https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/issue/feedLibertas2025-06-30T18:09:36+00:00Equipe Editorial Libertasrevista.libertas@ufjf.brOpen Journal Systems<p align="justify">A revista<strong> Libertas</strong>, criada em 2001, é uma publicação semestral da Faculdade de Serviço Social e do Programa de Pós Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora. Seu objetivo é estimular o intercâmbio da produção intelectual, de conteúdo crítico, produzida a partir de pesquisas empíricas e teóricas, no âmbito brasileiro e internacional, sobre temas atuais e relevantes da área do Serviço Social e das Ciências Sociais e Humanas, com as quais mantém interlocução.</p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/49255Realidade Brasileira e Serviço Social2025-06-27T15:05:04+00:00Bruno Bruziguessibrunobruziguessi@ufjf.brLuciano Cardoso de Souzaluciano.souza@ufjf.brAlexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eirasalexandra.eiras@ufjf.brIsaura Gomes de Carvalho Aquinoisauraaquino@gmail.com2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Bruno Bruziguessi, Luciano Cardoso de Souza, Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras, Isaura Gomes de Carvalho Aquinohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/49127Ofensiva da direita, crise da democracia e ameaças às conquistas civilizatórias2025-06-16T17:54:54+00:00Ana Elizabete Fiuza Simões da Motabmota@elogica.com.br<p>Neste artigo discorro sobre a ofensiva da extrema direita mundial no âmbito da reação burguesa à crise do capitalismo e identifico a emergência de conservadorismos de novo tipo, assim como uma mudança no modo de operar a democracia burguesa. A cultura política de enfrentamento dessa crise é mediada por ideologias fascistas (Matos, 2020), diretrizes neoliberais, contrarreformas do Estado e estratégias de controle e exploração do trabalho que afetam as condições de vida e a sociabilidade das classes trabalhadoras e subalternas e suas estratégias e táticas possuem significativas diferenciações com o fascismo clássico. Elenco tendências do que estou denominando de conservadorismos de novo tipo (Mota; Rodrigues, 2020) e, ao final, apresento hipóteses que sinalizam os desafios de nosso tempo histórico.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Ana Elizabete Fiuza Simões da Motahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47274Da espontaneidade à direção consciente: a potencialidade das lutas sociais na realidade brasileira2025-02-10T13:12:30+00:00Ivete Simionattoivetesimionatto57@gmail.comEdinaura Luzaedinauraluza@yahoo.com.brFabiana Luiza Negrifabianaluizanegri@yahoo.com.brRaví Calseverini de Toledocalsevtoledo@gmail.com<p>O artigo oferece uma análise dos processos de mobilização e organização de quatro sujeitos políticos que tiveram destaque nas lutas sociais brasileiras nas duas primeiras décadas dos anos 2000. O foco recai sobre a busca por direitos e políticas sociais nas áreas de moradia, educação, saúde e assistência social, temas cruciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Através de uma pesquisa bibliográfica e documental, o estudo revela as dinâmicas de mobilização e organização adotadas por esses sujeitos políticos, bem como suas perspectivas e estratégias de ação. A formação de uma consciência crítica é um elemento central neste processo, pois permite uma articulação mais ampla com outras lutas populares, potencializando a força coletiva e a visibilidade das reivindicações. A conclusão do estudo é particularmente relevante, pois reafirma a importância desses sujeitos políticos não apenas em suas ações específicas, mas também no papel que desempenham na sociedade civil como um todo. Essa análise é fundamental para compreender as dinâmicas das lutas sociais no Brasil contemporâneo, os desafios que ainda permanecem na luta por direitos e na construção de um projeto de sociedade emancipatório.