Relação Serviço Social e movimentos sociais a  
partir dos fundamentos do Serviço Social  
Relationship between Social Work and social movements from the  
foundations of Social Work  
Kathleen Pimentel dos Santos*  
Resumo: O presente artigo busca discutir o  
processo de aproximação da relação entre  
Serviço Social e Movimentos Sociais a partir  
dos seus fundamentos, a fim de compreender  
como esta temática vem sendo incorporada nas  
pesquisas e produções dos/as assistentes sociais.  
Trata-se de uma pesquisa exploratória, de  
abordagem qualitativa, cujas fontes são de  
natureza bibliográfica. Em seus resultados  
preliminares, evidencia-se que, quantitativa e  
qualitativamente, ainda que os processos  
Abstract: This article seeks to discuss the  
process of approximation of the relationship  
between Social Work and Social Movements  
from its foundations, in order to understand how  
this theme has been incorporated into the  
research and production of social Workers. This  
is an exploratory research, with a qualitative  
approach, whose sources are of a bibliographic  
nature. In its preliminary results it is evidenced  
that, quantitatively and qualitatively, although  
the approximative processes of this relationship  
are hegemonically imprinted in its professional  
project, the theme of Social Movements  
presents a reduction among the number of  
researches and productions in the area of Social  
Work.  
aproximativos  
dessa  
relação  
estejam  
hegemonicamente impressos no seu projeto  
profissional, a temática dos Movimentos  
Sociais apresenta redução entre o número de  
pesquisas e produções da área do Serviço  
Social.  
Palavras-chave: Serviço Social; Movimentos  
sociais; Fundamentos; Formação profissional;  
Prática profissional.  
Keywords: Social services; Social movements;  
Fundamentals; Vocational training; Professional  
practice.  
Introdução  
O Serviço Social brasileiro tem marcado uma trajetória de ruptura com o  
conservadorismo1, empreendendo esforço teórico e político para ultrapassagem do viés  
*
Mestranda em Serviço Social pela Universidade Federal de Sergipe. Bolsista CAPES. Integrante do Grupo de  
Estudos e Pesquisas em Fundamentos, Formação e Políticas Sociais (GEPSSO). Membro do Núcleo de Estudos e  
Pesquisas em Marxismo e Serviço Social (NEPMASS). Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6539-6056  
1 O Projeto Profissional do Serviço Social institui-se hegemonicamente, não de forma homogênea. Isso significa  
que o conservadorismo declina, mas não desaparece completamente, não sendo um impeditivo para estar presentes  
nas disputas de diferentes projetos societários e profissionais. Nos lembra autores como Braz e Teixeira (2009) e  
Yazbek (2009) que o pluralismo teórico presente na categoria permite que diferentes matrizes de pensamentos se  
apresentem e disputem a hegemonia entre si, dentre ele a defesa de correntes teóricas conservadoras.  
DOI: 10.34019/1980-8518.2024.v24.41838  
Esta obra está licenciada sob os termos  
Recebido em: 13/08/2023  
Aprovado em: 23/02/2024  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
empirista e pragmático presente na tendência conservadora. O marco desse processo se deu com  
o Movimento de Reconceituação latino-americano, sob movimentações de superação do  
Serviço Social Tradicional em meados da década de 1960, alcançando o Brasil como  
Movimento de Renovação Profissional na segunda metade dos anos 1970.  
Adissolução dos fundamentos tradicionais do Serviço Social acompanhou as tendências  
presentes na dinâmica capitalista em ordem monopólica. O tensionamento entre as  
mobilizações populares e o projeto reformista autocrático-burguês fomentou o repensar, em  
nível teórico, prático e político, de autocrítica da profissão, imprimindo uma tendência mais  
crítica à sua direção profissional. As alterações político-ideológicas foram possibilitadas pela  
emersão das organizações de classe dos trabalhadores e a interlocução com a tradição marxista  
(Moro; Marques, 2011).  
Nesse ínterim, com a construção do Projeto Profissional de Ruptura, norteado pela teoria  
social marxista, e em intenso debate com entidades próprias da profissão, reelaboraram-se a Lei  
de Regulamentação da Profissão e o Código de Ética Profissional com o objetivo de “[...] atuar  
com mais efetividade na defesa dos direitos humanos e no compromisso com os movimentos  
sociais, em consonância com os interesses da classe trabalhadora e suas organizações sociais”  
(Souza; Castro, 2013, p.2).  
Forma-se o pressuposto de que o processo de aproximações entre o Serviço Social e os  
Movimentos Sociais permite que essa temática permeie tanto as produções dessa categoria  
profissional, quanto seja eixo da formação e prática/exercício profissional. Diante disso, este  
trabalho objetiva identificar o panorama atual da incorporação da temática dos Movimentos  
Sociais como objeto de investigação dos/as assistentes sociais, a partir de pesquisas e da  
literatura existente.  
237  
Para alcançar esse objetivo, o artigo estrutura-se em duas seções. Primeiro, expõe como  
ocorre a construção da relação entre Serviço Social e Movimentos Sociais segundo os  
fundamentos da profissão. Na segunda seção, apresenta o panorama atual da incorporação dos  
Movimentos Sociais como eixo da formação, da prática e das produções teóricas da categoria  
profissional.  
