https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/issue/feedCSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS2024-09-30T11:04:00+00:00Equipe Editorial CSOnlinerevista.csonline@gmail.comOpen Journal Systems<p>A CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais é um periódico acadêmico que publica pesquisas e debates das três áreas de conhecimento das Ciências Sociais - Antropologia, Ciência Política e Sociologia, bem como textos produzidos em caráter interdisciplinar nas Ciências Humanas. Concebida em 2001, por alunos do curso de graduação em Ciências Sociais da UFJF, hoje é mantida por pós-graduandas/os do PPGCSO/UFJF. A revista recebe trabalhos em fluxo contínuo, de temática livre e seu acervo conta com divulgação da pesquisa no campo das Ciências Sociais desde 2007. Publica-se artigos, resenhas e traduções, inéditos e originais. </p> <p>ISSN 1981-2140</p>https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/46121Pensamento Social no Brasil hoje2024-09-30T00:25:11+00:00Kaio Felipekaiofelipe@gmail.comMateus Lôbomateuslobo@yahoo.com.brAntônio Cecílio Barboni Júniorbarbonijunior@gmail.comEvellyn Caroliny de Jesusevellyncaroliny66@gmail.com<p>Apresentação Dossiê Pensamento Social no Brasil hoje.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/45494Os liberalismos na crise do Estado-Novo:2024-08-19T17:46:57+00:00Helio Cannonehelio.cannone@gmail.com<p>O presente artigo pretende tratar da disputa entre Eugênio Gudin e Roberto Simonsen sobre os rumos do planejamento econômico do Brasil após o fim do Estado Novo e da Segunda Guerra mundial enquanto uma polêmica entre dois tipos de liberalismo. Tendo como suporte teórico as contribuições de Michael Freeden e de José Guilherme Merquior, argumentamos que Eugênio Gudin partia de um liberalismo vinculado a um imaginário político da Primeira República, de matriz economicista, que naturalizava o conceito de mercado e o <em>laissez-faire</em>. Já Roberto Simonsen, seria expressão de um liberalismo de tipo keynesiano que emergiu no Pós-guerra e no qual o Estado é visto como necessário para manter a economia e a sociedade funcionais.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42167SÍLVIO ROMERO, FELTE BEZERRA E O DEBATE SOBRE A MISCIGENAÇÃO NO CONTEXTO DA RECEPÇÃO DA SOCIOLOGIA NO BRASIL2024-07-26T17:41:19+00:00Fábio Silva Souzafasiso72@gmail.comIvan Fontes Barbosaivanfontesbarbosa@gmail.com<p>A agenda da sociologia brasileira na transição dos séculos XIX/XX foi marcada pela percepção de que a miscigenação era um dado empírico relevante para o entendimento desta sociedade. Embora existisse um ambíguo espectro que orbitava em torno de aspectos negativos e/ou positivos, promovidos pela adesão desse debate às teorias evolucionistas e raciais, uma certa tendência do pensamento social brasileiro continuou a explorar os efeitos deste fenômeno para entender tal sociedade. O primeiro esforço para situar esta questão nesta agenda foi dado por Sílvio Romero. Em seus estudos sobre a literatura e a cultura popular inicia uma linhagem que percebia esta questão como fundamental para a compreensão do país. A importância dessa variável utilizada pela sociologia brasileira é muito claramente recepcionada nas pesquisas desenvolvidas por Felte Bezerra. Em seus estudos sobre as etnias sergipanas, e suas interrelações, desenvolve a mesma estrutura de interpretação de Silvio Romero, só que a partir de uma leitura culturalista assentada na ideia da miscigenação e seus efeitos na formação social brasileira. A importância dessa tradição de interpretação é ambígua no contexto do pensamento e sociedades brasileiras. Ela acabou sustentando suposições que endossaram a sugestão de que a miscigenação tenha operado uma fragilização do preconceito racial no Brasil.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42157O fenômeno da massificação e o papel emancipador da educação2024-07-07T21:00:28+00:00Rafael Conceiçãorafareic@gmail.com<p>O presente artigo possui como proposta central analisar as significativas contribuições da teoria pedagógica e pensamento social de Paulo Freire, a partir de conceitos chaves das Ciências Sociais e autores seminais de nosso campo. A partir de uma revisão bibliográfica, a investigação sobre as influências teóricas à obra de Paulo Freire, concentram-se na interpretação de “Educação como prática da liberdade”, a partir dos paradigmas da teoria marxista e da sociologia do conhecimento. Esses diálogos conduzem à percepção do fenômeno da massificação, atribuído às sociedades modernas, que Paulo Freire busca elaborar a partir do papel da educação popular, como instrumento de emancipação social e construção da participação política democrática. A partir da contextualização da obra, em voga, os objetivos traçam-se pelas reflexões que atingem a contemporaneidade da sociedade brasileira, nas perspectivas de questões sociológicas referentes ao “esclarecimento das massas”, dos debates em torno do conceito de “ideologia” e o papel inerente à “educação crítica”. </p> <p>Palavras-chaves: sociedade de massas, educação crítica, emancipação social.