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Ivete Simionatto, Edinaura Luza, Fabiana Luiza Negri, Raví Calseverini de Toledohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/46230Burguesia dependente e crise de hegemonia no Brasil2024-11-05T11:43:37+00:00Isabela Ramos Ribeiroramosribeiro.isabela@gmail.com<p>O artigo em tela trata do papel da burguesia dependente na composição do bloco no poder e na crise de hegemonia estabelecida em 2013 no Brasil, bem como as características dessa crise que perpassa diversos governos. Para isso, foi realizado levantamento bibliográfico em artigos, teses, dissertações e livros que tratam do tema. São apresentados pressupostos acerca da dependência e da hegemonia no contexto brasileiro, para posteriormente compreender a crise econômica a partir de 2011, a crise de hegemonia estabelecida em 2013, durante o governo Dilma, e os embates posteriores entre as frações burguesas que permitem afirmar que a crise ainda está em curso, mesmo após os ajustes internos no bloco no poder.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Isabela Ramos Ribeirohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/45065Neoliberalismo: da direita à esquerda na política brasileira2024-12-05T19:23:23+00:00Daniel Carvalho Silvadaniel.carsilva2001@gmail.com<p>Esta pesquisa propõe uma abordagem crítica ao debater sobre a política neoliberal brasileira, analisando de forma sucinta as conjunturas históricas dos governos Collor, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Em um contexto de governanças assimiladas ao neoliberalismo, o capital amplia seus lucros enquanto a classe trabalhadora permanece subjugada. O resgate da historicidade e dos eventos contemporâneos é essencial para aprofundar a compreensão das dinâmicas do sistema capitalista e suas implicações. A metodologia adotada é de cunho histórico-dialético, fundamentada em bibliografias e documentos.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Daniel Carvalho Silvahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47704A função mistificadora do Produto Interno Bruto brasileiro e o aumento da taxa de mais-valor2025-04-14T21:54:14+00:00Artur Bispo dos Santos Netoartur.neto@ichca.ufal.br<p>: O presente texto pretende prescrutar a peculiaridade da economia brasileira nos tempos hodiernos. Após salientar a capilaridade da relação estabelecida entre noção de crise e conceito do capital e como ela reverbera na realidade brasileira, buscar-se-á apontar os limites das assertivas assentadas nos dados apresentados pelo Produto Interno Bruto (PIB). Particularmente, como a mistificação contida na noção de Produto Interno Bruto tem como vetor essencial apagar as pegadas do capital com o trabalho vivo. Por fim, observar-se-á como os dados apresentados pelo Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos corroboram com as formulações marxianas do capital variável como única forma dotada de capacidade de produção de valor que se valoriza e de reverter a tendência à queda da taxa de lucro. Para corroborar na elucidação da referida temática recorrer-se-á às contribuições de Karl Marx (2013; 2017), Machado (2020; 2021), Krein (2021).</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Artur Bispo dos Santos Netohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47692Escravidão e construção do Estado Nacional: implicações sobre a generalização do trabalho assalariado no Brasil2025-05-12T18:10:57+00:00Alcione Ferreira da Silvaalcionesf36@gmail.com<p>A construção dos Estados Nacionais tem sido foco de análises ao longo da modernidade. No âmago desse movimento, há grandes contribuições sobre a escravidão colonial, que nos auxiliam na compreensão de seus impactos sobre o referido processo. Frente a essas reflexões, objetivamos discutir a relação entre a escravidão da população de origem e ascendência africana e a construção do Estado Nacional Brasileiro, enfocando os impactos dessa relação sobre a racialização do processo de emergência do mercado de trabalho assalariado. Metodologicamente, realizamos pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, em consonância com o método materialista histórico-dialético. A partir desse percurso, inferimos, enquanto aproximações conclusivas, que a escravidão foi um elemento essencial na estruturação e no <em>modus operandi</em> do Estado Nacional brasileiro, marcando a configuração da generalização do trabalho assalariado no Brasil.