https://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/issue/feedRevista de Geografia - PPGEO - UFJF2025-08-20T01:32:25+00:00Roberto Marques Netoroberto.marques@ufjf.brOpen Journal Systems<p>A Revista de Geografia é uma publicação do Programa de Pós-Graduação em Geografia – PPGEO, do Departamento de Geocências – Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. É uma revista eletrônica semestral, criada em 2011, destinada à divulgação de artigos científicos, notas técnicas e resenhas oriundas de pesquisas e estudos sobre as questões que envolvem a ciência geográfica e áreas afins.</p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/48373ANALISE DE PADRÕES DE PAISAGENS PARA AVALIAR MUDANÇAS NAS ÁREAS MAIS ELEVADAS DA MANTIQUEIRA MERIDIONAL2025-04-17T13:31:32+00:00Luiz Henrique de Oliveira Santosluizserrafina@hotmail.comLeandro Andrei Beser de Deusleandrobeser@gmail.comAntonio Soares da Silvaasoares.uerj@gmail.com<p>A Serra da Mantiqueira é um conjunto de elevações localizadas no sudeste do Brasil e que pode ser dividida em duas porções: a Meridional e a Setentrional. A parte mais elevada da Mantiqueira Meridional e marcada pela presença de afloramentos intrusivos que formam dois maciços alcalinos, o de Passa Quatro (MAPQ) e o de Itatiaia (MAI) que influenciam em diferentes paisagem devido a variação altimétrica. Apesar da proteção legal, estas áreas têm sofrido com incêndios e o impacto destes eventos resulta em perda de biodiversidade e afeta a utilização pelo turismo. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento dos fragmentos vegetacionais das partes mais elevadas da Mantiqueira Meridional, focando em um recorte que utiliza como referência o MAPQ e o MAI buscando entender o comportamento destes fragmentos vegetacionais perante os incêndios e aspectos da sazonalidade nesta região. Para chegar aos resultados, a investigação foi feita utilizando imagens do Landsat 5 e 8 de 2011 e 2021, processadas do Qgis e no módulo LCM no software IDRISI. A ferramenta <em>Landscape Pattern and Change Process Analysis</em>, permitiu criar três produtos cartográficos: área do fragmento (patch), entropia normalizada e Processo de mudança. Por fim, surgiu a hipótese de que a sazonalidade poderia interferir nos resultados, por isso, foram feitos NDVIs comparados com o índice KAPPA para quantificar a variação sazonal. Como resultado, a ferramenta <em>Landscape Pattern and Change Process Analysis</em> apresentou produtos eficientes para avaliar os processos de mudança dos fragmentos vegetacionais. Foi concluído que as áreas afetadas pelo incêndio de 2020 apresentar uma boa resposta de recuperação, mas no nordeste da cena, há algumas áreas onde os Campos de Altitude estão passando por um processo de tensão.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/47511EVOLUÇÃO DA COBERTURA E USO DA TERRA EM MUNICIPIOS DO EXTREMO SUL DA BAHIA, BRASIL, E SUAS RELAÇÕES COM OS GEOSSISTEMAS2025-05-19T15:12:40+00:00Paulo César Bahia de Aguiarprof.pauloaguiar@bol.com.brRoberto Marques Netoroberto.marques@ufjf.br<p>Este artigo se debruça sobre a análise da evolução da cobertura e uso da terra nos municípios de Porto Seguro e Prado, estado da Bahia, Brasil, e suas relações com os geossistemas,visando evidenciar possíveis modificações na realidade local decorrentes de supressões ou substituições de coberturas e atividades. Para tanto, foram editados mapas de cobertura e uso da terra dos municípios em dois momentos distintos (1985 e 2018) e gerados os percentuais de cada classe por meio de técnicas da cartografia digital, bem como se levantaram mapas dos geossistemas, dos sistemas antrópicos e Estado Ambiental dessas espacialidades. Os resultados revelaram que os municípios em apreço passaram por substanciais transformações na cobertura e uso da terra nesse ínterim, e em seus sistemas naturais e antrópicos, sobretudo após a abertura da BR 101, que potencializou o desflorestamento, tanto para