TY - JOUR AU - Ferreira Filho, Francisco José AU - Ferreira Lima Júnior, José AU - Candido Moreira, Maria Rosilene PY - 2021/06/07 Y2 - 2024/03/29 TI - Tendência temporal e o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Ceará (2009-2018) JF - HU Revista JA - HU Rev VL - 47 IS - SE - Artigos Originais DO - 10.34019/1982-8047.2021.v47.33504 UR - https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/33504 SP - 1-10 AB - <p><strong>Introdução: </strong>Na última década, houve aumento na prevalência de sífilis congênita (SC) em algumas regiões, e o Brasil liderou o número de casos na América Latina. <strong>Objetivo: </strong>Analisar a tendência temporal e o perfil clínico-epidemiológico da sífilis congênita no Ceará entre 2009 e 2018. <strong>Materiais e</strong> <strong>Métodos: </strong>Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico com abordagem de séries temporais, tendo como cenário o estado do Ceará. Os dados foram provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. A análise dos dados foi realizada no pacote estatístico <em>Statistical Program For Social Sciences</em> (SPSS) 20.0 e no <em>Microsoft Excel</em> 2013®, procedendo-se análise descritiva e inferencial dos dados, por meio de regressão linear simples, a qual foi classificada como crescente, estacionária e decrescente, de acordo com o coeficiente angular. Para verificar a normalidade foi realizado o teste de Shapiro-Wilk.<strong> Resultados: </strong>Na série temporal analisada contabilizou-se 10.392 casos de SC, havendo um aumento de 91,63% na comparação entre os anos de 2009 e 2018, assim como aumento da taxa de incidência, passando de 5 para 9,57 casos/1.000 nascidos no mesmo período. O número de parceiros tratados (15,25%) e de mães que realizaram o tratamento de forma adequada (4,72%) permaneceram baixos. Mães que tinham ensino superior corresponderam apenas a 0,55% do total das notificações; enquanto que quase 90% das mães notificadas eram pardas.<strong> Conclusão: </strong>Os resultados demonstram um aumento da incidência de sífilis congênita acompanhado de terapêutica inadequada, destacando a necessidade de melhorar a qualidade da assistência pré-natal e demais cenários da atenção integral à saúde sexual e reprodutiva.</p> ER -