DOI 10.34019/1980-8518.2023.v23.41472  
Editorial  
O Serviço Social diante da ofensiva neoliberal:  
os aspectos sociais e a pandemia  
É com muita alegria que vem ao público mais um número da Revista Libertas. Sem  
dúvida um número especial carregado de encontros e despedidas. Este número, por um lado,  
marca o retorno às atividades coletivas na UFJF, após a fase mais aguda da pandemia, que se  
expressam no Dossiê da Revista, através dos artigos, baseados nas conferências proferidas no  
VII Seminário Internacional da Faculdade de Serviço Social e do Programa de Pós-Graduação  
em Serviço Social da UFJF, que aconteceu em setembro de 2022.  
Este evento marca o retorno dos nossos Seminários Internacionais, mesmo que de forma  
híbrida. Naquele momento ainda estávamos vivenciando a Pandemia de COVID -19, vivendo  
um momento de muita incerteza, quando deliberamos pela realização do Seminário. Foi uma  
decisão ousada, mas repleta de esperança.  
Agradecemos à Comissão Organizadora do Seminário Internacional: as professoras  
Marina Monteiro Castro e Castro, Ana Luiza Avelar, Ana Maria Ferreira, Claudia Mônica dos  
Santos e Carina Berta Moljo, que trabalharam incansavelmente para que o mesmo acontecesse.  
O trabalho em nossa faculdade nunca se faz de forma isolada, ele é sempre coletivo, portanto,  
agradecemos a participação dos professores/as que se envolveram na avaliação e nas mesas de  
apresentação de trabalhos. Agradecemos, igualmente, aos nossos técnicos administrativos, em  
especial, Luciano de Souza – responsável pelo suporte audiovisual presencial e transmissão ao  
vivo pelo canal do Youtube –, e a Emília Nunes e Flávio Sereno – responsáveis pela  
comunicação com os nossos convidados e compra de passagens. Quem conhece a burocracia  
dos sistemas de compra de passagens e diárias nas universidades federais, sabe como isto pode  
ser exaustivo. Agradecemos à Coordenação da Pós-graduação, professora Edneia Oliveira, pelo  
apoio à realização do evento. Especialmente, agradecemos aos palestrantes que participaram no  
Seminário, seja online, seja presencialmente, que abrilhantaram nosso seminário.  
No Dossiê, vocês terão acesso às conferencias, agora modificadas para publicação.  
Revista Libertas, Juiz de Fora, v. 23, n.1, p. IX-XV, jan./jun. 2023. ISSN 1980-8518  
Editorial  
Agradecemos a todos aqueles que enviaram e avaliaram trabalhos, ao financiamento da Capes  
e da UFJF. As palestras, assim como os Anais do Evento também podem ser acessados no siteda  
Faculdade de Serviço Social e no canal do Youtube da Faculdade de Serviço Social:  
Como enunciamos no começo deste editorial, este número expressa não só retorno das  
atividades coletivas realizadas em setembro de 2022, mas também a finalização de uma gestão  
à frente da Revista. Em 2019 a Comissão editorial era composta pelas professoras Mônica  
Grossi e Elizete Menegat. Com a saída da professora Elizete para pós-doutorado e depois a  
professora Mônica para pós-doutorado, uma nova comissão foi formada em 2019, ingressando  
os professores Carina Berta Moljo e Ronaldo Vielmi Fortes e, em 2020 juntou-se a esta equipe  
editorial o professor Alexandre Aranha Arbia. Umas das principais preocupações desta equipe  
foi a de inserir a Revista na plataforma OJS, incorporar novos indexadores e manter a qualidade  
que a Libertas já possuía, buscando melhorar a avaliação “nos Qualis da vida”. Foram anos de  
muito trabalho coletivo. Ainda estávamos começando a trabalhar juntos, a criar rotinas de  
trabalho, de editoração etc., quando a pandemia nos tomou por assalto e, mesmo que inseguros,  
precisávamos colocar a Revista em circulação. ALibertas assumiu um novo formato, com novas  
sessões e nova diagramação. Incluímos a sessão Dossiê – que recebe artigos por temáticas  
designadas pela linha editorial da Revista –, mantivemos o fluxo continuo e incluímos a sessões  
de Tradução dos Clássicos, Entrevista e Relatos de Experiências. Acreditamos que o fruto do  
trabalho realizado se expressa na qualidade da Revista, na qualidade dos autores que a  
escolheram para publicar seus artigos e na parceria com nossos avaliadores, que sempre  
atenderam aos nossos pedidos.  
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Assim, este número de 23.1 marca a renovação da Comissão Editorial da Libertas,  
encerrando-se a participação dos professores Ronaldo Vielmi e Carina Moljo. A nova Comissão  
será composta pelas professoras Isaura Aquino e Mônica Grossi, além do TAE Luciano de  
Souza, como editor-executivo.  
