USO PROLONGADO DO IMPLANTE CONTRACEPTIVO INTRAUTERINO GYNEFIX E SEUS EFEITOS SOBRE A SAÚDE DAS USUÁRIAS
Resumo
Estudo do uso prolongado do implante contraceptivo GyneFix, no período compreendido entre 1989 e 2001. Foram acompanhadas 246 pacientes, com idade de 18-45 anos, média de 28,3 ± 0,5 anos, com paridade de 0 a 5 partos, com média de 1,2 ± 0,2 partos que foram distribuídas em períodos de observação de até 2 anos, de 2 a 4 anos, de 4 a 6 anos e acima de 6 anos de uso. A inserção foi realizada por médicos especialmente treinados com este implante, e os exames de controle foram feitos com 1, 3, 6, 9 e 12 meses após a inserção e, a seguir, anualmente, sendo anotados os eventos de gravidez, dor , expulsão, sangramento, processo inflamatório pélvico, dados do exame clínico e laboratorial e outras complicações. Os achados mais freqüentes foram a tricomoníase, monilíase, dor ao manuseio e palpação uterina, cistite, sangramento uterino prolongado e aumentado. As usuárias, com esses achados, foram medicadas e não tiveram o DIU removido. Entre as 210 usuárias, no período de até dois anos, 146 (69,5%) não tiveram qualquer queixa e seu exame físico foi normal. Nos períodos seguintes, de 2-4, 4-6 a acima de 6 anos não tiveram qualquer queixa 69,2% , 75% , e 72 %, respectivamente. Do total de 1212 anos/mulher de observação verificou-se uma baixa incidência de efeitos colaterais com o uso deste implante contraceptivo. Este novo DIU se apresenta como um dos melhores em uso, confirmando a expectativa dos inventores em relação à expulsão, dor, sangramento e inflamação, além de uma baixa incidência de gravidez indesejada. Seu principal problema é a expulsão(rara) não percebida pela paciente, apresentando nestes casos o risco de gravidez. Ao mesmo tempo, pode-se acrescentar que este implante não altera as condições de saúde da usuária, mesmo após mais de dez anos de uso.
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