HU Revista https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista <p>Revista mutltidisciplinar da área da Saúde <strong>B3</strong> <strong>(Qualis CAPES 2017-2020)</strong>, com publicação contínua e on-line de artigos originais, revisões sistemáticas e metanálise, revisões de literatura (exclusivamente, à convite do corpo editorial), relatos de casos e de experiência, editoriais, carta ao editor e comunicação breve.</p> Editora UFJF pt-BR HU Revista 0103-3123 <p align="center"><span style="box-sizing: border-box; color: #000000; font-family: &amp;quot; noto sans&amp;quot;,arial,helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bolder; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Cessão de Primeira Publicação à HU Revista</span></p> <p align="center"><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: #000000; cursor: text; font-family: 'Noto Sans',Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Os autores mantém todos os direitos autorais sobre a publicação, sem restrições, e concedem à HU Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a</span>&nbsp;<a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Licença Creative Commons Attribution</a> <span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: #000000; cursor: text; font-family: 'Noto Sans',Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;">que permite o compartilhamento irrestrito do trabalho, com reconhecimento da autoria e crédito pela citação de publicação inicial nesta revista, referenciando inclusive seu DOI.</span></p> <p>&nbsp;</p> <!-- [if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning ></w:PunctuationKerning> <w:ValidateAgainstSchemas ></w:ValidateAgainstSchemas> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables ></w:BreakWrappedTables> <w:SnapToGridInCell ></w:SnapToGridInCell> <w:WrapTextWithPunct ></w:WrapTextWithPunct> <w:UseAsianBreakRules ></w:UseAsianBreakRules> <w:DontGrowAutofit ></w:DontGrowAutofit> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!-- [if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!-- [if gte mso 10]> <mce:style><! /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} --> <p>&nbsp;</p> <!--[endif]--> Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Comissões de Farmácia e Terapêutica em hospitais universitários: organização e articulação https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41198 <p><strong>Introdução: </strong>A atuação dos Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) e das Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) em hospitais de ensino pode ser potencializada para o fortalecimento da implementação da política de gestão de tecnologias em saúde no âmbito hospitalar. Entretanto, a organização e as formas como esses grupos se articulam é pouco conhecida. <strong>Objetivo: </strong>Analisar processos de trabalho de NATS e CFT instituídos em hospitais universitários federais sob a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), identificando elementos organizacionais e níveis de articulações entre esses grupos, além das principais dificuldades enfrentadas. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, envolvendo estudo de casos múltiplos. As unidades hospitalares foram selecionadas após critério de inclusão. A coleta de dados empregou análise documental e entrevista semiestruturada com pessoas chaves dos processos. <strong>Resultados:</strong> Os resultados permitiram uma visão geral sobre como estão organizados e estruturados os NATS e as CFTs, bem como a identificação de diferentes níveis de articulação entre eles. Dos 8 hospitais estudados, 3 apresentaram nível alto de articulação, 4 apresentaram nível baixo e em um deles não foi observada a existência de articulação entre o NATS e a CFT. Entre os desafios enfrentados pelos grupos foram relatados a escassez de recursos humanos, incipiente estrutura administrativa ou espaço físico e necessidades de capacitação. <strong>Conclusão: </strong>Quatro dos hospitais apresentaram nível baixo de articulação entre o NATS e a CFT, indicando a necessidade de maior compreensão dos fatores intervenientes. Os resultados contribuem para o conhecimento institucional de cada grupo estudado e podem orientar ações de melhoria e fortalecimento da cultura da ATS para gestão de tecnologias nos ambientes hospitalares.</p> Denise Heleno de Souza Stopatto Flávia Tavares Silva Elias Copyright (c) 2023 Denise Heleno de Souza Stopatto, Flávia Tavares Silva Elias https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-08-07 2023-08-07 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.41198 Avaliação da radiopacidade dos cimentos MTA Angelus Branco®, MTA Repair HP e Biodentine por meio de radiografia digital https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40291 <p><strong>Introdução:</strong> A radiopacidade é um requisito importante para um material odontológico, pois permite que as estruturas dentárias sejam distinguidas do material substituto, facilitando o diagnóstico radiográfico. Portanto, com o surgimento de novas formulações de materiais endodônticos, é fundamental que esta propriedade esteja em conformidade com as normas vigentes. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar as radiopacidades dos cimentos MTA Angelus Branco, MTA <em>Repair</em> HP e Biodentine entre si e compará-las com as das estruturas dentais humanas, por meio de radiografia digital. <strong>Material e Métodos:</strong> Foram confeccionados cinco corpos de prova para cada cimento estudado. Cada amostra foi radiografada, pelo método digital, juntamente com uma fatia de um dente molar inferior humano hígido e uma escala de densidade de alumínio (Al). Para cada conjunto, três imagens foram obtidas e avaliadas quanto às densidades por meio da ferramenta histograma do <em>software Image</em> J. Em cada estrutura avaliada, foi usada uma região de interesse pré-definida e as densidades foram apresentadas utilizando-se médias, desvios-padrões e medianas. Para avaliar a normalidade dos dados e comparar a radiopacidade dos três cimentos testados, foram aplicados os testes de Shapiro-Wilk e o de Kruskal-Wallis, respectivamente. Foi utilizado o programa SPSS com nível de significância de 5% (p≤0,05). <strong>Resultados:</strong> Foi observado para o esmalte e a dentina radiopacidades equivalentes a 2 mm de Al e 1 mm respectivamente. Ambos os cimentos MTA Branco e MTA <em>Repair</em> HP, apresentaram radiopacidade equivalente a 3 mm de Al. O cimento Biodentine apresentou radiopacidade inferior aos demais materiais (2 mm de Al). <strong>Conclusão:</strong> As radiopacidades dos cimentos MTA Branco e MTA <em>Repair</em> HP foram semelhantes entre si e maiores que às da dentina e do esmalte dental. Em contrapartida, a radiopacidade do cimento Biodentine foi inferior às do MTA Branco e MTA <em>Repair</em> HP, e semelhante à do esmalte.</p> Gabriela El-Corab Fiche Rafaela Passos de Souza Karina Lopes Devito Anamaria Pessoa Pereira Leite Copyright (c) 2023 Gabriela El-Corab Fiche, Rafaela Passos de Souza, Karina Lopes Devito, Anamaria Pessoa Pereira Leite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-24 2023-10-24 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.40291 Morbidade hospitalar de crianças de zero a nove anos no Hospital Universitário de Lagarto, Sergipe, Brasil: uma análise entre 2013 e 2022 https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42602 <p><strong>Introdução:</strong> A maioria das crianças apresenta doença ou agravo de saúde que necessita de assistência hospitalar (incluindo internação) em algum momento de sua infância. Os impactos da internação podem ocorrer no crescimento e desenvolvimento infantil e nos custos envolvidos. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a morbidade hospitalar de crianças de zero a nove anos no Hospital Universitário de Lagarto (HUL), Sergipe, Brasil<span style="text-decoration: line-through;">, </span>nos últimos dez anos. <strong>Material e Métodos:</strong> Foi realizado um estudo ecológico, do tipo série temporal, considerando a quantidade anual internações hospitalares como variável primária. Foi estimada a tendência temporal da incidência entre 2013 e 2022, além de descrever indicadores de morbidade e comparar a incidência em relação ao sexo, faixa etária e CID-10. O nível de significância foi de 5%. <strong>Resultados:</strong> Nos últimos dez anos, quase seis mil internações hospitalares de crianças de zero a nove anos foram aprovadas no HUL. O valor médio de cada internação hospitalar foi de R$433,61 com tempo médio de permanência foi de 4,8 dias. A tendência temporal foi estacionária para todas as faixas etárias (menores de um ano, entre um e quatro e entre cinco e nove anos) (<em>p</em> &gt;0,05). Entretanto, a incidência de hospitalizações de crianças menores de um ano foi significativamente maior quando comparada às outras faixas etárias (<em>p</em> &lt;0,05), assim como de crianças do sexo feminino em relação ao masculino (<em>p</em> &lt;0,05). Por fim, observou-se que as doenças do aparelho respiratório foram as mais comuns, cuja incidência foi significativamente superior a todos os outros grupos de doenças do CID-10 (<em>p</em> &lt;0,05). <strong>Conclusão:</strong> Nos últimos dez anos, o HUL apresentou um padrão morbidade hospitalar com maior prevalência de internações em crianças de 1 a 4 anos e por causas respiratórias.</p> Andreane Meneses Andrade Ricardo Barbosa Lima Alexandre Machado Andrade Copyright (c) 2024 Andreane Meneses Andrade, Ricardo Barbosa Lima, Alexandre Machado Andrade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-14 2024-03-14 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.42602 Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com suspeita de síndrome respiratória aguda grave durante um período de cinco anos em um município de grande porte de Minas Gerais https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41170 <p><strong>Introdução:</strong> As infecções do trato respiratório representam importante causa de morbidade e mortalidade no mundo. Dentre as apresentações clínicas das infecções virais temos a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que é um quadro de síndrome gripal com sinais de gravidade, representando um agravo de notificação compulsória. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a ocorrência da síndrome respiratória aguda grave na população de Juiz de Fora, Minas Gerais, durante o período de 5 anos. <strong>Material e Métodos:</strong> Os dados clínico/epidemiológicos presentes nas fichas de notificação entre os anos de 2016 a 2021 foram fornecidos pela vigilância epidemiológica do município sendo submetidos à análise, perfazendo 20.817 pacientes estudados. <strong>Resultados:</strong> A média de idade entre 2016 e 2019 foi de 24,36 anos (DP± 25,7) e entre 2020 e 2021 a média foi de 52,17 anos (DP± 24,4). Entre 2016-2019, o acometimento por faixa etária, se concentrou entre pacientes infantis (0-2 anos) 25,41% dos casos, crianças (3-12 anos) 22,31% e adultos jovens (18-39 anos) 23,45% dos casos. Entre 2019 e 2021, houve mudança nesse perfil com maior ocorrência dos casos concentrados em adultos de meia idade e idosos. Em relação à etiologia, o vírus Influenza foi responsável por 6,11 % dos casos, 19,4% foram causados por outros vírus respiratórios e o SARS-CoV-2 em 2 anos foi responsável por 72,59% dos casos. Entre 2019 e 2021, 99,41% dos casos precisaram de internação sendo que 48,01% dos pacientes foram para a unidade de terapia intensiva (UTI). Pacientes com fatores de risco apresentaram <em>Odds Ratio</em> de 3,7 de evoluir para óbito. <strong>Conclusão: </strong>Em Juiz de Fora, há um predomínio de casos em pacientes de 0-12 anos seguidos por adultos jovens (18-39 anos). A Covid-19 alterou o perfil epidemiológico de acometimento. Outros vírus respiratórios, além do Influenza podem ser etiologia de casos graves. </p> Lucas de Oliveira Vasconcelos Guimarães Marina Nogueira Henriques de Oliveira Rebeca Ferreira Cesar Campos Sônia Maria Almeida Rodrigues Aripuanã Sakurada Watanabe Copyright (c) 2023 Lucas de Oliveira Vasconcelos Guimarães, Marina Nogueira Henriques de Oliveira, Rebeca Ferreira Cesar Campos , Sônia Maria Almeida Rodrigues, Aripuanã Sakurada Watanabe https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-13 2023-12-13 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.41170 Perfil de notas técnicas para suporte técnico-científico à decisão judicial do medicamento Zolgensma® (onasemnogeno abeparvoveque) https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43373 <p><strong>Introdução:</strong> O aumento da judicialização da saúde tem destacado a importância dos centros de avaliação judicial em decisões baseadas em evidências. A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neurodegenerativa caracterizada principalmente por hipotonia muscular progressiva e alta mortalidade nos primeiros dois anos de vida. Embora o medicamento Zolgensma<sup>® </sup>(onasemnogeno abeparvoveque) seja indicado para o tratamento da AME, seu custo elevado e a indisponibilidade pelo sistema público de saúde brasileiro tornam o tratamento inviável, resultando em processos judiciais. <strong>Objetivo:</strong> Descrever o perfil das informações contidas nas notas técnicas (NT) disponíveis no Sistema Nacional de Pareceres e Notas Técnicas (e-NatJus), utilizadas como apoio nas decisões judiciais relacionadas ao Zolgensma<sup>®</sup>. <strong>Material e Métodos:</strong> Foi realizado um estudo descritivo com dados de notas técnicas disponíveis no Sistema <span style="text-decoration: line-through;">Nacional de Pareceres e Notas Técnicas (</span>e-NatJus<span style="text-decoration: line-through;">)</span> no período entre setembro de 2021 a setembro de 2023. <strong>Resultado:</strong> Foram identificadas 63 notas técnicas, sendo que uma foi excluída por se tratar de nota complementar. Das 62 NTs consideradas elegíveis para análise neste estudo, a idade média dos participantes foi de 2,03 (± 1,54) anos, sendo a maioria do sexo masculino. A maioria das solicitações foi para tratamento de AME tipo 1 (N= 52; 82%). Destas, somente 23 atendiam a faixa etária inferior a 2 anos. Quanto à recomendação final, 14 NTs foram favoráveis ao fornecimento do Zolgensma<sup>®</sup>. <strong>Conclusão:</strong> Os resultados revelaram o perfil das NTs baseadas em evidências científicas, que subsidiam decisões judiciais visando minimizar impactos no orçamento da saúde. Iniciativas como o Sistema e-NatJus são fundamentais para acesso a esses subsídios, embora a disseminação de informações e capacitações continuadas sejam necessárias. Pesquisas adicionais sobre o impacto dos Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) e Núcleos de Apoio Técnico ao Judiciário (NATJUS) na judicialização da saúde são importantes.</p> Thisciane Ferreira Pinto Gomes Ítalo Gustavo Lima Monteiro Andrezza Abraham Ohana de Souza Antônio Brazil Viana Junior Karoline Ferreira da Silva Luiz Gustavo Mendes de Moura Patrícia Andrea de Fonseca Magalhães Copyright (c) 2024 Thisciane Ferreira Pinto Gomes, Ítalo Gustavo Lima Monteiro, Andrezza Abraham Ohana de Souza, Antônio Brazil Viana Junior, Karoline Ferreira da Silva, Luiz Gustavo Mendes de Moura, Patrícia Andrea de Fonseca Magalhães https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-25 2024-04-25 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.43373 Tratamento de complicações clínicas e intercorrências de pacientes oncológicos no Sistema Único de Saúde do Brasil https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42563 <p><strong>Introdução</strong>: O tratamento do câncer pode ser uma experiência desafiadora para os pacientes, especialmente ao lidar com complicações clínicas. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece terapias e cuidados ao paciente oncológico, sendo necessário investigar tal oferta ao longo do tempo. <strong>Objetivo</strong>: Avaliar o tratamento para complicações clínicas e intercorrências relacionadas ao câncer no SUS entre 2013 e 2021. <strong>Métodos</strong>: Foi realizado um estudo ecológico com dados coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Foram selecionados dois procedimentos hospitalares relacionados: tratamento clínico de paciente oncológico (#03.04.10.002-1) e tratamento de intercorrências clínicas de paciente oncológico (#03.04.10.001-3). Examinou-se a tendência temporal e o impacto da pandemia de COVID-19 com nível de significância de 5%. <strong>Resultados</strong>: Nos últimos nove anos, mais de dois milhões de procedimentos para complicações e intercorrências clínicas foram realizados no SUS. Houve uma tendência significativamente crescente no tratamento de complicações clínicas (<em>p</em>= 0,001), enquanto o tratamento de intercorrências apresentou estacionariedade (<em>p</em>= 0,065). Entretanto, houve uma redução significativa no quantitativo anual durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19, quer seja no tratamento de complicações clínicas (<em>p</em> &lt;0,001) ou de intercorrências (<em>p</em> &lt;0,001). Por fim, observou-se uma correlação significativa, positiva e moderada entre ambos os procedimentos no SUS durante o período investigado (<em>p</em>= 0,043, ρ= 0,700). <strong>Conclusão</strong>: A quantidade de procedimentos para tratar complicações clínicas de pacientes oncológicos no SUS aumentou nos últimos nove anos, sendo reduzida em 2020, durante a pandemia de COVID-19.