Revista Ética e Filosofia Política https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia <p>Revista do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora. A revista Ética e Filosofia Política começou como “PHI-BRA”, no ano de 1985. A partir do 2º semestre de 1988, passou a ser intitulada “Comunicações Filosóficas” e, a partir do 2º semestre de 1996, “Ética e Filosofia Política”, recebendo artigos, ensaios, resenhas, comunicações e relatórios de pesquisa de caráter interdisciplinar, mais precisamente, filosófico e jurídico, com interfaces na epistemologia das ciências humanas e sociais aplicadas. As edições estão em estrita conexão com as áreas de concentração dos programas de pós-graduação em Filosofia, em Ciência da Religião e em Direito da UFJF.</p> <p>ISSN Impresso 1414-3917<br />ISSN Eletrônico 2448-2137</p> UFJF pt-BR Revista Ética e Filosofia Política 1414-3917 Dossiê das revistas do XIV Colóquio Antero de Quental https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43902 <p>O trabalho sistemático de investigação das filosofias brasileira e portuguesa realizado pelos pesquisadores nos Colóquios Antero de Quental, possui uma tradição de trinta anos com toda produção devidamente registrada em atas publicadas por diferentes universidades e entidades de pesquisa.</p> José Maurício de Carvalho Humberto Schubert Coelho Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 1 3 A presença de Kant no pensamento de Antônio Paim https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43903 <p>Embora de modo sintético, na presente comunicação pretendo, num primeiro momento entender melhor o ponto de cisão e emancipação de um universo ideológico de que António Paim, previamente, participou e ao qual até ao fim da vida não deixou de estar intelectualmente atento: a herança de Marx e do marxismo que, não obstante a inconsistência que lhe aponta considera ter marcado o pensamento e a intelectualidade do seu tempo.</p> José Esteves Pereira Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 4 20 Paulo Freire: a construção da liberdade e da subjetividade https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43904 <p><strong>RESUMO: </strong>O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão acerca da construção da liberdade e da subjetividade no pensamento de Paulo Freire. Com isto pretendemos criar uma discussão acerca da contribuição deste pensador no que se refere à educação. Paulo Freire considera ser de fundamental importância discutir o papel educacional no processo de criação da liberdade e da subjetividade junto às pessoas. Da mesma forma, propõe que o indivíduo seja o sujeito responsável por criar as diretrizes que possam determinar a elaboração de sua história, através da emancipação de tudo aquilo que possa representar estigmatização ou alienação em sua vivência pessoal e coletiva. O pensamento de Paulo Freire aponta que esta libertação e criação da subjetividade passa, necessariamente, pelo processo de conscientização numa relação entre o sujeito e a sociedade. Aponta, igualmente, que a conscientização tem como base uma educação pautada no senso crítico e no questionamento.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Liberdade; Subjetividade; Conscientização; Educação.&nbsp;&nbsp;</p> Adelmo José da SILVA Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 21 35 Entre António Quadros, Agostinho da Silva e José Marinho: a filosofia portuguesa e a tradição joaquimita https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43905 <p><strong>RESUMO</strong>: Partindo da reflexão de António Quadros sobre a relação entre Filosofia, Língua, História e Cultura, que o leva a afirmar uma “Filosofia da Cultura de Língua Portuguesa”, procuraremos estabelecer um diálogo com Agostinho da Silva e José Marinho a respeito, em particular, da presença do pensamento de Joaquim de Flora na nossa tradição filosófico-cultural.</p> <p><strong>Palavras-Chave</strong>: António Quadros, Joaquim de Flora, Agostinho da Silva, José Marinho.</p> Renato Epifânio Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 36 44 António Quadros, intérprete da cultura brasileira https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43906 <p><strong>RESUMO</strong>: Falando de António Quadros, iremos aqui considerar um aspecto da sua inovadora hermenêutica cultural até agora pouco atendido, o consubstanciado nos seus estudos sobre a feição própria que tem apresentado a forte presença do Sebastianismo no Brasil e os ecos que tem encontrado na sua literatura, sobre o significado mais profundo do barroco mineiro e, em geral, do barroco brasileiro e sobre o “epos” e o “mythos” na literatura brasileira moderna, em especial no romance.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: António Quadros, Cultura, Sebastianismo, Barroco.