a abertura da rodovia quanto pela ação de madeireiras. Muitas dessas áreas foram ocupadas com pastagens, sendo que em Prado esse processo se mostrou mais preocupante, porque em 2018 as pastagens já superavam as áreas de floresta no território. As porções dos geossistemas mais alteradas (muito criticas) foram aquelas em áreas de ocupação urbana; e aquelas com alterações moderadas (criticas) foram aquelas com usos com silvicultura de eucalipto, complementada com pequenas faixas de pastagens. Já as porções de geossistemas mais integrais foram aqueles recobertas por formações florestais em áreas de unidades de conservação, de proteção integral</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/47924POLÍTICAS PÚBLICAS DE RECURSOS HÍDRICOS2025-03-20T18:34:19+00:00Ozias Rodrigues da Silvaozias.86@hotmail.comJosé Emanuel Tavares Araújoemanueltavares16@gmail.comIldete Andrade de Britoildetebrito12@gmail.comMaria Losângela Martins de Sousamariasousa@uern.br<p>As políticas públicas de recursos hídricos no Semiárido brasileiro buscam mitigar os efeitos da escassez hídrica, um desafio histórico na região, marcada por clima semiárido, solos pouco desenvolvidos e chuvas irregulares no tempo e espaço. Inicialmente, as políticas focavam no combate às secas, com grandes obras de infraestrutura hídricas, como açudes e barragens, para armazenar água. No entanto, essas medidas muitas vezes não garantiam acesso equitativo à água e perpetuavam a dependência de ações emergenciais. A partir dos anos 2000, surgiram políticas públicas de convivência com o Semiárido, priorizando tecnologias sociais, como cisternas, e práticas sustentáveis de manejo da água e do solo. Essas iniciativas visam fortalecer a resiliência das comunidades, promover a segurança hídrica e reduzir a vulnerabilidade climática. Apesar dos avanços, desafios persistem, como a necessidade de maior integração entre políticas, participação social e adaptação às mudanças climáticas, essenciais para o desenvolvimento sustentável da região. Este trabalho pretende analisar as políticas públicas de recursos hídricos implementadas no Semiárido brasileiro, com foco na sua eficácia para mitigar os efeitos da escassez hídrica, identificando os avanços, desafios e oportunidades para promover a segurança hídrica e o desenvolvimento sustentável na região. Para se almejar os objetivos, foi utilizada a pesquisa bibliográfica para embasamento teórico e atividades de campo. Constatou-se que várias políticas de combate à seca foram de início as primeiras alternativas para sanar a questão da escassez hídrica no Semiárido brasileiro, tendo posteriormente uma mudança de paradigma de convivência com esse ambiente. </p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/47304JUIZ DE FORA DO SÉCULO XIX: 2025-03-10T23:27:19+00:00Pedro José de Oliveira Machadopjomachado@gmail.comLuciano Alves Soares Caramezluciano_ufjfgeografia@outlookm.com<p>Na segunda metade do século XIX, Juiz de Fora viveu momentos extremos de seu desenvolvimento econômico, com reflexos diretos no seu processo de urbanização. O tímido município, criado em 1850 se tornou, em 1900, o mais rico, desenvolvido e populoso do estado de Minas Gerais. Da condição de lugar no ‘meio de caminho’ das várias estradas que cortavam a região, que caracterizou seus primeiros anos de emancipação, passou à condição de sede de uma consistente diversidade econômica, lastreada pela cafeicultura, praticada na sua extensa área rural, e pela indústria têxtil, sediada no meio urbano. A condição de centralidade econômica regional alcançada nesse período provocou intenso crescimento demográfico, incluindo um importante fluxo migratório. Tudo isso implicou na construção de um processo de urbanização que foi sendo moldado e alterado rápida e continuamente, construindo, desconstruindo e reconstruindo diferentes paisagens. Esse artigo apresenta, destaca e discute exatamente esse processo de ordenamento territorial de Juiz de Fora, analisando-o através das diferentes formas urbanas presentes nos primeiros 50 anos de existência do município.