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/41953Darcy Ribeiro:2024-06-04T20:22:03+00:00Luiz Otávio Pereira Rodriguesluizr@id.uff.br<p>Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória político-intelectual do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) durante a década de 1960. O objetivo reside em explicitar quais foram os elementos mobilizados por ele, no sentido de construir a sua imagem de homem público. Para isto, o recorte escolhido abrange os anos de 1962-69, e o material analisado foram os textos “A política Indigenista” (1962) e “A Universidade Necessária” (1969). O método utilizado foi a revisão de literatura guiada pelo conceito de aclimatação proposto por Antonio Brasil Jr. (2013). Com isto, foi possível recortar as obras e momentos decisivos neste processo, e como sugerido por André Botelho (2019), evidenciar as singularidades na relação entre Estado e sociedade, a partir da atuação de Darcy Ribeiro. A hipótese deste trabalho é que Darcy Ribeiro utilizou as posições de prestígio e poder que ocupou para construção de uma biografia apologética, e assim justificar as escolhas feitas na sua carreira política e acadêmica. Portanto, a seleção das obras supracitadas, se justifica no fato de terem sido escritas por Darcy Ribeiro enquanto fruto de iniciativas políticas lideradas por ele. Logo, explicitam os pontos chave deste processo. Bem como, elucidam o processo de construção dos argumentos de Darcy Ribeiro a luz das transições profissionais que fez, ao migrar das suas ocupações de etnólogo no Serviço de Proteção ao Índio (SPI), passando pelas iniciativas educacionais em 1955-59, até aos cargos políticos de Ministro da Educação e Cultura e Chefe da Casa Civil em 1962. O artigo concluiu que o processo de criação de uma auto representação idealizada ocorreu por meio da elaboração e acúmulo documental empreendido por Darcy Ribeiro ainda em vida. Para tanto, nos seus textos existem uma retórica de pioneirismo, e comprometimento com o destino do povo brasileiro, às expensas de um suposto custo de abandonar a sua carreira estritamente acadêmica, e não enquanto uma escolha consciente que fez. Portanto, o intuito de Darcy Ribeiro era fortalecer a sua imagem de homem público, pioneiro e multifacetado e politicamente engajado</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42163Conhecer pelas frestas2024-09-17T23:33:35+00:00Dora Girardello Hoffdoraghoff@gmail.com<p>O trabalho faz parte de uma pesquisa de mestrado — ainda em andamento — que tem como objetivo investigar os aspectos sociológicos presentes na obra de Roberto Schwarz. O autor, que atuou principalmente em departamentos de teoria literária, se vincula à crítica dialética, uma tradição atenta à interpretação da relação entre forma literária e processo social. Assim, partimos da premissa de que vários dos mesmos objetos de investigação que eram caros à tradição sociológica paulista dos anos 60 e 70 foram mobilizados por Roberto Schwarz — que, em vez de acessá-los por meio de pesquisa empírica, os percebe como elementos constitutivos da forma literária. Nesse sentido acreditamos que é possível encontrar na obra do autor uma sociologia única, dado que sua investigação a respeito da sociedade brasileira se dá por uma via estética. As publicações de Roberto Schwarz são, em grande medida, ensaísticas. Iremos buscar refletir sobre a maneira como tal forma contribui para o pensamento do autor e para a sociologia presente em sua obra. Se o ensaio foi a forma encontrada pelos antecessores e precursores da sociologia brasileira para pensar o país, no caso da obra de Roberto Schwarz a impressão que temos é a de que o ensaio chega por outro caminho, muito mais próximo do ensaio adorniano do que da tradição já então consolidada do ensaísmo de interpretação do Brasil. Ao privilegiar mais a livre experimentação do pensamento do que a busca pela objetividade, consideramos que a reflexão ensaística de Roberto Schwarz contribui para uma renovação da maneira como encaramos a sociologia no Brasil. </p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/45493O imaginário sociológico e a experiência da modernidade no Brasil2024-08-04T20:05:55+00:00Evellyn Caroliny de Jesusevellyncaroliny66@gmail.comAntônio