https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/issue/feed Faces de Clio 2024-01-26T03:51:28+00:00 Dalila Varela Singulane e Nilciana Alves Martins facesdeclioufjf@gmail.com Open Journal Systems <div style="text-align: justify;">A Revista Faces de Clio é coordenada por discentes do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (BRASIL). Desde 2015, tem trabalhado na divulgação dos resultados das pesquisas de doutores e estudantes de mestrado e doutorado em História e áreas afins em âmbito nacional e internacional, sendo avaliados artigos escritos em português, inglês e espanhol.</div> https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/43181 Editorial 2023-12-22T23:58:12+00:00 Dalila Varela Singulane dalilavarela.s@gmail.com Nilciana Alves Martins nilcianaalves@gmail.com <p>-</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Dalila Varela Singulane, Nilciana Alves Martins https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/41907 O trabalho artesanal do historiador e o produto histórico 2023-08-30T18:11:32+00:00 Daniel Ferreira da SILVA danielfsilva22@gmail.com <p><em>Este trabalho faz uma provocação para refletimos sobre o papel do historiador na web como produtor de conteúdo. A metáfora do oleiro nos permite compreender, de forma pontual e metódica, todos os estágios da prática dos historiadores para a produção de produtos de história no digital. Nesse sentido, queremos expressar um ponto de vista diferenciado sobre o que produzimos, também incentivar discussões sobre o público e a audiência nas redes sociais e a utilização da história por não profissionais da área. Dessa forma, é importante salientar que todo o trabalho pode ser revisitado, como sugere a metáfora "quebrado e refeito", sem a necessidade de muitos influenciadores, ou seja, produzir por likes.</em></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Daniel Ferreira da SILVA https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/41339 Decolonialidades e Epistemologia 2023-11-15T17:12:06+00:00 Gabriella Mendes gabiufrj1@gmail.com <p><em>O aparecimento de um novo espaço de fala advém a ser admissível ao grau em que a própria alocução colonial é posta em xeque, advindo a ser o centro da análise. Com isto, o giro decolonial se mostra, de fato, um movimento teórico, ético e político, a partir do momento em que discute os anseios da objetividade do conhecimento científico em saúde. Para tanto, pesquisadores e ativistas procuram por ações e meios de pensar que sejam intrínsecos às suas próprias culturas e que as avultem diante de uma ordem que, ao globalizar, acaba por emudecer àqueles que são enxergados como inclusos dentro de uma cultura “inferior” seja ela ideológica, econômica ou epistêmica. Tendo-se um olhar para educação em ciências e saúde, tem-se aqui a oportunidade de trazer à luz um debate sobre as diferentes maneiras de colonialidade (do ser, do saber e do poder) que ainda prosseguem dentro da sociedade contemporânea. A literatura ressalta a questão da contemporaneidade como um tipo de invenção do procedimento colonial e o quanto os valores cercados por este paradigma intervêm na maneira de enxergar e atuar no mundo, notadamente no campo da ciência e saúde. Portanto, este presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão da literatura acerca da influência das pedagogias decoloniais no campo da educação em ciências e saúde. Para tanto, esta revisão buscou avaliar de maneira crítica e resumir as questões relevantes disponíveis sobre o assunto investigado. Concluiu-se que a literatura, em grande parte, discute o universalismo etnocêntrico, o eurocentrismo teórico, o nacionalismo metodológico, o positivismo epistemológico e o neoliberalismo científico que se fazem presentes na base das ciências sociais. Com isto, torna-se cogente maiores questionamentos e pensamentos alternativos para a decolonização na ciência e na saúde, sobretudo dentro do campo do ensino.