</p> Matheus Sanjuan Netis Teles Cardoso Gabriel Emílio Dias Santos Erik Abrahão Santos Simone Yuriko Kameo Ricardo Barbosa-Lima Thiago da Silva Mendes Copyright (c) 2024 Matheus Sanjuan Netis Teles Cardoso, Gabriel Emílio Dias Santos, Erik Abrahão Santos, Simone Yuriko Kameo, Ricardo Barbosa-Lima, Thiago da Silva Mendes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-22 2024-01-22 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.42563 Liga Acadêmica de Hematologia (HemoLiga): atuação no Ensino, Pesquisa e Extensão https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41147 <p><strong>Introdução:</strong> As Ligas Acadêmicas (LAs) são organizações universitárias muito presentes nos cursos de medicina no Brasil, são de caráter extracurricular e complementar, fundamentadas no tripé ensino, pesquisa e extensão (EPE). Suas atividades tendem a aprofundar os conhecimentos sobre determinado tema, estimular a criatividade, o autoaprendizado e o espírito crítico dos estudantes a fim de proporcionar uma melhor formação profissional. <strong>Objetivo:</strong> Relatar o histórico e a atuação da HemoLiga (HL) com foco na produção científica e compará-la com outras LAs de Medicina do Brasil descritas na literatura. <strong>Material e</strong> <strong>Métodos:</strong> Leitura e análise das atas de reuniões da HL para a documentação histórica da liga associada a busca dos Currículos Lattes dos atuais e ex-integrantes da HL para levantamento de dados sobre a produção científica da liga. As informações obtidas foram tabeladas em planilhas de acordo com os subtipos de trabalhos. Foram realizados análises e cruzamento de variáveis para confecção de gráficos. <strong>Resultados:</strong> A HL é uma liga vinculada a três faculdades de medicina e possui 14 anos de existência. Ela atua no ensino através de reuniões e estágios práticos na área de Hematologia. A pesquisa constitui sua principal atuação, integrando, inclusive, linha de pesquisa internacional. Assim, desde a sua fundação, a HL consta de uma lista de 217 trabalhos científicos produzidos, sendo 32 artigos científicos, 180 resumos, três capítulos de livros e dois livros. Na extensão, a liga agrega os projetos Unir para Cuidar, Doador do Futuro, Triagem Neonatal e Amigo de Sangue. <strong>Conclusão:</strong> A HL por meio do seu escopo de atuação, em consonância com outras LAs, contribui através de seu perfil de iniciação científica na formação acadêmica de seus membros, além de beneficiar a sociedade através de seus projetos de extensão.</p> Augusto Cézar Apolinário dos Santos Nathalia Noyma Sampaio Magalhaes Thaís Sette Esposito Samara de Paula Silva Souza Lucas Augusto Niess Soares Fonseca Olivia Franco dos Santos Carlos Marcelino de Oliveira Daniela de Oliveira Werneck Rodrigues Copyright (c) 2023 Augusto Cézar Apolinário dos Santos, Nathalia Noyma Sampaio Magalhaes, Thaís Sette Esposito, Samara de Paula Silva Souza, Lucas Augusto Niess Soares Fonseca , Olivia Franco dos Santos, Carlos Marcelino de Oliveira, Daniela de Oliveira Werneck Rodrigues https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-12-11 2023-12-11 49 1 7 10.34019/1982-8047.2023.v49.41147 Ansiedade, medo, angústia e tristeza: principais sentimentos relatados por homossexuais e bissexuais na Covid-19 https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39538 <p><strong>Introdução:</strong> O grupo LGBTQIAPN+, pela construção histórica, já sofre exclusão social, LGBTfobia, sentimentos de inaptidão social, dificuldades no acesso a serviços de saúde e conflitos dentro do próprio ambiente familiar. Agora, no contexto da pandemia, se faz necessária a adaptação às novas regras de convívio e solidão.<strong> Objetivo:</strong> Descrever os fatores sociodemográficos e os sentimentos dos homossexuais e bissexuais diante a pandemia de covid-19. <strong>Método:</strong> Trata-se de um estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa realizado entre junho e julho de 2020, através de um formulário digital, por meio das plataformas sociais com a população de homossexuais e bissexuais das cinco macrorregiões brasileiras. As variáveis quantitativas foram apresentadas em valores absolutos e percentuais, focalizando na variável “emoções a respeito da pandemia de Covid-19”, através de uma nuvem de palavras. <strong>Resultados:</strong> Os participantes são do gênero feminino com idade média de 23 anos, bissexuais, da raça branca, com ensino superior completo e que residem predominantemente na região Sudeste. Os sentimentos mais citados foram ansiedade, medo, angústia e tristeza. <strong>Conclusão:</strong> O público de homossexuais e bissexuais não diferiram os sentimentos em relação à população em geral, mas acredita-se que tais sentimentos já eram vivenciados por essa população devido aos estigmas enfrentados e foram agravados.</p> Iel Marciano de Moraes Filho Pâmela Dourado de Deus Leão Lorena Samis Simas de Oliveira Lucas da Silva Rocha Thais Vilela de Sousa Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha Copyright (c) 2023 Iel Marciano de Moraes Filho, Pâmela Dourado de Deus Leão, Lorena Samis Simas de Oliveira, Lucas da Silva Rocha, Thais Vilela de Sousa, Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-09-25 2023-09-25 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.39538 Cirurgiões-dentistas e as práticas integrativas e complementares à saúde bucal: uma análise por estados e regiões brasileiras https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40870 <p><strong>Introdução:</strong> A Odontologia vem se aprimorando com a utilização de novos métodos terapêuticos, como por exemplo, a incorporação de práticas integrativas e complementares (PIC), com base na perspectiva de estabelecer novas ferramentas de atendimento integral e atuação transdisciplinar. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a quantidade e a distribuição de cirurgiões-dentistas habilitados em fitoterapia, terapia floral, hipnose, laserterapia, odontologia antroposófica, ozonioterapia e de especialistas em acupuntura e homeopatia, de acordo com os estados e regiões brasileiras. <strong>Material e Métodos:</strong> Tratou-se de uma pesquisa transversal, com abordagem descritiva, a partir de dados secundários e de acesso público, provenientes do Conselho Federal de Odontologia (CFO). <strong>Resultados:</strong> No Brasil, há 2.932 cirurgiões-dentistas habilitados ou especialistas em PIC, havendo um maior número de registros na prática da laserterapia (n= 1.571; 53,6%), seguida por acupuntura (n= 497; 16,9%). Dentre as PIC avaliadas, observou-se, no país, um menor número de registros na prática fitoterapia (n= 26; 0,9%), seguida por odontologia antroposófica (n= 36; 1,2%) e terapia floral (n= 49; 1,7%). Por regiões brasileiras, verifica-se que a região Sudeste detém o maior número de profissionais habilitados ou especialistas em todas as PIC avaliadas. As regiões Norte e Nordeste não apresentam profissionais habilitados em odontologia antroposófica (n= 0; 0%). Em todo o Brasil, observou-se na laserterapia, o maior número de habilitados por cirurgião-dentista, com uma proporção de 1/232. Dentre todos os estados, o Espírito Santo detém a maior proporção observada entre as PIC avaliadas, na prática da laserterapia (1/82). <strong>Conclusão:</strong> Com base nos resultados encontrados e de acordo com o grande número total de cirurgiões-dentistas em atividade no Brasil, concluiu-se que ainda existem poucos profissionais habilitados em fitoterapia, odontologia antroposófica, terapia floral, hipnose, ozonioterapia, laserterapia, e especialistas em homeopatia e acupuntura em todo o país. Além disso, nota-se discrepâncias importantes relacionadas ao número desses profissionais entre estados e regiões brasileiras.</p> Maria José Ferreira da Silva Pedro Emanuel Ibiapina Lima de Sousa Thamyres Maria Silva Simões de Albuquerque Maria Helena Chaves de Vasconcelos Catão José de Alencar Fernandes Neto Copyright (c) 2023 Maria José Ferreira da Silva, Pedro Emanuel Ibiapina Lima de Sousa, Thamyres Maria Silva Simões de Albuquerque, Maria Helena Chaves de Vasconcelos Catão, José de Alencar Fernandes Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-17 2023-11-17 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.40870 Vírus Epstein-Barr associado ao Linfoma de Hodgkin clássico: um estudo de casos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43242 <p><strong>Introdução:</strong> A expressão da positividade do vírus Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico (LHc) permanecem controversos. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a presença de Epstein Baar Vírus (EBV) em pacientes com LHc, associando com características anatomopatológicas e clínicas.<strong> Materiais e Métodos: </strong>Para determinar a presença de EBV, a partir de um material de biópsia de tecidual foi realizada analise por hibridização para RNA codificado para EBV (EBER) e imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral (LMP-1) de uma amostra de demanda de pacientes com diagnóstico entre janeiro de 2009 e janeiro de 2015. As características clínicas avaliadas foram as que compõem o Escore Prognóstico Internacional para estadiamento avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão de Estudos em Hodgkin para estadiamento limitado. Posteriormente, tais características foram relacionadas com a situação do vírus nas células tumorais.<strong> Resultados</strong>: Foram avaliadas as lâminas de biópsia de 29 pacientes com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin. Em relação as características histológicas, o subtipo histológico de celularidade mista apresentou associação estatística com EBV positivo (p= 0,02). Além disso, a presença de EBV foi mais comum em pacientes com 45 anos ou mais (p= 0,07). Embora sem significância estatística, houve uma tendência de melhor sobrevida livre de eventos (p= 0,07), para os pacientes EBV positivo. <strong>Conclusão:</strong> O subtipo histológico de celularidade mista, apresentou uma relação estatisticamente significativa com a presença de EBV nas células tumorais, em conformidade com a literatura. São necessários estudo com maior número de casos para que se possa entender melhor a relação entre a presença de EBV e o prognóstico do LHc em nosso meio.</p> Graziela Toledo Costa Mayrink Kelli Borges dos Santos Julia Diniz Ferreira Abrahão Elias Hallack Neto Copyright (c) 2024 Julia Diniz Ferreira, Graziela Toledo Costa Mayrink , Kelli Borges dos Santos, Abrahão Elias Hallack Neto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-01 2024-04-01 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.43242 A influência das redes sociais no comportamento alimentar e aceitação da imagem corporal relacionada com o índice de massa corporal em acadêmicos de um centro universitário de Foz do Iguaçu – PR https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39455 <p><strong>Introdução:</strong> Os jovens sofrem constantemente com pressões impostas pela sociedade, uma delas é o padrão corporal, reforçada diariamente pelas mídias e redes sociais. Isso acaba impactando diretamente na forma como esse jovem se vê, na sua aceitação corporal e nas escolhas alimentares, com potencial risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TAs). <strong>Objetivo:</strong> Identificar a influência das redes sociais no comportamento alimentar e aceitação da imagem corporal, relacionado com o índice de massa corporal dos estudantes de um centro universitário particular de Foz do Iguaçu-PR. <strong>Materiais e Métodos:</strong> Tratou-se de um estudo transversal, de caráter observacional e natureza quantitativa. Para coleta de dados foram aplicados questionários sociodemográficos, EAT-26 e SATAQ-4 e realizadas análises estatísticas com o <em>BioEstat 5.0</em>. Participaram da pesquisa 211 acadêmicos, 64,24% do sexo feminino e 29,38% do sexo masculino. <strong>Resultados:</strong> Entre os principais resultados constatou-se que a pressão da mídia, sobre a percepção corporal desses universitários, é maior que a pressão da família e amigos <em>(p.</em> 0,0001); o maior impacto sobre o sexo feminino foi para o corpo magro <em>(md= </em>15,15; ±5,59;<em> p.</em> 0,006) e o masculino para o corpo atlético (<em>md= </em>16,98; <em>±</em>5,07; <em>p. </em>0,0004); o maior risco para o desenvolvimento de transtorno alimentar foi em mulheres (n= 44; 84,60%;<em> p.</em> 0,0025) dos cursos da área da saúde (n= 34; 65,40%; <em>p. </em>0,0249). <strong>Conclusão:</strong> O impacto causado pela mídia na percepção e aceitação corporal dos universitários se fez presente, evidenciando insatisfação corporal e influenciando escolhas alimentares. Mulheres foram as mais suscetíveis a essas pressões e, mesmo em sua maioria estando em eutrofia, apresentaram maior risco de desenvolver transtorno alimentar. Entre os homens, a pressão da mídia foi significativa na manutenção do corpo atlético.</p> Camila Thainara dos Passos Diandra Aparecida Dalsoto Ellen Kayumi Mariano Sawazaki Isabel Fernandes de Souza Copyright (c) 2023 Camila Thainara dos Passos, Diandra Aparecida Dalsoto, Ellen Kayumi Mariano Sawazaki, Isabel Fernandes de Souza https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-07-17 2023-07-17 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.39455 Avaliação clínica e laboratorial de pacientes admitidos com anemia grave em um hospital universitário https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42333 <p><strong>Introdução: </strong>A anemia é definida como massa eritrocitária insuficiente para transportar oxigênio aos tecidos<span style="text-decoration: line-through;">,</span> e, frequentemente, representa a presença de uma doença subjacente. Pacientes hospitalizados com anemia grave podem apresentar piores desfechos clínicos.<strong> Objetivo: </strong>Determinar a frequência das etiologias de anemia grave em pacientes hospitalizados, avaliando comorbidades mais prevalentes, exames realizados, necessidades transfusionais e mortalidade durante internação.<strong> Métodos: </strong>Estudo observacional, retrospectivo, com pacientes com anemia grave (hemoglobina ≤7,0 g/dL) que realizaram transfusão de hemácias entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019 em um Hospital Universitário. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos (motivo da internação, comorbidades, exames realizados, etiologia da anemia, duração e desfecho da internação, necessidade de readmissão), laboratoriais (níveis de hemoglobina; contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, plaquetas; volume corpuscular médio eritrocitário; níveis séricos de ferritina, vitamina B12) e transfusionais.<strong> Resultados: </strong>Foram incluídos 141 pacientes, com média de idade de 52,3 anos e predomínio do sexo feminino. A maior parte dos pacientes foi direcionada para a internação a partir de ambulatórios do próprio hospital, principalmente devido a quadros infecciosos. As etiologias mais prevalentes para anemia foram carencial (32,6%) e associada à inflamação (21,3%). Cerca de 16% dos pacientes evoluíram para óbito e cerca de 19% necessitaram de nova hospitalização.<strong> Discussão: </strong>Os pacientes hospitalizados com anemia grave representam um grupo de grande morbimortalidade. Chama a atenção a prevalência da etiologia carencial, uma causa sensível à atenção primária. Destaca-se também a proporção de pacientes portadores de uma doença de base possivelmente associada à anemia, mostrando a importância da atenção à saúde no cenário ambulatorial. <strong>Conclusão: </strong>A anemia aumenta significativamente a morbimortalidade em pacientes hospitalizados. Profissionais de saúde devem estar atentos ao surgimento e agravamento da anemia em pessoas com doenças crônicas, assim como às causas carenciais. Além disso, estabelecer a etiologia da anemia é necessário para um tratamento precoce e eficiente.