As análises e os resultados aqui apresentados foram desenvolvidos através de pesquisa  
bibliográfica, buscando compreender os elementos teóricos que circunscrevem os fundamentos  
do Serviço Social e sua relação com os movimentos sociais, bem como a incorporação do debate  
sobre movimentos sociais na produção de conhecimento da profissão. Trata-se de uma pesquisa  
de natureza qualitativa e exploratória, à luz do materialismo histórico-dialético.  
Kathleen Pimentel dos Santos  
Fundamentos do Serviço Social brasileiro e sua relação de aproximação com os  
movimentos sociais  
O Serviço Social surge no Brasil na década de 1930, confluindo respostas aos  
desdobramentos do capitalismo, diante do contexto econômico e social que onerava fortemente  
os/as trabalhadores/as, aprofundando o tensionamento entre a classe trabalhadora e o Estado,  
enquanto representante dos interesses da classe dominante. Nesse momento, o Serviço Social  
emerge como ação movida pelo Estado e vários setores particulares da burguesia, com forte  
referência nas doutrinas sociais da Igreja Católica sob influência europeia (especialmente no  
ideário franco-belga) e no pensamento tomista e neotomista (Yazbek, 2009) e ao viés reformista  
do pensamento conservador.  
Isso denota que os primeiros objetivos político-sociais do Serviço Social brasileiro se  
orientaram por posicionamentos de cunho humanista conservador, distantes dos ideários liberal  
e marxista, igualmente apartados dos interesses das classes populares. O viés reformista de  
tendência empiricista e pragmatista do pensamento conservador prevaleceu na profissão até o  
final da década de 1950 sob os princípios teóricos e políticos do Serviço Social Tradicional2.  
Mudanças no contexto econômico e político dão a tônica da “erosão”, termo utilizado  
por Netto (1996), do tradicionalismo. Com a crescente industrialização e urbanização  
desencadeadas na realidade brasileira na década de 1950, cumprindo o projeto  
desenvolvimentista, e a chegada do regime autocrático burguês na década de 1960, têm-se a  
exponenciação das refrações da questão social, sendo tratadas pelo Estado ditatorial através de  
políticas sociais crescentemente centralizadas e focalizadas, fazendo surgir novas instituições  
públicas de planejamento e execução dessas políticas.  
238  
De acordo com Netto (1981, p. 74), dada a complexificação da contextualidade  
sociopolítica, há requisição de um novo padrão de desempenho profissional, posto que “os  
padrões de intervenção do Serviço Social tradicional são incompatíveis com o mínimo de  
eficácia que a modernização social implementada [...] desde 1964 pela ditadura brasileira  
exige”.  
Embutido às alterações conjunturais, a superação do tradicionalismo reúne um esforço  
teórico e político a partir “da recusa de uma ação mais burocratizante e na busca por reformas  
sociais [...]” em que a categoria profissional busca “um método de trabalho social de perspectiva  
mais crítico, atuante e propositivo, diante das particularidades da realidade social” (Pereira;  
2
Para Netto (1996, p. 60), o Serviço Social Tradicional é compreendido como a “prática profissional empirista,  
reiterativa, paliativa e burocratizada. Esse, fundamenta-se em uma ética liberal burguesa e sua teleologia consiste  
na correção funcionalista de resultantes psicossociais considerados negativos ou indesejáveis, sempre pressupostos  
a ordenação capitalista da vida como um dado factual ineliminável”.  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
Oliveira, 2019, p. 144). Assim, em um movimento contraditório, ocorre o processo de  
ultrapassagem do Serviço Social Tradicional com a emergência do Movimento de  
Reconceituação de caráter latino-americano, denominado no Brasil de Movimento de  
Renovação. Kamitani (2007) ressalta que a Reconceituação acompanhou uma conjuntura de  
fortalecimento da organização dos trabalhadores e o crescimento da luta de classes, como  
corolário do declínio da onda longa expansiva do capital no final dos anos 1960, que ocasionou  
uma crise de impactos grandiosos na década seguinte, exponenciando as contradições  
capitalistas.  
A busca teórica do Serviço Social levou a categoria profissional, dos anos 1960 aos anos  
1980, à seminários e congressos que construíram os diálogos e debates que marcam o  
Movimento de Renovação, constituído, segundo Netto (1996), em três principais tendências. A  
primeira, a modernização conservadora, que ao mesmo tempo que moderniza, mantém um  
aspecto conservador, aparece como direção ao Serviço Social na metade dos anos 1960, sendo  
uma perspectiva que oferece um aparato técnico aos valores tradicionais da profissão. Segundo  
Yazbek (2009, p. 8), “incorpora abordagens funcionalistas, estruturalistas e positivistas voltadas  
a mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na  
perspectiva de integração da sociedade”. Com relação a reatualização do conservadorismo,  
surgiu em meados dos anos 1970 e recebe inspiração da fenomenologia, centrando nas práticas  
individuais e, segundo Yazbek (2009), priorizando as concepções de pessoa, diálogo e  
transformação dos sujeitos.  