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Alcione Ferreira da Silvahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47727Particularidades do capitalismo no Brasil: superexploração da força de trabalho, racismo e mito da democracia racial no capitalismo dependente 2025-05-16T18:40:31+00:00Lívia Cintra Berduliviaberdu@gmail.comFlávia Saragiotto Magalhães do Valle flavia.valle@unesp.br<p>Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões a respeito das particularidades do capitalismo brasileiro, dialogando, primeiramente, com categorias clássicas utilizadas nas elaborações sobre o tema, como <em>via prussiana</em> e <em>via colonial</em>, <em>capitalismo tardio </em>e <em>hipertadio</em> e, num segundo momento, capitalismo periférico e dependente, além da noção de superexploração da força de trabalho. Posteriormente, buscamos articular tais reflexões com algumas contribuições provindas da história social do trabalho acerca da conformação da classe trabalhadora brasileira, enfatizando o racismo e o mito da democracia racial enquanto elementos estruturais na consolidação e reprodução do modo de produção capitalista</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Lívia Cintra Berdu, Flávia Saragiotto Magalhães do Valle https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/46478A superação do obstáculo epistemológico: método e ambiguidade2025-01-28T11:41:35+00:00Erykah Rodrigues dos Santos Iturriethenricoi@hotmail.comRafael Cardianorafaelcardiano.aluno@unipampa.edu.br<p><strong> </strong><span style="font-weight: 400;">Findando uma orientação de pesquisa que percorre o tema das identidades pretas e pardas brasileiras, o objetivo deste trabalho está relacionado com a posição parda de ambiguidade centrada como metodologia de análise, além de sua característica fundamental no sistema ideológico racista brasileiro. Portanto, a maneira pela qual se construiu a classificação parda na sociedade brasileira está cheio de variações que precisam ser organizadas partindo de um ponto de vista político-revolucionário, questionando as maneiras antigas de percepção aguerridas pelas ciências sociais, sem esquecer o prisma das estruturas sociais que influem na percepção de leitura dos sujeitos negros brasileiros.</span></p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Erykah Rodrigues dos Santos Iturriet, Rafael Cardianohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47754Formação das sociedades angolana e brasileira: dominação e resistências dos povos originários2025-04-22T21:14:00+00:00Boás dos Santosboas.santos@ucan.eduEdna Maria Goulart Joazeiroednajoazeiro@ufpi.edu.br<p>O presente artigo evidencia as contribuições dos povos originários na formação das sociedades angolana e brasileira, com foco na educação, cultura e identidade, destacando o papel das mulheres na resistência e preservação cultural. Trata-se de um estudo de natureza conceitual, com base na produção da literatura especializada. A análise revela que, no decorrer da história, embora a colonização tenha tentado apagar a herança cultural, os povos originários resistiram, preservando sua língua, cosmologias, saberes e identidades, o que impactou profundamente a educação, cultura e identidade de Angola e do Brasil. Nesse processo, as mulheres desempenharam um papel central, sendo responsáveis pela transmissão de conhecimentos por meio da educação oral, pela preservação de valores tradicionais e pela luta pela autonomia e direitos territoriais, tornando-se protagonistas na resistência e ressignificação cultural. Portanto, o estudo destaca a importância das práticas culturais na construção das identidades nacionais e a necessidade de políticas públicas que garantam os direitos territoriais e culturais desses povos.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Boás dos Santos, Edna Maria Goulart Joazeirohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47735Capitalismo dependente e questão social: apontamentos sobre eugenia e serviço social 2025-05-12T18:47:33+00:00Larisse Miranda de Britobritolarisse@gmail.com<p>Vinculado ao pensamento marxista e ao materialismo-histórico-dialético, através de uma densa pesquisa bibliográfica, este trabalho discute a emergência da questão social e do serviço no social no contexto do capitalismo dependente que surge no Brasil, entre finais do século XIX e início do século XX. Para isso, historiciza-se o surgimento do trabalho livre, da sociedade de classes, das políticas eugênicas no país e seus rebatimentos nos primeiros anos de emergência e consolidação da questão social e do serviço social brasileiro. Os resultados apontam que a emersão da questão social no país, ocorre no bojo de instituição de políticas eugênicas e higienistas que projetavam a identidade nacional como desprovida de qualquer problema racial. Ao mesmo tempo, sinalizam para o impacto da pseudociência eugênica na formação e atuação dos primeiros profissionais de serviço social, além de apontar para a necessária investigação científica em torno do tema.