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/48786ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ESCOLAS NA CIDADE DE ALFENAS-MG2025-05-15T17:39:49+00:00Guilherme Albuquerque de Oliveira Souzaguilherme.albuquerque@sou.unifal-mg.edu.brLuan Pedro do Nascimento Ribeiroluan.ribeiro@sou.unifal-mg.edu.brSandra de Castro de Azevedo sandra.azevedo@unifal-mg.edu.br<p>O movimento das reformas empresariais da educação, associado à reestruturação capitalista e à globalização neoliberal, tem influenciado em escala local, contribuindo para o aumento da atuação das escolas particulares e consequentemente das matrículas das escolas particulares em detrimento das escolas municipais e estaduais. A educação enquanto um direito social é ameaçada pelo fortalecimento das redes particulares de ensino. Este artigo analisa a distribuição espacial das escolas e o avanço da mercantilização da educação na cidade de Alfenas-MG, partindo do entendimento de que a cidade em questão tem uma forte presença de escolas particulares. Todas as discussões foram pautadas no Materialismo Histórico-Dialético com a intencionalidade de entender as contradições presentes na mercantilização da educação no devir do sistema capitalista. A pesquisa demonstrou que esse movimento vem modificando a realidade inserida na cidade de Alfenas, permitindo que a iniciativa privada deturpe a conquista do direito à educação pública, gratuita e de qualidade.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/48226A INCOMENSURABILIDADE DAS FORMAS DE HABITAR A TERRA E COMPOR O TERRITÓRIO2025-04-07T15:36:44+00:00Thiago Wentzel de Melo Vieirawentzelgeo@gmail.com<p>O objetivo do presente trabalho é analisar a construção do território dos <em>Krenak, bem como</em> apresentar as recentes contribuições teóricas da geografia que concatenadas em uma abordagem relacional e mais que humanas, revelam-se uma potente e inovador arcabouço teórico-conceitual para tratar da relação cultura-natureza. Para tanto, lançarei mão dos dados obtidos por meio de pesquisa documental e de campo. No que toca a arquitetura teórico-conceitual que subjaz a esta pesquisa ela está concatenada na abordagem da Ontologia Relacional e na Geografia Mais que Humana, que focalizam a superação do excepcionalismo humano. Com relação a dimensão do território, nosso entendimento é de que essa compreende uma importante chave analítica para se pensar as lutas atuais dos Krenak. Buscarei apresentar as diversas interações mantidas entre os Krenak e os não humanos que dão o tônus ontológico-territorial.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/44542ADAPTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA PARA AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE RIPÁRIAS DA MATA ATLÂNTICA 2024-09-03T18:48:59+00:00Ricardo Tayarol Marquesricardo.tayarol@ifsudestemg.edu.brLuis Antônio Coimbra Borgesluis.borges@ufla.brVanessa Cabral Costa de Barrosvanessacabralcb@gmail.comAna Carolina Maioli Campos Barbosaanabarbosa@ufla.brEliandra Pereira Silvaeliandrapsilva@gmail.com<p>A cobertura vegetal nativa remanescente da Mata Atlântica encontra-se reduzida e muito fragmentada, neste cenário, as regiões ripárias, que são legalmente protegidas, possuem importante papel na proteção dos recursos hídricos e para a manutenção da biodiversidade. Objetivou-se com este trabalho adaptar um Protocolo de Avaliação Rápida (PAR) utilizando avaliações qualitativas, para captar o gradiente da qualidade ambiental dos espaços geográficos classificados como Áreas de Preservação Permanente (APP) ripárias, situadas no ambiente da Mata Atlântica. Os indicadores ambientais e parâmetros de avaliação foram desenvolvidos, por meio de pesquisa e revisão da legislação e trabalhos técnicos/científicos sobre a metodologia proposta e as regiões ripárias, seguindo a metodologia