Editorial  
Teoria social de Marx, desigualdades sociais e  
Serviço Social  
Prezadas(os) leitoras(es) comprazemo-nos em lhes apresentar o Volume 24, n. 01 da  
revista Libertas, ora publicado, em junho de 2024.  
Para nós foi uma grata satisfação recebermos um conjunto de elaborações que, ao  
dialogarem com a teoria social de Marx, reafirmaram a vitalidade de seu pensamento na  
produção acadêmica e sua enorme contribuição para compreender a realidade atual, nas  
diferentes esferas das relações sociais capitalistas.  
O dossiê Teoria social de Marx, desigualdades sociais e Serviço Social traz a público  
algumas das produções acadêmicas de autoras(es) participantes do “Seminário de Estudos sobre  
O Capital, de Karl Marx” (Centro de Estudos Otávio Ianni/CEOI/Universidade do Estado do  
Rio de Janeiro/UERJ). Esse grupo de estudos foi proposto, em sua total constituição e  
elaboração, pela Dra. Marilda Villela Iamamoto (UERJ), a partir da pesquisa “Reprodução das  
relações sociais e Serviço Social no século XXI(CNPq). A pesquisadora e coordenadora  
acadêmica do grupo de Estudos tem o apoio de uma coordenação colegiada com pesquisadoras  
vinculadas à UERJ, UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e UFRGS (Universidade  
Federal do Rio Grande do Sul).  
Atualmente, o “Seminário de Estudos sobre O Capital, de Karl Marx”, conta com a  
participação de integrantes da pesquisa internacional em rede, “Serviço Social na História”. Na  
primeira etapa foram realizadas as releituras do livro I, O Capital - Crítica da Economia  
Política: o processo de produção do capital e do Capítulo VI Inédito, com 51 participantes,  
vinculados a 09 universidades brasileiras e 06 estrangeiras. Na segunda etapa, o estudo centrou-  
se no livro II, O Capital - Crítica da Economia Política: o processo de circulação do capital,  
que teve a participação de 42 pesquisadores(as) de 7 universidades brasileiras e 2 estrangeiras.  
A terceira etapa, ainda em curso, tem como proposta a releitura do livro III de O Capital -  
DOI: 10.34019/1980-8518.2024.v24.45028  
Esta obra está licenciada sob os termos  
Recebido em: 25/06/2024  
Aprovado em: 26/06/2024  
Editorial  
Crítica da Economia Política: o processo global da produção capitalista e conta com a  
inscrição de 55 pesquisadores(as), brasileiros e estrangeiros.  
Nessas 3 etapas, o objetivo continuou sendo debater o pensamento social de Marx, no  
esforço da análise histórico-crítica das relações sociais capitalistas na atualidade, tendo em vista  
compreender o significado social da profissão de Serviço Social e como se desenvolve o  
trabalho de assistentes sociais.  
Agradecemos a contribuição dessas(es) pesquisadoras(es) integradas(os) na pesquisa  
em rede internacional “Serviço Social na História” e coparticipantes do Seminário de Estudos  
sobre O Capital, que elaboraram quatro artigos constantes do dossiê. Nesse sentido,  
expressamos ainda, nossa gratidão aos autores Iain Ferguson e Michael Lavalette (docentes  
e pesquisadores do Reino Unido) pela cessão para a tradução de seu artigo intitulado ‘Its not  
dark yet but its getting there’: Global crises, social work and resistance. A tradução foi  
coordenada e revisada por Antoniana Defilippo com a participação de Geovanna Canêo,  
Jhulia Salviano da Silva, Pedro Gabriel e Shirleny P. S. Oliveira. Também agradecemos a  
Inez Stampa e Carina Berta Moljo pela entrevista intitulada “O Memória Reveladas e o  
desmonte da política pública de abertura dos arquivos da ditadura militar”.  
Neste Volume 24, n. 01, expomos 11 artigos vinculados ao dossiê temático “Teoria  
Social de Marx, desigualdades sociais e Serviço Social” e 06 artigos recebidos em fluxo  
contínuo, com a participação de 27 pesquisadoras(es).  
IX  
Os artigos foram escritos por docentes e, também, discentes em processo de pós-  
graduação, advindos de diferentes regiões do Brasil. Não obstante tratarem de temáticas  
diferentes, os artigos dialogam muito entre si.  