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Larisse Miranda de Britohttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47726A ofensiva conservadora ao pensamento de Antonio Gramsci e o Serviço Social brasileiro2025-03-24T23:41:15+00:00Eliana Andrade da Silvaeliana.silva@ufrn.br<p>Este artigo analisa como a ofensiva conservadora sobre o pensamento de Antonio Gramsci atinge o Serviço Social brasileiro. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados indicam que esta ofensiva objetiva desconstruir o legado de Gramsci, através de deturpações e desqualificação de sua vida e obra. Concluímos que no âmbito do Serviço Social, este movimento ocorre através da emergência de um embate de ideias que põe em xeque a direção ético-política profissional. Essas tendências se apresentam no Serviço Social, reatualizando ideais conservadores na profissão, como anti-intelectualismo, neutralidade política, hiper valorização da empiria e do pragmatismo.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Eliana Andrade da Silvahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47718Gestão social no Brasil de 1988 a 20212025-05-12T22:21:03+00:00Maria Suelen Santosmaria.suellem@gmail.comMariana de Ávila Santosavilamaris3@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo promover uma breve reflexão teórico-histórica acerca dos antagonismos que constituem a Gestão Social no Brasil no período de 1988 a 2021, a partir de produções acadêmicas no âmbito do Serviço Social. O materialismo histórico dialético corresponde ao método utilizado para esta análise e apreensão da temática através do movimento categorial. Os resultados apontam para a reconfiguração de traços históricos e políticos que reforçam o resgate de práticas conservadoras e antidemocráticas que envolvem a Gestão Social no Brasil após a condução do Estado neoliberal, sobretudo, após o golpe parlamentar em 2016, em uma recorrente tentativa de descaracterizar e fragilizar os processos que englobam a materialização da gestão democrática e participativa.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Maria Suelen Santos, Mariana de Ávila Santoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47738Proteção social na realidade brasileira: a assistência social em questão2025-05-19T15:40:37+00:00Ana Carolyna Ribeiro Salescarolynaribeirosales@gmail.comVera Núbia Santosvenus_se@uol.com.brMaria da Conceição Vasconcelos Gonçalveslicavasconcelos@gmail.com<p>A formação social brasileira é marcada, de forma estrutural, pela relação de dependência com os países de capitalismo central e pela herança colonialista. Esses elementos delineiam, de maneira singular, o desenvolvimento capitalista e a manifestação das expressões da questão social na realidade brasileira. Tal dinâmica repercute nas políticas sociais, especialmente na assistência social, cuja estruturação reflete óbices estruturais como o clientelismo, o patrimonialismo e a mediação do favor. À luz do método materialista histórico-dialético, este artigo problematiza como a assistência social incorpora os aspectos da formação social brasileira em sua conformação.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Ana Carolyna Ribeiro Sales, Vera Núbia Santos, Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalveshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/48272A questão ambiental e destrutividade capitalista: o desastre ambiental no Rio Grande do Sul2025-04-23T16:56:11+00:00Letícia Soares Nunesleticia_snunes@hotmail.com Paula Algeri Roithmannpaulaalgeriroithmann@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O artigo debate a relação entre o desenvolvimento capitalista e a intensificação dos desastres ambientais, com foco no Rio Grande do Sul e o desastre de 2024. Através da pesquisa bibliográfica, analisa-se a natureza destrutiva do capitalismo e o aumento dos desastres no mundo, no Brasil, e, em particular, no Rio Grande do Sul. Os resultados indicam que as causas dos desastres vão além de fenômenos climáticos tidos como naturais. Elas são impulsionadas por estruturas da sociedade capitalista e seus impactos destrutivos são distribuídos de forma desigual, afetando segmentos subalternizados, associadas à condição de classe, gênero, raça/etnia. Finaliza-se reforçando a intenção de contribuir para o aprofundamento do debate na categoria profissional, compreendendo os nexos da questão ambiental com a questão social e com a maneira predatória que o sistema do capital se mantém, agravando as desigualdades sociais e a destrutividade ambiental no campo e na cidade.