</p> Ian Paglione Sassaki Aline Cristina Mafra Camila Mariana de Araújo Silva Vieira Adriana Aparecida Ferreira Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald Copyright (c) 2024 Ian Paglione Sassaki, Aline Cristina Mafra, Camila Mariana de Araújo Silva Vieira, Adriana Aparecida Ferreira, Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-15 2024-01-15 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.42333 Avaliação da qualidade de vida dos docentes em instituição pública de ensino superior pelo Whoqol-bref: um estudo transversal https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40783 <p><strong>Introdução: </strong>A qualidade de vida (QV) é composta por inúmeras variáveis que englobam diversos domínios do ser humano, sendo um conceito subjetivo e multidimensional. Devido à sua influência no indivíduo, a literatura com essa temática se torna cada vez mais expressiva. Para tanto, existem questionários responsáveis por essa avaliação, entre eles o Whoqol-bref, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). <strong>Objetivo: </strong>Avaliar a QV de professores de uma instituição pública de ensino superior do estado de Minas Gerais e identificar os fatores que a influenciam. <strong>Método: </strong>Estudo quantitativo e transversal, cuja coleta de dados incluiu a aplicação de um questionário de identificação pessoal e do Whoqol-Bref. Todos os professores vinculados à IES foram convidados e a taxa de resposta foi de 33,71%. A análise estatística determinou a média e o desvio padrão para cada domínio e utilizou o teste T de <em>Student</em>, adotando p&lt;0,05. <strong>Resultados: </strong>56,7% dos participantes da pesquisa são do sexo feminino. A QV geral e a satisfação com a saúde mostraram-se positivas em 54,10% e 52,46% dos docentes, respectivamente. A comparação levando em conta a variável sexo mostrou significância estatística no domínio físico. Os docentes do sexo masculino apresentaram maiores médias nos 4 domínios. <strong>Conclusão: </strong>A QV para a população masculina se mostrou superior em relação a feminina, com foco no domínio Físico. Cerca de metade da amostra não avaliaram sua QV como boa, o que pode ser atribuído a baixa autoestima, pouco apoio social e relações sociais menosprezadas. As limitações encontradas nesse estudo incluíram o tamanho da amostra e a escassez de literatura nessa temática. Espera-se que este trabalho possa contribuir para pesquisas futuras, com foco na qualidade de vida e iniquidade de gênero, visando enriquecer a literatura, dando subsídio para abordagens que melhorem a QV dos docentes. </p> Isabella Cristina de Carvalho Melo Denise Gasparetti Drumond Alfredo Chaoubah Isabela Laryssa Reis Debussi de Jesus Isabella Alves de Faria Thaíssa Ramim Reis Belgo Copyright (c) 2023 Isabella Cristina de Carvalho Melo, Denise Gasparetti Drumond, Alfredo Chaoubah, Isabela Laryssa Reis Debussi de Jesus, Isabella Alves de Faria, Thaíssa Ramim Reis Belgo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-09 2023-11-09 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.40783 Avaliação da procalcitonina como tecnologia de saúde a ser incorporada em um hospital universitário para redução de tempo de tratamento com antimicrobianos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43112 <p><strong>Introdução</strong>: O uso do biomarcador procalcitonina (PCT) de forma racionalizada pode contribuir para reduzir o uso excessivo de antimicrobianos, poupar recursos e qualificar o cuidado com o paciente. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a eficácia da PCT na redução do tempo de tratamento com antimicrobianos e o impacto financeiro e factibilidade da incorporação desta tecnologia a partir de cenários simulados em um hospital de pequeno porte e média complexidade.<strong> Material e Métodos</strong>: Revisão da literatura, a partir da base de dados Pubmed seguida de análise de custo em quatro cenários simulados, comparando o PCR com a PCT. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas cuja intervenção consistia no uso de PCT para guiar o tempo de tratamento com antimicrobianos. A seleção e extração dos dados foi realizada por quatro revisores independentes. A análise de custo foi realizada por meio de cenários simulados com os antimicrobianos de maior impacto na instituição totalizando doze terapias analisadas, a partir de dados de custos efetivamente desembolsados. <strong>Resultados</strong>: Foram selecionados 8 artigos para a análise final. A PCT possibilitou redução significativa de tempo de tratamento, redução de mortalidade, tempo de internação, eventos adversos e custos. A simulação de custo demonstrou que o cenário com PCT foi mais econômico para 67% das terapias analisadas, chegando à uma economia de até R$567,86 por tratamento, no caso da terapia combinada com meropenem, vancomicina e polimixina. <strong>Conclusão: </strong>A terapia guiada pela PCT reduz tempo de tratamento, internação e mortalidade apresentando impacto considerável na redução dos custos diretos, sendo factível a sua incorporação no cenário analisado.</p> Tatiane Garcia do Carmo Flausino Maira Gabriela Perego Renata Pedrolongo Basso Vanelli Cristina Maria Nunes Cabral Elaine Gomes da Silva Gerhard da Paz Lauterbach Bárbara Martins Lima Copyright (c) 2024 Tatiane Garcia do Carmo Flausino, Maira Gabriela Perego, Renata Pedrolongo Basso Vanelli, Cristina Maria Nunes Cabral, Elaine Gomes da Silva, Gerhard da Paz Lauterbach, Bárbara Martins Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-25 2024-03-25 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.43112 Interações potenciais entre os medicamentos comumente prescritos em cirurgia oral e os medicamentos em uso pelo paciente: estudo piloto https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/37911 <p><strong>Introdução:</strong> A alta prevalência do uso de medicamentos na população brasileira pode interferir na prescrição odontológica. <strong>Objetivo<span style="text-decoration: line-through;">s</span>:</strong> Identificar os medicamentos em uso por pacientes atendidos em uma clínica de cirurgia oral menor e estimar os riscos de interações medicamentosas (IM) potenciais com fármacos comumente prescritos em procedimentos cirúrgicos. <strong>Materiais e Métodos</strong><strong>:</strong> Realizou-se um estudo piloto analítico e transversal, sendo incluídos 24 pacientes atendidos na Clínica de Cirurgia Oral da Faculdade de Odontologia de uma universidade pública brasileira. Os dados foram coletados por meio de um questionário exploratório. Todos os medicamentos foram classificados no sistema <em>Anatomical Therapeutic Chemical</em> (ATC). As IM potenciais foram analisadas no banco de dados do Drugs® após correlação entre os medicamentos em uso pelo paciente e os medicamentos comumente prescritos em cirurgia oral. <strong>Resultados:</strong> Observou-se prevalência de 66,7% (n= 16) no uso de pelo menos 1 medicamento dentre os pacientes atendidos na clínica de cirurgia oral, com média de 3,5 (±2,2) medicamentos, sendo a polifarmácia identificada em 16,6% pacientes (n= 4). A média de idade dos usuários de medicamentos foi de 52 (±16) anos e totalizou-se 56 medicamentos. Os fármacos mais prevalentes foram aqueles atuantes nos sistemas nervoso e cardiovascular. Quando simuladas as adições dos fármacos comumente prescritos em cirurgia oral (anti-inflamatórios, analgésicos e antimicrobianos) aos medicamentos em uso pelos 16 pacientes, identificou-se 75 IM potenciais diferentes, sendo 61 (81%) de gravidade moderada e 14 (19%) de gravidade alta. As IM potenciais mais frequentes foram de anti-hipertensivos com anti-inflamatórios, enquanto as de importância clínica grave envolveram fármacos de ação central e analgésicos opioides. <strong>Conclusão:</strong> Observou-se alta prevalência na utilização de medicamentos pelos pacientes atendidos na clínica de cirurgia oral, com importante risco de interações com medicamentos prescritos em procedimentos cirúrgicos.</p> Lavínea Silva de Lima Máysa da Silva Gonçalves Júlia de Souza Faria Camila Pereira de Araújo Matheus Furtado de Carvalho Breno Nogueira Silva Pamela Souza Almeida Silva Gerheim Copyright (c) 2023 Lavínea Silva de Lima, Máysa da Silva Gonçalves, Júlia de Souza Faria, Camila Pereira de Araújo, Matheus Furtado de Carvalho, Breno Nogueira Silva, Pamela Souza Almeida Silva Gerheim https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-04-26 2023-04-26 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.37911 Prevalência da nomofobia entre acadêmicos de Enfermagem https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42112 <p><strong>Introdução: </strong>A nomofobia refere-se à condição psicológica do temor de permanecer sem o celular ou ser incapaz de utilizá-lo, em consequência da falta de Internet ou ausência da carga de bateria. Além disso, a nomofobia pode ser entendida como o medo ou ansiedade de permanecer desconectado. <strong>Objetivo: </strong>Verificar a prevalência da nomofobia entre acadêmicos de Enfermagem de uma instituição privada de ensino superior do Distrito Federal. <strong>Material e Métodos: </strong>Tratou-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, transversal, por meio da aplicação de dois questionários: um sociodemográfico e acadêmico; e o <em>Nomophobia Questionnaire </em>(NMP-Q-BR) validado no Brasil. Os critérios de inclusão dos sujeitos da pesquisa foram: acadêmicos de Enfermagem com idade igual ou superior a 18 anos, matriculados regularmente no curso, que assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido e responderam ao questionário em sua totalidade. <strong>Resultados: </strong>A coleta de dados ocorreu entre os meses de março e abril de 2023 e contou com a participação de 271 estudantes, os quais eram, em sua maioria, do sexo feminino (82,3%), entre 18 e 24 anos (81,5%), autodeclarados brancos (58,3%), solteiros (86,7%) e católicos (41,0%). A pesquisa revelou que os estudantes apresentaram um nível moderado de nomofobia (85,31 pontos). Além disso, estudantes do quarto ano do curso apresentam pontuação acima da média (89,78 pontos em relação aos outros estudantes do curso. <strong>Conclusão: </strong>Percebeu-se que pode existir uma correlação entre os níveis mais elevados de nomofobia, as próprias características da Geração Z e o advento da pandemia de Covid-19. Faz-se necessária a criação de espaços de escuta e acolhimento nas universidades a fim de minimizar os prejuízos que a nomofobia pode causar entre os universitários, como aumento da ansiedade, depressão, baixa autoestima, dependência emocional e insegurança. Essa situação compromete tanto a vida social, quanto a familiar e a acadêmica.</p> Roberto Nascimento de Albuquerque Tayssa Araújo de França Heloísa Durães Camargo Copyright (c) 2024 Roberto Nascimento de Albuquerque, Tayssa Araújo de França, Heloísa Durães Camargo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-22 2024-01-22 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.42112 “Não sei porque você se foi, quantas saudades eu senti”: vivências de mulheres em luto perinatal https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40674 <p><strong>Introdução: </strong>O luto perante a morte perinatal é específico e diferente de uma perda real, uma vez que a mãe nunca conheceu o objeto do seu luto e a morte repentina do bebê representa também a perda de uma identidade maternal. É neste momento, após o conhecimento de que algo que não aconteceu, que as expectativas e os desejos de gerarem uma vida ficam proibidos, e o sofrimento e a reação à perda tomam repercussões. <strong>Objetivo:</strong> Investigar as vivências de mães em luto perinatal. <strong>Método:</strong> Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com mulheres em luto perinatal acompanhadas pela equipe multiprofissional de uma maternidade pública da Paraíba, com idade maior ou igual a 18 anos. Utilizou-se a saturação dos dados para o fechamento amostral. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. <strong>Resultados:</strong> Participaram das entrevistas 18 mulheres em luto perinatal. A partir dos discursos das mulheres enlutadas foi possível elaborar duas categorias temáticas: categoria temática 1 – processo de enlutamento; e categoria temática 2 – processo de cuidar à parturiente. <strong>Discussão:</strong> De forma geral, observou-se que a maioria das mulheres elaborou a perda de seus bebês, atravessou o trabalho de luto, experimentando sentimentos de choque, negação, culpa, ambivalência, e, com isso, ressignificando suas dores, contudo, outras mulheres não conseguiram elaborar a perda do bebê morto. No que se refere ao processo de cuidar, observou-se, de forma geral, uma lacuna na assistência humanizada às mulheres, sobretudo no período intraparto e puerperal. <strong>Conclusão:</strong> Consideram-se urgente a elaboração e a implantação de uma política pública voltada para o luto perinatal, desde o puerpério imediato até o seu retorno domiciliar, a fim de assistir às mulheres no período puerperal, considerado o mais difícil no processo de enlutamento.</p> Andrielly Cavalcante Fonseca Glenda Agra Monique Pereira da Silva Maria Clara Soares Dantas Edlene Régis Pimentel Alynne Mendonça Saraiva Nagashima Edmundo de Oliveira Gaudêncio Copyright (c) 2023 Andrielly Cavalcante Fonseca, Glenda Agra, Monique Pereira da Silva, Maria Clara Soares Dantas, Edlene Régis Pimentel, Alynne Mendonça Saraiva Nagashima, Edmundo de Oliveira Gaudêncio https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-09 2023-11-09 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.40674 Incorporação de esomeprazol em um hospital universitário: uma análise de custo-minimização https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42885 <p><strong>Introdução</strong><strong>:</strong> Inibidores de bomba de prótons (IBP) são amplamente utilizados na profilaxia de úlceras de estresse. O omeprazol é o IBP mais prescrito no Brasil, porém, sua formulação oral convencional é inadequada para administração por sonda devido ao risco de obstrução. A apresentação injetável de omeprazol possui custo muito superior à formulação oral. O esomeprazol, por ser constituído de microgrânulos, é uma alternativa ao omeprazol injetável, pois pode ser administrado por sonda e ainda possibilitaria redução de custos. <strong>Objetivo</strong><strong>:</strong> Analisar por meio de custo-minimização o impacto financeiro da incorporação do esomeprazol em um hospital universitário secundário. <strong>Material e Métodos</strong><strong>:</strong> Estudo observacional transversal retrospectivo para identificar e analisar o consumo e custo relacionado ao uso de omeprazol injetável e esomeprazol nos anos de 2021 e 2022. A partir dos dados levantados, foi realizada análise de custo-minimização e determinado o impacto financeiro após incorporação do esomeprazol. <strong>Resultados</strong><strong>:</strong> Houve redução de 76,7% no consumo de omeprazol injetável no ano de 2022. A análise de custo-minimização apontou um custo real de R$20.374,96 no ano de 2022, referente às 906 doses utilizadas no período, destas, 46,4% eram de omeprazol injetável e 53,6% de esomperazol. Considerando o cenário com terapia exclusiva com omeprazol injetável, o custo simulado foi de R$ 41.252,05. O impacto financeiro foi de R$ -20.877,09, resultando em economia de recursos de 50,6%. <strong>Conclusão</strong>. A incorporação de esomeprazol no elenco de medicamentos de um hospital universitário gerou redução significativa de custo, implicando em economia de mais de 50% no consumo global de IBP e de mais de 70% no consumo de omeprazol injetável, no ano de 2022.</p> Tatiane Garcia do Carmo Flausino Fábio Ricardo Carrasco Gerhard da Paz Lauterbach Rosely Moralez Figueiredo Copyright (c) 2024 Tatiane Garcia do Carmo Flausino, Fábio Ricardo Carrasco, Gerhard da Paz Lauterbach, Rosely Moralez Figueiredo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-25 2024-03-25 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.42885 Avaliação da integralidade e do acesso de primeiro contato em saúde bucal na Atenção Primária, sob a perspectiva de cirurgiões-dentistas https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41310 <p><strong>Introdução:</strong> A análise dos serviços primários quanto ao seu grau de orientação à Atenção Primária à Saúde (APS), a partir da mensuração de seus atributos, é essencial para a efetividade da assistência. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a presença e a extensão dos atributos integralidade e acesso de primeiro contato nos serviços odontológicos primários do município de Juiz de Fora (MG), sob a perspectiva de cirurgiões-dentistas. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo transversal realizado por meio da aplicação online do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCATool-Brasil Saúde Bucal) para dentistas. <strong>Resultados:</strong> O atributo acesso de primeiro contato obteve baixo desempenho (5,2), enquanto a integralidade obteve alto desempenho em seus dois componentes. <strong>Conclusão:</strong> Concluiu-se que os serviços odontológicos primários de Juiz de Fora (MG) estão orientados à APS sob ponto de vista da integralidade. Contudo, carecem de melhor planejamento e novas políticas que garantam acesso, haja vista a sua baixa orientação.