Geysa Elane Rodrigues de Carvalho Sá; Edna Maria Goulart Joazeiro
A Agenda 2030 é um plano de ação global adotado pelas Nações Unidas em setembro
de 2015, que consiste em um conjunto de objetivos, metas e indicadores chamados de Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam à continuidade dos avanços da ONU e
estabelecem meios para a promoção de um mundo mais sustentável, equitativo e próspero até
o fim de 2030. Compreendem metas e indicadores que visam abordar sobre os principais
desafios globais e orientar ações impulsionadoras do desenvolvimento sustentável.
Há, portanto, 17 objetivos interligados, que abrangem uma gama de questões sociais,
econômicas e ambientais, como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, saúde, educação,
energia limpa, trabalho digno, cidades sustentáveis, entre outros. Os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) refletem a necessidade de se adotar uma abordagem
integrada e holística, na qual o progresso em um dos objetivos está intrinsecamente relacionado
ao avanço dos demais. Dessa forma, as ações voltadas ao cumprimento das metas são orientadas
em âmbito global, nacional e local.
O aspecto integrado, tanto dos problemas como dos objetivos, enfatiza a importância de
estabelecer parcerias e colaborações entre os diferentes atores, incluindo governos, setor
privado, sociedade civil e organismos internacionais. É essa ação conjunta que possibilita a
construção de um futuro mais próspero e equitativo para as gerações presentes e futuras. Dentre
as áreas, a ODS nº 3 de Saúde e Bem-estar objetiva “assegurar uma vida saudável e promover
o bem-estar para todas e todos, em todas as idades” (ONU, 2015).
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Sob esse prisma, ressalta-se que, em razão do escopo atrelado às suas metas, adota meios
que permitem quantificar o desenvolvimento sustentável no campo da saúde com indicadores
amplamente utilizados, o que permite visualizar como se tem fomentado o desenvolvimento
socioeconômico. Nesse contexto, verifica-se que essa busca por indicadores é essencial, pois,
a partir deles, é possível realizar uma análise situacional sobre a saúde pública:
com os avanços no controle das doenças infecciosas e a melhor compreensão
do conceito de saúde e de seus determinantes sociais, passou-se a analisar
outras dimensões do estado de saúde, medidas por dados de morbidade,
incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida e
fatores ambientais, entre outros (REDE, 2008, p. 13, grifo nosso).
Nesse âmbito, destaca-se a relevância da meta 3.2 das ODS, que propõe, aos países
adotantes, até 2030, “acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de
5 anos” (ONU, 2015). O parâmetro almejado é a redução da taxa de mortalidade neonatal, o
que culmina na necessidade de se reduzir a taxa de mortalidade das crianças com menos de 28
dias de nascido para pelo menos 12 por 1000 nascidos vivos, e da taxa de mortalidade de
crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1000 nascidos vivos.
Libertas, Juiz de Fora, v. 25, n. 2, p. 886-905, jul./dez. 2025. ISSN 1980-8518