</span></p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Letícia Soares Nunes, Paula Algeri Roithmannhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47729Reassentamento involuntário e desenvolvimento urbano em Belém – Pará2025-03-26T13:01:17+00:00Gizele Cristina Carvalho dos Santosgizelecarvalhoufpa@gmail.comHisakhana Pahoona Corbin hisacorbin@hotmail.com<p>Este artigo discute o reassentamento involuntário em decorrência de Programas de Desenvolvimento Urbano, tendo como enfoque a experiência do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova I, em Belém, estado do Pará. A metodologia adotada incluiu a revisão da literatura sobre reassentamento involuntário e desenvolvimento urbano; pesquisa de políticas de salvaguardas e outros documentos socioambientais do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Grupo Banco Mundial; além da coleta de dados quantitativos nos bancos de dados do BID, Grupo Banco Mundial, Instituto Trata Brasil e IBGE. Os resultados apontam que, apesar das medidas mitigadoras adotadas pelo PROMABEN I, o reassentamento de 92 famílias gerou a ruptura de vínculos com o território de origem e o encarecimento do custo de vida no novo território. A partir das lições aprendidas, o artigo reforça a importância das ações de geração de emprego e renda, visando evitar o empobrecimento de famílias reassentadas.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Gizele Cristina Carvalho dos Santos, Hisakhana Pahoona Corbin https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47731Desigualdade no acesso ao saneamento básico no Brasil: questão social e a dimensão de gênero2025-04-23T12:33:54+00:00Isabel Jardin do Nascimento Andradeisabel.jardin.andrade@gmail.com<p><strong>RESUMO:</strong> O direito à água e ao saneamento básico, entendidos como direitos humanos, são de fundamental importância quando observado o cenário de promoção de direitos da classe trabalhadora no Brasil. Através de um referencial histórico-crítico, ancorado na metodologia dialética de análise do real em sua totalidade, propõe-se neste trabalho inserir a falta de acesso a um serviço de saneamento básico de qualidade, aqui entendido no conjunto maior do abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotamento sanitário, como uma expressão da questão social no contexto da formação social brasileira, e explicitar como a proposta de privatização do serviço de saneamento operada através da Lei nº 14.026/2020 tem o condão de aprofundar as condições de desigualdade em seu acesso. Além disso, procurou-se demonstrar, através da análise da dimensão de gênero, como estas condições de fruição do serviço em pauta afetam, de formas distintas, mulheres, meninas e pessoas LGBTQIAPN+, e como a exclusão associada à água e ao saneamento básico conduz à exclusão de vários outros direitos.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Isabel Jardin do Nascimento Andradehttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47841Atualidade do pensamento educacional de Florestan Fernandes2025-04-29T12:34:00+00:00Raí Vieira Soaresraivieira1993@gmail.com<p>O Brasil é permeado por históricos dilemas educacionais que se particularizam na dinâmica do capitalismo dependente. Assim, o presente artigo trata da atualidade do pensamento educacional do intelectual-militante Florestan Fernandes. Tem como objetivo refletir sobre a atualidade do pensamento educacional deste intelectual para pensar os desafios da educação pública na contemporaneidade. Orientado pelo método histórico-dialético, a pesquisa de natureza qualitativa se baseou em pesquisa bibliográfica sobre o pensamento educacional de Florestan Fernandes e de artigos publicados nos periódicos da área de educação fundamentados no pensamento florestiano. Com isso, demonstrou-se a atualidade do pensamento educacional do autor e as múltiplas possibilidades de diálogo com sua obra para pensar os desafios educacionais contemporâneos no âmbito da educação básica e superior, trabalho docente, as concepções de educação e a conformação da educação na dinâmica do capitalismo dependente brasileiro.