239  
A última tendência, hoje compreendida como hegemônica no interior da profissão,  
iniciada em meados dos anos 1970 e início dos anos 1980, difere das outras tendências por ser  
a única perspectiva com proposta de completa superação ao conservadorismo, e denomina-se  
Intenção de Ruptura. Apresenta bases teórico-metodológicas e prático-profissionais com  
ruptura ao tradicionalismo profissional (Netto, 1996) demarcando, no plano ídeo-político, o  
rompimento com o histórico conservadorismo do Serviço Social.  
É na crise e declínio do regime da autocracia burguesa, com a abertura política e o  
retorno à cena política de diversos sujeitos políticos coletivos “[...] como sindicatos, partidos e  
movimentos sociais, com vistas aos processos de mobilização, organização e reinvindicação  
dos direitos e políticas sociais” (Paulista, 2009, p. 72), que essa perspectiva ultrapassa as  
discussões universitárias e alcança diversos segmentos profissionais.  
Segundo Yazbek (2009), essa tendência remete a profissão à consciência de sua inserção  
na sociedade de classes, configurando uma aproximação com o marxismo, trazendo para o  
Serviço Social latino-americano a teoria social de Marx como matriz teórica. Apesar de  
Kathleen Pimentel dos Santos  
inicialmente essa aproximação ocorrer empobrecida e marcada por um forte pragmatismo  
através de manuais populares e partidários e não nas fontes originais (Silva, 2007), nos anos  
1980 verifica-se a interlocução com as fontes marxianas, imprimindo uma direção ao  
pensamento e à ação social do Serviço Social brasileiro, conferindo-lhe uma maturidade  
intelectual à profissão.  
Nesse movimento, a maturação acadêmica e profissional adquirida no processo de  
renovação permitiu ao Serviço Social a possibilidade de posicionamento e defesa junto aos  
sujeitos coletivos que se manifestam no cenário social brasileiro (Moro; Marques, 2011).  
Afirmam Moro e Marques (2011, p. 26) ao falar de Santos (1985) que  
[...] a descoberta do assistente social enquanto parte da classe trabalhadora o  
leva a alternativas políticas e profissionais junto aos movimentos sociais,  
intensificando as aspirações democráticas e populares, ampliando os espaços  
de participação, poder e pressão desta categoria profissional.  
Yazbek (2009) chama atenção que a incorporação e a construção da hegemonia de novos  
referenciais teórico-metodológicos e interventivos da profissão se desenvolveu sob um amplo  
debate pela categoria profissional, marcado pelo pluralismo de diferentes tendências, mas que  
concebe a hegemonia da tradição marxista. Com a introdução do referencial marxista e o  
aprofundamento das dimensões profissionais do Serviço Social a partir de um esforço de leitura  
de realidade mais crítica e um amplo debate com a categoria profissional, que,  
progressivamente, o comprometimento político com a classe trabalhadora foi incorporado na  
atuação dos/as assistentes sociais.  
240  
Moro e Marques (2011) apontam que essa escolha ético-política foi sentida inicialmente  
por meio da articulação político-organizativa da profissão via entidades da categoria, com  
destaque para Associação Nacional dos Assistentes Sociais (1983), pela integração de um  
segmento de profissionais envolvidos com as lutas presentes na sociedade. Essa iniciativa  
reunia o empenho em fortalecer os vínculos da profissão com as lutas gerais empreendidas pela  
classe trabalhadora, além de “garantir o encaminhamento das demandas específicas da  
categoria, tais como o plano de cargos e carreiras dos servidores públicos federais (PCC) e as  
condições de trabalho, salário e carga horária dos assistentes sociais” (Moro; Marques, 2011, p.  
26).  
De acordo com Abramides e Cabral (2009, p. 97) essa vinculação – entidades e lutas  
sociais – fortalece “[...] a inter-relação do exercício profissional com os movimentos sociais de  
luta por direitos, que ganha estatura no âmbito da luta institucional, a partir da promulgação da  
Constituição em 1988”. A permanência da inserção profissional nas instâncias de luta dos/as  
trabalhadores, a manutenção da dimensão político-organizativa para a rearticulação do Serviço  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
Social com os movimentos sociais e o aprofundamento da sua concepção vem com o  
amadurecimento teórico e intelectual da profissão (Moro; Marques, 2011). Possibilitado, não  
exclusivamente, mas essencialmente pela maioridade alcançada pela teoria social marxista.  
Esse referencial teórico, posteriormente, é incorporado pela maioria da categoria, e dota  
a profissão de clareza quanto sua natureza e utilidade social (Araújo, 2008). Moro e Marques  
(2011, p. 27, grifos dos autores), esclarecem que é justamente o reconhecimento e “[...]  
organização dos assistentes sociais como trabalhadores e com trabalhadores que se pode pensar  
o estabelecimento de um vínculo orgânico do Serviço Social com os movimentos sociais”.  
Abase marxista incorporada nos referenciais profissionais como recusa e enfrentamento  
do conservadorismo profissional, que rompe com a [...] visão a-histórica e técnico burocrática  
que marcou a origem da profissão (Araújo, 2008) estão materializadas no projeto ético-político  
do Serviço Social. Elementarmente, esse projeto profissional que congrega a imagem ideal da  
profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus conhecimentos teóricos e  
interventivos, etc. (Netto, 2006), vincula-se “[...] a um projeto societário que propõe a  
construção de uma nova ordem social, sem exploração/dominação de classe, etnia e gênero”  
(Netto, 1999, p. 15).  
