Fundamentos históricos, teórico-metodológicos e ético-políticos do Serviço Social
militar, ainda persistem as heranças autoritárias que se evidenciam na polarização social no
cenário político brasileiro”.
Seguindo a publicação dos artigos em fluxo contínuo, a Libertas apresenta a seção Tema
Livre com importantes contribuições acerca de temas que versam sobre a teoria social, as
transformações no mundo do trabalho e as políticas sociais. Abrimos a seção com o artigo de
Álvaro Laine Menéndez, “Ideología y ciencia en el interior de las relaciones de producción
capitalistas”, que propõe uma série de reflexões em torno do conceito de ideologia, indicando
ser mais apropriado, no campo do desenvolvimento de uma questão epistemológica em torno
deste tema, se pensar a relação “ideologia-sociedade” juntamente com a relação “ideologia-
conhecimento”. Destacamos também o artigo de Reginaldo Ghiraldelli e Thais Pereira
Carvalho, “Acidentes de trabalho e (des)proteção social no Brasil”, que objetiva analisar a
intensificação dos acidentes de trabalho no Brasil a partir das transformações no mundo do
trabalho e o desmantelamento da política social, utilizando indicadores referentes ao período
de 2015 a 2024, destacando as diversas modalidades de precarização do trabalho e as diversas
mudanças na legislação trabalhista. Na sequência, temos dois artigos que discutem, por uma
perspectiva crítica, objetivos diferentes estabelecidos pela chamada Agenda 2030 da ONU. O
primeiro é de autoria de Geysa Elane Rodrigues de Carvalho Sá e Edna Maria Goulart Joazeiro,
intitulado “A importância das políticas públicas para a primeira infância enquanto
estratégia voltada à redução da mortalidade infantil no estado do Piauí”, busca analisar os
impactos das políticas da área da saúde voltadas para primeira infância (crianças de 0 a 6 anos)
com intuito de reduzir a taxa de mortalidade infantil no estado do Piauí, destacando a meta 3.2
que integra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, que
estabelece a eliminação de óbitos evitáveis de recém-nascidos e menores de 5 anos até 2030. O
segundo, é o artigo “Somos o futuro do Brasil? O Programa Pé-de-Meia e a Agenda 2030
da ONU”, escrito por Eduardo Cechin da Silva e Rosilaine Coradini Guilherme, que propõe
uma caracterização do Programa Pé-de-Meia, compreendido como um “incentivo financeiro-
educacional, em formato de poupança, para estudantes em tempo integral da rede pública de
ensino médio”, e estabelece relação com dois objetivos preconizados na Agenda 2030 da ONU
que tratam da “educação de qualidade” e “trabalho decente e crescimento econômico”. A partir
dessa análise os autores evidenciam o caráter de focalização e seletividade do programa,
característico dos programas de transferência de renda próprios do receituário neoliberal. Para
fechar a seção, temos o artigo de Iza Maria Pereira; Francisca Felícia Campos Paiva de Lima e
Jean Carlos Dantas de Oliveira, “A educação em saúde na atenção primária e o papel do
assistente social”, que tem como objetivo fazer uma discussão sobre o papel dos assistentes
XVI
Libertas, Juiz de Fora, v. 25, n. 2, p. X-XVIII, jul./dez. 2025. ISSN 1980-8518