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Raí Vieira Soareshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/49282Capa e contracapa2025-06-30T18:09:36+00:00Luciano Cardoso de Souzaluciano.souza@ufjf.brBruno Kellybrunokfoto@gmail.com<p>IMAGEM DA CAPA: KELLY, Bruno. <em>Desmatamento e Queimadas 2020</em>, 12 ago. 2020. (Licença CC BY 2.0).</p> <p>IMAGEM DA CONTRACAPA: SOUZA, Luciano Cardoso de. <em>Sem título</em>, 2019.</p> <p>ARTE CAPAE CONTRACAPA: Luciano Cardoso de Souza. Juiz de Fora/MG, junho, 2025.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Luciano Cardoso de Souzahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/49254Expediente e sumário2025-06-27T15:00:02+00:00Revista Libertasrevista.libertas@ufjf.br2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Libertashttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/49057Considerações sobre o conceito gramsciano de "classes subalternas"2025-06-09T20:57:43+00:00Massimo Modonesimodonesi@hotmail.comAna Lívia Adrianoanaliviass@gmail.comEmilie Faedo Della Giustinaemiliefaedo@hotmail.com<p>Neste texto, Modonesi apresenta considerações acerca do conceito gramsciano de Classes Subalternas, demarcando os fundamentos do debate na obra de Antonio Gramsci, com especial enfase na vinculação desta com a tradição marxista, a perspectiva classista e de totalidade e a lúcida compreensão de que Gramsci não é um teórico da subalternidade, mas da sua superação, uma vez que subalternidade- autonomia - hegemonia são elementos fundamentais para compreensão da processualidade histórica dos subalternos. Conforme o autor, o conceito de classes subalternas nos desafia diretamente ao mesmo tempo que atesta a sua vitalidade teórica e política.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Massimo Modonesi; Ana Lívia Adriano, Emilie Faedo Della Giustinahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47753Filha de Xica Manicongo: entrevista com Adriana Lohanna dos Santos 2025-05-21T16:30:38+00:00Samuel Francisco Rabelosamwrabello@gmail.comAdriana Lohanna dos Santoslohannafashion.com@hotmail.com<p>A entrevista com Adriana Lohanna tem como objetivo compreender os desafios e estratégias de resistência de uma mulher transexual negra e nordestina em sua trajetória social e política. Como primeira mulher transexual a ocupar uma gestão da ENESSO e primeira mulher transexual assistente social de Sergipe, encontrou desafios e estratégias de resistência em sua trajetória, ocupando espaços da gestão estatal e de formulação de políticas públicas. O método utilizado foi a entrevista em profundidade, permitindo que Adriana relatasse sua vivência e destacasse a importância de sua presença em espaços historicamente negados às experiências transfemininas. As conclusões evidenciam que a transfobia estrutural, associada ao racismo, impõe barreiras significativas à inclusão e permanência de travestis e mulheres transexuais em diferentes âmbitos sociais, políticos e profissionais. No entanto, sua resiliência reafirma a urgência da representatividade e da formulação de políticas públicas inclusivas fortalecendo a luta por direitos e equidade.</p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Mulher transexual; Assistente social; Transfobia estrutural. Políticas públicas.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Samuel Francisco Rabelo, Adriana Lohanna dos Santoshttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/45296A recepção do direito à centralização de capital no contexto da produção do espaço urbano2024-11-05T12:41:38+00:00Murilo Amadio Cipollonemuriloamadio8@gmail.com<p>Favorecendo-se do instrumental epistemológico do materialismo histórico-dialético, fundamentado na crítica da forma jurídica estruturada por Evgeni Pachukanis, com a modalidade procedimental que lhe atribui Edelman, consistente em formular desenvolvimentos teóricos a partir da crítica imanente de decisões judiciais – além do suporte teórico de Henri Lefebvre para o entendimento do urbano –, o artigo