</p> António Braz Teixeira Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 45 58 Vilém Flusser e a pós-modernidade, dilemas e enfrentamento https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43907 <p><strong>RESUMO: </strong>Este é um trabalho sobre o contributo filosófico de Vilém Flusser e ele será desenvolvido a partir de dois eixos. O primeiro resume estudos sobre as causas da crise de cultura que vivemos, o segundo examina a proposta de enfrentamento dessa crise. Em resumo, o primeiro eixo contempla o diagnóstico, as razões da crise e a descrição fenomenológica da sociedade que surgiu com ela. Nesse eixo inicial estão os estudos sobre a pós-história e no segundo o tema é enfrentamento dos dilemas dessa sociedade. A crise de cultura se intensifica com as escolhas que levaram a Auschwicz. Para o filósofo, o surgimento do campo de concentração não foi fruto do acaso, mas a síntese da reificação das pessoas que integrou o processo de objetivação da realidade ocorrida na modernidade. O homem pós-Auschwicz foi denominado por Flusser de funcionário, ou melhor, um tipo humano próximo, pelo comportamento social, do homem-massa de Ortega y Gasset. Ele perdeu as crenças que o guiavam e agora, por suas limitadas capacidades intelectuais e sem perceber como viver, limita-se a fazer um trabalho técnico. A análise de Flusser sobre a sociedade de massas é uma boa atualização do pensamento de Ortega y Gasset, mas a sua proposta de superação dessa sociedade é frágil. Ele sugere a reconstrução da vivência intersubjetiva e da tradição humanista a partir de alguns programadores que burlam os programas vigentes.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>pós-modernidade – cultura – filosofia - &nbsp;massas – funcionário.</p> José Maurício de Carvalho Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 59 69 Flusser: linguagem, arte e techné https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43908 <p><strong>RESUMO: </strong>O presente artigo se debruça sobre o problema comunicacional do homem contemporâneo, segundo a perspectiva filosófica de Vilém Flusser. Por isso, procura apresentar a arte como expressão do fazer humano, que se pretende libertador. Se a técnica promove a alienação do indivíduo ao sistema capitalista e o impede de pensar criticamente, a linguagem da arte o liberta como porta de acesso à intersubjetividade. Portanto, nem o subjetivismo, nem o objetivismo das ciências poderão emancipar o sujeito. A verdadeira libertação está na dialogicidade da filosofia, como impostação do eu. A pesquisa bibliográfica que sustenta o presente trabalho incide, sobretudo, sobre <em>A Pré-história</em>, como abordagem do momento histórico em que vivemos, caracterizado pelo predomínio de aparelhos programados, que transformam o homem em mero funcionário.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Intersubjetividade; Técnica; Flusser; Arte contemporânea; Aparelho.</p> Paulo Roberto Andrade de Almeida Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 70 84 A trilha da e pela subjetividade no pensamento de Dieter Henrich https://periodicos.ufjf.br/index.php/eticaefilosofia/article/view/43909 <p><strong>RESUMO:</strong> O objetivo deste trabalho é fornecer ao leitor uma tentativa de compreensão do caminho trilhado por Dieter Henrich considerando sua posição tanto como um teórico da subjetividade quanto como um excelente intérprete das diferentes figuras da filosofia clássica alemã. Nesse sentido, buscamos demarcar uma trilha através da qual fique transparente que o surgimento dos problemas fundamentais que Henrich aborda e se debruçou durante toda a sua vida não pode ser vista dissociado daqueles mesmos enfrentados por aquela tradição de pensadores, ainda que suas soluções e saídas indiquem um ponto de inflexão em relação aos feitos daqueles. Será demonstrado que a partir do fracasso de Fichte, enfatizado originalmente por Henrich, em encontrar um fundamento para a autoconsciência, este se volta para uma tentativa de busca por um fundamento que não tivesse como pressuposto aquilo que deveria fundamentar, ou seja, a própria autoconsciência. O recurso a Hölderlin, deste modo, aparece em suas produções visando estabilizar as tensões entre o fato de sermos sujeitos dotados de autoconsciência, mas também pessoas no mundo. A proposição, nesse sentido, da necessidade de um pensamento especulativo, ou extrapolador, então, vem a reboque, isto é, de um que satisfaça a necessidade de orientação da vida partindo desta mesma condição de elusividade de um fundamento. A alternativa apresentada por Hegel, na medida em que se apresenta como um contrapojeto em relação à forma conceitual, demonstraremos, se apresenta promissora para Henrich, mas esbarra ainda em suas pretensões, quer dizer, visou aclarar demais uma estrutura por si mesma abscôndita, o que acabou por submeter todo o projeto especulativo ao modo de funcionamento de que ele explicava.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Subjetividade; Autoconsciência; Henrich; Fichte; Hölderlin; Hegel.</p> Luiz Filipe Oliveira Copyright (c) 2024 2024-03-16 2024-03-16 2 26 85 111