisse o resultado necessário para quantificá-las corretamente, visto que há uma limitação de recursos para filtros das ferramentas de busca de ambos os repositórios.

Apresentação dos dados e análises

        Começamos a apresentar o nosso levantamento a partir dos congressos da SBPJor, único com o recorte temporal mais curto do que o proposto na metodologia. Embora promova congressos nacionais anuais desde 2003, a Associação só disponibiliza no site os Anais dos eventos realizados a partir de 2012. Sendo assim, em vez de 22 Anais, analisamos somente 11. No período, tivemos 33 artigos relacionados ao tema jornalismo esportivo, num universo de 2.268 publicados, o que representa 0,69% do total apresentado no único congresso que reúne Grupos de Trabalho voltados exclusivamente à pesquisa de jornalismo no Brasil.

        Na SBPJor, as modalidades de apresentação de trabalhos são as Comunicações Livres e as Sessões Coordenadas das Redes de Pesquisa. No período analisado foram realizadas 190 Sessões Coordenadas, nenhuma voltada para o jornalismo esportivo – mesmo que, durante os anos analisados, o Brasil tivesse sido sede de eventos de impacto mundial, como os Jogos Mundiais Militares (2011), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016).

        Entre 2013 e 2018, anos em que foram promovidas três dessas grandes competições, houve um total 17 publicações na SBPJor sobre jornalismo esportivo. Desse total, 11 foram realizadas a partir de pesquisas que analisaram cobertura de periódicos como O Globo, Folha de São Paulo, The Guardian, Le Monde e Jornal Nacional ou de fatos que remeteram ao silenciamento da imprensa em torno de abordagens ligadas aos megaeventos.

        No geral, observamos que a maioria das publicações teve origem na região Sul, com 12 artigos (36,36%). Seguiram, na ordem, o Nordeste e o Sudeste, com nove (27,27%); e o Norte, com um (3,03%). Houve, ainda, uma publicação de origem portuguesa e outra sem origem informada. A região Centro-Oeste não contribuiu com o campo. Neste mesmo âmbito, observamos que a maioria das publicações (27) são assinadas por homens (56,25%); enquanto 21 são de autoria de mulheres (43,75%). A predominância dos trabalhos é de mestrandos e doutores (16, cada), o que representa 33,33%, seguidos por nove doutorandos (18,75%), cinco mestres (10,41%) e dois graduados (4,16%).

        A maior parte das publicações tratam de estudos de representações sociais no jornalismo, com ênfase especialmente nas questões de gênero, com oito artigos do universo de 33 (24,24%). Todas essas publicações decorreram a partir de 2017, o que aponta para um notável crescimento no interesse sobre a cobertura dos canais de comunicação acerca de temas como o futebol feminino e a presença de mulheres como protagonistas na comunicação (como repórteres, comentaristas ou narradoras).

        Apesar de ser um congresso voltado para a pesquisa em Jornalismo, as análises com foco nas Teorias do Jornalismo tiveram apenas três publicações no universo da nossa pesquisa, sendo duas delas mais ligadas às rotinas (newsmaking) e outra sobre agendamento (agenda-setting).

Tabela 1 – Desenvolvimento quantitativo das publicações na SBPJor.

https://bit.ly/41CJaM5 

Fonte: Os autores (2022).

        A COMPÓS, que tem como um de seus objetivos principais o fortalecimento e a qualificação crescentes da Pós-Graduação em Comunicação no país, também não possui um Grupo de Trabalho exclusivo para os estudos sobre jornalismo esportivo. No site da associação, é possível ver as ementas fixas de 24 GTs – nenhuma ligada ao desporto.

        Desde que foi criada em 16 junho de 1991, a Associação nunca dedicou um GT para essa finalidade. Apenas neste século, 306 GTs foram realizados em 22 edições do congresso da Associação, com 3.035 publicações, sendo 13 (ou 0,43%) relacionados à mídia esportiva. Os trabalhos foram, predominantemente, publicados no eixo temático “Comunicação e Sociabilidade”.

        Os autores com mais publicações foram Ronaldo Helal (três vezes) e Édison Gastaldo (quatro), referências na área. Esses trabalhos, em geral, recorrem a questões ligadas essencialmente ao futebol como parte construtora da identidade nacional, sendo a mídia fundamental para o processo de evolução de ambos os lados – um alimentando o outro. Para isso, trazem nas publicações assuntos como a produção do cinema sobre o esporte, mitos, idolatria, sociabilidade, a própria construção mídia esportiva, além da dupla Seleção Brasileira/Copa, temáticas quase sempre associadas à Sociologia do Esporte e aos processos culturais.