Cecílio Barboni Júniorbarbonijunior@gmail.comMateus Lôbomateuslobo@yahoo.com.brKaio Felipekaiofelipe@gmail.com<p>Sérgio Tavolaro é professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). Possui graduação em ciências sociais, mestrado em sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em sociologia pela New School for Social Research (Nova York, EUA). Entre 2019 e 2020, foi Visiting Scholar na Stanford University (EUA) com bolsa de Pós-doutorado no Exterior do CNPq. Dentre seus trabalhos estão publicações como: “Existe uma modernidade brasileira? Reflexões em torno de um dilema sociológico brasileiro” (2005); “Quando discursos e oportunidades políticas se encontram: para repensar a sociologia política da cidadania moderna” (2008), “A tese da singularidade brasileira revisitada: desafios teóricos contemporâneos” (2014) e “Interpretações do Brasil e a temporalidade moderna: do sentimento de descompasso à crítica epistemológica” (2021). Suas pesquisas circunscrevem os seguintes temas: pensamento social brasileiro, teoria sociológica, cidadania, sociedade civil, movimentos sociais e sociologia ambiental.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/46132As lutas anti-coloniais na América Latina contemporânea: desafios e potenciais das ciências sociais no século XXI2024-09-30T00:31:49+00:00Victória de Mello Fernandesmellofvictoria@gmail.comLeonardo da Rocha Bezerra de Souzalrb.souza@gmail.comJosé Maycom da Silva Cunhamaycon1cunha@gmail.com<p>Apresentação do Dossiê As lutas anti-coloniais na América Latina contemporânea: desafios e potenciais das ciências sociais no século XXI</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42161Resistindo à barbárie e o fazer sociológico: Teoria do Ator-Rede e Teorias do Sul2023-12-12T10:57:30+00:00Eduarda Paz Trindadeeduardapaztrindade26@gmail.com<p>Davi Kopenawa nos alerta para a queda do céu e Isabelle Stengers para a intrusão de Gaia. Então, como fazer sociologia resistindo à barbárie? O diálogo entre a Teoria do Ator-Rede com as Teorias do Sul é um caminho próspero para construirmos um fazer sociológico que rastreie as conexões sociais em todas as direções possíveis e produza verdades discutíveis, para além da sociologia do social. De tal maneira, o objetivo deste artigo é refletir sobre as aproximações entre Teoria do Ator-Rede e Teorias do Sul e as possibilidades de repensar nosso fazer científico, com base nas obras de Latour (2012), Stengers (2015; 2018), Kopenawa e Albert (2015) e Rosa (2016). Assim, ao agregar as problemáticas das Teorias do Sul às propostas metodológicas da Teoria do Ator-Rede, o caminho da sociologia Euro-Americanas é contornado, já que é na multiplicidade de perspectivas, nos embates e na construção de comprometimento nessa empreitada que surge a possibilidade de produzirmos algo novo.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42172Diálogos entre o pensamento de Ailton Krenak e a Antropologia da Vida2024-03-26T20:22:35+00:00Rafael Conceiçãorafareic@gmail.com<p>Este artigo possui enquanto eixo central relacionar, de forma dialogal, as implicações teóricas da chamada “Antropologia da Vida” e o pensamento ameríndio de Ailton Krenak. A revisão da teoria antropológica contemporânea foi realizada de modo a criar conexões entre os conceitos-chave presentes em “Futuro Ancestral”, como, “cultura sanitarista”, “confluências” e “florestania”. A perspectiva de estender as definições do social a outros domínios, em antinomia ao paradigma moderno de oposição entre natureza e cultura, encontra nas ideias de Krenak as premissas fundamentais para pensar-se um novo mundo e uma outra relação com os seres que o habitam - ideias essas, elementares para as proposições da Antropologia contemporânea. Ao elaborar essas relações, pretende-se, antes, destacar o protagonismo do pensamento de Krenak, embasado na ontologia ameríndia, como forma de se repensar o contratualismo dos modernos, que funda lógicas segregacionista em relação à floresta e seus povos, no que convencionou-se denominar “antropoceno” ou “capitaloceno”.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42106EPISTEMOLOGIAS DO SUL2024-06-24T22:41:43+00:00Karolayne Gonsalveskarolayne.cke@gmail.com<p>O nascimento das ciências sociais, pelo menos o que é ensinado dentro da grade curricular dos cursos e programas da disciplina, tem origem no continente Europeu. No caso da Sociologia, os fundadores da matéria, normalmente são citados três autores: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. Neste ensaio vou tecer brevemente uma crítica sobre o entendimento da “sociologia clássica”, inspirado em autores do Sul e inseridos, em maioria, em um debate pós-colonial, a partir do uso da metodologia da revisão bibliográfica. O objetivo é introduzir autores teóricos, pensando em uma teoria sociológica do Sul e como isso pode contribuir para refletirmos sobre questões de gênero e violência no contexto latinoamericano. Para atingir tal feito, usarei autores que dialogam com a discussão pós-colonial, em conjunto com teóricos do campo de estudos de gênero. Como resultado, o presente trabalho elabora uma amostra dos caminhos teóricos dos estudos de gênero, que constroem uma crítica ao cânone epistemológico da sociologia e dialogam com realidades do Sul Global.