Faces de Clio
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<div style="text-align: justify;">A Revista Faces de Clio é coordenada por discentes do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (BRASIL). Desde 2015, tem trabalhado na divulgação dos resultados das pesquisas de doutores e estudantes de mestrado e doutorado em História e áreas afins em âmbito nacional e internacional, sendo avaliados artigos escritos em português, inglês e espanhol.</div>Editora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).pt-BRFaces de Clio2359-4489Editorial
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Nilciana Alves MartinsDalila Varela Singulane
Copyright (c) 2024 Nilciana Alves Martins; Dalila Varela Singulane
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2024-07-312024-07-3110191110.34019/2359-4489.2024.v10.45396Charlotte Salomon: Retratos da Guerra
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<p><span style="font-weight: 400;">O artigo busca, através de uma breve revisão bibliográfica, experimentar a obra da artista judia alemã Charlotte Salomon, morta em Auschwitz, pouco depois de entregar seu trabalho à uma amiga da família. É importante salientar que Charlotte concebe sua obra a partir de retratos sobre acontecimentos vivenciados por ela e por pessoas próximas, passando pelos momentos de refúgio dos nazistas. A trajetória da artista, repleta de situações trágicas, é representada em guache a partir de uma série de pinturas compiladas em um livro intitulado: Vida? ou Teatro? A singularidade da expressão artística, cunhada através de pinturas que se entrelaçam com várias formas de artes, tais como literatura e música, destaca a artista em meio ao caos vivenciado durante a Segunda Guerra Mundial. </span></p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Holocausto. Salomon. Arte. </span></p>Yvonne Archanjo Massucate Barbosa
Copyright (c) 2024 Yvonne Archanjo Massucate Barbosa
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2024-07-312024-07-31101919220510.34019/2359-4489.2024.v10.41233Análise de conteúdo sobre dois discursos-chave do Bolsonarismo
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<p>Completando o primeiro mandato, há ampla disponibilidade de materiais discursivos sobre o Bolsonarismo. Entre as diversas opções disponíveis, privilegiou-se, neste trabalho, dois deles: o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, de 2019, e o discurso de 07 de setembro de 2021, por suas respectivas importâncias. Por meio de análise de conteúdo, a intenção deste trabalho é apreender as principais características que aparecem nesses materiais, tentando compreender, na prática, como o Bolsonarismo enxerga a si próprio, contribuindo para o estado da arte do número crescente de estudos sobre o movimento. Na prática, percebe-se reconstruções discursivas e uma espécie de antropofagia de movimentos anteriores, como o Fascismo e o Integralismo, ainda que com suas idiossincrasias<em>.</em></p>Sergio Schargel
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2024-07-312024-07-31101920523510.34019/2359-4489.2024.v10.41793Por uma nova sociedade
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Cínthia Simões de SouzaMírian Cristina de Moura Garrido
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2024-07-312024-07-311019Alisamento compulsório do cabelo crespo
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<p><em>O presente artigo se dedica </em><em>à compreensão do alisamento compulsório de cabelos crespos em pessoas negras e os impactos do racismo na subjetividade negra no Brasil. Entendemos o alisamento compulsório como estratégia do racismo para controlar e inferiorizar corporeidades afrodiaspóricas. Assim, buscamos analisar os múltiplos efeitos desse processo de embranquecimento na autoestima. Trata-se de um estudo no campo das relações étnico-raciais entrelaçando saberes da Psicologia, História, Sociologia, Antropologia e Filosofia. </em>A metodologia utilizada neste artigo envolveu os seguintes procedimentos: 1) <em>pesquisa de observação participante realizada em marchas de empoderamento e orgulho crespo em nove capitais entre os anos de 2013 a 2019; e 2) </em>minhas próprias escrevivências com meus cabelos crespos. Por fim, apresentamos a importância dos movimentos sociais de valorização da estética dos cabelos crespos como resistência ao racismo.</p>Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro
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2024-07-312024-07-311019220A Noção de Racismo Toroidal
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<p>A questão do Racismo como fenômeno central para compreensão da estruturação do estado brasileiro é um tema amplamente debatido por uma série de autores. Destacamos as contribuições de Silvio Almeida e Muniz Sodré, dadas as ideias de Racismo Estrutural e de formatação Sistêmica da realidade pelo Racismo. Por mais que ambos atestem a centralidade do colonialismo, ambos pecam quanto a dimensão do racismo para com o sujeito. Proponho através de uma alegoria da física elétrica, uma compreensão que não só descreva a forma como o racismo está entranhando no processo de formação e manutenção do estado, como também apreenda as implicações para o sujeito negro. Busco descrever uma noção sistematize o racismo como estrutura de edificação da realidade e do sujeito, mas não se apresente de forma totalizante, contrapondo os conceitos de Racismo Estrutural e Sistêmico com uma visão Toroidal do fenômeno.</p>Guilbert Kallyan Da Silva Araújo
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2024-07-312024-07-3110192135Exú nas escolas
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<p><em>Este artigo destaca a importância da consciência histórica e da educação antirracista na formação de professores e critica o ensino de História eurocentrado. Objetiva-se evidenciar a permanência da mentalidade colonizada através do negacionismo aplicado às relações étnico-raciais nos ambientes formais de ensino. A metodologia buscou evidenciar carências de orientação dos sujeitos respondentes quanto à falta de empatia histórica e alteridade, por meio do uso de questionário estruturado, orientado por uma leitura qualitativa das fontes. Concluiu-se que a história ensinada tem papel fundamente na educação antirracista e contra-hegemônica em função da reconfiguração do lugar da branquitude na ética da responsabilidade. </em></p>João Eudes Alexandre Sousa Júnior
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2024-07-312024-07-311019Relações étnico-raciais e produções de estereótipos e subjetividades racistas
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<p><em>Este artigo buscou analisar as relações raciais no Brasil na perspectiva das produções de subjetividades racistas, isto é, identificando como o racismo é introjetado em nosso cotidiano. O objetivo foi realizar uma análise sobre como o imaginário em relação à população negra reforça a prática do racismo os impactos sociais dessas construções. Nossa base metodológica foi a pesquisa bibliográfica, nos apoiando em autorias que dialogam sobre as relações étnico-raciais e racismo, hierarquias raciais, produções de subjetividades racistas e reprodução de estereótipos. Ao mesmo tempo, abordamos as possibilidades de mobilização de pessoas negras no combate ao racismo, oferecendo como exemplo uma das entidades do Movimento Negro brasileiro, o Teatro Experimental do Negro (TEN). </em></p>Beatriz GomesHeloisa Raimunda Herneck
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2024-07-312024-07-311019658010.34019/2359-4489.2024.v10.41878Cais do Valongo e Ensino de História
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<p><em>Este artigo propõe uma reflexão sobre a importância e a necessidade de uma ocupação do território do Cais do Valongo na cidade do Rio de Janeiro a partir de uma interface do ensino de história e da história local com os conceitos de assentamento, terreiro e encruzilhada. A base teórico-metodológica desta pesquisa alicerça-se nas perspectivas macumbísticas de Luiz Rufino em diálogo com os debates do campo da história local. Ao longo do texto, são abordados os conceitos de lugar de memória, de produção de presença e de sensibilidade histórica. Ao final, apresenta-se um relato de experiência docente com o fito de reafirmar o argumento central deste artigo que é a ocupação do Cais do Valongo com uma prática docente que articule ensino de história e história local.</em></p>Pedro Henrique Nascimento de Oliveira
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2024-07-312024-07-311019Proibições, censuras e impedimentos a culturas de matriz africana