</p> Sara Machado Amorim Isabel Cristina Gonçalves Leite Copyright (c) 2024 Sara Machado de Amorim, Isabel Cristina Gonçalves Leite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-18 2024-01-18 49 1 12 10.34019/1982-8047.2023.v49.41310 Conhecimento e comportamento das mulheres de Governador Valadares com relação ao câncer do colo do útero e seu exame preventivo https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40304 <p><strong>Introdução</strong>: O câncer do colo uterino é um sério problema de saúde pública, mas pode ser prevenido por vacinação, rastreamento e tratamento das lesões precursoras. <strong>Objetivo</strong>: Verificar o conhecimento e o comportamento das mulheres de Governador Valadares, no que diz respeito ao câncer do colo do útero e às ações relacionadas com a sua prevenção. <strong>Material e Métodos</strong>: Foi realizado um estudo descritivo, transversal de setembro de 2019 a fevereiro de 2020, quando 202 mulheres maiores de 18 anos, foram convidadas, de forma aleatória, em locais públicos, a responder um questionário estruturado. <strong>Resultados</strong>: A idade média das mulheres que participaram do estudo foi de 31,2 anos, sendo a maioria delas solteiras e com ensino médio completo. Algumas delas (7,9%) não souberam responder o que é o câncer do colo uterino, que ele pode ser evitado (10,9%) e nem de sua relação com a infecção pelo papilomavírus humano (38,1%). Além disso, 6,4% delas nunca ouviram falar do exame preventivo e 25,7% nunca o realizaram, sendo descuido (17,3%), vergonha (12,9%) e falta de tempo (7,9%) os principais motivos. A maioria (48,4%) das mulheres que já realizaram o exame o fizeram a menos de um ano e 49,5% disseram sentir-se mais confortáveis quando o profissional coletor é mulher. Para 49% um sistema de auto-coleta aumentaria a possibilidade de realizar o exame regularmente. Aproximadamente um quarto das participantes desconhecem a existência de uma vacina contra o Papilomavírus Humano e mais da metade delas não sabem que ela protege apenas contra os quatro tipos mais frequentes. <strong>Conclusão</strong>: Um número significativo de mulheres apresentou conhecimento insatisfatório sobre o câncer do colo uterino e sua prevenção, o que impacta na adesão às práticas de rastreamento e justifica o investimento em ações de educação em saúde.</p> Sarah Ferreira Milholo Dyennyfer Ferreira de Souza Michel Rodrigues Moreira Copyright (c) 2023 Sarah Ferreira Milholo, Dyennyfer Ferreira de Souza, Michel Rodrigues Moreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-31 2023-10-31 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.40304 Efficiency of rLb6H recombinant protein from Leishmania (Viannia) braziliensis for the detection of canine visceral leishmaniasis https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41177 <p><strong>Introduction: </strong>Visceral leishmaniasis (VL) is a serious endemic disease in many tropical and subtropical countries, with a strong incidence in Brazil. The disease is transmitted by the bite of infected female phlebotomine sandflies, with dogs being the main urban reservoirs of the parasite. The diverse clinical profile and the long incubation period are challenges for the diagnosis of canine visceral leishmaniasis (CVL). Recombinant proteins from <em>Leishmania </em>spp. have been studied as antigens that can increase the accuracy of serological tests.<strong> Objective:</strong> To evaluate the diagnostic performance of the recombinant protein rLb6H, from <em>Leishmania braziliensis</em>, in comparison to the reference antigens rK39 and rK28, from <em>L. donovani</em>, prioritizing the identification of subclinical infected dogs. <strong>Material and Methods:</strong> Serum IgG reactivity to rLb6H, rK28, and rK39 recombinant proteins was assessed in dogs with previously parasitological confirmation of CVL, subdivided according to their clinical status, using immunoenzymatic assay (ELISA). Diagnostic accuracy of each ELISA was evaluated by receiver operating characteristic (ROC) curve analysis. <strong>Results: </strong>While all antigens showed a better performance in detecting CVL in symptomatic dogs (SD), detection of CVL in the oligosymptomatic (OD) and asymptomatic (AD) groups was lower, but rLb6H achieved high sensitivity for asymptomatic CVL. Interestingly, the most reactive CVL samples to rK28 were barely detected by rLb6H, while the less reactive to rK28, mostly from the AD group, presented higher reactivity to rLb6H. <strong>Conclusion: </strong>The recombinant protein rLb6H showed utility in the detection of asymptomatic CVL, displaying a complementary reactivity to rK39 and rK28. Thus, these results suggest that rLb6H could be incorporated into multi-antigen strategies, to increase diagnostic accuracy of CVL.</p> Ingrid Estevam Pereira Erick Esteves Oliveira Carolina Martins Moreira Elias Alexandre Barbosa Reis Malcolm Scott Duthie Henrique Couto Teixeira Copyright (c) 2024 Ingrid Estevam Pereira, Erick Esteves Oliveira, Carolina Martins Moreira Elias, Alexandre Barbosa Reis, Malcolm Scott Duthie, Henrique Couto Teixeira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-29 2024-01-29 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.41177 Condições de saúde e perfil epidemiológico de crianças e adolescentes institucionalizados: estudo transversal retrospectivo https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40258 <p><strong>Introdução: </strong>A população infantil é frequentemente vítima de maus tratos, violências e negligências por parte dos familiares, o que ameaça sua integridade física e emocional, remanescendo a alternativa de acolhimento em instituições de abrigo infantil com a finalidade de proteção e cuidado. <strong>Objetivo:</strong> Analisar as condições de saúde e o perfil epidemiológico da população infantil institucionalizada. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados de prontuários e outros documentos das crianças e adolescentes acolhidos em uma instituição de abrigo infantil do município de Governador Valadares, Brasil, no período entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019. <strong>Resultados:</strong> Durante este período, foram abrigados 105 crianças e adolescentes, sendo a maioria do sexo feminino, com até 4 anos de idade e sem condição de saúde diagnosticada. Para a maioria dos acolhidos não havia informações sobre a história gestacional, dados do nascimento, vacinação e frequência na escola. O uso de álcool e/ou drogas pelos pais, negligência, abandono e violência foram os motivos mais frequentes da institucionalização. Grande parte das crianças e adolescentes permaneceu em acolhimento por até um ano, possuía irmãos também abrigados e foi reintegrada à família ou adotada por familiares. <strong>Conclusão:</strong> Os resultados do presente estudo poderão contribuir para subsidiar a implantação de políticas públicas que minimizem a vulnerabilidade social, evitando o acolhimento institucional e seus impactos negativos sobre o desenvolvimento infantil.</p> Alessa Sin Singer Brugiolo Kamila Pacheco Martins Mariana Athayde da Silva Thamires Gabriela Silva Santos Mariana Cristina Palermo Ferreira Érica Cesário Defilipo Copyright (c) 2023 Alessa Sin Singer Brugiolo, Kamila Pacheco Martins, Mariana Athayde da Silva, Thamires Gabriela Silva Santos, Mariana Cristina Palermo Ferreira, Érica Cesário Defilipo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-24 2023-10-24 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.40258 Avaliação da adequabilidade da amostra e da representatividade dos elementos da zona de transformação nos exames colpocitológicos realizados em um município do Leste de Minas Gerais https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42601 <p><strong>Introdução: </strong>O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes na população feminina. <strong>Objetivo:</strong> Realizar um levantamento dos exames colpocitológicos realizados no município de Governador Valadares (GV), a fim de avaliar a frequência de amostras satisfatórias e insatisfatórias para avaliação oncótica, o percentual de esfregaços que apresentaram representatividade dos elementos da zona de transformação e comparar com os dados nacionais e do estado de Minas Gerais (MG). <strong>Material e Métodos: </strong>Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, a partir de dados obtidos do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN). Foi verificado o quantitativo de exames colpocitológicos realizados, a frequência de amostras satisfatórias e insatisfatórias para avaliação oncótica, o percentual de esfregaços que apresentavam representatividade da junção escamo-colunar, o quantitativo de amostras rejeitadas, além do tempo gasto para a realização dos exames em cada esfera, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2021. <strong>Resultados: </strong>A taxa de amostras insatisfatórias para avaliação oncótica foi de 1,2%, 1,0% e 0,7% (Brasil, MG e GV, respectivamente), sendo a presença de artefatos de dessecamento o principal motivo, principalmente na faixa etária dos 50 aos 54 anos, em todas as esferas. Essa taxa foi significativamente mais alta em GV que aquelas observadas em MG e no Brasil. A partir dos 45 anos em GV e dos 55 anos no Brasil e MG, a maioria das amostras não apresentou elementos da zona de transformação no esfregaço. Foram rejeitadas 0,36%, 0,23% e 0,013% das amostras no Brasil, MG e GV, respectivamente, com destaque para aquelas com ausência ou erro na identificação da lâmina. A liberação dos resultados ocorreu de forma significativamente mais rápida em GV. <strong>Conclusão: </strong>Tais achados justificam a necessidade de treinamento dos profissionais envolvidos com a coleta, a fim de possibilitar a obtenção de amostras de melhor qualidade e resultados mais confiáveis.</p> Thaís Batista Rocha Luiz Michel Rodrigues Moreira Copyright (c) 2024 Thaís Batista Rocha Luiz, Michel Rodrigues Moreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-20 2024-03-20 49 1 7 10.34019/1982-8047.2023.v49.42601 Associação do risco nutricional com parâmetros clínicos e nutricionais de pacientes internados em um hospital universitário https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41165 <p><strong>Introdução:</strong> O reconhecimento do risco nutricional na admissão do indivíduo hospitalizado é fundamental, pois possibilita que intervenções nutricionais adequadas e especializadas sejam implementadas precocemente. <strong>Objetivo:</strong> Identificar o risco nutricional dos pacientes internados e associar com parâmetros clínicos e nutricionais. <strong>Materiais e Métodos</strong>: O estudo foi transversal, descritivo, cuja amostra foi não-probabilística, realizado em pacientes com faixa etária superior a 18 anos admitidos nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Para identificação do risco nutricional, foi aplicado instrumento de triagem nutricional (NRS-2002) na admissão hospitalar, além da verificação de peso, altura, dados demográficos, clínicos e nutricionais. Para as associações estatísticas, foram utilizados os testes qui-quadrado ou exato de Fisher (a depender do tamanho amostral) para as variáveis categóricas e teste de Mann-Witney, para as variáveis contínuas. Em todas as análises foi considerado o nível de significância de 0,05. <strong>Resultados:</strong> Foram avaliados ao final 147 pacientes, sendo 74 (50,34%) do sexo feminino, 94 (63,95%) de raça/cor branca e 91 (61,90%) adultos. Apenas 15,65% desta população apresentou risco nutricional e este parâmetro foi associado aos indivíduos com doenças hematológicas (p= 0,02) e pulmonares (p= 0,02), àqueles em uso de terapia nutricional (p&lt;0,01), ao maior tempo de internação (p&lt;0,01) e ao menor Índice de Massa Corporal (IMC) (p= 0,02). Os pacientes em risco que fizeram uso de terapia nutricional permaneceram mais dias internados. <strong>Conclusão:</strong> Este estudo revelou que o risco nutricional, determinado pela NRS-2002, apresentou associação significativa à presença de doenças hematológicas e pulmonares, bem como ao uso de terapia nutricional, número de dias em uso de terapia nutricional, maior tempo de internação hospitalar e menor IMC, estando em concordância com outros trabalhos. Os resultados poderão contribuir para a melhoria do serviço e do tratamento dos pacientes internados.</p> Nayla Cordeiro Vitoi Maria Raquel Oliveira Camila do Almo Lima Anna Carolina Pinto de Almeida Carolina Vargas de Oliveira Santos Clorisana Abreu Rameh Mário Flávio Cardoso de Lima Sheila Cristina Potente Dutra Luquetti Copyright (c) 2024 Nayla Cordeiro Vitoi, Maria Raquel Oliveira, Camila do Almo Lima, Anna Carolina Pinto de Almeida, Carolina Vargas de Oliveira Santos, Clorisana Abreu Rameh, Mário Flávio Cardoso de Lima, Sheila Cristina Potente Dutra Luquetti https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-01 2024-04-01 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.41165 Avaliação do conhecimento de dentistas de um município de Minas Gerais sobre o atendimento de pacientes com doença renal crônica https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39974 <p><strong>Introdução: </strong>Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam uma maior suscetibilidade a infecções e sangramentos e podem manifestar variadas alterações bucais. Por isso, é essencial que o cirurgião-dentista possua os conhecimentos necessários para adequar suas condutas às particularidades apresentadas por esses pacientes. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar, por meio da aplicação de um questionário, os conhecimentos e as condutas dos cirurgiões-dentistas atuantes no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, ao prestarem atendimento a pacientes com DRC em hemodiálise.<strong> Material e Métodos:</strong> Estudo com abordagem quantitativa, de caráter observacional, transversal e analítico, realizado com 100 cirurgiões-dentistas atuantes no município de Juiz de Fora no período de abril a setembro de 2022.<strong> Resultados: </strong>100 dentistas compuseram a amostra. Destes, 37% não se sentiriam confortáveis para realizarem procedimentos odontológicos invasivos em pacientes renais crônicos (PRC) em hemodiálise e 87% solicitariam algum exame laboratorial complementar previamente à realização desses procedimentos; 83% consideram importante o contato com o nefrologista do paciente para a obtenção de informações detalhadas acerca de sua condição sistêmica e aplicam isso em sua rotina clínica; 56% identificaram de forma correta as alterações bucais mais comumente encontradas em indivíduos com DRC em hemodiálise; 77% prescreveriam profilaxia antibiótica para PRC em hemodiálise diante de procedimentos invasivos, enquanto 22% prescreveriam para procedimentos não invasivos. <strong>Conclusão: </strong>A maioria dos cirurgiões-dentistas prescreve erroneamente a profilaxia antibiótica para PRC, o que demonstra desconhecimento do protocolo atual de emprego dessa terapia. Além disso, uma parcela dos profissionais se sente insegura ao atender esses pacientes. Portanto, evidencia-se a defasagem existente no conhecimento dos cirurgiões-dentistas quanto ao atendimento de pacientes com DRC, destacando-se a necessidade de dar maior enfoque a esse tema nas universidades e programas de pós-graduação, a fim de formar profissionais melhor capacitados para o atendimento dessa parcela da população.</p> Carolina Guedes de Souza Fábio Augusto de Melo Gabriele Pires Fonseca Leda Marília Fonseca Lucinda Copyright (c) 2023 Carolina Guedes de Souza, Fábio Augusto de Melo, Gabriele Pires Fonseca, Leda Marília Fonseca Lucinda https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-05-31 2023-05-31 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.39974 Prevalência de leveduras do gênero Candida isoladas de hemocultura de pacientes hospitalizados https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40948 <p><strong>Introdução:</strong> A infecção da corrente sanguínea (ICS) por leveduras, tem como principal gênero a <em>Candida</em>. As principais espécies que causam a candidemia no Brasil são <em>Candida albicans</em>, <em>Candida parapsilosis </em>e <em>Candida tropicalis</em>, sendo a <em>C. albicans</em> a mais prevalente. Todavia, nas últimas décadas tem aumentado a prevalência de espécies de <em>Candida</em> não <em>albicans</em> (CNA) e principalmente a emergência de <em>Candida auris</em>, que possuem mecanismos de resistência aos antifúngicos mais usados, caracterizando um cenário de preocupação mundial. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a prevalência de candidemia e das principais espécies de <em>Candida</em> spp. isoladas de amostras de hemocultura e sua distribuição por setores de internação de um hospital de ensino. <strong>Material e Métodos:</strong> Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, em que foram analisadas, através de bancos de dados, hemoculturas positivas para <em>Candida </em>spp<em>.</em> de pacientes internados em um hospital de ensino da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2022. <strong>Resultados:</strong> Foram analisadas 3.262 hemoculturas, sendo 1.059 (32,46%) positivas. Destas, 1.008 (95,18%) tiveram crescimento bacteriano e 51 (4,82%) tiveram crescimento de <em>Candida</em> spp. divididos em, 20 (39,22%) <em>C. albicans</em> e 31 (60,78%) CNA. Das CNA isolados, 14 foram <em>C. tropicalis</em> (45,16%), 10 <em>C. parapsilosis</em> (32,26%), 3 C<em>. glabrata</em> (9,68%), 2 <em>Candida kefyr</em> (6,45%) e 2 <em>Candida lusitaniae </em>(6,45%). Dos 51 isolados de <em>Candida</em> spp., 25 (49,02%) foram no centro de tratamento intensivo, 11 (21,57%) no bloco cirúrgico e 15 (29,41%) foram nas enfermarias. <strong>Conclusão:</strong> <em>Candida albicans</em> é a principal espécie relacionada a candidemia em pacientes hospitalizados, porém espécies do grupo CNA têm apresentado elevada prevalência em isolados de hemocultura, principalmente em pacientes de centro de tratamento intensivo.