A escolha ético-política adotada e maturada no projeto de ruptura construiu uma relação  
aproximativa com os movimentos sociais no âmbito da formação profissional, na ação político-  
organizativa da categoria e na prática profissional. Duriguetto (2014), ao se aproximar da  
relação interventiva do Serviço Social com os processos de mobilização e organização popular,  
aponta as diretivas instituídas que correspondem a essa perspectiva, como a Lei de  
Regulamentação Profissional (1993) e o Código de Ética Profissional (1993), destacando que  
ultrapassam a dimensões normativas, estabelecendo-se como orientações táticos-estratégicas e  
ético-políticas. Importa destacar os trechos dos referidos documentos, apresentados pela autora,  
que explicitam a defesa da relação da ação profissional do Serviço Social com as lutas coletivas.  
A Lei de Regulamentação Profissional (1996), em seu art. 4º, parágrafo IX, determina  
como competência do/a assistente social “prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em  
matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e  
sociais da coletividade”. No Código de Ética (1993), a relação com as lutas coletivas aparece  
como direito profissional, em “apoiar e/ou participar dos movimentos sociais e organizações  
populares vinculados à luta pela consolidação e ampliação pela democracia e dos direitos de  
cidadania” (art. 12º, alínea b), e “respeitar a autonomia dos movimentos populares e das  
organizações das classes trabalhadoras” (art. 13º, alínea c).  
241  
A relação de vinculação entre o Serviço Social e os movimentos sociais, de igual  
Kathleen Pimentel dos Santos  
maneira, aparece no âmbito da formação profissional incorporada e reafirmada nas Diretrizes  
Curriculares de 1996, a fim de contemplar o perfil profissional crítico por meio “da unidade  
entre teoria e prática, mediante a transversalidade das dimensões teórico-metodológica, ético-  
política e técnico-operativa, tendo como ponto de referência os pressupostos das Diretrizes  
Curriculares” (Marozene; Britto; Ferreira, 2018, p.7).  
A trajetória analisada até aqui, através da compreensão dos fundamentos do Serviço  
Social, possibilitou acompanhar a consolidação de um projeto profissional e de uma formação  
que preconiza a relação teoria-prática afinada com as lutas coletivas, subsidiando uma atuação  
profissional compromissada com as classes populares. Não diferentemente, pelo caráter  
investigativo da profissão, a relação da profissão com os processos de mobilização popular deve  
ser incorporada nas pesquisas e produções teóricas das/os assistentes sociais.  
Incorporação da temática movimentos sociais nas pesquisas e produções do Serviço  
Social: o debate enquanto profissão investigativa e interventiva  
A preocupação em acompanhar a temática da relação Movimentos Sociais e Serviço  
Social na conjuntura atual revela-se pela própria natureza investigativa da profissão, com o  
reconhecimento de que o “desenvolvimento da investigação pelo profissional, no nível da razão  
dialética, possibilita uma visão crítica e reflexiva sobre os elementos da realidade, buscando  
promover a ultrapassagem de uma concepção meramente superficial para a busca pela essência  
dos fenômenos” (Costa; Gonçalves, 2020, p. 125).  
242  
Sem a intenção de sobrepor o âmbito formativo ao exercício profissional, ou ainda  
simplificar a relação teoria-prática, mas a fim de realçar que os debates e discussões dentro da  
formação profissional podem frutificar intervenções mais especializadas no que se refere a  
atuação junto aos movimentos sociais, considerando que “do conhecimento não se extraem  
diretamente indicativos para a ação, para a prática profissional e interventiva. Mas não se terá  
uma prática eficiente e inovadora se ela não estiver apoiada em conhecimentos sólidos e  
verazes” (Netto, 2011, p. 21).  
A defesa dessa perspectiva aparece com a interlocução com o marxismo, que  
proporcionou maturidade intelectual a profissão no âmbito do impulso à criação dos cursos de  
pós-graduação a partir dos anos 1970, que foi o espaço em que a área se apropriou do debate  
intelectual contemporâneo das Ciências Sociais e se desenvolveu na pesquisa sobre a natureza  
de sua intervenção, de seus procedimentos, sua formação, história e a realidade onde se insere  
como profissão. Acentralidade da pesquisa é reforçada nas Diretrizes Curriculares (1996) como  
um componente essencial da formação e do exercício profissional e destaca-se também como  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
como instrumento para o profissional analisar, dialogar com a realidade e subsidiar alternativas  
a ela (Silva, 2007).  
Essa adoção e defesa da atitude investigativa dos/as assistentes sociais aparece como  
imprescindível, posto que a realidade enfrentada pela prática profissional é uma fonte de  
conhecimentos e o conhecimento dessa realidade é essencial para responder as demandas postas  
por ela (Costa; Gonçalves, 2020). Diante disso, acaba por tornar imperativo alinhar os temas  
que constituem o universo interventivo da profissão a profissão. Considerando a temática  
movimentos sociais como presente nos instrumentos normativos da profissão, e dado os  
desdobramentos que acometem as lutas e os movimentos sociais na conjuntura neoliberal a  
partir dos anos 1990, a colocam (ou não) na ordem das pesquisas dos/as assistentes sociais.  