investiga o processo de recepção do direito à centralização de capital no contexto da produção do espaço. Cuida-se, assim, da crítica do modo pelo qual a forma jurídica reproduz e torna eficaz a infraestrutura econômica pós-fordista, no sentido de expandir as taxas de exploração da classe trabalhadora. </p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Murilo Amadio Cipollonehttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/45802Educação e trabalho: considerações sobre o processo de formação humana2024-12-03T22:10:23+00:00Luiz Carlos de Souza Juniorsouza.luiz@ufjf.br<p>O presente artigo objetiva refletir sobre o processo de formação humana. Assim, busca recuperar o debate sobre a educação a partir da perspectiva de totalidade e de sua relação com o trabalho (em sentido ontológico), com base nos pensamentos de Marx, Lukács e Mészáros, para, com isso, pensar sobre sua importância na construção do homem enquanto um ser social. Para além da compreensão ontológica sobre educação, discute sobre como ela representa um dos temas centrais em nossa sociedade, disputado por classes sociais antagônicas, num contexto político e socioeconômico, que sob a égide neoliberal, impõe crescentes obstáculos para sua efetiva universalização enquanto um direito. Destarte, a partir de uma revisão bibliográfica, conclui que a educação formal, por si só, não representa a totalidade ideológica (é um dos componentes) que alicerça o sistema capitalista e tampouco possui capacidade de construir isoladamente uma alternativa radical de caráter emancipador.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Luiz Carlos de Souza Juniorhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/45835As implicações da organização do trabalho para a interprofissionalidade na saúde mental2024-11-11T12:39:09+00:00Karina Faustino de Carvalho Tetéokarinafct@hotmail.comEdla Hoffmannedla.hoffmann@ufrn.br<p>Este artigo objetiva analisar como as transformações do mundo do trabalho influenciam na materialização do trabalho interprofissional na área da saúde, visto que, em seu processo de desenvolvimento, essa área é marcada pela forte influência do modo de produção capitalista. Apresenta resultados parciais de uma pesquisa de mestrado fundamentada no método dialético-crítico. Trata-se de um estudo de enfoque misto, contemplando uma abordagem quanti-qualitativa, desenvolvida a partir de uma ampla revisão bibliográfica e de pesquisa de campo através de entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontam que grande parte dos dispositivos de saúde mental pesquisados se encontra pautada no trabalho multiprofissional, sem o exercício da interprofissionalidade, pois permanecem centrados em ações individuais, sem trocas e ações integradas entre os(as) profissionais. Tal conjuntura aponta para um cenário complexo e desafiador para a materialização do trabalho, considerando a ausência de uma rede de saúde organizada, efetiva e resolutiva, que garanta ações e serviços contínuos e articulados. </p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Karina Faustino de Carvalho Tetéo, Edla Hoffmannhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/47156O invisível salta aos olhos: saúde mental e residência multiprofissional no Hemorio2025-03-25T19:19:58+00:00Bruna Alves da Mottamottabruna@id.uff.brKeiza da Conceição Nuneskeizanunes@gmail.comIngrid de Assis Camilo Cabralingridcabral.as@gmail.com<p>Este artigo teve como objetivo analisar a percepção dos residentes do programa multiprofissional do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti – Hemorio referente à experiência na residência e suas implicações na saúde mental desses sujeitos. Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter quanti-qualitativo, fundamentado no método crítico-dialético. O estudo está sustentado em análises bibliográficas e pesquisa de campo realizada no período de agosto a setembro de 2023. Verificou-se que 88,2% dos pesquisados tiveram alguma implicação em sua saúde mental. Além disso, o estudo evidenciou as contradições que permeiam a Residência Multiprofissional em Saúde, como também apontou suas potencialidades. Dentre as quais, um importante espaço de formação em saúde, e também um local de sofrimento mental. Desse modo, este trabalho visou contribuir para maiores reflexões e propor realizações de estudos com delineamento interventivo para que essa realidade seja modificada.