</p> Luciana Wu Laura Lavorato Soldati Patricia Guedes Garcia Copyright (c) 2023 Luciana Wu, Laura Lovato Soldati, Patricia Guedes Garcia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-10-24 2023-10-24 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.40948 Avaliação da eficácia e segurança de pegaspargase, em comparação à L-asparaginase, e sua viabilidade econômica no tratamento de leucemia linfoblástica aguda https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43248 <p><strong>Introdução:</strong> O tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA) é relacionado a eventos adversos (EA) e mortalidade por toxicidade dos medicamentos utilizados. Protocolos com L-asparaginase (L-Asp) têm demonstrado melhor prognóstico, porém podem causar hipersensibilidade e desenvolvimento de anticorpos neutralizantes por ser produzida a partir da <em>Escherichia coli</em>. A conjugação de <em>E. coli </em>L-Asp com monometoxipolietilenoglicol resulta na PEG-Asp, com menor imunogenicidade e maior meia-vida. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar eficácia e segurança da PEG-Asp, em comparação à L-Asp, no tratamento de LLA, e sua viabilidade econômica para subsidiar a tomada de decisão quanto à sua incorporação. <strong>Material e</strong> <strong>Métodos:</strong> Estudo descritivo de síntese de evidências e avaliação econômica. Busca de evidências foi realizada no MEDLINE, Cochrane <em>Library</em>, Embase, Epistemonikos e agências de avaliação de tecnologias em saúde. Foram considerados elegíveis revisões sistemáticas, ensaios clínicos e estudos observacionais, publicados em inglês, espanhol e português, independente da data. Viabilidade econômica foi calculada a partir do custo do uso da PEG-Asp no protocolo GRAALL – 2003 frente ao valor faturado via Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade. <strong>Resultados:</strong> Evidências demonstraram eficácia semelhante entre PEG-Asp e L-Asp para maioria dos desfechos de interesse, com superioridade na prevenção de leucemia no sistema nervoso central em adultos e comodidade posológica. PEG-Asp demonstrou maior frequência de EA em adultos recém diagnosticados e ausência de diferença na toxicidade e mortalidade nos recidivados. Incorporação da PEG-Asp se mostrou economicamente viável para pacientes adultos e desvantajosa naqueles com 18 e 19 anos incompletos, considerando superfície corpórea média de 1,7m<sup>2</sup>. <strong>Conclusão:</strong> Recomendou-se a incorporação de PEG-Asp para tratamento de LLA em pacientes acima de 18 anos e naqueles com 18 a 19 anos incompletos, deve-se avaliar a viabilidade econômica em função da superfície corpórea. Além do perfil de eficácia e segurança da PEG-Asp, não há medicamentos dessa classe terapêutica com registro para adultos na Anvisa.</p> Hérica Núbia Cardoso Cirilo Amanda Ribeiro Feitosa Gabriela Soares da Silva Copyright (c) 2024 Hérica Núbia Cardoso Cirilo, Amanda Ribeiro Feitosa, Gabriela Soares da Silva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-02 2024-04-02 49 1 11 10.34019/1982-8047.2023.v49.43248 Avaliação in silico e in vivo do perfil de metabolismo e toxicidade hepática de alcaloides β-carbolínicos sintéticos com prévia atividade antimalárica https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42343 <p><strong>Introdução: </strong>A malária continua sendo um grave problema de saúde pública mundial, dado os elevados índices anuais de morbimortalidade. O tratamento baseia-se no uso de medicamentos, entretanto<span style="text-decoration: line-through;">,</span> a resistência dos parasitos aos medicamentos disponíveis tem se tornado uma realidade alarmante, o que torna urgente o desenvolvimento de novos fármacos com atividade antimalárica. Em um estudo prévio, selecionou-se três alcaloides <em>β</em>-carbolínicos que apresentaram atividade antimalárica. Dessa forma, o presente trabalho se propôs a dar continuidade ao estudo dessas moléculas avaliando o perfil de metabolismo e toxicidade hepática. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar o perfil de metabolismo e toxicidade hepática de três alcaloides <em>β</em>-carbolínicos (1, 2 e 3) selecionados em estudo prévio, que apresentaram atividade antimalárica <em>in vitro </em>e<em> in vivo</em>. <strong>Material e Métodos:</strong> Trata-se de um estudo de abordagem tanto qualitativa quanto quantitativa com caráter experimental e analítico. Foi realizada análise<em> in silico</em> das propriedades de metabolismo e toxicidade dos alcaloides empregando a notação SMILES por meio do programa AdmetSAR 2.0. A toxicidade hepática foi avaliada por meio da análise bioquímica da aspartato aminotrasferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) no soro de camundongos da linhagem C57BL/6, tratados com os alcaloides ou com cloroquina. <strong>Resultados: </strong>Na análise <em>in silico</em> foi observada a predição de baixo potencial hepatotóxico para os alcaloides 1 e 2, sendo este resultado corroborado pela dosagem de ALT, que apresentou resultados semelhantes ao do grupo controle. O alcaloide 3, no entanto, apresentou dados contrastantes, indicando potencial hepatotóxico na predição <em>in silico</em>, porém, baixo potencial em análise<em> in vivo,</em> com valores de ALT também próximos do grupo controle. Todos os alcaloides em estudo apresentaram potencial para interações medicamentosas. <strong>Conclusão:</strong> Os alcaloides avaliados nesse estudo apresentaram parâmetros metabólicos e de toxicidade promissores, podendo ser bons adjuvantes à farmacoterapia da malária. Entretanto, esses resultados precisam ser confirmados para seguimento das moléculas nos estudos pré-clínicos.</p> Jorddan Javert Pereira Yulla Soares da Silva Fernanda de Moura Alves Pedro Martins Bellei Gustavo Henrique Ribeiro Viana Kézia Katiani Gorza Scopel Bruno Pires de Andrade Jessica Corrêa Bezerra Bellei Copyright (c) 2024 Jorddan Javert Pereira, Yulla Soares da Silva, Fernanda de Moura Alves, Pedro Martins Bellei, Gustavo Henrique Ribeiro Viana, Kézia Katiani Gorza Scopel, Bruno Pires de Andrade, Jessica Corrêa Bezerra Bellei https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-06 2024-02-06 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.42343 Avaliação da relação entre a qualidade da anotação dos parâmetros fisiológicos, o Escore para Alerta Precoce e a adoção do Plano de Ação em enfermaria de um Hospital Universitário https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40795 <p><strong>Introdução: </strong>Em pacientes em enfermarias, eventos adversos evitáveis podem decorrer de deterioração clínica despercebida, frequentemente antecedida por alterações nos sinais vitais, fornecendo oportunidade para intervenção precoce. A adoção de Equipe de Resposta Rápida (ERR) pode melhorar esse desfecho, porém é altamente dependente do monitoramento dos parâmetros fisiológicos e da notificação da ERR. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar a qualidade das informações em prontuários e da resposta assistencial a pacientes em enfermarias com agravamento do estado clínico, resultando em óbito ou transferência para UTI em um Hospital Universitário e fornecer dados para comparação de resultados após implantação da ERR. <strong>Material e Métodos: </strong>Estudo documental retrospectivo, entre junho de 2013 e julho de 2014, em 128 prontuários de pacientes com piora clínica que resultou em óbito ou admissão em UTI (“evento”). Foram coletados os parâmetros fisiológicos, a pontuação no Escore para Alerta Precoce e o Plano de Ação registrado em 11 momentos que antecederam o “evento”, resultando em 11 escores. A relação entre a pontuação do Escore de Alerta Precoce e a execução do Plano de Ação foi classificada como “adequada”, “inadequada” ou “ausente”. <strong>Resultados: </strong>Quanto mais se afastava momento de ocorrência do “evento”, maior foi o número de dados faltantes, ocasionando Escores de Alerta Precoce não calculáveis. O número de casos adequados foi menor quanto mais distante estava o “evento” do momento da aferição dos parâmetros fisiológicos. <strong>Conclusão: </strong>Os tempos de resposta foram inadequados ao Plano de Ação. A falha em socorrer pacientes em deterioração clínica é complexa e multifatorial, mas acredita-se que no presente relato isto se deveu, pelo menos em parte, à anotação inadequada dos parâmetros fisiológicos. Esforços devem ser envidados no sentido de reforçar a importância do registro dos parâmetros fisiológicos, de reconhecer, de intervir e de comunicar agravos, essenciais para o correto funcionamento das alças aferente e eferentes das ERR.</p> Maria Cristina Vasconcellos Furtado Sergio Paulo dos Santos Pinto Angela Maria Gollner Alfredo Chaoubah Felipe Arthur de Almeida Jorge Copyright (c) 2024 Maria Cristina Vasconcellos Furtado, Sergio Paulo dos Santos Pinto, Angela Maria Gollner, Alfredo Chaoubah, Felipe Arthur de Almeida Jorge https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-08 2024-01-08 49 1 7 10.34019/1982-8047.2023.v49.40795 Aspectos clínicos e diagnósticos, qualidade de vida, utilidade, adesão terapêutica e custos para angioedema hereditário associado à deficiência de C1-esterase https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43113 <p><strong>Introdução: </strong> O angioedema hereditário associado à deficiência de C1 esterase (AEH-C1-INH) é uma doença rara (DR) que se manifesta com a ocorrência de episódios recorrentes de angioedema não pruriginoso subcutâneo ou submucoso, o que gera impactos em todos os aspectos da vida dos indivíduos. <strong>Objetivos: </strong>Avaliar a qualidade de vida e a jornada clínica e assistencial dos pacientes com AEH-C1-INH. <strong>Material e Métodos: </strong>Trata-se de um estudo observacional ambispectivo em que foram aplicados questionários relacionados à qualidade de vida e jornada assistencial, além da coleta de dados clínicos dos prontuários nos tempos 0, 6 e 12 meses. <strong>Resultados: </strong>Foram recrutados 15 indivíduos com AEH-C1-INH e a mediana (I.I.Q) de idade da amostra foi de 38 anos (30-43). O tempo médio entre os primeiros sintomas e o diagnóstico foi de 8 anos. Os dados clínicos demonstraram história familiar positiva expressiva, ocorrência importante de edema de laringe em algum momento da vida e altos índices de recorrência das crises de angioedema durante os 12 meses de estudo. A qualidade de vida apresentou prejuízo importante principalmente em aspectos físicos, emocionais e vitalidade, sem variações significativas no tempo de estudo. Além disso, vale destacar a perda de produtividade expressiva associada a gastos médios de R$3.017,00 para medicamentos e R$598,00 para exames complementares em 12 meses. <strong>Conclusão: </strong>Observa-se um panorama de perda significativa de qualidade de vida relacionada ao AEH-C1-INH, principalmente por impactos da saúde física e emocional no exercício das atividades rotineiras. Ressaltam-se os impactos econômicos da jornada terapêutica, tanto pela perda de produtividade quanto pela necessidade de financiar medicamentos e exames que deveriam ser responsabilidade do Estado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, fica clara a importância de medidas públicas que busquem amenizar os impactos causados pela doença nos indivíduos acometidos.</p> Alex de Cerqueira Silveira Figueiredo Angelina Xavier Acosta Regis de Albuquerque Campos Camila Ferreira Ramos Temis Felix Ney Boa-Sorte Copyright (c) 2024 Alex de Cerqueira Silveira Figueiredo, Angelina Xavier Acosta, Regis de Albuquerque Campos, Camila Ferreira Ramos, Temis Felix, Ney Boa-Sorte https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-04 2024-04-04 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.43113 Avaliação do conhecimento e da percepção de cirurgiões-dentistas e estudantes de odontologia acerca de desordens potencialmente malignas https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39166 <p><strong>Introdução:</strong> As desordens potencialmente malignas (DPM) são condições da cavidade oral que apresentam risco significativo para o desenvolvimento do câncer. Desse modo, o diagnóstico precoce torna-se essencial no prognóstico de lesões orais. Para isso, analisar o perfil de conhecimento acerca dessas desordens é fundamental ao identificar lacunas na educação e promover alternativas para melhorar a qualidade no diagnóstico. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar a percepção de cirurgiões-dentistas (CDs) e estudantes de Odontologia brasileiros acerca de seu conhecimento e capacidade de identificar DPM. <strong>Métodos: </strong>Foi realizado um estudo transversal através de aplicação de questionário online. Foram aplicados dois questionários com 24 questões, um para estudantes e outro para CDs, divididos em três seções: dados demográficos e acadêmicos, treinamento, atitudes e autopercepção sobre DPM e conhecimento de DPM. A análise estatística envolveu os testes de Pearson, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. <strong>Resultados:</strong> O estudo foi composto por 209 participantes, 76 CDs e 133 estudantes de odontologia. A maioria dos participantes nunca realizou curso que envolvia o diagnóstico de desordens potencialmente malignas. A pontuação sobre o conhecimento de DPM variou de 0 a 10 pontos, sendo a média entre estudantes de 6,29±1,77 e entre CDs de 7,01±1,82. A maior taxa de acertos foi para as questões que discutiam a conduta clínica e a definição das desordens. Já as questões com menor taxa de acertos foram sobre lesões que não são consideradas potencialmente malignas, potencial de malignização e definição de Carcinoma in Situ. <strong>Conclusão: </strong>Há lacunas no conhecimento de estudantes de odontologia e CDs na identificação das desordens potencialmente malignas. Logo, essa deficiência reforça a necessidade de mais treinamentos e investimentos em educação, bem como de acompanhamento periódico de pacientes com tais desordens, a fim de prevenir potenciais transformações malignas.</p> Pillar Gonçalves Pizziolo Julia Faria Pizzi Vitória Batista Clemente Larissa Pavan de Deus Isabel Cristina Gonçalves Leite Letícia Drumond de Abreu Guimarães Eduardo Machado Vilela Copyright (c) 2023 Pillar Gonçalves Pizziolo, Julia Faria Pizzi, Vitória Batista Clemente, Larissa Pavan de Deus, Isabel Cristina Gonçalves Leite, Letícia Drumond de Abreu Guimarães, Eduardo Machado Vilela https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-07-03 2023-07-03 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.39166 A saúde da população em situação de rua: um estudo transversal em município brasileiro de médio porte https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40709 <p><strong>Introdução:</strong> O contexto de vida da população em situação de rua (PSR) é permeado de obstáculos ao acesso à saúde. <strong>Objetivo:</strong> Analisar características sociodemográficas, morbidade, fatores de risco, procura aos serviços de saúde, realização de exames de triagem e a avaliação do serviço prestado pela Equipe de Consultório na Rua (ECR) pela população em situação de rua de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo transversal, com um questionário estruturado aplicado na PSR do município. <strong>Resultados:</strong> Foram entrevistadas 85 pessoas, com média de 43 anos de idade e 8 anos de vida na rua. 72,8% referiram possuir pelo menos uma morbidade e apenas 33,9% utiliza medicamentos para o tratamento das condições de saúde. Observou-se uma baixa taxa de realização de exames de rastreio para neoplasias, indicando a dificuldade de acesso ao cuidado integral à saúde. <strong>Conclusão:</strong> Percebeu-se que a maior parcela da PSR busca principalmente a Atenção Primária quando precisa de cuidado em saúde, o que pode ser facilitado pela existência de serviços específicos para essa população no município analisado.</p> Ísis Oliveira Ribeiro Ananda Carvalho Martins Gislaine Cristina Moraes de Oliveira Milena de Oliveira Simões Lélia Capua Nunes Eulilian Dias de Freitas Waneska Alexandra Alves Copyright (c) 2024 Ísis Oliveira Ribeiro, Ananda Carvalho Martins, Gislaine Cristina Moraes de Oliveira, Milena de Oliveira Simões, Lélia Capua Nunes, Eulilian Dias de Freitas, Waneska Alexandra Alves https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-04 2024-01-04 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.40709 Perspectivas sobre a morte em pacientes com doença renal crônica e seus cuidadores familiares: um olhar sobre a relação com a saúde mental e o suporte social https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42105 <p><strong>Introdução:</strong> A doença renal crônica (DRC) consiste em um contexto de diversas perdas para pacientes e cuidadores. Essa realidade corresponde a processos de elaboração de perdas e lutos com impactos sobre saúde mental de ambos. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar as perspectivas sobre morte e correlacionar com aspectos de saúde mental e suporte social. <strong>Materiais e Métodos: </strong>Estudo transversal com 31 participantes, sendo 14 pacientes com doença renal crônica em diálise em um Hospital Universitário no interior de Minas Gerais, Brasil, e 17 familiares. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociodemográfico e de saúde, o Questionário de Qualidade de Vida (SF-36); Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), Escala de Percepção do Suporte Social (SPSS), Pictograma de Fadiga, Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL) e Escalas Breves de Perspectivas Sobre Morte. Para a análise estatística as variáveis foram descritas como média, desvio padrão, mediana ou frequência conforme sua característica<strong>. </strong>Foi realizada a correlação de Pearson ou Spearman, considerando p&lt;0,05. O <em>software </em>estatístico SPSS 17.0. <strong>Resultados: </strong>Os pacientes eram 50% do sexo feminino com idade média de 54,71 (±15,96) anos e os cuidadores eram 70,58% do sexo feminino, com idade média de 50,82 (±14,88) anos. Na avaliação geral, houve uma associação negativa do domínio físico do SF-36 com a perspectiva de “morte como coragem” (r= -0,37, p= 0,04), uma associação positiva dos sintomas de ansiedade (r= 0,36, p= 0,04) e de depressão (r= 0,46, p= 0,01) com a perspectiva de morte como “sofrimento e solidão”. Nos pacientes, houve uma associação negativa entre o suporte social prático e a EBPM-1 (r= -0,719, p= ,006). Nos cuidadores, houve uma associação positiva entre as fases do estresse e a EBPM-1 (r= 0,48, p= 0,05). <strong>Conclusão:</strong> As perspectivas sobre a morte se relacionam com aspectos de saúde mental e suporte social em pacientes com DRC e cuidadores.</p> Beatriz dos Santos Pereira Filomena Maria Kirchmaier Neimar da Silva Fernandes Lucas Fernandes Suassuna Natália Maria da Silva Fernandes Copyright (c) 2024 Beatriz dos Santos Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-13 2024-03-13 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.42105 Caracterização sociodemográfica e clínica de residentes de uma instituição de longa permanência para idosos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40623 <ul> <li class="show"> <p><strong>Introdução:</strong> O estudo do perfil sociodemográfico e clínico dos moradores de instituição de longa permanência para idosos permite um conhecimento maior sobre as particularidades desta população, contribuindo para maior cuidado por parte da equipe multiprofissional assistente e para o planejamento de políticas públicas. <strong>Objetivo:</strong> Caracterizar o perfil clínico-funcional e sociodemográfico de idosos que residiam em uma instituição de longa permanência para idosos em um período de dez anos. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado por meio de revisão de prontuário dos moradores que residiam em uma instituição de longa permanência filantrópica, no período entre julho de 2010 a julho de 2020. <strong>Resultados:</strong> Foram incluídos 205 idosos no estudo. A idade média de admissão foi de 70,07 anos (±9,16), com maioria dos indivíduos provenientes de situação de vulnerabilidade social (71,9%), religião católica (71,9%), branco (58,0%), com grau de instrução inferior a 3 anos (64,3%), solteiro (49,5%), com contato familiar (51,7%), aposentado (58,3%), não tabagista (80,3%), não etilista (58,8%), em uso de dispositivo de marcha (53,3%), sem incontinências (68,8%) e independente para atividades básicas de vida diária (58,5%). Comparando-se as admissões realizadas antes de julho de 2010 e entre julho de 2010 e julho de 2020, o perfil sociodemográfico manteve-se similar. No entanto, houve aumento em relação a algumas medicações e comorbidades, com significância estatística no diabetes (p= 0.044) e no uso dos antidiabéticos (p= 0.001). No perfil clínico-funcional, predominaram as medicações anti-hipertensivas (53,2%) e psicotrópicas (48,1%) e as comorbidades cardiovasculares (56,8%) e transtornos mentais (31,4%), as quais mantiveram-se prevalentes na análise comparativa. <strong>Conclusão:</strong> O perfil clínico-funcional e sociodemográfico dos moradores desta instituição de longa permanência apresentou pouca diferença em 10 anos, predominando a presença de indivíduos com baixo grau de dependência para atividades básicas de vida diária, em vulnerabilidade social e com comorbidades cardiovasculares.</p> </li> </ul> Carolina Henke Lucas Venega dos Santos Gabriel Pizzatto Rudey Crovador Caroline Perez Lessa de Macedo Uiara Raiana Vargas de Castro Oliveira Ribeiro Copyright (c) 2024 Carolina Henke, Lucas Venega dos Santos, Gabriel Pizzatto Rudey Crovador, Caroline Perez Lessa de Macedo, Uiara Raiana Vargas de Castro Oliveira Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-15 2024-01-15 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.40623 Prevalência e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos de Escherichia coli em uroculturas de pacientes atendidos em um hospital de ensino https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41914 <p><strong>Introdução:</strong> As infecções do trato urinário (ITU) são geralmente causadas por bactérias da ordem <em>Enterobacterales</em>, principalmente por <em>Escherichia coli</em> uropatogênica (UPEC). Esta linhagem apresenta fatores de virulência que a torna capaz de colonizar e infectar o trato urinário. Apesar da maioria dos quadros de ITU ser solucionado com terapia antimicrobiana, linhagens de UPEC resistentes aos antimicrobianos representam uma séria ameaça à saúde pública. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar prevalência de <em>Escherichia coli</em> em uroculturas de pacientes atendidos em um hospital de ensino, bem como seu perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos e os fenótipos de resistência. <strong>Material e Métodos:</strong> Trata-se de um estudo descritivo que analisou uroculturas de pacientes ambulatoriais e hospitalares atendidos em um hospital de ensino localizado no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2021. <strong>Resultados:</strong> Entre as uroculturas analisadas, 858 foram positivas para bactérias, sendo <em>Escherichia coli</em> a espécie predominante, com 27,2% (n= 233) dos isolados. Das 858 uroculturas: 608 foram de pacientes hospitalizados, com 124 (20,4%) isolados de UPEC; 250 foram de pacientes ambulatoriais, com 109 (43,6%) isolados de UPEC. O perfil de resistência aos antimicrobianos das linhagens isoladas nas amostras hospitalares e ambulatoriais, foi, respectivamente: 65% e 32% para ampicilina; 56% e 26% para amoxicilina + ácido clavulânico; 50% e 26% para ciprofloxacino; 42% e 33% para sulfazotrim; 38% e 20% para cefepime; 17% e 8% para gentamicina; 2,5% e 0,4% para ertapenem, meropenem e imipenem. Das linhagens de <em>Escherichia coli</em> resistentes aos beta-lactâmicos, 43 (18%) apresentaram fenótipos de resistência do tipo beta lactamase de espectro ampliado (ESBL) e 7 (3%) foram produtoras de carbapenemases. <strong>Conclusão:</strong> <em>Escherichia coli</em> foi a espécie mais isolada das uroculturas. UPEC apresentou taxas de resistência a todos os antimicrobianos testados, produzindo fenótipos do tipo ESBL e carbapenemase, principalmente em amostras de pacientes hospitalizados.</p> Thalia Leonor do Nascimento Maria de Lourdes Junqueira Igor Rosa Meurer Patricia Guedes Garcia Copyright (c) 2024 Thalia Leonor do Nascimento, Maria de Lourdes Junqueira, Igor Rosa Meurer, Patricia Guedes Garcia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-04 2024-01-04 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.41914 Perfil sociodemográfico, internações e óbitos por obesidade nas regiões brasileiras https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40428 <p><strong>Introdução:</strong> Os números relacionados à presença de obesidade são crescentes tanto no Brasil, quanto no mundo. <strong>Objetivo:</strong> Descrever o perfil sociodemográfico, internações e o óbitos por obesidade nas regiões do Brasil. <strong>Material e Métodos:</strong> Trata-se de um estudo investigativo, observacional, retrospectivo, de delineamento quantitativo. A coleta de dados, referente ao período de 2008 a 2018, foi realizada no sistema de informação hospitalar do SUS (SIH/SUS), disponibilizado pelo departamento de informática do SUS (DATASUS). <strong> Resultados: </strong>Em relação ao número de internações e taxa de mortalidade por obesidade, de acordo com o sexo no período pesquisado, houve um predomínio no sexo feminino (N= 91889) em relação ao masculino (N= 13568), entretanto ao analisar a taxa de mortalidade percebeu-se que apesar do número de internações nos homens ter sido menor a taxa de mortalidade foi maior do que nas mulheres respectivamente (0,52 e 0,17). A maior taxa de prevalência de pacientes internados por obesidade foi na região Sul (N= 169,65) e o menor número ocorreu na região Norte (N= 6,11). Em relação à taxa de mortalidade, a maior foi na região Norte (0,53%) e a menor na região Sul taxa (0,2%). <strong>Conclusão: </strong>O índice de internações por obesidade durante o período analisado apresentou um aumento considerável na maioria das regiões, sendo que a taxa de mortalidade foi maior nas regiões norte e nordeste. Além disso, notou-se que o sexo feminino concentra os maiores números de internações, que ocorreram com maior frequência no caráter eletivo do sistema de saúde privado.</p> Jaqueline Teixeira Teles Gonçalves Kássia Héllen Vieira Camila Teles Gonçalves Maria Cristina Seixas Renata Ferreira Santana Michelle Aparecida Ribeiro Borges Karina Andrade de Prince Copyright (c) 2023 Jaqueline Teixeira Teles Gonçalves, Kássia Héllen Vieira, Camila Teles Gonçalves, Maria Cristina Seixas, Renata Ferreira Santana, Michelle Aparecida Ribeiro Borges, Karina Andrade de Prince https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-07-03 2023-07-03 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.40428 Suporte básico de vida para estudantes de escolas públicas e privadas durante a pandemia do SARS-CoV-2 https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42679 <p><strong>Introdução:</strong> O ensino do suporte básico de vida (SBV) para leigos é fundamental na redução das taxas de mortalidade de vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR), sendo crianças e adolescentes alvos importantes deste treinamento. Apesar de sua relevância, o SBV ainda não foi incorporado à educação escolar. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar os conhecimentos prévios e a apreensão sobre o SBV após treinamento por meio do ensino a distância (EAD), categorizando a evolução imediata dos alunos. <strong>Material e Métodos: </strong>Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado com 268 alunos entre o sétimo ano do ensino fundamental e o terceiro ano do ensino médio em escolas pertencentes à rede pública e privada. Foram organizados encontros <em>online</em>, onde os alunos responderam um questionário sobre SBV e, em seguida, foram ministradas três videoaulas sobre este tema. Por fim, responderam imediatamente a um questionário. <strong>Resultados: </strong>No geral, a média de acerto no pós-teste foi significativamente superior se comparado ao pré-teste, sendo, respectivamente, de 8,13 (IC95% 7,91 a 8,35) e 10,35 (IC95% 10,12 a 10,58), p &lt;0,001. Em relação à evolução, a maioria dos estudantes obteve evolução positiva (50,7%); 28,4% evolução positiva com retrocesso; 13,4% nenhuma evolução ou resposta aleatória; e apenas 7,5% evolução negativa. <strong>Conclusão:</strong> Após o treinamento, a maioria dos estudantes apresentou aumento de seu conhecimento sobre SBV, o que pode ser evidenciado pelo aumento da mediana de acerto e sobretudo pela distribuição percentual das categorias de evolução.</p> Samuel Marques dos Reis Gabriel Silvestre Minucci Milena Oliveira Moreira Jacqueline Domingues Tibúrcio Mirian Diená Pastorini Jurgilas Copyright (c) 2024 Samuel Marques dos Reis, Gabriel Silvestre Minucci, Milena Oliveira Moreira, Jacqueline Domingues Tibúrcio, Mirian Diená Pastorini Jurgilas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-01 2024-04-01 49 1 8 10.34019/1982-8047.2023.v49.42679 Uso da terapia fotodinâmica antimicrobiana como tratamento adjuvante de lesões bucais associadas à síndrome da imunodeficiência adquirida: relato de caso https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39977 <p><strong>Introdução: </strong>Uma característica comum à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o desenvolvimento de lesões bucais e, dentre as mais frequentes, podemos citar as ulcerações inespecíficas, como a estomatite necrosante. Uma das opções terapêuticas para úlceras inespecíficas é o uso da terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDA), eficaz no controle de microrganismos e no reparo tecidual. <strong>Objetivo: </strong>Relatar um caso acerca do uso da TFDA no tratamento de lesões bucais associadas à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). <strong>Relato de Caso: </strong>Paciente do sexo masculino, 32 anos, diagnosticado com AIDS, queixava-se de dor devido a lesões ulceradas múltiplas na cavidade bucal. A conduta odontológica, em conjunto com o tratamento médico instituído (antibióticos, corticoides, antifúngicos e terapia antirretroviral), incluiu escovação dentária, recomendação do uso de colutório à base de clorexidina e uma sessão de TFDA, com uso do fotossensibilizador azul de metileno 0,1% e tempo de pré-irradiação de 10 minutos, seguida de aplicação de laser vermelho 9 J por ponto. Devido à melhora na cicatrização das lesões e à diminuição da dor relatada pelo paciente, realizou-se uma segunda sessão de TFDA associada à irradiação com laser infravermelho 4 J por ponto nas lesões dolorosas. A completa cicatrização ocorreu após uma terceira sessão, não necessitando prosseguir com esse tratamento. <strong>Conclusão: </strong>A TFDA mostrou-se efetiva no tratamento das lesões bucais associadas à AIDS.</p> Ana Paula Nunes Santos Aline Rodrigues Brasil Carolina Guedes de Souza Gabriele Pires Fonseca Leda Marília Fonseca Lucinda Copyright (c) 2024 Ana Paula Nunes Santos, Aline Rodrigues Brasil, Carolina Guedes de Souza, Gabriele Pires Fonseca, Leda Marília Fonseca Lucinda https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-25 2024-03-25 49 1 5 10.34019/1982-8047.2023.v49.39977 Factor XIII deficiency, a rare coagulopathy: case reports https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43058 <p><strong>Introduction:</strong> Hereditary Factor XIII (FXIII) deficiency is a rare autosomal recessive hemostatic disorder with an estimated incidence of one case per two million individuals and a higher prevalence in descendants of consanguineous relationships. Possible clinical manifestations include intracranial hemorrhage, umbilical cord bleeding at birth, hematoma, spontaneous abortions, and menometrorrhagia. <strong>Objective:</strong> To highlight the peculiarities of this hemostatic disorder, as well as the recommended management. <strong>Case Report</strong>: The authors describe two cases of FXIII deficiency with different hemorrhagic manifestations. Case 1 presented extensive spontaneous hematoma in the right thigh, while Case 2 had umbilical cord bleeding at birth and intracranial hemorrhage, requiring hemotherapy support. Both patients had normal results in screening laboratory tests for coagulation disorders. Coagulation factor serum levels and diagnostic assessments identified mild Factor XIII deficiency in Case 1 and severe deficiency in Case 2. The patient in Case 1 is under regular control and follow-up, while the patient in Case 2 is on a monthly prophylactic regimen with FXIII infusion. <strong>Conclusion:</strong> The diagnosis of FXIII deficiency in patients with significant bleeding should be considered if screening coagulation tests are normal. The Scientific and Standardization Committee of the International Society on Thrombosis and Haemostasis has established an algorithm for laboratory diagnosis and identification of different forms of FXIII deficiency. Quantitative determination of FXIII activity, antigenic assays, and molecular studies are necessary.