Estudos e pesquisas já demonstram essa preocupação. Iamamoto (2011, p. 461), ao  
verificar a categorização dos eixos temáticos dos projetos de pesquisa dos Programas de Pós-  
Graduação em Serviço Social, aponta que “[...] a área temática com menor investimento na  
pesquisa refere-se aos conflitos e movimentos sociais, processos organizativos e mobilização  
popular”. Completa essa preocupação a pesquisa de Guimarães (2022), ao analisar os projetos  
políticos-pedagógicos de cursos presenciais da região Nordeste3 e notar algumas tendências no  
âmbito acadêmico: a discussão acerca das lutas e movimentos sociais não aparece, ao menos  
em termos de conteúdos e referências, mediada pela relação com a profissão e seu exercício  
profissional; o trabalho profissional de assistentes sociais com movimentos sociais não assume  
um lugar expressivo de debate; a presença de lógicas antagônicas e estranhas aos debates  
coletivos da categoria, indicando expressivas disputas teóricas e políticas expressas por dentro  
da formação.  
243  
Um ponto central para compreender esse cenário está nos processos que acompanham  
a educação superior. Guimarães (2020, p. 44), aponta que a aprovação das Diretrizes  
Curriculares pelo Conselho Nacional de Educação/Ministério de Educação (CME/MEC)  
representa um contraponto à direção social da formação profissional dos/as assistentes sociais,  
resultando em “distorções, reducionismos e esvaziamentos em relação à proposta original  
formulada para a formação de assistentes sociais no Brasil, com implicações importantes para  
os rumos da formação e do exercício profissional”. As consequências se acumulam posto que  
os pressupostos norteadores da concepção de formação profissional  
desaparecem e princípios como a adoção de uma teoria social crítica, a  
3 Guimarães (2020), determina dentro do universo de 90 Unidades de Formação Acadêmica (UFA) uma amostra  
de pesquisa 27 (vinte e sete) projetos político-pedagógicos de cursos presenciais da região nordeste, o equivalente  
a 30% do nosso universo de análise. Destes projetos pedagógicos, contabilizam-se 17 (22,97%) do total de cursos  
privados da região e 11 (68,75%) do total de cursos públicos. Amostra que nos pareceu representativa para os  
propósitos da nossa investigação.  
Kathleen Pimentel dos Santos  
indissociabilidade nas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, a ética como  
princípio formativo perpassando a formação e o exercício do pluralismo em  
luta pela direção social da formação profissional foram suprimidos e/ou  
sofreram gritantes alterações no sentido do seu rebaixamento. Os núcleos de  
fundamentação sofrem os maiores reducionismos e aparecem desconfigurados  
em sua lógica, assim como desaparecem as matérias básicas e as concepções  
contidas nas diretrizes da ABEPSS para disciplinas, seminários temáticos,  
oficinas, etc. Tudo fica a cargo das definições dos colegiados de curso  
(Guimarães, 2020, 44-45).  
Notamos mais intimamente esse processo relacionado a tematização dos movimentos  
sociais na nova proposta do CNE/MEC quando vimos desaparecer do perfil profissional sua  
relação com os movimentos sociais. Em sua nova elaboração, não há mais menção aos  
movimentos sociais em seu conteúdo, referindo-se que o perfil profissional atenda “[...]  
usuários do Serviço Social no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho”4. Essa  
retração também é sentida quando observamos que o ensino da relação profissional com os  
movimentos sociais não consta no conteúdo da nova organização curricular, contrariando a  
proposta original das Diretrizes Curriculares de 1996 em que essa temática compreende três  
Matérias Básicas, e do que considera o documento da Comissão de Especialistas, de 1999, que  
as consolidam, onde aparecem em quatro Tópicos de Estudo (ABEPSS, 2022).  
Esses contrapontos no âmbito formativo têm sua preocupação intensificada quando  
retomamos a dimensão investigativa enquanto capaz de capacitar o/a assistente social para a  
leitura da realidade no seu exercício profissional, para captar as mediações e as possibilidades  
de construção de estratégias para o atendimento das demandas e para construção de ações  
qualificadas, como nos lembram Costa e Gonçalves (2020). O impacto disso, considerando a  
unidade investigação-intervenção, vem sendo sentida na retração do trabalho profissional junto  
aos movimentos sociais, constatado através de um diminuto número de produções que relatam  
experiências de assistentes sociais em organizações e movimentos sociais.  
244  
Pesquisas e estudos demarcam esse panorama, ilustrando que embora a temática não  
desapareça no seio da profissão, não alcançam espaço de prioridade. Silva (2009), ao analisar  
a publicização de trabalhos no decurso de três décadas nas edições da Revista Serviço Social e  
Sociedade, aponta que, embora a temática movimentos sociais populares, organização popular  
e lutas sociais esteja entre as temáticas pesquisadas, há uma redução considerável no interesse  
pelo tema quando na década de 1979-1989 as publicações marcam 5,79%; na década seguinte,  
1990-1999, essa abordagem é de 4,36%, acentuando-se na década de 2000-2009, com apenas  
4
Anteriormente, o texto colocava no horizonte do perfil profissional os movimentos sociais como espaço de  
atuação e articulação, assim constava “Profissional que atua nas expressões da questão social, formulando e  
implementando propostas para seu enfrentamento, por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de  
organizações da sociedade civil e movimentos sociais” (ABEPSS, 1996).  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
1,34%.  