        Os demais estudos observados remeteram também às aproximações entre comunicação e mídia e os Estudos Sociais em Ciência e Tecnologia (como análises sobre a repercussão do uso do VAR na Copa 2018); os eSports (esportes eletrônicos); além de masculinidades no ambiente do futebol (sob a perspectiva de gênero). Neste sentido, vale destacar também que os 13 artigos (em geral, com mais de um autor) recolhidos no nosso corpus foram assinados predominantemente por homens (17) – com mulheres assinando 8 trabalhos. As origens das publicações por região foram Sudeste (6), Sul (5) e Nordeste (2), com uma prevalência superior a 90% de doutores e doutorandos como autores.

Tabela 2 - Desenvolvimento quantitativo das publicações na COMPÓS.

https://bit.ly/3NKksnh 

Fonte: Os autores (2022).

Antes de chegar à Intercom, que demanda, pelo volume, maior imersão, vamos passar aos Periódicos Capes e à BBDT. Conforme explicado na metodologia, optamos aqui pelas buscas a partir do termo “jornalismo esportivo”. O resultado aponta para o crescimento do interesse em torno do tema na academia.

        Na Capes, quando usamos o filtro “últimos cinco anos”, por exemplo, chegamos a 99 resultados (cinco dissertações e 94 artigos), dos 195 totais em 22 anos – ou seja, mais da metade das pesquisas desenvolvidas neste recorte temporal.

        Na BBDT, o cenário é similar: entre 2018 e 2022 foram encontrados 110 (81 dissertações e 29 teses) dos 301 arquivos totais – aqui, observamos a produção de mais de um terço dos trabalhos neste recorte de tempo.

        Para além da questão quantitativa, é historicamente perceptível a relevância de temas que envolvem questões mercadológicas ou a intrínseca relação do esporte como entretenimento como recorrentes.

        Além disso, nos últimos dez anos, a discussão em torno da mulher protagonista no jornalismo esportivo ou do protagonismo das mulheres no esporte – a observar o futebol feminino ou jornalismo feminista – passa a ser uma constante, na nossa visão, fruto de um “momento conhecido como uma nova primavera feminista no Brasil” (JANUÁRIO, 2019, p. 20), quando há uma sensível quebra de paradigma de que futebol é coisa para homem

        Neste ponto, vale destacar que o sistema de buscas não possui filtro para apontar o número de produções por gênero. Por outro lado, é possível ver a origem das universidades que publicam os trabalhos. Neste sentido, realizamos um recorte das dez primeiras universidades ranqueadas na BBDT, com 94 publicações no Sudeste, 45 no Sul e 13 no Nordeste. Respectivamente, as universidades que mais se destacam em cada região é a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (34), e as Universidades Federais do Rio Grande do Sul (17) e da Paraíba (13).

        O filtro que apresenta o “assunto” nas teses e dissertações aponta que a maioria das publicações neste século dizem respeito predominantemente ao “futebol” (43), seguido por “jornalismo esportivo” (32) e “jornalismo” (18). Na Capes, também há o mesmo filtro, que apresenta uma inversão da predominância do assunto entre 2001 e 2022: primeiro com o “jornalismo esportivo” (57), seguido por “jornalismo” (25) e depois “futebol” (25).

Tabela 3 - Desenvolvimento quantitativo das publicações na Capes e BBDT.

https://bit.ly/3NMInTc 

Fonte: Os autores (2022).

        Por seu caráter único como espaço ofertado aos estudos da Comunicação Esportiva no Brasil, a Intercom poderia, facilmente, ser escolhida sozinha para um artigo – como aliás fizeram em 2014 os professores José Marques e Ary Rocco Júnior – ou mesmo para um trabalho com maior fôlego, como uma dissertação, por exemplo.

        Criada em 1977, a Intercom viu nascer, em 1996, a proposta de criação do GT “Mídia e Esporte”, sob a coordenação do Prof. Dr. Sérgio Carvalho, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). No ano seguinte, o grupo teria o seu primeiro funcionamento e “ao longo deste período, houve uma aproximação entre as ciências da comunicação e o esporte dentro da Intercom, numa relação recheada de encontros e desencontros” (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014, p. 353).

        Em 2006, o então chamado Núcleo de Pesquisa (NP) foi excluído nos dois anos seguintes. Àquela altura intitulado “Comunicação e Esporte”, o NP passava a ser apenas uma seção interna de outro núcleo, o de Comunicação Científica. Decisão tratada como “no mínimo esdrúxula” por Marques e Rocco Júnior (2014, p. 364). O GT voltaria em 2009 e, até hoje, segue de forma ininterrupta.