Em um primeiro bloco, agrupam-se as elaborações de Sartori, Almeida, Barbosa e  
Bizerra. A posição de Marx diante da Revolução Francesa e de seus desdobramentos na Crítica  
à filosofia do Direito de Hegel é analisada por Vitor Sartori indicando que ele “vislumbra algo  
distinto do que se coloca na república nascida na França e da monarquia colocada na restauração  
e na revolução de 1830” ou seja, “não há elogio acrítico da revolução de 1789 ou da miséria  
alemã”. O artigo de José Amilton Almeida ao tratar dos fundamentos da teoria social marxiana,  
isto é, do assim chamado “materialismo histórico e dialético”, conclui que “perpassando pela  
crítica religiosa à crítica do Direito e do Estado, pela crítica da filosofia à crítica da economia  
política, o modo de ser socialmente burguês é desvelado, seu movimento e estrutura  
são racionalmente apreendidos, as classes fundamentais (capitalistas, proprietários de terras e  
proletários), evidenciadas, e o método através do qual este modo de ser opera mostra-se, então,  
determinado pelo modo de produção”. Pedro Barbosa demonstra que a “constatação das  
Teoria social de Marx, desigualdades sociais e Serviço Social  
determinações gerais do ser social tornou possível a Marx lidar com o problema da negação do  
homem na atividade estranhada. Indo à raiz do ser social – tanto ao complexo da individualidade  
quanto ao “complexo de complexos da universalidade social” –, a crítica ontológica da  
economia política, iniciada nos Manuscritos econômico-filosóficos, permitiu a Marx, por um  
lado, demonstrar os problemas da produção capitalista – o estranhamento do homem em relação  
ao objeto que produz, o estranhamento-de-si e da própria atividade, o estranhamento em relação  
ao gênero autoproduzido, e o estranhamento em relação aos demais –; e, por outro, tornar  
explícitas as categorias e determinações mais gerais do ser social”. Fernando Bizerra “oferece  
uma síntese teórico-interpretativa, a partir de exegeses e análises econômicas de Karl Marx,  
sobre a expropriação do mais-trabalho na sociedade capitalista”, “os elementos coligidos  
permitem a compreensão de que a expropriação do mais-trabalho que nutre os capitalistas ao  
longo dos últimos séculos ocorre em plena sintonia com a dinâmica sociorreprodutiva do  
capital, sendo, pois, uma exigência inflexível deste”.  
Na sequência, contamos com as elaborações de Aquino, Dourado, Escurra e Zacarias, e  
de Santos, as quais enfatizam a crítica às elaborações “pós-modernas”. Isaura Aquino, Inez  
Zacarias, Maria Fernanda Escurra e Ziza Dourado tecem considerações teóricas e  
metodológicas com o objetivo de “afirmar a atualidade do pensamento marxiano, com ênfase  
na natureza radical e historicidade da sua crítica. Tais considerações são recuperadas no  
contexto do debate da pós-modernidade e de suas implicações para a vida social e a ciência”.  
As autoras sintetizam: “a consciência pós-moderna é uma perspectiva, uma forma de  
compreender a realidade, mas de forma alguma corresponde a essa realidade. Ao contrário, ela  
desempenha o papel de mistificar essa realidade (...) as estruturas de exploração e domínio  
burguesas continuam mais fortes do que nunca. Exatamente por tentar eliminar a ontologia dos  
processos sociais, ignorando a historicidade dos fenômenos, o pensamento pós-moderno é tão  
funcional a esse sistema”. Natália Perdomo Santos analisa “os fundamentos constitutivos do  
neoliberalismo, que o configuram como uma estratégia de reprodução do capitalismo tardio (...)  
Resulta desta etapa a reconfiguração das relações e dos seres sociais na sua totalidade, os quais  
passam a expressar nos costumes o irracionalismo do capitalismo em decadência. Este é o  
marco a partir do qual será tecida uma crítica ao pensamento mistificador formulado pelos  
foucaultianos Dardot e Laval, exposta no livro 'A Nova Razão do Mundo'”.  
X
Com ênfase na análise sobre o Brasil, Diniz, Magalhães e Martins; e Rocha, apresentam  
elementos importantes para a compreensão da questão social e para a “agenda” do Serviço  
Social brasileiro. Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz, Caroline Magalhães Lima e Raphael  
Martins, “a partir de categorias marxianas e de intérpretes marxistas, realizam apontamentos  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. VIII-XIV, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
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sobre a “questão da terra”, explicitando heranças e permanências que marcam sua disputa na  
cidade, no campo e na floresta. Essa chave analítica é fundamental para o trabalho de assistentes  
sociais, na apreensão dos sentidos da dinâmica da produção e reprodução das relações sociais  
capitalistas e identificação das mediações necessárias ao enfrentamento das expressões da  
“questão social”, que assume novas complexificações em tempos de reconfiguração do  
capitalismo mundializado”. Maria Augusta Rocha analisa como a produção flexível implica  
em direitos flexíveis tendo como foco o cenário recente pós-golpe de 2016, no Brasil.  