Constata-se, portanto, que a tendência verificada por Duriguetto (2014), em que a  
tematização e atuação profissional e as relações com os movimentos sociais sofre uma curvatura  
nos pós-1990 se comparado aos anos 1980, se mantém e se acentua. Continua essa constatação  
quando nos aproximamos nos estudos de Dal Moro e Marques (2011), apontando que no  
período de 1995-2008, dentre os trabalhos publicados nos anais do Encontro Nacional de  
Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS) e do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais  
(CBAS), somente 3,82% abordam a temática dos movimentos sociais. Observa também que os  
trabalhos que tratam de experiências de intervenção profissional junto aos movimentos sociais  
não ultrapassam mais que 6%.  
No que se refere a década seguinte, podemos observar através da sistematização  
realizada pela ABEPSS (2022)5, que a discussão sobre a temática dos movimentos sociais possa  
representar “[...] um tema oculto no debate profissional”, com “pouca visibilidade nas análises  
do Serviço Social (Dal Moro; Marques, 2011, p. 32), mesmo com o crescente número de  
pesquisas e estudos realizados na área do Serviço Social, além do seu reconhecimento na  
produção de conhecimento. Isso porque, analisando quantitativamente, verificamos que, dos  
4954 trabalhos aprovados nos eventos do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS),  
Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS), Encontro Nacional de  
Política Social (ENPS) e a Jornada Internacional de Políticas Públicas (JOINPP), entre 2011-  
2015, apenas 353 se encaixam no eixo dos movimentos sociais, não ultrapassando 7%,  
conforme Dias (2021 apud ABEPSS, 2022).  
245  
Em termos qualitativos, podemos ainda observar algumas tendências. Os trabalhos  
identificados nas edições ENPESS de 2012, no CBAS de 2013 e no ENPESS de 2014 que  
tratam dos movimentos sociais são marcados pela prevalência do debate teórico em  
comparativo às discussões que tratam a prática concreta, considerando que, do total de 169  
trabalhos identificados no eixo que aborda essa temática, nas três edições, majoritariamente  
estão concentrados em reflexões teóricas.  
5 A ABEPSS (2022), ao lançar o documento “Subsídios para o debate sobre as lutas e os movimentos sociais na  
formação profissional em Serviço Social”, sistematiza os dados dos relatórios de gestão do GTP Movimentos  
Sociais e Serviço Social dos anos 2013/2014, 2015/2016, 2017/2018 e 2019/2020, além de produções acerca do  
estado da arte da temática de movimentos sociais nos ENPESS e CBAS, entre elas Dias (2021).  
Kathleen Pimentel dos Santos  
Tabela 1. Publicações sobre Movimentos Sociais nos CBAS e ENPESS (2012-2014)  
Trabalhos sobre  
movimentos  
sociais  
Reflexões a  
partir da prática  
concreta  
Total de  
trabalhos  
Evento  
Debate teórico  
ENPESS (2012)  
CBAS (2013)  
1343  
1288  
940  
52  
78%  
34,61%  
66%  
22%  
48  
9,5%  
34%  
ENPESS (2014)  
69  
Fonte: ABEPSS (2022).  
A situação verificada é levada como preocupação na hipótese de Dias (2021) na qual  
surge o questionamento se a categoria profissional estaria distante dos movimentos sociais. As  
reflexões também se acumulam em torno da graduação e pós-graduação. Através da  
sistematização da ABEPSS (2022), identificamos nos apontamentos de Dias (2021), ao analisar  
os projetos pedagógicos dos cursos de Serviços Sociais de universidades públicas, que, embora  
a temática dos Movimentos Sociais não esteja ausente sob forma de disciplinas, os resultados  
demonstram “que a formação, apesar da direção hegemonicamente crítica e progressista,  
proporciona baixa aproximação dos discentes de Serviço Social com o debate de movimentos  
sociais e experiências nestes espaços” (Dias, 2021 apud ABEPSS, 2022, p. 40).  
Essa notável dissolução da relação do Serviço Social com a tematização das lutas e  
movimentos sociais, verificada nessa exposição, pode significar uma relação com o avanço  
neoliberal a partir dos anos de 1990. A programática do neoliberalismo tem empreendido um  
ataque às lutas e movimentos sociais como estratégia de reorganização do capital, subvertendo,  
em nível ídeo-político, as lutas coletivas ao processo de criminalização e penalização, o que  
acaba, não sem resistências, comprometendo as organizações populares nas aproximações com  
os espaços institucionais e extra institucionais.  
246  
Outro ponto importante de relação conjuntural liga-se intimamente ao próprio projeto  
profissional do Serviço Social, diante do seu processo de constituição que levou ao seu  
desenvolvimento a força política dos setores progressistas da profissão, que apreenderam e  
incorporaram a força política dos movimentos e organizações dos trabalhadores do final da  
década de 1970, como nos lembra Duriguetto (2014). Acrescenta Netto (2006), que as  
contribuições e a continuação do projeto ético-político profissional do Serviço Social, diante  
do tensionamento trazido pelas forças neoliberais, dependem da absorção da maioria do corpo  
profissional e do fortalecimento dos movimentos democráticos e populares, que foram  
fragilizados e pressionados nos últimos anos.  