dos protocolos da <em>US Environmental Protection Agency</em> (EPA). O protocolo desenvolvido foi testado por discentes de graduação da Universidade Federal de Lavras, em APP ripárias da Mata Atlântica, os discentes foram divididos em dois grupos, sendo um com treinamento e outro sem treinamento prévio de utilização do protocolo. Nos testes de campo o PAR mostrou a capacidade de avaliar a qualidade ambiental das APP ripárias atendendo os objetivos propostos, sendo de fácil utilização por avaliadores com formação na área ambiental, não existindo diferença significativa quanto a realização de treinamento dos avaliadores na metodologia proposta. A utilização da metodologia proposta é de grande importância para a avaliação ambiental das APP ripárias, servindo de base para implementação de programas de recuperação de áreas degradadas e restauração florestal deste ambiente. Devido sua simplicidade, rapidez é uma ótima ferramenta de apoio na gestão ambiental.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/47370EVOLUÇÃO DA PAISAGEM LITORÂNEA E INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS:2025-08-15T17:48:58+00:00jose lucas marques albuquerquelucasmarques.lm922@gmail.comCristiano Da Silva Rocha cris1989srocha@gmail.comGustavo Amorim Studart Gurgel gustavogurgel2012@gmail.comFábio Perdigão Vasconcelosfabio.perdigao@uece.br<p>Ao longo dos últimos 40 anos, a Praia de Icaraí sofreu com intensos processos erosivos e isso afetou gravemente qualidade ambiental desse trecho do litoral. Diversas intervenções costeiras foram implementadas a exemplo da estrutura <em>bagwall</em>, e estruturas rígidas na frente de propriedades, contudo, não foram suficientes diante dos intensos processos. Nesse sentido foram implantados três espigões, visando atingir a recuperação e estabilidade do litoral da praia do Icaraí. O objetivo dessa pesquisa foi coletar a percepção socioambiental dos turistas, residentes, barraqueiros e comerciantes acerca do projeto de recuperação do litoral, a fim de subsidiar as políticas de gestão costeira nessa praia. A pesquisa foi desenvolvida por meio do levantamento bibliográfico, registros fotográficos e coleta de dados in loco para aplicação de questionários com os colaboradores. A pesquisa revelou o nível de satisfação socioambiental em relação à execução do projeto e seus reflexos espaciais e econômicos, além dos principais problemas que ainda se fazem presentes nessa praia, servindo como subsídios a gestão municipal para o gerenciamento integrado entre ambiente e meio.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJFhttps://periodicos.ufjf.br/index.php/geografia/article/view/46994ENSINO DE (GEO)CIÊNCIA COM CARGA EPISTEMOLÓGICA2025-01-13T18:50:45+00:00Dante Reis Jrdantereis@unb.brRenato Bastos Rodriguesrenatobastos_@hotmail.com<p>Parte importante da alfabetização científica de estudantes e futuros professores passa pelo aclaramento de que a ciência é uma atividade que, mesmo prevendo o compromisso com protocolos lógicos, não deixa de incorporar também situações de conflito entre pares. Sustentamos neste artigo a ideia de que tratar do tema “disputa” no ensino de ciências é uma forma de prevenir imagens distorcidas sobre como os cientistas negociam o valor das explicações: o fato de eles poderem, circunstancialmente, discordar entre si não refuta a tese de que a ciência possui uma lógica funcional estável; apenas retrata a presença de fatores psicossociais na produção de conhecimento. Como caso ilustrativo, apresentamos o tema das mudanças climáticas – alvo de dissenso envolvendo pesquisadores e grande público. Propomos um modo de aborda-lo a partir de ferramentas conceituais (“controvérsia” e “desacordo”) e demonstramos que esse tipo de expediente tem o valor de conferir conteúdo epistemológico ao ensino de ciências da terra, como é o caso da geografia física.</p>2025-08-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista de Geografia - PPGEO - UFJF