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<p>Esse texto discute as proibições e censuras acometidas às práticas culturais de matriz africana. Inicialmente, apresentamos, em uma perspectiva histórica, as apreensões de objetos sagrados realizadas em batidas policiais em terreiros de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro (1890-1945), e sob a mesma perspectiva, tratamos da proibição do Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Alto da Cruz de Ouro Preto/MG, no início do século XX, o que provocou décadas de inatividade da festividade. Este Reinado é retomado em 2009 e elevado à Patrimônio Imaterial em 2019, ações realizadas pela própria comunidade congadeira; comunidade que foi acompanhada em trabalho de campo realizado entre 2017-2019. Consideramos, a partir do entrecruzamento histórico, que é na articulação de seus agentes que suas práticas culturais são afirmadas e retomadas.</p>Amanda dos SantosSoraia Chung Saura
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2024-07-312024-07-31101910.34019/2359-4489.2024.v10.42330Notas sobre mulherismo africana e mulherismo islâmico senegalês
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<p><em>Este texto é um exercício reflexivo acerca de chaves interpretativas e possibilidades de análises sociais não eurocentradas.</em> O artigo resgata alguns elementos do processo de pesquisa de campo da autora, onde após algum tempo e amadurecimento de ideias, chegou até o Mulherismo Africana, pensado por Clenora Hudson-Weems, que vem como uma contraproposta ao feminismo desenvolvido por mulheres brancas ocidentais.<em> O texto apresenta o olhar sobre feminismos e gênero pela ótica de autoras que buscam se deslocar do pensamento ocidental tradicional. Com ênfase no chamado Mulherismo Islâmico Senegalês, trazido por </em>Rizwana Habib Latha, será possível compreender estratégias de mulheres senegalesas para seu protagonismo, dentro da sociedade e do Islamismo sufista, que mais do que uma religião, parece ser uma força que opera em todas as camadas do país.</p>Evelize Moreira
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2024-07-312024-07-311019125140Afrofuturismo e os elementos para pensar uma educação decolonial
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<p>O presente objetiva relacionar o movimento cultural Afrofuturista com a construção de uma educação decolonial, bem como contribuir para a discussão da educação para as relações étnico-raciais a partir do marco legal que torna obrigatório o ensino de História e Cultura afro-brasileira e indígena na Educação Básica (Leis nº 10.639/03 e 11.645/08).Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com revisão integrativa de literatura com a finalidade de reunir os estudos (teses e dissertações) que discorrem sobre o tema do Afrofuturismo, tentando compreender e responder quais aspectos e dimensões do movimento Afrofuturista vêm sendo discutidos e tratados nestes estudos e, consequentemente, relacionar o resultado destas abordagens do Afrofuturismo com elementos que dialogam com a perspectiva da decolonialidade e de uma educação decolonial.</p>Carlos Henrique Garcia de SouzaHelena do Socorro Campos da Rocha
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2024-07-312024-07-31101914116410.34019/2359-4489.2024.v10.41943História e debates contemporâneos sobre as cotas raciais no serviço público brasileiro: entre a efetividade e o controle
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<p>O objetivo do artigo é apresentar a origem das Ações Afirmativas na modalidade de cotas raciais nos serviços públicos federal e estaduais, e a forma com que estão ocorrendo suas efetivações e seus controles no País e nos estados brasileiros para que a política cumpra a sua finalidade de inclusão e de combate ao racismo antinegro e à discriminação racial. A perspectiva teórica deste artigo aponta para a renovação da história política (RÉMOND, 2003), visto que serão desenvolvidos os estudos a partir da interpretação dos movimentos sociais e da análise de conteúdo das legislações, dialogando com diferentes disciplinas por meio de uma abordagem interdisciplinar motivada por estatísticas, dados demográficos e regularidades dos conteúdos das legislações analisadas. O estudo conclui que, para a efetivação das cotas no emprego público, são necessárias as regras de sistematização para o cumprimento da Lei e o fortalecimento das comissões de heteroidentificação de modo a garantir a finalidade das cotas ao público destinado.</p>Arilson dos Santos Gomes
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2024-07-312024-07-31101916519110.34019/2359-4489.2024.v10.41947