Editorial

Gabriela Borges[1]

 

Esta nova edição da revista Lumina traz algumas novidades. Temos uma nova comissão editorial composta pelos professores Paulo Roberto Figueira Leal, Letícia Torres e Jhonathan Mata e dois novos bolsistas se juntaram à Daiana Sigiliano e Ana Paula Dessupoio no apoio às nossas atividades, Leony Lima e Daniel Aguiar.

O dossiê História, Memória, Comunicação – entre crises e críticas organizado pelos professores Ana Regina Rego, Marialva Barbosa e Igor Sacramento foi organizado a partir das atividades do XIII Encontro Nacional de História da Mídia da Rede Alcar, sediado pelo PPGCOM da UFJF em 2021. A apresentação do dossiê introduz a discussão trazida pelos oito textos selecionados entre as mais de vinte propostas recebidas.

Além do dossiê, os artigos do fluxo contínuo trazem contribuições relevantes para o campo da comunicação seja nas suas discussões teóricas e epistemológicas ou nas suas análises empíricas.

O artigo A cientificidade nos estudos de comunicação: A virada na reflexão brasileira de Francisco Rüdiger apresenta uma reflexão sobre as contribuições de Eduardo Neiva, Tiago Quiroga e Efendy Maldonado na construção do estatuto epistemológico da comunicação enquanto área de conhecimento no Brasil.

Kátia Viviane da Silva Vanzini e Danilo Rothberg avaliam a qualidade da informação relativa às políticas públicas direcionadas à juventude em portais web de governo e verificam se a comunicação favorece o diálogo entre jovens e governos.

Adilson Vaz Cabral Filho e Jaqueline Suarez Bastos apresentam uma pesquisa que acompanha a atuação dos coletivos de mídia alternativa Ponte Jornalismo e Jornalistas Livres. Por meio da análise do modo de produção do conteúdo jornalístico e de entrevistas com os realizadores reflete sobre o viés alternativo como um articulador que reforça as dimensões independente, comunitária ou contra-hegemônica destas iniciativas.

O artigo de Tarcízio Macedo propõe o debate sobre os movimentos de apropriação lucrativa do tempo de lazer de fãs, convertido em força de trabalho gratuito. Apresenta um modelo teórico conceitual para analisar a sociodinâmica das culturas participativas a fim de compreender as suas formas, práticas e atores e revelar a estrutura e arquitetura de exploração de uma rede de atividades laborais nas culturas participativas.

Desejamos a todos uma boa leitura!

Gabriela Borges

 



[1] Professora do Programa de Pós Graduação em Comunicação/UFJF e editora da Revista Lumina. E-mail: gabriela.borges@ufjf.edu.br