</p> Daniela de Oliveira Werneck Rodrigues Isabella Boa Sorte Costa Samara de Paula Silva Souza Amanda do Carmo Gusmão Copyright (c) 2024 Daniela de Oliveira Werneck Rodrigues, Isabella Boa Sorte Costa, Samara de Paula Silva Souza, Amanda do Carmo Gusmão https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-22 2024-01-22 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.43058 O que (não) sabemos sobre a saúde das crianças institucionalizadas? https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43273 Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald Copyright (c) 2024 Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-25 2024-01-25 49 1 1 10.34019/1982-8047.2023.v49.43273 Considerações acerca do medo da COVID-19 e sua relação com a saúde física e psíquica de profissionais que assistiram pacientes durante a pandemia do coronavírus https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40371 Natália de Azevedo Marques Alice Pereira Regadas Copyright (c) 2023 Natália de Azevedo Marques1, Alice Pereira Regadas https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-05-31 2023-05-31 49 1 2 10.34019/1982-8047.2023.v49.40371 Utilização do Exame Clínico Objetivo Estruturado como método avaliativo em um hospital universitário: um relato de experiência https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42407 <p><strong>Introdução:</strong> O Exame Clínico Objetivo Estruturado é um dos métodos mais eficazes de avaliação do processo de aprendizagem, pois analisa o desempenho do participante em uma tarefa clínica especifica. <strong>Objetivo:</strong> Apresentar a vivência do serviço de Ginecologia sobre a elaboração e execução de uma estação do exame desenvolvido por uma universidade, promovendo uma reflexão sobre o processo de ensino aprendizagem dos alunos desta instituição. <strong>Relato de Experiência:</strong> O planejamento e organização demandaram um período de 4 meses, com definição do local, comissão de apoio técnico, elaboração dos casos clínicos e das competências a serem avaliadas, materiais disponíveis (impressos, canetas, móveis, dentre outros). Os professores elaboradores das estações foram previamente treinados pela comissão organizadora e orientados a formularem uma estação com caso clínico compatível com o momento do aluno no curso de Medicina. Outro instrumento elaborado foi o <em>checklist</em>, com pontos fundamentais que deveriam ser cumpridos pelo estudante avaliado. Após elaboração da estação e do seu <em>checklist</em>, estes foram avaliados pela comissão organizadora, com realização das correções pertinentes. Após aprovação, os professores, tanto elaboradores quanto avaliadores, realizaram a simulação da estação para identificação de possíveis erros, fatores complicadores e para cronometragem do tempo. <strong>Conclusão:</strong> O método desenvolvido apresentou características de grande importância e destaque, bem como fragilidades que precisam ser resolvidas.</p> Patrícia de Oliveira Lima Hakayna Calegaro Salgado Odete Pregal Monteiro Candido Copyright (c) 2024 Patrícia de Oliveira Lima, Hakayna Calegaro Salgado, Odete Pregal Monteiro Candido https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-01 2024-02-01 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.42407 A implementação do ambulatório de triagem psicológica em um hospital universitário: um relato de experiência https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42636 <p><strong>Introdução:</strong> A atuação do psicólogo no hospital possui características específicas que vão além do modelo clínico tradicional de psicoterapia, ainda hegemônico nos serviços públicos de saúde. Diante da necessidade de se repensar as técnicas utilizadas no contexto hospitalar, a triagem psicológica se apresenta como uma modalidade de intervenção terapêutica possível nesse contexto. Nela, é feita uma avaliação da situação psíquica de cada sujeito, para fins de encaminhamentos e/ou intervenções breves. <strong>Objetivos: </strong>Descrever o processo de implementação desta modalidade de atenção psicológica em um ambulatório do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). <strong>Relato de Experiência:</strong> O processo de implementação do ambulatório de triagem foi conduzido por duas psicólogas de referência do serviço de psicologia do Hospital e duas psicólogas residentes. Como entraves para a implementação do ambulatório, destaca-se o não comparecimento dos pacientes nas consultas marcadas, a falta de estruturação da rede de saúde mental na região e de compreensão acerca da especificidade do atendimento da triagem. <strong>Resultados: </strong>No período de março de 2022 a fevereiro de 2023, foram atendidos 117 pacientes, encaminhados por diferentes ambulatórios do HU-UFJF. Com a implementação do ambulatório de triagem, foi possível estabelecer um espaço formal de atendimento das demandas direcionadas ao serviço de psicologia; uma maior rapidez no atendimento aos pacientes; uma otimização do tempo de acompanhamento; uma maior adesão dos pacientes ao trabalho da psicologia; uma melhor articulação e conhecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS). <strong>Conclusão: </strong>Conclui-se que o ambulatório de triagem alcançou o seu objetivo de promover o acolhimento, a investigação aprofundada das demandas e a compreensão da situação psíquica do usuário, propiciando, assim, encaminhamentos mais responsáveis e intervenções breves de demandas pontuais.</p> Juliana Dela-Sávia Nataly Netchaeva Mariz Copyright (c) 2024 Juliana Dela-Sávia, Nataly Netchaeva Mariz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-26 2024-01-26 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.42636 Elaboração de guia para Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde da Rede Ebserh: relato de experiência https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43591 <p><strong>Introdução:</strong> A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) gere 41 hospitais universitários federais (HUFs), atualmente com 36 Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS). No contexto hospitalar, o NATS desenvolve produtos de avaliação de tecnologias em saúde (ATS) para subsidiar o gestor na tomada de decisões, sendo essencial para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde. A implantação efetiva dos NATS ainda é desafiadora, devido à insuficiência de diretrizes específicas para ATS hospitalar. <strong>Objetivo:</strong> Relatar atuação do Grupo de Trabalho em ATS (GT-ATS) da Ebserh na elaboração de guia para orientar a estruturação e fortalecimento dos NATS dos HUFs. <strong>Relato de Experiência:</strong> O GT-ATS foi instituído por portaria, composto por representantes de NATS dos HUFs e da administração central da Ebserh. Inicialmente, fez-se levantamento dos processos envolvendo os NATS, da prática de ATS na Ebserh e foi realizado diagnóstico situacional dos NATS. Em seguida, elaborou-se o guia a partir da expertise dos membros do GT-ATS e das melhores práticas e recomendações sobre ATS hospitalar, identificadas em revisão da literatura. “Guia para organização e funcionamento dos NATS na Rede Ebserh” foi publicado em março de 2023 no portal eletrônico da Ebserh e inclui contextualização da ATS hospitalar no Brasil, objetivos e escopo de atuação dos NATS da Ebserh, orientações para organização e funcionamento dos núcleos e modelo de regulamento interno. Também foram elaborados modelos de nota técnica, declaração de conflito de interesses, formulário de solicitação e termo de compromisso de confidencialidade. <strong>Conclusão</strong>: O GT-ATS, por meio do Guia e dos documentos elaborados, contribuiu para institucionalização, harmonização e implementação dos processos de ATS nos hospitais da Ebserh, respeitando a heterogeneidade dos contextos e níveis de maturidade dos NATS. Trabalho colaborativo dentro do GT-ATS permitiu articulação de saberes interdisciplinares e práticas interinstitucionais, ampliando a dimensão, alcance e efetividade das ações de ATS.</p> Hérica Núbia Cardoso Cirilo Patrícia Andréa da Fonseca Magalhães Lelia Maria de Almeida Carvalho Samira Virginia de França Helder Cassio de Oliveira Saul Rassy Carneiro Thisciane Ferreira Pinto Gomes Juliana de Brito Seixas Neves Karla Rodrigues Rosa de Oliveira Regina Kfuri Barbosa Eduardo Barbosa Coelho Ney Cristian Amaral Boa-Sorte Copyright (c) 2024 Hérica Núbia Cardoso Cirilo, Patrícia Andréa da Fonseca Magalhães, Lelia Maria de Almeida Carvalho, Samira Virginia de França, Helder Cassio de Oliveira, Saul Rassy Carneiro, Thisciane Ferreira Pinto Gomes, Juliana de Brito Seixas Neves, Karla Rodrigues Rosa de Oliveira, Regina Kfuri Barbosa, Eduardo Barbosa Coelho, Ney Cristian Amaral Boa-Sorte https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-15 2024-04-15 49 1 5 10.34019/1982-8047.2023.v49.43591 Violência e desigualdades de gênero: relato de experiência sobre ações desenvolvidas e resultados alcançados durante o mês da mulher em um hospital universitário https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42408 <p><strong>Introdução:</strong> O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é uma data mundialmente lembrada como momento oportuno de reflexão e discussão sobre inúmeras desigualdades ainda vivenciadas pelas mulheres, que impactam a saúde dessa parcela da população. <strong>Objetivo: </strong>Apresentar ações desenvolvidas por um grupo de trabalho multiprofissional de um hospital universitário e os resultados alcançados. <strong>Relato de Experiência:</strong> Desde 2022, o hospital institucionalizou a comemoração do 8 de março, como uma data para ações e atividades informativas, orientativas e de acolhimento junto a colaboradores e usuários. Em 2023, foram escolhidos dois temas centrais para discussão: Trabalho/Família e Violência contra a Mulher. Dessa forma, foram promovidas rodas de conversa com trabalhadores em visita aos setores e salas de espera com usuários, norteadas por materiais didáticos confeccionados sobre os dois temas. Também houve panfletagem e apresentação musical no dia 8 de março, além de capacitação oferecida aos profissionais de saúde da instituição, abordando a relação entre corpo feminino e peculiaridades no atendimento à saúde. <strong>Conclusão: </strong>Durante as ações desenvolvidas, as mulheres puderam expressar suas realidades e rotinas, conhecer dados que comprovam desigualdades e leis que garantem direitos. Pode-se destacar, como resultado alcançado, a discussão das questões históricas e culturais de menosprezo à mulher como responsáveis por iniquidades, com prejuízos à saúde física e mental feminina. É dever de toda a sociedade combater a violência doméstica/familiar, incluindo como aliadas nessa batalha as instituições de saúde e educação integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).</p> Alessandra Soares Muniz Gomes Patrícia de Oliveira Lima Luciana de Sousa Santos Costa Copyright (c) 2024 Alessandra Soares Muniz Gomes, Patrícia de Oliveira Lima, Luciana de Sousa Santos Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-29 2024-01-29 49 1 7 10.34019/1982-8047.2023.v49.42408 Relato de experiência de um projeto de extensão universitária sobre a digitação de fichas de cadastro individual e domiciliar/territorial no e-SUS APS durante a pandemia de Covid-19 https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40310 <p><strong>Introdução:</strong> O e-SUS APS é uma importante ferramenta para a gestão, na qual são registrados dados de cadastros individuais e domiciliares/territoriais da Atenção Primária à Saúde (APS), favorecendo o planejamento das ações em saúde. Para que seu uso seja efetivo, é necessária alimentação de dados levantados corretamente e completos, o que foi impactado negativamente pela pandemia de Covid-19. <strong>Objetivo:</strong> Relatar a experiência da realização do projeto de extensão intitulado “Sistemas de Informação em Saúde: construindo dados gerenciais para o enfrentamento do COVID19”. <strong>Relato de experiência:</strong> Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, resultado da vivência de 15 discentes de cursos de graduação da saúde, um discente de pós-graduação em saúde coletiva, e uma docente, em um projeto de extensão realizado de maio a dezembro de 2020, em colaboração com a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (SS/PJF). As atividades, realizadas remotamente, incluíram a digitação das fichas de cadastro individual e domiciliar/territorial pelos discentes extensionistas. Anteriormente à digitação, foi realizada capacitação pela docente coordenadora do projeto e por colaboradores da SS/PJF sobre o acesso e o uso do e-SUS APS, além da digitação das fichas. As fichas foram entregues no domicílio de cada discente, que possuiu acesso próprio individual ao sistema. <strong>Resultados:</strong> Foram digitadas 10.432 fichas no e-SUS APS, sendo 7.648 de cadastro individual e 2.784 de cadastro domiciliar/territorial. Observou-se melhora da qualidade de preenchimento das fichas e sensibilização do preenchimento de dados não obrigatórios. Por conseguinte, houve contribuição na garantia de repasse financeiro e disponibilização de dados que favoreceram o gerenciamento das ações frente ao contexto sanitário. <strong>Conclusão:</strong> O projeto oportunizou contribuição direta para com a digitação de fichas de cadastro individual e domiciliar/territorial no e-SUS APS do município de Juiz de Fora, auxiliando na qualificação do preenchimento das fichas a partir dos feedbacks dos discentes extensionistas.</p> Cosme Rezende Laurindo Ana Carolina Carvalho Reis Elfy Mawugnon Deguenon Danielle Teles da Cruz Copyright (c) 2023 Cosme Rezende Laurindo, Ana Carolina Carvalho Reis, Elfy Mawugnon Deguenon, Danielle Teles da Cruz https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-11-09 2023-11-09 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.40310 Preparação alcoólica para antissepsia cirúrgica das mãos https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43062 <p><strong>Introdução: </strong>A infecção de sítio cirúrgico é um processo infeccioso que apresenta correlação com falhas na antissepsia cirúrgica das mãos dos profissionais da equipe cirúrgica. <strong>Objetivo:</strong> Analisar o conhecimento científico a respeito da eficácia da antissepsia cirúrgica das mãos de profissionais de saúde com preparação alcoólica em comparação com a tradicional técnica de lavagem das mãos. <strong>Material e Métodos:</strong> Revisão integrativa a partir de ensaios clínicos randomizados, estudos quase-experimentais e revisões sistemáticas (com ou sem meta-análise). O processo de busca foi realizado por um pesquisador, que utilizou os seguintes descritores e termos correlatos em português e inglês: “antissepsia” OR “desinfecção das mãos” OR “higiene das mãos” AND “controle de infecções” AND “centros cirúrgicos” OR “cirurgia”. Foram consultadas as bases de dados <em>Medical Literature Analysis and Retrievel System Online</em> (MEDLINE/PubMed), <em>Cochrane</em> <em>Database of Systematic Reviews</em>, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Outras fontes consultadas foram os sites da Rede Brasileira de Avaliação Tecnologias em Saúde (Rebrats), <em>National Institute for Clinical Excellence</em> (Nice), <em>UpToDate</em>, Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) e Google Acadêmico. <strong>Resultados:</strong> Os dados analisados indicaram não haver diferença estatisticamente significativa entre as taxas de infecção de sítio cirúrgico nos estudos que compararam a fricção das mãos com solução alcoólica em relação à lavagem com o comparador à base de polivinil pirrolidona iodo ou clorexidina. <strong>Conclusão:</strong> Apesar da análise dos resultados dos estudos incluídos na amostra não demonstrarem diferença estatisticamente significativa na contagem de unidades formadoras de colônias, a antissepsia cirúrgica das mãos por fricção é recomendada por apresentar fácil aplicação, menor consumo de tempo, baixos níveis de irritações cutâneas e melhor tolerância dérmica.</p> Bárbara Helena de Brito Ângelo Érika Michelle do Nascimento Facundes Giselle Souza de Paiva Kheyla Santos Nascimento Lúcia Reis do Nascimento Naélia Vidal de Negreiros Silva Nara Gualberto Cavalcanti Rayssa Berenguer de Araújo Cunha Copyright (c) 2024 Bárbara Helena de Brito Ângelo , Érika Michelle do Nascimento Facundes, Giselle Souza de Paiva, Kheyla Santos Nascimento, Lúcia Reis do Nascimento, Naélia Vidal de Negreiros Silva, Nara Gualberto Cavalcanti, Rayssa Berenguer de Araújo Cunha https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-22 2024-03-22 49 1 9 10.34019/1982-8047.2023.v49.43062 Síndrome da morte súbita do lactente: evidências científicas que baseiam as recomendações atuais https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41822 <p><strong>Introdução:</strong> A síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) pode ser definida como a morte inesperada de uma criança menor de um ano durante o sono, de causa inexplicada mesmo após necrópsia. É uma condição com fatores de risco conhecidos e, em sua maioria, modificáveis. <strong>Objetivo:</strong> Destacar as evidências científicas nas quais se baseiam as recomendações da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Pediatria para prevenção da SMSL. <strong>Métodos:</strong> Revisão da literatura a partir da revisão das recomendações das sociedades para prevenção de SMSL, em busca de evidências que corroborem cada recomendação. <strong>Resultados:</strong> As recomendações para prevenção da SMSL incluem dormir em posição supina; utilizar uma superfície firme, plana e não inclinada para dormir; aleitamento materno pelo maior tempo possível; dormir no quarto dos pais nos seis primeiros meses de vida; manter o berço livre de objetos macios; oferecer a chupeta durante o sono; evitar a exposição ao tabagismo; não utilizar monitores cardiorrespiratórios. Para todas essas recomendações, foram apresentadas evidências científicas provenientes, de forma majoritária, de estudos de caso-controle. <strong>Conclusão:</strong> As recomendações para prevenção da SMSL são baseadas em evidências científicas suficientes, e é preciso que os profissionais da saúde que atendem a crianças pequenas e suas famílias estejam sempre atualizados e atentos a elas, promovendo de forma ativa a segurança do sono.