</em></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Gabriella Mendes https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/38839 Aragwaksã 2022-11-10T18:13:06+00:00 Ramon Rafaello Castro de Souza ramonrafaello@gmail.com <p><em>Através de pesquisa bibliográfica e etnográfica, e tendo como fundamento conceitual a teoria do reconhecimento do autor Axel Honneth, pretende-se através do artigo, contribuir para compreensão das ações coletivas do povo Pataxó em favor da reconquista do seu território tradicional, a partir da promulgação da constituição federal de 1988; contexto em que buscando a aplicação das garantias constitucionais, os Pataxó formam uma comunidade política para reivindicar a ampliação da Terra Indígena de Barra Velha (em Porto Seguro-BA), que se encontra em situação de sobreposição com o Parque Nacional e histórico do Monte Pascoal e outras propriedades da região.</em></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Ramon Rafaello Castro de Souza https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/41461 “Avante filhos da fé! Como a nossa lei não há” 2023-09-13T18:58:59+00:00 Nathaly de Souza Silva nathalysilva8@gmail.com <p>Este artigo, parte de uma pesquisa desenvolvida na dissertação de mestrado, propõe-se a evidenciar a importância de ouvir e reforçar as memórias dos terreiros afro-religiosos de Umbanda a partir de suas histórias e resistências dentro da cidade de Muriaé, Minas Gerais, tendo em vista tais manifestações religiosas como um dos pilares que envolvem as resistências afro-diaspóricas no Brasil, vítimas do racismo religioso.</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Nathaly de Souza Silva https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/42021 O corpo da mulher negra na produção de Nice Avanza 2023-10-20T18:29:56+00:00 Aline da Conceição Pereira alinedaconceicao01@gmail.com <p>O presente artigo apresenta uma discussão sobre a presença do corpo da mulher negra na arte e o espaço que a ela foi negado. Partindo da atuação da artista capixaba Nice Avanza, esta pesquisa analisa como a mulher negra aparece representada em suas pinturas. Por meio de revisão bibliográfica, propõe-se contextualizar a inserção de uma artista negra no circuito da arte contemporânea capixaba e o seu modo de retratar esses corpos. Os resultados revelam que a artista contribuiu para dar voz às mulheres negras em razão da sua circulação no meio artístico e do ponto de vista com que as representa em suas produções.</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Aline da Conceição Pereira https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/41801 O Associativismo Negro no Vale do Paraíba - A História do Clube Palmares de Volta Redonda 2023-11-01T13:53:52+00:00 Jéssica Lopes de Assis jlops13@outlook.com <p><span class="TextRun SCXW74166852 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW74166852 BCX8">O presente artigo tem como principal objetivo, desenvolver o processo de formação do Clube Palmares, em 1965, ou seja, dentro do contexto da ditadura civil-militar recém instaurada no país. O ponto de partida desta análise, além de expor a invisibilidade do clube por meio do mito da democracia racial, é compreender como um espaço formado por e para pessoas negras conseguiu se manter na cidade de Volta Redonda que, durante este período, foi considerada Área de Segurança Nacional.&nbsp;</span></span><span class="EOP SCXW74166852 BCX8" data-ccp-props="{&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559739&quot;:160,&quot;335559740&quot;:259}">&nbsp;</span></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Jéssica Lopes de Assis https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/41961 O cativeiro no alto da serra 2023-10-05T00:54:51+00:00 João Victor Pires jvrpires@gmail.com <p><em>O presente artigo se utiliza das páginas de um dos primeiros jornais de Petrópolis, </em><em>O Parahyba</em><em>, para repensar a visão que se tem da escravidão nesta cidade durante o século XIX, período em que a região representou a sede de verão da corte imperial. A partir de uma análise das propagandas e notícias do periódico publicadas entre 1857 e 1859, imediatamente após a elevação de Petrópolis à categoria de município, descortina-se algumas características da escravidão na região, analisando estatisticamente o peso que o cativeiro teve no cálculo geral dos anúncios, o perfil dos escravizados anunciados e as dinâmicas relacionadas às fugas, identificando também nos discursos dos redatores e anunciantes aspectos que visam desqualificar a população negra. O exame quantitativo e qualitativo dessas fontes indica a reprodução em Petrópolis de alguns dos principais traços da escravidão brasileira oitocentista.