        Em 2012, pela primeira vez, a área de Comunicação e Esporte foi definida pela Diretoria Científica da entidade como do tema central dos eventos que seriam realizados naquele ano: “Esportes na Idade Mídia: diversão, informação e educação”. Diferentemente dos demais congressos sobre Comunicação, o Intercom foi o único a admitir o caráter ímpar da sequência de megaeventos esportivos no país e o impacto disso para o campo.

        Em 2012, o número de artigos publicados no GT Comunicação e Esporte ganhou um recorde: 33 – mais do que o triplo de 11 anos antes, em 2001 (10). Em 2015 e 2016, no auge, foram 50 artigos em cada edição do evento, o que remete também a uma queda acentuada em 2022, quando foram 21 publicações – o menor número desde 2010. De fato, conforme já apontado, há uma oscilação histórica no tratamento e relevância dados ao tema.

        Em sua maior parte, os trabalhos dizem respeito a eventos, ou focam em temáticas como gênero, racismo, clubes, atletas; ou abordam o caráter do esportista como herói ou vilão. Neste contexto, ganha visibilidade, nos últimos anos, o interesse pelo futebol de mulheres. Em 2019, no Mundial da França, o evento bateu recordes de audiência no Brasil e foram atestadas mudanças nos critérios de noticiabilidade sobre o tema (LEAL, 2020).

        Para balizar o impacto desta competição, realizamos um comparativo entre os anos 2020, 2021 e 2022 e os anos de 2010, 2011 e 2012. Nos anos pré-Copa do Mundo 2019, o total de artigos sobre o futebol de mulheres foi de zero; nos anos seguintes ao Mundial Feminino, o número passou para sete.

        No mesmo âmbito, os estudos sobre a participação das mulheres no desporto, seja como atleta, treinadora, torcedora ou a própria inserção das mulheres no jornalismo esportivo, deu um salto de um para 27 quando comparados os referidos períodos.

        Por fim, um último paralelo, com fim similar, desta vez entre 2010 e 2020 para atestar de vez uma maior abertura às mulheres neste meio historicamente masculino e machista (JANUÁRIO, 2019): em 2010, os artigos publicados foram assinados por 16 homens e três mulheres; dez anos depois, as mulheres assinaram 21 artigos em comparação a 20 assinados por homens.

        É importante ressaltar que esse fenômeno relativo ao aumento da participação feminina já havia sido observado por Marques e Rocco Júnior (2014), que apontaram, em 2014, que 53% dos trabalhos inscritos no GP continham participação feminina.

        Cada vez mais é possível também observar variedades com pesquisas sobre outros esportes e competições para além das ligadas especificamente ao futebol. É o caso dos Jogos Paralímpicos e Olímpicos, do rugby e das artes marciais, por exemplo. Também são perceptíveis publicações regionalizadas, como pesquisas sobre a cobertura de competições como a Copa do Nordeste, ou relativas a determinadas torcidas antifascistas.

        Apesar deste mencionado crescimento, é possível notar que a grande maioria dos estudos segue sendo destinado ao futebol masculino. Em 2002, sete de 12 artigos e, em 2012, 19 de 33 estudos (ambos 58%) tinham o futebol de homens como pano de fundo. Em 2022, o número caiu, mas a predominância seguiu: dos 21 artigos, dez deles (47%) eram deste tema, englobando assuntos como direitos de transmissão, cobertura jornalística de competições, eventos, partidas, atletas, treinadores, torcida.

        De modo geral, esses artigos, abordam questões relativas ao consumo de bens simbólicos, às representações e construções sociais, às representações culturais, às sociabilidades, às assessorias de imprensa, ao marketing esportivo, ao impacto da audiência para a produção da notícia, à comunicação organizacional dentro do esporte, e às teorias do jornalismo.

        Relativamente ao último ponto, é importante destacar que dentro da Intercom existe também o GT “Teoria do Jornalismo”. No GT “Comunicação e Esporte” são raros os artigos que são referentes às rotinas produtivas, aos agendamentos, ou às questões organizacionais. Neste sentido, destacamos três artigos: O esporte como uma construção específica no campo jornalístico, de Borelli (2002), cujo objeto é fazer uma reflexão do esporte como uma construção específica do campo jornalístico; O papel do Jornalismo nos megaeventos esportivos, de Gurgel (2012), que resgata as relações entre a comunicação e o esporte, dando ênfase à cobertura jornalística dos megaeventos esportivos; e Noticiabilidade, valor-notícia e seleção noticiosa no jornalismo esportivo, de Neves (2020), que propõe uma revisão bibliográfica para diferenciar os conceitos ligados às noticiabilidades.