Ainda sobre o aspecto conjuntural que pode, em algum grau, vincular-se a essa retração  
com os movimentos sociais, é o esforço da ofensiva conservadora que, com a influência da pós-  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
modernidade e as regressões operadas pelo neoliberalismo, conduzem a uma tendência de  
tecnificação do Serviço Social, subsumindo-o ao pragmatismo e ao empirismo. Para Mota e  
Amaral (2014, p. 41), estes desafios postos pela atual conjuntura “insiste em reduzir o projeto  
profissional a sua viabilidade prática, tecnificando-o e imprimindo uma racionalidade e  
instrumentalidade negadora dos seus princípios e propósitos”. Compreendemos, assim, que  
perder a ligação com as lutas e movimentos sociais significa fragilizar o projeto profissional da  
profissão, além de opor-se a Lei de Regulamentação enquanto competência profissional e negar  
um direito profissional posto no Código de Ética.  
Suplementa esse debate que a comprovada vinculação do Serviço Social aos  
movimentos sociais liga-se aos fundamentos ético-políticos da profissão, fazendo que na  
espreita dessa relação se encontre um conjunto de possibilidades de intervenções para fortalecer  
as lutas e movimentos sociais. Para Duriguetto (2014), essas possibilidades se encontram no  
fomento à organização e mobilização dos sujeitos, seja no desenvolvimento de ações junto aos  
movimentos e as lutas sociais, no sentido de identificar suas demandas, de contribuir na  
formulação de estratégias para defesa e acesso dos seus direitos, de reforçar a importância da  
participação desses movimentos nos fóruns, conselhos e conferências e incentivar a troca de  
experiências com outros movimentos e organizações populares. De igual maneira, a partir de  
alianças com as instâncias representativas dos interesses populares, em que os/as assistentes  
sociais podem contribuir para a discussão das políticas e construção de alternativas para as suas  
reivindicações, a partir, principalmente, da socialização de informações sobre essas políticas  
com base no que se verifica na sua atuação profissional.  
247  
Considerações finais  
O Serviço Social se liga aos movimentos sociais, ainda que maneira conservadora, desde  
o início da profissão, quando estabelece relação com a base de militância tradicional da Igreja  
Católica. A superação dessa vinculação tradicional emerge com o Movimento de  
Reconceituação, especificamente dentro do movimento histórico de Intenção de Ruptura, a  
partir do rompimento com as bases tradicionais/conservadoras e com um questionamento dos  
pilares fundamentais da sociedade capitalista.  
O movimento de intenção de ruptura ocorre paralelo a abertura do movimento  
democrático no Brasil, e constrói, a partir desse momento, um vínculo orgânico do Serviço  
Social com os movimentos sociais e as lutas coletivas pela redemocratização do país. Essa  
relação da categoria profissional junto aos movimentos e lutas sociais consolida-se com o  
projeto profissional e o estabelecimento da Lei de Regulamentação Profissional, o Código de  
Kathleen Pimentel dos Santos  
Ética e as Diretrizes Curriculares.  
Apesar do vínculo com as lutas e movimentos sociais, o panorama atual demostra que  
essa relação se apresenta fragilizada a partir de três pontos, quantitativa e qualitativamente:  
primeiro, há uma diminuição no número de produções dos/as assistentes sociais que abordem  
essa temática; segundo, no ensino superior, no nível de graduação e pós-graduação, o debate  
dessa vinculação não está sendo privilegiado, representando pouco investimentos nas  
pesquisas, além de referências que não abordam sua relação com o trabalho profissional; por  
fim, que o número de trabalhos publicizados que tratem de relatos e/ou experiências do  
exercício profissional em âmbito extra institucionais é pouco expressivo.  
A preocupação com esse cenário é reforçada quando ao Serviço Social a dimensão  
investigativa é parte essencial da sua intervenção, indicando que é necessário conhecer para  
poder intervir. Condensando esse pressuposto aos estudos com as lutas e movimentos sociais,  
encontramos que o crescente processo de desmobilização das lutas coletivas organizadas,  
engendrada pelo capital, pode obnubilar o processo de vinculação e relação com o Serviço  
Social. Ainda, é possível estender essa preocupação para o movimento interno da profissão,  
com a indicação de um retorno mais notável de práticas mais empiristas e pragmáticas dentro  
da categoria profissional, chamando à uma visão de psicologização dos indivíduos,  
comprometendo efetivamente a direção política do atual projeto profissional.  
248  
Referências bibliográficas  
ABEPSS. Diretrizes gerais para o curso de Serviço Social (com base no currículo mínimo  
aprovado em assembléia geral extraordinária de 8 de novembro de 1996). Rio de  
Janeiro: ABEPSS, 1996.  
ABEPSS. Subsídios para o debate sobre as lutas e os movimentos sociais na formação  
profissional em Serviço Social. Rio de Janeiro: ABEPSS, 2022.  
ABRAMIDES, M. B. C.; CABRAL, M. do S. R. A organização político-sindical dos assistentes  
sociais: trajetórias de lutas e desafios contemporâneos. Serviço Social e Sociedade, São  
Paulo, n. 97, v. 30, p. 85-108, jan./mar. 2009.  
