internados num hospital universitário, ainda mostra a necessidade de educação permanente da
equipe multidisciplinar, buscando uma maior capacitação e integração da equipe e desta com
os usuários.
O Décimo terceiro artigo, denominado Trajetórias criminais e reinserção social de ex-
reclusos/as: uma revisão da literatura, de autoria de Eva Raquel Xavier De Melo Gil Chaves,
Clara Maria Rodrigues Cruz Silva Santos e Vera Mónica da Silva Duarte, analisa, a partir da
revisão de bibliografia em bases de dados internacionais, a questão da reincidência criminal,
considerando fatores da trajetória de vida e de trajetória criminal dos indivíduos. As autoras
sinalizam “a necessidade de uma leitura crítica sobre as trajetórias de vida dos indivíduos”, e
salientam a “existência de lacunas no acompanhamento dos reclusos/as em contexto prisional
que podem apresentar-se como um obstáculo à reinserção social destes indivíduos”.
O décimo quarto artigo denominado Contribuições da teologia da libertação para a
reconceituação do serviço social, de Guilherme Costa dos Reis e José Fernando Siqueira da
Silva, apresenta os resultados de uma pesquisa cujo objeto de análise foi a teologia da libertação
na América Latina e a sua influência para o Serviço Social. Trata-se de um estudo teórico
referenciado em diferentes fontes bibliográficas nacionais e internacionais
Finalizando esta sessão, temos o artigo de Vítor Bartoletti Sartori, Karl Marx diante da
miséria e da constituinte alemãs em 1848, onde o autor, com o rigor da leitura imanente, analisa
as diferenças entre o Manifesto Comunista e os artigos da Nova Gazeta Renana, em uma
fecunda proposta de compreensão das elaborações concretas de Marx a respeito da política,
mais precisamente, da situação alemã.
Fechando a revista, temos na seção de entrevistas a importante contribuição da
professora argentina, presidente da FITS, Silvana Martinez, entrevistada pela professora Carina
Berta Moljo, denominada La Federación Internacional de Trabajadores Sociales (FITS) e los
trabajadores sociales en el mundo. Nesta entrevista, a professora analisa a trajetória da FITS,
desde a sua gênese, até os dias atuais, destacando o ano de 2012, no qual se articula uma nova
concepção de Serviço Social internacional, e o ano de 2018, em que, pela primeira vez, a Região
de América Latina e Caribe chegam a presidência da FITS. Finaliza a entrevista apresentando
os desafios atuais. E a seção Tradução dos Clássicos, que traz o texto de Franco Basaglia, A
liberdade comunitária como alternativa ao retrocesso institucional, traduzido por Ronaldo
Vielmi Fortes e com revisão de Alexandre Arbia. Um dos principais expoentes mundiais da luta
antimanicomial, Basaglia atuou ativamente na problematização que levou à reformulação da
política de saúde mental na Itália. O texto em questão, de elevado valor histórico e heurístico,
traz uma pequena amostra da contribuição de Basaglia no “calor da hora” – sua análise crítico-