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Bruna Alves da Motta, Keiza da Conceição Nunes, Ingrid de Assis Camilo Cabralhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/45675Judicialização da saúde pública e trabalho profissional: de estratégia a fluxo institucional2024-09-10T10:55:49+00:00Clara Stephanie Andrade Pereiraboscoliclara@gmail.com<p>Este artigo propõe debater a judicialização na saúde e suas implicações para o campo do trabalho profissional à luz de uma perspectiva crítica e marxiana. Trata-se de um estudo teórico e reflexivo realizado através das metodologias: revisão bibliográfica; qualiquantitativa; e observação participante. Esta pesquisa tem como objetivo contribuir para a produção teórica e crítica no campo das ciências sociais aplicadas e especialmente para o Serviço Social. Destaca-se como principal resultado que o recurso da judicialização é utilizado frequentemente como estratégia de garantia à acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a bens e serviços em saúde. Diante disso, reconhecemos a judicialização como parte da fetichização das relações sociais capitalistas, abordando as contradições do uso deste recurso no campo do trabalho profissional, destacando a necessidade da defesa coletiva pelo efetivo financiamento do SUS.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Clara Stephanie Andrade Pereirahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/46395Do chão à tela: dimensões da proteção social de jovens na pandemia de covid-192024-12-14T22:28:38+00:00Bruna Carolina Silva dos Reisbruna.reis@estudante.ufscar.brSônia Regina Nozabiellisnozabielli@unifesp.brJúlia Bezerra Nunes do Amaraljulia.nunes03@outlook.comPatrícia Leme de Oliveira Borbapatricia.borba@unifesp.br<p>A pandemia de CoVID-19 impôs novas formas de vivenciar a escola que repercutiram no público juvenil, em suas trajetórias escolares e na composição de apoios sociais. Esse texto é resultado de uma pesquisa dedicada a apreender as dimensões da proteção social de jovens de ensino médio neste período. Foram entrevistados seis jovens de duas escolas da rede pública de Santos-SP, que indicam processos simultâneos e contraditórios de proteção e desproteção social, evidenciados nos desiguais acessos à educação, mesmo no interior da escola pública. Para além da escola, família, trabalho, assistência social, território, coletivos juvenis e religião aparecem como dimensões de apoio significativo para atravessar esse período, embora distantes de uma proposta política de garantia de proteção social com acesso universalizado. Ressalta-se a importância de estratégias intersetoriais e em diálogo com as juventudes, em que as diferentes políticas sociais se dediquem a responder suas necessidades de vida.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Bruna Carolina Silva dos Reis, Sônia Regina Nozabielli, Júlia Bezerra Nunes do Amaral, Patrícia Leme de Oliveira Borbahttps://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/46710As teses do VI CBAS de 1989 nas trincheiras da luta antirracista do serviço social brasileiro2025-02-13T17:16:56+00:00 André Henrique Mello Correaahmc.associal2019@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo, valendo-se de pesquisa bibliográfica, tem como direção política e teórico-metodológica, trazer o legado e a atualidade das teses apresentadas no VI CBAS de 1989, evidenciando o pioneirismo de assistentes sociais negras no tensionamento deste debate já em idos dos anos 1980/1990, apontando-o como imprescindível para a profissão. Entendemos que o Serviço Social brasileiro, vive um momento ímpar no fortalecimento de uma direção antirracista, expressa nas agendas políticas das entidades da categoria Conjunto CFESS-CRESS, ABEPSS e ENESSO, bem como, inflexões na produção do conhecimento na área (dossiês temáticos, TCCs, dissertações, teses), o que não elimina desafios de monta para a formação e trabalho profissional, (re)configurando velho-novos dilemas e (des)caminhos. Em síntese, trata-se de um debate que oferece fôlego para a afirmação e defesa do Projeto Ético-Político profissional, em tempos sombrios de avanço do conservadorismo em seu caráter reacionário. </span></p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 André Henrique Mello Correa