“Elemento central dessas transformações e foco deste trabalho é que os desdobramentos das  
mudanças no processo produtivo também possuem impactos na reprodução social da vida da  
classe trabalhadora e no seu acesso a direitos sociais e trabalhistas (...) Em países de capitalismo  
periférico e dependente como o Brasil, esses rebatimentos são ainda mais intensos tendo em  
vista que possuem desde suas bases de formação social uma produção especializada para o  
mercado internacional e exploração intensiva da força de trabalho com baixa remuneração”.  
A contribuição da teoria social de Marx para a compreensão do Serviço Social está  
presente nos artigos escritos por Silva, Eiras, Pereira. José Fernando Siqueira da Silva debate  
o sentido da perspectiva histórico-crítica a partir da teoria social de Marx. Propõe “dialogar  
com o Serviço Social como profissão no atual estágio de acumulação capitalista, nas condições  
particulares da América Latina (...) O artigo conclui que este debate “é pertinente e necessário,  
ainda que seja fundamental considerar as inúmeras tensões e contradições inerentes a este  
processo". Segundo o autor, para o Serviço Social histórico-crítico, de raiz marxista, não há  
modelo a ser aplicado. “Ao contrário, [negam-se] modelos, receitas, aplicações de qualquer  
espécie, exige-se um sujeito ativo que atue na história – onde se situa a profissão – sempre de  
forma relativa (não plena), construindo conhecimentos a partir da realidade, analisando sua  
dinâmica, reconstruindo categorias que [explicam] o ser social. (...) É também um compromisso  
ético-político (...) que rejeita “neutralidades”, questiona diversas formas de ciências descritivas  
e opõe-se a todas as orientações e posturas obscurantistas e de base fascista”. Alexandra  
Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras evidencia a “relação entre totalidade concreta e  
capitalismo, a partir da argumentação de Marx e Engels e do diálogo com pesquisadores  
marxistas, em um estudo preliminar para compreender os fundamentos históricos das  
perspectivas críticas/contestatórias ao Serviço Social Tradicional (SST), emergentes nas  
décadas de 1960-1970, no plano desta totalidade, de um modo global”. A autora adotou a  
hipótese de que a emergência da perspectiva crítica/contestatória ao SST nesses países, no  
período de 1960-1980, teve como fundamento histórico a inserção da profissão na totalidade  
concreta das relações sociais capitalistas. “Foi necessário explicitar a compreensão dessa  
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Teoria social de Marx, desigualdades sociais e Serviço Social  
totalidade concreta para entender o processo nesta dimensão transversal aos países analisados,  
por isso, recorremos à Marx e Engels, e aos historiadores no campo do marxismo, para formular,  
ainda que de modo inicial, essa explicação sobre o processo histórico global que se instaura  
com o desenvolvimento das relações sociais capitalistas perpassado pela contradição (unidade  
e antagonismo) entre capital e trabalho”. Sofia Laurentino Barbosa Pereira analisa a  
“influência da tradição marxista na formação profissional no curso de graduação em Serviço  
Social da Universidade Federal do Piauí, nas quatro propostas curriculares implantadas na  
trajetória do curso, de 1976 a 2012 (...) O estudo contribui com a literatura sobre os fundamentos  
do Serviço Social e sua interlocução com o pensamento social de Marx, revelando as tendências  
teórico-metodológicas, as direções e os projetos de profissão e de sociedade construídos nos  
processos formativos no percurso histórico do curso da UFPI”.  
Ainda, nos artigos de tema livre, abre a seção Kathleen Pimentel dos Santos,  
apresentando a discussão acerca da relação entre Serviço Social e movimentos sociais na ótica  
dos fundamentos da profissão. A partir de pesquisa bibliográfica, qualitativa e exploratória  
busca compreender como esta relação se processa no âmbito profissional e evidencia que,  
através de processos aproximativos, ainda que, haja concordância na categoria profissional  
acerca dessa relação, há questões relevantes que devem ser consideradas. A mais importante  
delas é a de que há poucas pesquisas e produções acadêmicas sobre a temática no Serviço  
Social. Na sequência, Luís Guilherme Nascimento de Araujo e Clovis Gorczevski, através  
de pesquisa bibliográfica, trazem importante contribuição sobre as bases históricas e filosóficas  
presentes nos debates europeu, anglo-saxão e norte-americano que versam sobre direitos  
humanos em seus fundamentos ontológicos. Destarte, o caráter inédito do trabalho está em  
descortinar as “particularidades do ser social como ser automediador através do trabalho e na  
dinamicidade imanente das suas relações como ser histórico.” O artigo de Bárbara T.  
Sepúlveda e Miriam Krenzinger analisa com propriedade a problematização central  
apresentada, qual seja, como ocorre “a representação político-partidária” na particularidade da  
formação sócio-histórica brasileira de segmentos subalternizados, especificamente o de  
mulheres negras. Essa abordagem abarca a contraditória e desigual relação no modo de  
produção capitalista periférico, numa perspectiva de totalidade que articula sujeitos sociais,  
Estado e acumulação capitalista. Ao apresentarem um debate necessário e urgente, Gustavo  
Gonçalves Fagundes e Thiago Vinicius Mantuano da Fonseca abordam o racismo nas  
relações sociais de superexploração da força de trabalho na construção do cais do porto do Rio  
de Janeiro, no início do século XX. A reflexão deles é consistente e indispensável, não só para  
profissionais e estudantes de Serviço Social, mas para pesquisadores em geral. Em tempos de  
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Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. VIII-XIV, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Editorial  
ascensão da extrema-direita e de análises que perpassam o fatalismo e o conservadorismo, as  
reflexões tecidas por Gabriel Magalhães Beltrão acerca do irracionalismo que entrelaça o  
pensamento de Max Weber são densas na sua construção e potente na análise. Para tanto, recorre  
às fontes clássicas e alimenta o debate contemporâneo não só do Serviço Social, mas das  
Ciências Sociais. Marcelo Paula de Melo, Emanoel Borges Candal e Fernando Henrique  
Carneiro analisam as estratégias burguesas para a Educação Física/Esportes, no plano  
internacional, através das “indicações e recomendações da VI Conferência de Ministros e Alto  
Funcionários da Educação Física e do Esporte (MINEPS - vinculado à ONU/UNESCO),  
realizada em Kazan (Rússia) no ano de 2017 e suas relações com as políticas públicas de  
Esporte, Educação Física e Lazer. Os autores afirmam que “ao longo das reflexões, foi possível  
perceber uma Educação Física voltada à difusão de valores nos marcos do capital, em especial  
com características de associação às demandas estruturais neoliberais pelo alto desemprego e  
informalidade”.  
A imagem que ilustra a capa desta edição, elaborada por Luciano Souza, busca  
representar o avanço da “civilização” humana contra a natureza, nos servindo de lembrete sobre  
o futuro catastrófico que há tanto tempo fingimos ignorar. O edifício moderno, imponente e  
reluzente, simboliza o ambicioso “progresso” humano – a materialização do fetichismo da  
mercadoria descrito por Marx – que estimula relações sociais que priorizam o lucro e a  
acumulação incessante de capital. Projetada sobre o edifício há a sombra de uma árvore que, ao  
mesmo tempo em que representa a solitária resistência da Mãe Terra à degradação ambiental  
gerada por essa busca insaciável, reflete a ignorância humana que se furta a reconhecer o  
impacto devastador de suas ações sobre a natureza e tenta se convencer, em vão, de que o  
crescimento econômico pode continuar indefinidamente sem consequências. Entretanto, o  
vibrante céu azul simboliza a possibilidade de mudança, uma lembrança de que, somente ao  
romper com a ignorância de que vivemos sob o desígnio de ideologias que nos dessensibilizam  
e promovem uma percepção distorcida da realidade, a humanidade poderá encontrar um  
caminho para a reconciliação com a natureza, ou seja, consigo mesma, colocando fim ao seu  
processo de autodestruição.  
XIII  
Ao finalizar o Editorial, registramos nosso apoio ao movimento paredista coordenado  
pelas entidades sindicais, sobretudo, ANDES e FASUBRA, e no plano local, APES-JF e  
SINTUFEJUF. As ações empreendidas durante a greve buscaram disputar e fortalecer o campo  
da educação pública, da pesquisa e produção acadêmica no Brasil, através dos recursos que são  
imprescindíveis para a sua implementação, seja nas condições de acesso e permanência dos  
estudantes, seja na manutenção e ampliação do patrimônio e das condições de trabalho para o  
Teoria social de Marx, desigualdades sociais e Serviço Social  
conjunto dos(as) trabalhadores(as).  
Frisamos ainda que as atividades necessárias à publicação deste número da revista  
Libertas foram consideradas pelo Comando Local de Greve do SINTUFEJUF como de caráter  
excepcional e por isso puderam ser mantidas durante a greve.  
Antes de finalmente nos despedir, gostaríamos de saudar e manifestar nosso  
agradecimento a Mônica Grossi pelo trabalho que realizou como editora-chefe na Libertas.  
Desejamos à nossa cara companheira de luta muito sucesso nos novos projetos que irá conduzir  
– razão pela qual deixará de compor a Comissão Editorial da Libertas. Felicidades, Mônica!  
Juiz de Fora, 26 de junho de 2024.  
Isaura Aquino, Alexandra Eiras, Mônica Grossi e Luciano Souza.  
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Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. VIII-XIV, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518