v. 21 n. 1 (2015): Locus - Revista de História
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Modernização histórica, modernidade gráfica e tradição literária: a cultura brasileira de massa na literatura de Guimarães Rosa

Publicado 2016-06-29 — Atualizado em 2021-04-23

Versões

Palavras-chave

  • História,
  • Literatura,
  • Cultura

Como Citar

Fagundes, Bruno Flávio Lontra. (2016) 2021. “Modernização histórica, Modernidade gráfica E tradição literária: A Cultura Brasileira De Massa Na Literatura De Guimarães Rosa”. Locus: Revista De História 21 (1). https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20784.

Resumo

Numa perspectiva de análise que considera literatura e seus suportes de publicação inseparáveis, este artigo refere-se à literatura de Guimarães Rosa como tributária de códigos e matrizes eruditas, e também de uma cultura de massa brasileira, dos anos 1940 e 1950. Em alguma medida esteticamente devedora de artistas plásticos que ilustram seus livros, presumidamente disponível para intensas trocas intertextuais dos anos do Após-Guerra e trocas intelectuais do pensamento social do Brasil interpretado a partir dos anos 1930, à literatura de Guimarães Rosa pode-se acrescentar a intervenção de itens e materiais identificados a uma cultura de massa, evidentemente retrabalhados pelo escritor no registro de sua invenção e de seu fazer artístico erudito e pluriliterário. Pode-se avaliar, assim, numa época de grande interação de textos artísticos e interpretativos do Brasil à disposição das artes, a sofisticação com que o escritor, pela verdade própria da literatura, pôde figurar o Brasil, revisando a máxima da impossibilidade literária de interação erudição e massa numa obra da qual a crítica fixou uma tradição analítica que a identifica mormente com a erudição. Não é só dos materiais da erudição que vive a obra rosiana. Evidenciar isso é o principal propósito deste artigo.

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