</p> Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald Copyright (c) 2024 Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-09 2024-01-09 49 1 6 10.34019/1982-8047.2023.v49.41822 Fatores associados ao atraso no diagnóstico e tratamento do câncer bucal: revisão integrativa de literatura https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/39514 <p><strong>Introdução: </strong>O câncer bucal é apontado como um problema de saúde relevante e apresenta alta taxa de incidência e mortalidade. O consumo de tabaco e álcool são considerados os principais fatores de risco para sua ocorrência. Apesar dos avanços relacionados a detecção, diagnóstico e tratamento, grande parte dos pacientes ainda é diagnosticada com a doença em estágio avançado. <strong>Objetivo:</strong> Estabelecer os principais fatores associados ao atraso no diagnóstico do câncer bucal. <strong>Material e Métodos: </strong>Foram pesquisados artigos nas bases de dados MEDLINE/PubMed, SciELO e Lilacs, com os descritores: <em>delayed oral cancer</em>; <em>delayed diagnosis oral cancer</em>; <em>oral cancer young patients</em>; e HPV <em>oral cancer patients</em>. Como critérios de inclusão, foram delimitados artigos completos e disponíveis integramente. Publicações não relacionadas a delimitação do tema e ao objetivo do estudo foram excluídas. <strong>Resultados: </strong>Foram encontrados 513 artigos, dos quais 118 foram lidos na íntegra e 96 por fim selecionados, conforme critérios de inclusão e exclusão. Os dados indicaram que o atraso no diagnóstico do câncer bucal é frequente e relacionado ao atraso pelo paciente, atraso pelo profissional de saúde e atraso no tratamento, com destaque ao atraso pelo paciente. <strong>Conclusão: </strong>O diagnóstico precoce é o meio mais eficaz de reduzir as taxas de mortalidade e melhorar o prognóstico e qualidade de vida de pacientes com câncer bucal. Dessa forma, estratégias que objetivam a redução de diagnósticos realizados tardiamente devem ser consideradas.</p> Regina Mara Antunes dos Santos Rose Mara Ortega Francielle Silvestre Verner Denis Talis Reis Larissa Stefhanne Damasceno de Amorim Póvoa Sibele Nascimento de Aquino Copyright (c) 2024 Regina Mara Antunes dos Santos, Rose Mara Ortega, Francielle Silvestre Verner, Denis Talis Reis, Larissa Stefhanne Damasceno de Amorim Póvoa, Sibele Nascimento de Aquino https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-04 2024-01-04 49 1 11 10.34019/1982-8047.2023.v49.39514 Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID-19: estudo retrospectivo https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41938 <p>Comunicação breve intitulada Alterações hematológicas em pacientes hospitalizados por COVID-19: estudo retrospectivo.</p> Mirjhenyfer Lúcia Martins Adriana Aparecida Ferreira Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald Copyright (c) 2024 Mirjhenyfer Lúcia Martins, Adriana Aparecida Ferreira, Sabrine Teixeira Ferraz Grunewald https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-09 2024-01-09 49 1 5 10.34019/1982-8047.2023.v49.41938 Analyzing the clinical-pathological characteristics of HER-2 ultra-low breast cancer in a medium-sized Brazilian city: a brief communication https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42185 <p>N/A</p> Tony Maronesi Bagio Paulo Gil Katsuda Deolino João Camilo Júnior José Cândido Caldeira Xavier Júnior Copyright (c) 2024 Tony Maronesi Bagio, Paulo Gil Katsuda, Deolino João Camilo Júnior, José Cândido Caldeira Xavier Júnior https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-29 2024-01-29 49 1 3 10.34019/1982-8047.2023.v49.42185 Biocompatibilidade em pulpotomia de dentes decíduos: melhor material e alternativas ao uso do MTA: revisão sistemática e meta-análise https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/40598 <p><strong>Introdução:</strong> A terapia pulpar vital é o tratamento que visa a manutenção da vitalidade pulpar e da função do dente. Para a pulpotomia, os materiais são escolhidos baseados em algumas características fundamentais, tais como a biocompatibilidade e bioatividade. Atualmente, o Agregado de Trióxido Mineral (MTA) é o mais comumente utilizado para este procedimento. <strong>Objetivo:</strong> Identificar o melhor material para uso em pulpotomia em dentes decíduos considerando a propriedade de biocompatibilidade, através de revisão sistemática da literatura e metanálise. <strong>Material e Métodos:</strong> A pergunta norteadora foi: “Qual é o melhor agente para pulpotomia em termos de biocompatibilidade?”. Foi realizada pesquisa nas bases de dados eletrônicas Medline/PubMed, SciELO, LILACS e <em>Web of Science</em> sem restrição de data inicial até outubro de 2020, usando os seguintes descritores padronizados pelo <em>Medical Subject Headings</em> (MeSH): “<em>pulpotomy</em>”, “<em>pulp therapy</em>”, “<em>biomaterials</em>”, “<em>biocompatible materials</em>”, “<em>pulp capping agent</em>”, “<em>pulp capping materials</em>”. <strong>Resultados:</strong> Um total de 358 estudos foram identificados, sendo 15 deles selecionados para análise qualitativa e seis para metanálise. A revisão avaliou aspectos clínicos, radiográficos e histológicos, considerando diferentes períodos de acompanhamento, amostras e metodologias. Diversos materiais foram encontrados e o MTA foi o mais frequente. Embora os resultados qualitativos tenham sido pouco conclusivos em relação ao melhor deles, foi possível estabelecer que o Cimento <em>Portland</em> é uma alternativa viável para a substituição do MTA. <strong>Conclusão: </strong>A metanálise demonstrou que o MTA é o material mais favorável para uso em pulpotomias em dentes decíduos.</p> Vitória Batista Clemente Lara Martins Araújo Vívian Gonçalves Carvalho Souza Laísa Araújo Cortines Laxe Mariana Simões Oliveira Ana Carolina Morais Apolônio Copyright (c) 2023 Vitória Batista Clemente, Lara Martins Araújo, Vívian Gonçalves Carvalho Souza, Laísa Araújo Cortines Laxe, Mariana Simões Oliveira, Ana Carolina Morais Apolônio https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-07-06 2023-07-06 49 1 14 10.34019/1982-8047.2023.v49.40598 Prevalence and factors associated with dietary adherence in individuals with type 2 diabetes mellitus in Brazil: a systematic review with meta-analysis https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43099 <p><strong>Introduction</strong>: Low adherence to the treatment is a major challenge faced by health professionals during the management of type 2 diabetes. <strong>Objective:</strong> To assess the prevalence and risk factors related to dietary adherence in individuals living with type 2 diabetes in Brazil.<strong> Material and Methods: </strong>PubMed, Embase, Cochrane Library and SciELO/Lilacs were searched without restriction to a year of publication and language. <strong>Results:</strong> From 3713 studies, 14 articles involving 2962 individuals living with type 2 diabetes were eligible. The combined proportion of adherence to the diet was 41% (95% CI: 0.267-0.562, p&lt; 0.001; I<sup>2</sup>= 98.81%, p&lt;0.001), with the highest 78% and lowest 3%. The combined proportion of nonadherence to the diet was 51% (95% CI: 0.268-0.754, p&lt;0.001; I²= 99.25%, p&lt;0.001), with the highest being 98% and the lowest being 9%. The main risk factors for nonadherence to nutritional treatment were low education, low income, and multimorbidity. <strong>Conclusion:</strong> Low adherence to the diet is a concern during nutritional counseling of individuals living with type 2 diabetes in Brazil.</p> Ellen Jaqueline Ramos Larissa Thais Braz Pereira Mariana Julião Guilarducci Arlindo Leandro Gomes Nathalia Sernizon Guimarães Flávia Galvão Cândido Olívia Gonçalves Leão Coelho Júnia Maria Geraldo Gomes Copyright (c) 2024 Ellen Jaqueline Ramos, Larissa Thais Braz Pereira, Mariana Julião Guilarducci, Arlindo Leandro Gomes, Nathalia Sernizon Guimarães, Flávia Galvão Cândido, Olívia Gonçalves Leão Coelho, Júnia Maria Geraldo Gomes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-03-11 2024-03-11 49 1 12 10.34019/1982-8047.2023.v49.43099 Relação entre as desordens temporomandibulares e a presença de distúrbios respiratórios crônicos: uma revisão sistemática da literatura https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/37880 <p><strong>Introdução:</strong> As desordens temporomandibulares (DTM) são um grupo de patologias com implicação direta no entendimento das comorbidades que podem envolver o sistema estomatognático. Tal grupo patológico apresenta característica multifatorial e, por isso, tem sido observada sua possível relação com acometimentos sistêmicos, como problemas articulares, psicológicos e, mais especificamente, os distúrbios respiratórios crônicos (DRC). <strong>Objetivo:</strong> Conduzir uma revisão sistemática da literatura, utilizando ferramentas com validação metodológica, a fim de fornecer dados relevantes acerca da relação entre as DTM e os DRC. <strong>Metodologia:</strong> Foram pesquisadas as bases de dados <em>MedLine</em>/<em>PubMed</em>, Colaboração Cochrane, Plataforma Capes, Biblioteca Virtual em Saúde, <em>Scopus</em>, <em>Web of Science</em> e <em>SciElo</em>, cobrindo o período de 2000 a 2021 e utilizando a combinação dos descritores “temporomandibular disorders and breathing and pain and mouth breathing”. <strong>Resultados:</strong> Após a busca, que culminou em 698 documentos encontrados, apenas 12 foram selecionados a partir dos critérios de elegibilidade predefinidos. No tocante à relação entre a presença de DTM e o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono (AOS), foram encontrados 45 indivíduos com essa associação, reportados por dois estudos. É relatado, também, acometimento por infecções de vias áreas superiores associadas às DTM (7.012 indivíduos reportados), além de diagnóstico de respiração bucal em pacientes que apresentavam o diagnóstico de DTM (30 indivíduos reportados). <strong>Conclusão:</strong> A associação entre desordens do sono relacionadas à respiração, respiração bucal, AOS e dor relacionada à ATM foi fundamentada por alguns autores, destacando a influência desses parâmetros na qualidade de vida dos indivíduos. Observou-se, ainda, que esses acometimentos podem influenciar a postura do indivíduo, a qual está diretamente relacionada com a sintomatologia das DTM, principalmente pela ocorrência de anteriorização da cabeça.</p> Rodolfo Gonçalves Lima Renato Erothildes Ferreira Josemar Parreira Guimarães Copyright (c) 2023 Rodolfo Gonçalves Lima, Renato Erothildes Ferreira, Josemar Parreira Guimarães https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-07-06 2023-07-06 49 1 13 10.34019/1982-8047.2023.v49.37880 Banho sem enxágue em pacientes acamados: uma revisão sistemática sobre a eficácia e a segurança no procedimento https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42912 <p><strong>Introdução</strong>: O banho sem enxágue no leito está sendo utilizado em algumas instituições de saúde em substituição ao banho no leito convencional, porém não existem evidências suficientes quanto à eficácia e à segurança desse procedimento.<strong> Objetivo</strong>: Avaliar eficácia e segurança do banho sem enxágue em pacientes adultos e idosos que necessitam de cuidados no leito. <strong>Materiais e Métodos</strong>: Realizou-se uma revisão sistemática, tendo como guia a declaração PRISMA. Três pesquisadores de forma independente e consensual fizeram as fases de seleção e extração dos dados. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos controlados randomizados (ECCR) ou estudo quase experimentais (EQE), que avaliaram os desfechos segurança e eficácia do uso do banho sem enxágue. A busca aconteceu nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Cochrane, <em>Web of Science</em> e SCOPUS. Os termos usados nas buscas foram "banhos", "assistência ao paciente", "produtos de higiene pessoal". Por fim, avaliou-se do risco de viés dos estudos pelas ferramentas ROB 2 e Robins-I. <strong>Resultados:</strong> Foram incluídos quatro estudos ECCR e dois EQE. Três foram classificados como alto risco de viés ou algumas preocupações. Dois artigos avaliaram a colonização da pele e um estudo avaliou a integridade da pele. Verificou-se uma redução da microbiota e das lesões na pele no grupo do banho sem enxágue. A maioria dos estudos (três) não mostrou a diferença no custo entre o banho sem enxágue e o banho seco, no entanto, verificou-se menor tempo de trabalho dos profissionais de Enfermagem. <strong>Conclusão</strong>: O emprego do banho sem enxágue mostrou-se eficaz em relação à redução da microbiota da pele, redução dos custos das horas de Enfermagem e maior satisfação para os pacientes e profissionais. Quanto à segurança, estudo se mostrou favorável ao banho de enxágue em relação ao banho convencional. É necessário interpretar resultados com cautela, com base na qualidade metodológica de alguns estudos analisados.</p> Adriana Cristina Nicolussi Elizabeth Barichello Karoline Faria de Oliveira Valter Paulo Neves Miranda Thaís Santos Guerra Stacciarini Saulo Pereira da Costa Copyright (c) 2024 Adriana Cristina Nicolussi, Elizabeth Barichello, Karoline Faria de Oliveira, Valter Paulo Neves Miranda, Thaís Santos Guerra Stacciarini, Saulo Pereira da Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-02-05 2024-02-05 49 1 10 10.34019/1982-8047.2023.v49.42912 Eficácia e segurança de romosozumabe para o tratamento de osteoporose grave em mulheres na pós-menopausa: revisão sistemática e meta-análise em rede https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/41803 <p><strong>Introdução: </strong>A osteoporose é uma das principais causas de morbimortalidade, principalmente em idosos e mulheres na pós-menopausa, devido ao aumento da fragilidade óssea e maior suscetibilidade a fraturas. <strong>Objetivo: </strong>Avaliar a eficácia e segurança do romosozumabe, comparado aos tratamentos farmacológicos atualmente disponíveis no Sistema Único de Saúde para o manejo de mulheres na pós-menopausa com osteoporose grave e alto risco de fraturas. <strong>Métodos: </strong>Foi realizada uma busca seguida por meta-análises indiretas, por ensaios clínicos randomizados (ECR) nas bases PubMed Central e Medline, Embase e <em>Cochrane Library</em> e por busca manual. O risco de viés (RoB 2.0) e a qualidade da evidência (GRADE) foram analisados. Meta-análises indiretas foram realizadas para desfechos de fraturas, densidade mineral óssea e eventos adversos. <strong>Resultados: </strong>Sete ECR (n= 19.951 mulheres) foram incluídos nesta revisão. Romosozumabe seguido de alendronato reduziu risco de fraturas não vertebrais em 12 meses (RR: 0,64, IC 95%: 0,49-0,84; alta certeza de evidência) e em 24 meses (RR: 0,52, IC 95%: 0,43-0,64; (alta certeza de evidência) na comparação ao alendronato. Achados semelhantes foram identificados para outros desfechos. Ácido zoledrônico foi associada a maior risco de descontinuação por evento adverso que placebo (RR: 1,02, IC 95%: 1,01-1,03). <strong>Conclusão:</strong> Foi identificado que romosozumabe ou romosozumabe seguido por alendronato são eficazes e seguros na comparação com alendronato.</p> Mayra Carvalho Ribeiro Tassiane Cristine Santos de Paula Érika Maria Henriques Monteiro Fernanda Carolina Cruz Evangelista Thisciane Ferreira Pinto Gomes Thais Montezuma Rosa Camila Lucchetta Copyright (c) 2024 Mayra Carvalho Ribeiro, Tassiane Cristine Santos de Paula, Érika Maria Henriques Monteiro, Fernanda Carolina Cruz Evangelista, Thisciane Ferreira Pinto Gomes, Thais Montezuma, Rosa Camila Lucchetta https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-16 2024-01-16 49 1 11 10.34019/1982-8047.2023.v49.41803 Avaliação de tecnologias em saúde hospitalar: embasando decisões e fortalecendo a rede de hospitais da Ebserh https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/42934 Érika Maria Henriques Monteiro Hérica Núbia Cardoso Cirilo José Otávio do Amaral Corrêa Copyright (c) 2024 Érika Maria Henriques Monteiro, Hérica Núbia Cardoso Cirilo, José Otávio do Amaral Corrêa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-16 2024-01-16 49 1 2 10.34019/1982-8047.2023.v49.42934 One Health (Saúde Única): conceito, impactos, desafios e a inserção dessa abordagem no Brasil https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/43365 Igor Rosa Meurer Elaine Soares Coimbra Copyright (c) 2024 Igor Rosa Meurer, Elaine Soares Coimbra https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-01-30 2024-01-30 49 1 2 10.34019/1982-8047.2023.v49.43365