Editorial

Gabriela Borges[1]

A primeira edição de 2023 da Revista Lumina apresenta o Dossiê Educação Mediática: experiências e desafios no contexto iberomericano e quatro artigos do fluxo contínuo, que expõem estudos desenvolvidos sobre a vacina Covid-19 no Facebook, além de análises da cultura pop, fílmica e jornalística.

O dossiê, organizado por Heleny Méndiz Rojas, da Universidad Católica del Norte no Chile, Jorge Abelardo Cortés da Universidade Autônoma de Chihuahua no México e Márcia Barbosa da Silva da Universidade Estadual de Ponta Grossa, foi preparado como parte das atividades desenvolvidas no âmbito do VI Congresso da Rede Interinstitucional Euroamericana de Competências Midiáticas para a Cidadania (Alfamed) realizado em Arequipa, no Peru, em 2022, cujo tema foi Redes Sociais e Cidadania: Ciberculturas para aprender.

Com textos de docentes e pesquisadores de diferentes países, tais como Argentina, Colômbia, México, Espanha, Portugal e também Brasil, o dossiê apresenta reflexões tanto teóricas quanto sobre o saber fazer, por meio do relato de experiências de educação midiática desenvolvidas para diferentes públicos, tais como famílias, adolescentes, alunos e docentes universitários, procurando não apenas mapear práticas nos diferentes países mas também apontar os desafios dos processos de aprendizagem no âmbito da cultura digital no atual estágio do capitalismo avançado.

No fluxo contínuo, um grupo de pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz, Universidade Federal Fluminense e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro apresenta os resultados de estudo desenvolvido no Facebook sobre a vacina Covid-19. Foram analisadas publicações compartilhadas no Facebook nos dias 16 e 17 de janeiro de 2021, que marcam a aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o início da campanha de vacinação no país, a fim de investigar os principais posicionamentos e temáticas que emergiram no debate público online. Esta pesquisa contou com o apoio do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, com apoio da Faperj e do CNPq.

Pesquisa de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba examina o modo como a representação da(s) mulher(es) é elaborada na produção artística das Spice Girls, grupo que marcou o final dos anos 1990, por meio das teorias pós-críticas do currículo, os estudos pós-estruturalistas de gênero e os estudos da Comunicação.

Esta edição apresenta também uma análise do primeiro longa-metragem ficcional de Helena Solberg: Vida de Menina (2003), procurando debater o papel das mulheres em relação ao casamento, trabalho e beleza por meio do conceito de fantástico. Argumenta assim que a personalidade da protagonista constrói uma alegoria para as opressões de gênero.

E, por fim, uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro explana sobre a análise das narrativas veiculadas pelos jornais O Globo e Folha de São Paulo sobre a invasão da polícia militar à festa funk em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, em 2019, quando foram assassinados nove jovens e doze ficaram feridos.

Desejamos uma excelente leitura!

Expediente

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Capa

Hsu Ya Ya

Imagem da Capa

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Projeto Gráfico

Carlos Eduardo Nunes


[1]1 Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação/UFJF e editora da Revista Lumina. E-mail: gabriela.borges@ufjf.edu.br.