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Desejamos êxitos na nova etapa da Revista Libertas!  
Michael Löwy, autor que dispensa apresentações, abre esse volume da revista. O texto  
em questão, intitulado A ofensiva do capitalismo neoliberal contra a Mãe Terra, aborda um dos  
problemas centrais de nossos dias, qual seja, o problema da sustentabilidade da vida no planeta  
sob a égide da organização societária do capital. Denunciando o caráter destrutivo da ordem  
capitalista, o autor destaca a guerra do capital contra a natureza e a humanidade, que se  
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Editorial  
manifesta de maneira mais evidente na mudança climática, que se tornou em nossos dias uma  
questão política e social fundamental. O texto ressalta a necessidade do fortalecimento das lutas  
antissistêmicas e radicais, como é o caso do ecossocialismo, insistindo na urgência de  
compartilhar experiências coletivas que afirmem a possibilidade de um outro modo de vida.  
Elaine Behring, autora de grande expressão na área do Serviço Social, aborda a temática  
da crise e da decadência da reação burguesa, iniciada no ciclo da depressão capitalista, cujos  
primórdios datam de 1970. O período em questão é marcado pela reestruturação produtiva, pela  
mundialização financeira, pelas contrarreformas do Estado – aspectos que demarcam em seu  
conjunto os traços mais evidentes da forte ofensiva capitalista. Tal ofensiva voltou-se  
diretamente contra a classe trabalhadora, intensificando a exploração da força de trabalho, o  
ataque direto aos salários diretos e indiretos da classe trabalhadora. Assim como Michael Löwy,  
a autora também destaca a intensificação da crise climática e ambiental e a eclosão da crise  
sanitária provocada pelo corona vírus. O texto demonstra o caráter mundial das crises de nossos  
dias, porém corretamente adverte para o caráter mais perverso de suas consequências no Brasil,  
expressado pela ascensão do ultraneolibelismo e pelo neofascismo, característica fundamental  
do governo iniciado em 2019.  
O renomado economista argentino, Cláudio Katz, autor de vasta obra sobre a economia  
da América Latina, aborda em seu artigo as características das novas formas de resistência  
popular do continente latino-americano. O autor destaca que as revoltas populares foram  
capazes de conter a restauração conservadora e recriaram cenários progressistas que  
combateram, de maneira efetiva, a contraofensiva implementada pela direita. O artigo traceja  
importantes levantamentos sobre a dimensão desses conflitos na América Latina, abordando  
cenários de vários países, como Bolívia, Chile, Peru, Honduras, Colômbia, sem, entretanto,  
deixar de destacar a especificidade dos acontecimentos que se deram em países como México,  
Argentina e Brasil.  
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Berta Granja e Nuno Pires, autores de nacionalidade portuguesa, defendem a tese da  
importância e necessidade da internacionalização dos debates sobre as questões sociais por  
meio da construção de disciplinas acadêmicas e profissionais. Consideram que os  
conhecimentos científicos são capazes de orientar e suportar a ação do profissional, na medida  
em que pode conferir a eles um instrumental teórico, de caráter universal, ao pautar temas que  
se reportem às dinâmicas e processos econômicos, sociais, políticos e culturais. O artigo destaca  
os desafios da internacionalização das questões e procura apresentar contribuições possíveis  
que podem advir a partir dos trabalhos e atividades que hoje vêm sendo implementadas na  
Europa e, em particular, em Portugal.  
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Editorial  
O artigo Coorperação internacional em Serviço Social, de Maria Lucia Garcia e Gary  
Spolander, propõe a revisão da literatura que versa sobre o tema da cooperação internacional  
no Serviço Social. Com ênfase nos tema da cooperação internacional em pesquisa e nas ações  
de cooperação internacional empreendidas na área do Serviço Social, os autores realizaram  
importante investigação na base de dados Scopus, nos Periódicos da Capes e no Google  
Acadêmico. Os autores destacam que o processo de internacionalização é parte significativa  
das diretrizes atuais do Serviço Social e salientam a assimetria pela qual esse processo vem se  
dando, enfatizando a necessidade do adensamento do debate. As reflexões contribuem de  
maneira significativa para traçar um diagnóstico do processo de internacionalização que vem  
ocorrendo na área e viabiliza reflexões sobre os caminhos dos futuros desenvolvimentos das  
pesquisas no Serviço Social.  
Sergio Quintero Lodoño, professor da Universidad de Caldas, discute em seu texto  
Convergencias de la reconceptualización del trabalho social em Argentina, Chile e Colombia¸  
os pontos de convergência da atuação do Serviço Social com o Movimento de Reconceituação,  
originado no Brasil. A partir de um minucioso levantamento, o autor destaca pelo menos oito  
pontos da atuação do Serviço Social nesses países, que confluem com as diretrizes do  
movimento oriundo do Brasil. O texto traz um balanço interessante do movimento nesses países  
e contribui de maneira significativa para pensar as tendências internacionais do movimento na  
América Latina.  
XII  
No artigo Entre os objetivos profissionais e institucionais, de Rodrigo José Teixeira, o  
leitor encontrará uma importante contribuição sobre as condições atuais de assalariamento dos  
assistentes sociais. O artigo problematiza as tendências atuais que vêm ocorrendo nesse campo  
e adverte para a necessidade de enfrentar e resistir aos desafios que se colocam diante da  
categoria. Tanto no que concerne à condição do assistente social, como trabalhador, quanto nos  
aspectos que ferem diretamente os princípios do código de ética do Serviço Social, a ação de  
combate e resistência às tendências atuais implica criar alternativas que visem garantir a relativa  
autonomia do trabalho profissional e fortalecer a profissão do assistente social.  
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Asequência de sete artigos que confere seguimento à seção de fluxo contínuo que, como  
de praxe, visa abrir espaço para uma ampla série de temas que atravessam a prática e as  
reflexões teóricas no Serviço Social. Nesses textos, o leitor encontrará temas que tratam desde  
a violência social em suas vastas e tristes matizes, passando pelas questões sociais da família e  
o exacerbamento dos conflitos sociais advindos do capitalismo, até o problema da disputa no  
Estado pelo fundo público.  
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Na temática sobre a violência encontramos dois artigos. O primeiro deles, Violência sem  
véu, de Alexandra A. L. T S. Eiras e Joyce Queiroga Resende, trata o tema de maneira mais  
ampla, buscando trazer elementos que permitam discutir sobre o papel – nefasto – do fenômeno  
da violência na sociedade brasileira. Resgatando autores consagrados que lidaram com o  
assunto – Chaui, Ianni, Mione Sales, José Fernando Silva –, as autoras destacam como tão  
delicada problemática atravessa constantemente o exercício profissional do assistente social.  
Já o segundo artigo que fala sobre o problema da violência, Mortes Violentas  
Intencionais dos/as negros/as brasileiros/as, de Francisco Flavio Eufrazio, aborda a dimensão  
das mortes contra negros/as. O resgate da literatura sobre o tema contribui para a compreensão  
de como o racismo, a criminalização, a segregação e a perseguição vêm contribuindo para o  
aumento das Mortes Violentas Intencionais (MVI’s) no Brasil.  
Ana Paula Bagetti Zeifert e Schirley Kamile Paplowski, no artigo “Eu sou grande, você  
é pequena” retomam a discussão decisiva e delicada sobre o direito da criança e os fundamentos  
jurídicos estabelecidos em nossos país para a sua concretização. O artigo apresenta a hipótese  
da existência de pressupostos legais estabelecidos muito recentemente e destaca a influência da  
Doutrina da Proteção Integral como fundamento das medidas jurídicas que estão sendo  
pensadas para a abordagem dos direitos das crianças e dos adolescentes. As reflexões das  
autoras têm a intenção de evidenciar o caráter elementar do direito ao respeito das crianças e  
dos adolescentes e refletir e fomentar para a necessidade de práticas que se alinhem a esses  
preceitos.  
XIII  
No artigo Reflexões sobre o dueto família e gênero na política da saúde brasileira, as  
três autoras – Edilane Bertelli, Keli Regina Dal Prá e Michelly Laurita Wiese – analisam a  
relação entre família e gênero como dimensões constitutivas das políticas de proteção social,  
conferindo ênfase à estruturação da política de saúde no contexto atual brasileiro. As autoras  
demonstram o cerne constitutivo das políticas que se ergue sobre a base da reflexão centrada  
na família, sem, no entanto, considerar a “consubstancialidade” das relações concernentes às  
classes sociais, à dimensão das questões étnico-raciais e de gênero. Sobre a ótica da revisão  
bibliográfica de estudos feministas as autoras tecem decisivas e incontornáveis  
problematizações sobre o problema, provocando o debate e destacando a urgência de rever as  
tendências hoje hegemônicas nas políticas de saúde implementadas no país.  
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Os três artigos subsequentes abordam temas concernentes a questões econômicas. Em  
O fundo público e a relação público x privado na política de saúde em Campina Grande/PB,  
Jaidete de Oliveira Correia eAlessandra Ximenes da Silva, trazem uma contribuição importante  
para o tão debatido tema da disputa pelo fundo público. Por meio de um amplo e preciso  
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levantamento de dados, a análise das autoras evidencia as tendências ocorridas no município  
em questão, da contrarreforma na política de saúde, que têm dado indícios significativos da  
perda do caráter público e universal no serviço de saúde.  
Priscilla Medeiros contribui em seu texto para o problema da Expropriação em tempos  
de capitalismo, dando destaque à questão do trabalho reprodutivo e seu impacto direto na vida  
das mulheres. Dando ênfase ao prisma histórico, o artigo visa demonstrar como a submissão do  
trabalho feminino constituiu elemento significativo para a geração do valor no sistema  
capitalista de produção. Trazendo à luz as discussões em torno dos temas do patriarcado e do  
racismo, o artigo demonstra que além do trabalho reprodutivo, pesam sobre as mulheres as  
opressões, explorações, dominações e precarizações que historicamente incidiram sobre elas, e  
como tais dimensões exploratórias do capitalismo continuam em vigência em nossos dias.  
O artigo de Everton Melo, Estado brasileiro e a subserviência ao capital, aborda a  
função histórica assumida pelo Estado brasileiro, sempre a serviço dos interesses do capital  
nacional e internacional. A crítica resgata – por meio de uma análise marxista – a gênese,  
formação e desenvolvimento do Estado no Brasil, analisando o ancoramento de sua trajetória  
aos ditames do sistema do capital. A abordagem histórica permite demonstrar, apesar dos novos  
rumos, como a tendência majoritária dessa subserviência se mantém em nossos dias  
subordinada aos auspícios ferozes do neoliberalismo.  
XIV  
Na seção Entrevista, a professora Carina Berta Moljo colhe o depoimento de Esther  
Luíza de Souza Lemos, que por meio do resgate de sua experiência no Serviço Social, tece  
considerações de grande relevância sobre os processos de internacionalização na área.  
Profissional com larga participação em diferentes órgãos internacionais, em seu depoimento a  
entrevistada aborda elementos decisivos que permitem ampliar a reflexão sobre a dinâmica da  
organização política nacional e internacional da categoria. Esther Lemos destaca em suas  
considerações o Movimento de Reconceituação como perspectiva crítica decisiva que  
viabilizou, como um “divisor de águas”, a inflexão e rearticulação internacional do Serviço  
Social, com maior ênfase na América Latina e no Caribe. O resgate da memória do Movimento  
de Reconceituação, suas virtudes e percalços ao longo de sua trajetória histórica, são decerto  
elementos fundamentais que contribuem sobremaneira para a compreensão da dimensão dessa  
grande contribuição brasileira para o estabelecimento dos rumos críticos que o Serviço Social  
adquiriu e vem adquirindo no mundo.  
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A seção “Tradução dos Clássicos” foi criada com o objetivo de traduzir textos inéditos  
no Brasil, visando publicar artigos de grande relevância histórica, cujo intuito é resgatar a  
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Editorial  
memória de debates importantes que marcaram determinadas épocas. O artigo de Pierre Villar  
– importante historiador francês – que compõe a seção, segue essa linha estabelecida, na medida  
em que visa retomar o debate provocado por ocasião do lançamento da influente obra Palavras  
e as coisas (publicada originalmente em 1966 pela editora Gallimard), de Michel Foucault.  
Escrito em 1967 na importante revista do Partido Comunista Francês, La Nouvelle Critique,  
Villar se contrapõe à tese foucaultiana da ausência da economia política no século XVI, XVII  
e XVIII, uma das teses centrais por meio da qual Foucault argumenta e busca sustentar sua  
propositura da episteme, forma descontínua das estruturas do saber que permeiam dados  
contextos históricos. Por meio de dados históricos, em um retorno direto a diversas obras que  
lidaram com a questão da economia ao longo de séculos, Villar demonstra as inconsistências  
das teses de Foucault. O rigor das demonstrações não foi suficiente para desbancar a  
repercussão que Palavras e as coisas exerceu na época, e continua exercendo em nossos dias.  
O resgate do artigo visa retomar o debate e insistir na necessidade do rigor em toda reflexão  
científica e filosófica. Ao mesmo tempo, adverte para o problema do papel que as obras podem  
desempenhar historicamente, servindo muito mais para atender às expectativas da atmosfera  
dos tempos, do que propriamente atuar como contribuição para o debate da apreensão efetiva  
da realidade. Em termos mais diretos, fica a questão: uma vez demonstrado o erro, por qual  
motivo persistem no erro? É preciso compreender a gênese e a função social de determinados  
pensamentos.  
XV  
Desejamos a todos uma boa leitura e, no ensejo, reafirmamos nosso compromisso em  
propiciar um espaço de qualidade para divulgação das pesquisas e teses desenvolvidas na área  
do Serviço Social.  
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Ronaldo Vielmi Fortes  
Carina Berta Moljo  
Isaura Gomes de Carvalho Aquino  
Mônica Aparecida Grossi  
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