</em></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 João Victor Pires https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/42045 Necropolítica e a estigmatização do corpo negro masculino no sistema prisional brasileiro 2023-11-30T19:44:50+00:00 Romão Emanuel de Souza Vargas romaoemanuel@hotmail.com José Humberto Rodrigues dos Anjos josehumberto2@ufg.br <p>O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo que busca, a partir da produção de desigualdade racial na segurança pública, observar como a necropolítica e a estigmatização podem ser colocadas como um fator determinante para a aplicação racista e discriminatória do sistema prisional brasileiro. Com base nas políticas repressivas correntes, demonstra-se como o policiamento ostensivo tem sido utilizado cotidiano e majoritariamente contra as pessoas negras, para consumar o racismo institucional. Foi possível perceber, através dos dados estatísticos que no sistema prisional, a população negra se configura como parcela social mais discriminada e que existe uma orientação racial que perpetua até os dias atuais para a concretização da desigualdade racial. As operações policiais cada vez mais truculentas evidenciam o despreparo da segurança pública e lançam luz sobre uma questão que ainda urge na sociedade moderna: o racismo estrutural e institucional como ponto de partida para o morticídio negro.</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Romão Emanuel de Souza Vargas, José Humberto Rodrigues dos Anjos https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/42074 Estigmatização como estratégia 2023-11-14T17:22:16+00:00 Henrique Mareth Trombetta htrombetta8@gmail.com <p><em>Este artigo propõe analisar um processo criminal do ano de 1923 na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A análise é baseada nos modelos generativos propostos pelo antropólogo Fredrik Barth, e tem como tema central a racialização que emerge no processo de forma estigmatizante. Por meio da análise foi possível perceber que no pós-abolição o ato de estigmatizar por meio da racialização emerge como um recurso disponível para a maximização de interesses em uma situação de disputa. </em></p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Henrique Mareth Trombetta https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/42098 Mulheres negras gaúchas: a afirmação da identidade como mecanismo de combate ao racismo 2023-09-25T16:48:52+00:00 Jacilene Aguiar Silva jacyaguiars2@gmail.com <p><strong>Resumo: </strong>Este trabalho tem como objetivo principal analisar as experiências narradas por quatro mulheres negras, residentes na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul e o processo de afirmação da identidade negra. O período de investigação abrange as últimas duas décadas do século XX até o presente, conforme acionados nas memórias das entrevistadas. Utilizamos a História Oral, como ferramenta teórico-metodológico para realização de entrevistas e produção de fontes orais. Além dos referenciais teóricos do campo da História das Mulheres e da Pós-Abolição. As narrativas evidenciam a construção da identidade negra a partir das experiências de racismo enfrentadas por elas ao longo de suas vidas. Ao mesmo tempo, a afirmação de identidade negra é assumida como mecanismo de existência e resistência &nbsp;onde mulheres negras reagem ao racismo por meio de um corpo político.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Identidade negra, resistência, interseccionalidade.</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Jacilene Aguiar Silva https://periodicos.ufjf.br/index.php/facesdeclio/article/view/42102 A trajetória de “Maria Cabeça” 2023-10-20T01:29:49+00:00 Douglas Reisdorfer dglsreisdorfer@gmail.com <p>Este trabalho debruça-se sobre a trajetória da escravizada Maria Cabeça, que nasceu em Santo Antônio da Patrulha e, depois, envolveu-se em diversos crimes na Cidade de Rio Grande. Parte-se de sua história para abordar algumas questões que atravessaram a vida dela e as vidas de muitos escravizados, como as violências da escravidão, o gênero e a crescente introdução da Justiça nas relações sociais da escravidão na segunda metade do século XIX. Para fazê-lo, utilizam-se cinco processos-crime, nos quais Maria foi ré e testemunha, bem como registros de batismo.</p> 2024-01-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Douglas Reisdorfer