</p>2024-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42151Racismo e biopolítica no debate pós-colonial2024-05-09T20:00:55+00:00Hector de Oliveira Vieirahovieira1@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo mostrar que colonialismo (ou simplesmente o capitalismo) e racismo como quase-sinônimos: não existem um sem o outro. Em especial, abordaremos os fenômenos da raça e do racismo a partir do diálogo com os conceitos biopolítico (FOUCAULT, 2005) e necropolítico (MBEMBE, 2018) buscando articular com a perspectiva histórica brasileira. Assim, buscamos compreender o racismo pelo viés biopolítico e necropolítico e assim como demonstrar a importância de dar ao racismo um entendimento histórico-filosófico, indicando-o como ferramenta conceitual imprescindível para uma análise consequente dos processos históricos da modernidade que engendram as formas contemporâneas de exercício do poder e da dominação; e finalmente, construir uma base de diálogo com as ciências sociais, principalmente a filosofia, a sociologia e a história, para contribuir com o exame crítico da realidade brasileira, pós e neocolonial.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/41561Religião e espaço público: 2023-08-02T22:40:47+00:00Edson Lugatti Silva Bissiatiedbissiati@outlook.com<p>O trabalho tem como objetivo analisar alguns desdobramentos teóricos e empíricos referente ao fenômeno da secularização na sociedade moderna e contemporânea, sobretudo, pensando não só os limites da teoria clássica do secularismo, mas principalmente trabalhando perspectivas alternativas acerca da temática, observando-a através das transformações religiosas no mundo ocidental e na América Latina. Primeiramente, são trabalhados autores que apostaram na consumação do que Weber chamou de <em>desencantamento do mundo</em>. Posteriormente, são abordadas as interpretações teóricas e analíticas que enxergam a religião não só como elemento que faz parte da vida social, mas um fenômeno que segue se dinamizando na sociedade, colocando em xeque a narrativa hegemônica sobre o avanço do secular. Para corroborar com argumentos teóricos e analíticos apresentados no trabalho, é apresentado um levantamento quantitativo sobre o número de pessoas religiosas e não religiosas no continente americano e europeu da última década. Nas considerações finais, como resultado preliminar, considero que o elemento religioso segue presente e dinâmico em países do ocidente, especialmente no Brasil, convergindo assim com as narrativas que se afastam da interpretação weberiana de um paulatino <em>desencantamento</em> do mundo.</p>2024-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/42199O "ser jornalista" no Twitter2024-04-03T20:32:02+00:00Ivan Bomfimivanbp@uepg.brLeriany Barbosalerianybarbosa@gmail.com<p>O artigo analisa o perfil do jornalista da área política, Reinaldo Azevedo, no Twitter, durante o período que compreende o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Com base em Lee e Hamilton (2022), busca-se entender como Azevedo constrói opiniões acerca das eleições, através de conteúdos publicados em seu perfil pessoal no Twitter. Metodologicamente, mobiliza-se a análise de enquadramento (ENTMAN, 1993), devido à relevância de níveis cognitivos e/ou discursivos expressados pelo colunista político na rede social em questão. Como resultado, os quadros de sentido mostram o modo que Azevedo vê os candidatos do segundo turno eleitoral de 2022 e o cenário político da época. Por fim, o artigo viabiliza a importância da relação das diferentes formas de atuação dos profissionais por meio da rede social.