ARAÚJO, N. M. S. O Serviço Social como Trabalho: alguns apontamentos sobre o debate.  
Serviço Social & Sociedade, n. 93, p. 5-28, 2008.  
BRASIL. Presidência da República. Lei 8.662. Dispõe sobre a profissão de assistente social e  
dá outras providências. Brasília, 7 de junho de 1993.  
BRAZ, M.; TEIXEIRA, J. B. O projeto ético-político do Serviço Social. In: CFESS/ABEPSS  
(org.). Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília:  
CFESS/ABEPSS,  
2009.  
Disponível  
em:  
201608060407431902860.pdf. Acesso em 10 jun. 2023.  
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Código de ética Profissional do  
Assistente Social. Brasília, 1993.  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518  
Relação Serviço Social e movimentos sociais a partir dos fundamentos do Serviço Social  
COSTA, L; R. S. T; GONÇALVES, M. da C. V. Relação entre Dimensão investigativa e  
Serviço Social. In: SANTOS, V. N.; GONÇALVES, M. da C. V. (org.). Exercício  
Profissional em Serviço Social numa conjuntura adversa. São Cristóvão/SE. Editora UFS,  
2020.  
DAL MORO, M. D.; MARQUES, M. G. A Relação do Serviço Social com os Movimentos  
Sociais na Contemporaneidade. Temporalis, n. 21, jan./jun. 2011.  
DURIGUETTO, M. L. Movimentos sociais e Serviço Social no Brasil pós-anos 1990: desafios  
e perspectivas. In: ABRAMIDES, B; DURIGUETTO, M. L (orgs.) Movimentos Sociais e  
Serviço Social: uma relação necessária. São Paulo: Cortez, 2014.  
IAMAMOTO, M. V. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e  
questão social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2011.  
GUIMARÃES, M. C. R. Movimentos sociais e fundamentos do Serviço Social:  
entrelaçamentos e paradoxos na formação profissional. Serviço Social em Perspectiva, n. 2,  
jul./dez. 2022.  
KAMITANI, E. A crise do capital: uma resenha sobre a obra de Ernest Mandel. Revista  
Urutágua - Revista Acadêmica Multidisciplinar, n. 12, abr./maio/jun./jul. 2007.  
MARONEZE, L. F. Z.; BRITO, D. F. de; FERREIRA, P. H. C. A Formação Profissional do/a  
Assistente Social no Contexto da Reforma do Ensino Superior no Brasil: Desafios ao  
Exercício Crítico da Profissão. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM  
SERVIÇO SOCIAL, 16., 2018, Vitória, ES. Anais [...]. Vitória: ABEPSS, 2018.  
MARQUES, M. G. A relação do Serviço Social com os movimentos sociais na  
contemporaneidade. In: In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM  
SERVIÇO SOCIAL, 12., 2010, Vitória, ES. Anais [...]. Vitória: ABEPSS, 2010.  
MOTA, A. E.; AMARAL, Â. Serviço Social brasileiro: cenários e perspectivas nos anos 2000.  
In: MOTA, A. E; AMARAL, Â. (org.). Serviço Social Brasileiro nos anos 2000: cenários,  
pelejas e desafios. Recife: Editora UFPE, 2014. p. 23-43.  
249  
NETTO, J. P. A construção do projeto ético político do Serviço Social. In: MOTA, Ana  
Elizabete et al. (org.). Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo:  
Cortez. 2006.  
NETTO, J. P. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2011.  
NETTO, J. P. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 2. ed.  
São Paulo: Cortez, 1996.  
NETTO, J. P. A crítica conservadora à reconceptualização. Serviço Social e Sociedade, n. 5,  
ano II. São Paulo: Cortez, 1981.  
PAULISTA, M. I. O passado sempre presente: as concepções de formação na história da  
faculdade Paulista de Serviço Social. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade  
Nove de Julho, São Paulo, 2009.  
PEREIRA, M. F. de C.; OLIVEIRA, N. C. de. Serviço social e movimentos sociais: história e  
reflexões sobre o amadurecimento teórico-metodológico. Revista Serviço Social em Debate,  
n. 1, 2019.  
SILVA, J. F. S. de. Pesquisa e produção do conhecimento em Serviço Social. Revista Textos &  
Contextos, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 282-297, jul./dez. 2007.  
SILVA, M. O. da S. e. Trinta anos da Revista Serviço Social & Sociedade: contribuições para  
a construção e o desenvolvimento do Serviço Social no Brasil. Revista Serviço Social &  
Sociedade,  
v.  
100,  
p.  
599-649,  
2009.  
Disponível  
em:  
SOUZA, R. S. de; CASTRO, A. G. Movimentos Sociais, Serviço Social e direitos humanos no  
Brasil. In: Congresso Catarinense de Assistentes Sociais. Florianópolis, 2013. Disponível  
em:  
Humanos-e-SS-no-Brasil2.pdf. Acesso em: 28 jun. 2023.  
Kathleen Pimentel dos Santos  
YAZBEK, M. C. Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social. In:  
CFESS/ABEPSS (org.). Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais.  
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.  
250  
Libertas, Juiz de Fora, v. 24, n. 1, p. 236-250, jan./jun. 2024. ISSN 1980-8518