        A investigação sobre Comunicação e Esporte no Brasil tem marcada interdisciplinaridade (BUENO, 2011; BORGES, 2020). E, por isso, acreditamos que as variantes temáticas que se aplicam no GT que estuda a comunicação esportiva pode ter relação com outros campos, como os da Educação Física, a Sociologia, a Antropologia ou a História, desde as suas origens.

Os objetivos do GT Mídia e Esporte, em seus primórdios, eram discutir a possibilidade ou as estratégias de união de conhecimentos fragmentados e/ou segmentados na Comunicação e na Educação Física. Institucionalmente, o grupo buscava interpretar os fenômenos sociais veiculados pelos meios de comunicação, suas interações e consequências na e para a educação física e o esporte. (MARQUES; ROCCO JUNIOR, 2014, p. 358)

        Vale pontuar que a ampliação das fronteiras dos temas de interesse na relação Comunicação e Esporte também são vistas na comunicação organizacional, mercadológica – patrocínios, questões de transmissão –, assessoria de imprensa, questões de gênero e outros. Apesar de não ser o nosso alvo, também podemos pontuar que habilitações da Comunicação como Publicidade, Marketing e Cinema foram contemplados no GT Comunicação e Esporte, embora em menor número.

        Por fim, como método de análise destacamos que há uma predominância nos artigos pela Análise de Conteúdo, seguida pela Análise do Discurso como as mais utilizadas, sendo os aspectos qualitativos maiores que as análises quantitativas.

Tabela 4 - Desenvolvimento quantitativo das publicações na Intercom.

https://bit.ly/3RZDwjV 

Fonte: Os autores (2022).

Considerações Finais

        Nesta pesquisa, nos propusemos a traçar um panorama acerca do desenvolvimento dos estudos sobre jornalismo esportivo e dos avanços para a consolidação da área no Brasil. O que os dados mostram, ao longo de 21 anos, é que existe ainda uma falta de espaços, como Grupos de Trabalhos, em congressos como a COMPÓS ou a SBPJor para ampliar a discussão acerca deste campo. Com números respectivos de 0,43% e 0,69% de publicações acerca do jornalismo esportivo no universo de artigos neste século, os dois eventos científicos reforçam a ideia de que a Comunicação Esportiva segue tendo um olhar “marginal” quando comparado a temáticas “importantes” como Política, Economia, Internacional, entre outras.

        A década passada, permeada pelos chamados megaeventos mundiais sediados no Brasil, poderia ter sido um momento para a criação de novos Grupos de Trabalho ligados aos esportes e comunicação nos congressos da área e para abertura, por exemplo, de novos dossiês temáticos nas revistas especializadas.

        Por outro, é inegável a relevância constante da Intercom para dilatar os espaços oferecidos a novas abordagens teórico-metodológicas e para a inserção e fomento de pesquisadores e pesquisas acerca do jornalismo esportivo nos seus eventos e anuais. Ao todo, o grupo contribuiu com mais de a metade dos trabalhos sobre o jornalismo esportivo no Brasil neste século – dentro do recorte proposto por esta pesquisa.

        É importante pontuar, por exemplo, o crescimento no número de mulheres publicando na Intercom. Com movimentos sociais que buscam a ressignificação do papel da mulher na sociedade (JANUÁRIO, 2019), novos espaços foram abertos a temáticas feministas, ao futebol de mulheres, e consequentemente mais pessoas desse gênero passaram a se fazer presentes para discutir o tema.

        Se os congressos apresentam essa realidade, os periódicos da Capes e da BBDT apresentam um cenário mais animador, mostrando uma tendência, em especial nos últimos anos, para que o jornalismo esportivo se torne um campo cada vez mais fértil.

Notas

[1] Disponível em: <https://bit.ly/41y0iCP>. Acesso em 27 abr. 2023.

[2] Disponível em: <https://bit.ly/4aEyb8X>. Acesso em 27 abr. 2023.

[3] Disponível em: <https://proceedings.science/compos>. Acesso em 27 abr. 2023.

[4] Disponível em: <https://bit.ly/3tsxBdH>. Acesso em 27 abr. 2023.

[5] Disponível em: <https://bdtd.ibict.br/vufind/>. Acesso em 27 abr. 2023.

[6] Publicado em: <https://bit.ly/3Nwfni7>. Acesso em 24 jun. de 2023.

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