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/37770Caos informacional como estratégia do governo Bolsonaro de desmonte das políticas socioambientais2022-10-09T16:34:04+00:00Adriano Casemiro Nogueira Campos de Sousaadrianocncs@gmail.com<p>Este texto constitui um ensaio com interpretações acerca da relação entre as estratégias comunicativas e as políticas socioambientais por parte do governo de Jair Bolsonaro. A partir de discussões a respeito da chamada “era da pós-verdade” no contexto de fortalecimento do neoliberalismo-conservador, destaca-se como a atual gestão presidencial se apoia no caos informacional como <em>modus operandi</em> que possibilita a formulação e propagação de narrativas de autodefesa direcionadas principalmente para sua base apoiadora e que confundem o debate público sobre temas contenciosos. No que tange à área socioambiental, observam-se discursos de atores do governo federal baseados em negacionismo climático e na narrativa “antiglobalista” para justificar políticas destrutivas à natureza e às comunidades tradicionais cujas raízes remontam ao antiambientalismo e antiindigenismo do projeto nacional-desenvolvimentista da Ditadura Civil-Militar. Diante disso, a última seção aborda criticamente algumas ideias proferidas em discursos desses agentes e as políticas adotadas para o meio ambiente e os povos tradicionais, em especial os indígenas, tendo como perspectiva normativa a justiça ambiental. Como conclusões preliminares, considera-se o emprego de discursos contraditórios, ora direcionados para a base eleitoral, ora para a comunidade internacional defensora do desenvolvimento sustentável. Simultaneamente, evidencia-se a promoção da política de desmonte das instituições e legislações de proteção da natureza e dos direitos socioambientais, além do estímulo de práticas extrativas predatórias.</p>2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/39495 Estudos sobre relações étnico-raciais no currículo de Antropologia de uma universidade peruana:2023-06-26T12:01:55+00:00Marcos Antonio Batista da Silvamarcos.psico@yahoo.com.br<p>Este artigo apresenta algumas questões que identificamos como centrais no debate sobre raça, racismo, antirracismo acerca das culturas académicas e curriculares na educação superior peruana, em particular, do campo das Ciências Sociais de uma universidade pública na capital peruana, Lima. O referencial teórico-metodológicos dialoga com a teoria de raça e racismo: De la Cadena (2004), Quijano (2005), Luciano (2012). As análises de planos de curso de Antropologia (2009-2018) e de entrevistas (2019- 2022) proporcionaram uma análise crítica de discursos (VAN DIJK, 1999). A análise mostra que o curso de Antropologia, de um lado, por iniciativas pontuais de professores engajados com a educação antirracista um debate com discussões mais aprofundadas sobre relações étnico-raciais, acerca da produção de conhecimento de raça, mestiçagem, racismo, indigenismo, gênero e raça, branquitude. De outro, no currículo do curso de Antropologia, a população afroperuana, que tem sua história invisibilizada na educação superior peruana, assim como a bibliografia produzida por pessoas afroperuanas, africanas. O discurso acadêmico que consta nos planos de ensino de Antropologia no que tangencia a carreira de Antropologia, em geral enfatiza a importância de atender às necessidades das populações indígenas, amazônicas e campesinas.</p>2024-10-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/40545Introdução a duas abordagens da sociologia disposicionalista2024-03-15T15:09:43+00:00Bernardo Fortesdinoviscky@gmail.com<p>No presente artigo, por meio de revisão da literatura, realiza-se um panorama conceitual e teórico de dois autores seminais da sociologia das disposições sociais: Pierre Bourdieu e Bernard Lahire. Será abordado como as duas perspectivas abordam o social incorporado e sua influência sobre a ação dos indivíduos, mostrando-se as diferenças existentes entre as duas perspectivas. Para tal empreendimento, explanaremos, sobretudo, a respeito da noção de <em>habitus</em> de Bourdieu e como esta se relaciona com a posição de classe dos indivíduos, fundamental para entender suas ações e gosto, enfim, o que o autor entende por estilo de vida. Por outro lado, veremos também as críticas levantadas por Lahire sobre a teoria bourdieusiana, uma vez que, para esse autor, a teoria do<em> habitus</em> enquanto princípio de todas as ações, práticas e gosto dos indivíduos ignora a multiplicidade de princípios de ação, por não enxergar a complexidade das esferas de socialização de diferentes contextos as quais o sujeito está submetido.</p>2024-10-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/46124Folha de Rosto e Sumário2024-09-30T00:12:46+00:00Equipe Editorial CSOnlinerevista.csonline@gmail.com2024-10-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIShttps://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/46131Nota Editorial2024-09-30T00:17:35+00:00Carlos Eleonay Meirelles Garcia carloseleonay@hotmail.comEric Barbosa Fragaericbfraga@gmail.com2024-09-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS