Sthephan Souza novos voos seriam alçados: seria criado o Programa de Pós-Graduação em
Serviço Social, no nível de Mestrado, sob a coordenação das professoras Maria Aparecida
Tardin Cassab e Maria Lúcia Duriguetto e, com sua consolidação, o Doutorado, em 2019. Dessa
forma, também homenageamos o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, que após 15
anos continua demonstrando a sua qualidade, sendo ainda único Programa de Pós-Graduação
em Serviço Social de Minas Gerais. Parabéns aos mestrandos e doutorandos, aos professores e
técnicos administrativos que insistem em manter de pé a perspectiva crítica no Brasil. Portanto,
apesar dos tempos sombrios que vivemos, no Brasil e no mundo, temos um legado para honrar
e muita história para construir. Em 2002, a Revista Libertas era lançada em formato impresso;
as mudanças produzidas no universo editorial, fizeram com que adotasse, em 2007, o formato
online (a partir de 2016, a revista passou a adotar exclusivamente o formato online). Adaptar-
se ao “mundo online”, ainda que sem dispor de estrutura e meios adequados, foi e continua
sendo um desafio, não só pelas exigências (cada vez maiores) de indexação, controle de
originalidade, fluxos editoriais, sistemas de edição etc. A Revista Libertas, a exemplo da
maioria das revistas universitárias no Brasil, mantém a oferta de acesso gratuito e universal aos
artigos científicos, traduções, entrevistas e outros materiais que publica; nada cobra de seus
autores para publicar, ainda que enfrente dificuldades, muitas das quais, de ordem elementar,
fruto das sucessivas políticas de restrição de orçamento para a produção e a publicização da
ciência no Brasil. Não se enganem aqueles que pensam que a produção (e a publicização da
produção) científica no nosso país se dá de forma suave; não. Antes, elas envolvem, na quase
totalidade das vezes, o empenho pessoal dos pesquisadores e cientistas em sua realização,
execução de tarefas para (muito) além do horário de trabalho, empenho de recursos financeiros
próprios (pessoais), colaboração voluntária de um sem-número de docentes, técnicos e
discentes, para que a ciência no Brasil continue caminhando, sob e contra os ataques daqueles
que apostam sempre suas fichas na ignorância, na censura e na pax romana. Muitas revistas
terminam por sucumbir nesse processo – como não lembrar o caso da Revista Estudos de
Literatura Brasileira Contemporânea, editada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira
Contemporânea da Universidade de Brasília desde 1999 e com 62 números publicados,
qualificada em nível de excelência da CAPES (Qualis A1), que não teve as condições
necessárias para manter a publicação, encerrando suas atividades em maio deste ano? Outras
revistas terminaram por tomar outro caminho, na tentativa de remediar as dificuldades:
transferir parte dos custos da publicação ao autor. Ainda que essa possa parecer uma saída
racional no interior de uma sociedade onde tudo se dá pelo trânsito mercantil, restará sempre a
dúvida, nesses casos: afinal, quem poderá publicar? Como se resolverá o dilema entre um artigo