Teoria e Cultura
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<p><strong>Teoria e Cultura </strong>é uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, avaliada como B1 (Qualis CAPES), destinada à divulgação e disseminação de textos na área de Ciências Sociais (antropologia, ciência política e sociologia). O projeto editorial contempla artigos científicos (manuscritos originais), ensaios, resenhas, entrevistas e traduções de textos da área de ciências sociais. A revista publica predominantemente em português e é aberta a outras línguas como inglês, espanhol e francês.</p>EDITORA UFJFpt-BRTeoria e Cultura1809-5968Normas para publicação
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<p>normas para publicação em T&C</p>
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2024-09-262024-09-26191231233Tramas da vida e maquinaria punitiva:
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<p style="font-weight: 400;">Este artigo trata dos percursos de homens e mulheres que passaram pela prisão e que têm suas vidas afetadas por dispositivos de controle nos meandros da expansiva informalidade urbana. Vidas enredadas nas malhas da justiça criminal, esses percursos permitem entender os modos operatórios da gestão dos ilegalismos populares. E também iluminam aspectos pouco ou nada trabalhados nas pesquisas sobre os efeitos societários do encarceramento em massa. Trata-se de uma maquinaria punitiva que, entre multas, cautelares, mandados, intimações, processos em andamento, se enreda e se compõe com as tramas da vida em percursos afetados por desconcertos, temores, incertezas, também alimentados pela ilegibilidade das decisões, das leis, das normativas que circulam entre os indecifráveis labirintos judiciais, os tribunais, as delegacias e “os corpos dispersos da polícia”, tudo isso se constelando no que Veena Das define como “textura do cotidiano”. Os casos aqui apresentados nos permitem deslindar (i) as tramas da vida tecidas nas “malhas do poder punitivo”; (ii) os sentidos do que definimos como “maquinaria punitiva”; (ii) as “liberdades precárias” inscritas na gestão dos ilegalismos próprios do universo da informalidade urbana; (iii) a importância das redes sociotécnicas de apoio que se constituem em torno de alguns desses (e outros) casos.</p>Vera da Silva TellesAda Rízia Barbosa de CarvalhoPaula Pagliari de BraudAna Clara KlinkAnanda EndoFlavia Saiani
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2024-09-262024-09-26191193310.34019/2318-101X.2024.v19.43402Trabalhando e resistindo na Zona Norte da cidade do Rio Janeiro:
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<p>O artigo analisa a trajetória de Vitória, uma moradora de favela que ganha a vida trabalhando nas ruas do Rio de Janeiro. Sua vida laboral é profundamente afetada pelo programa Segurança Presente. Um dispositivo de segurança, financiado pela iniciativa privada, que atua em determinados territórios do Rio de Janeiro, buscando deles expulsar indesejáveis e demais pobres urbanos. As ações do Segurança Presente são permeadas por ilegalismos para exercer uma segurança patrimonial nos bairros atendidos. E Vitória, como outros indesejáveis que transitam pela região, recorre aos ilegalismos populares para conseguir resistir às ações e práticas ilegais do Estado e sobreviver em meio a uma vida marcada por muitas precariedades.</p>Jorge Amilcar de Castro SantanaMarcia da Silva Pereira Leite
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2024-09-262024-09-26191344410.34019/2318-101X.2024.v19.43750Crime e castigo, corpo e espírito:
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<p>Este texto discute como tortura e morte se tecem às relações de família e vizinhança como condição durável. A partir da experiência de uma mãe cuja filha trabalhou para o tráfico de drogas, foi torturada por policiais militares, ameaçada de morte pelos traficantes locais e ficou nove meses presa, o artigo analisa como a guerra às drogas se tece aos modos de existência, às maneiras de se estabelecer relações uns com os outros e na própria formação da pessoa como sujeito.</p>Camila Pierobon
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2024-09-262024-09-26191455910.34019/2318-101X.2024.v19.44717“No Ceará, o crime se espalhou”
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<p>Neste artigo, trabalha-se sobre como a presença de facções criminosas se consolidou em bairros localizados nas periferias da cidade de Fortaleza-CE, afetando de maneira significativa a vida de quem reside, trabalha, atua politicamente e circula nesses territórios. Busca-se analisar como é viver essa experiência, ao sentir sua vida moldada pelo mando de pessoas associadas e dispostas a usar a força como meio de controlar territórios, mercados e rotinas sociais. Explica-se como os grupos conhecidos como facções moldaram sua existência em territórios fronteirizados por suas ações e manobrados para fazer valer um domínio que, em todas as suas dimensões, viola direitos básicos das populações locais. Demonstra-se o impacto econômico e cultural dessa experiência à luz de resultados de pesquisas qualitativas e de um esforço teórico para explicar, de um ponto de vista sociológico, como esse fenômeno social se tornou possível.</p>Luiz Fábio Silva Paiva
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2024-09-262024-09-26191607610.34019/2318-101X.2024.v19.44417Espólios Simbólicos da "guerra de facções" em Pelotas/RS
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<p>Este artigo analisa as marcações representadas por pichações e tatuagens feitas por ou em nome de <em>facções</em> no município de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Em uma pesquisa de inspiração etnográfica que durou dois anos, essas marcações foram reunidas em 55 fotografias e seus significados aclarados por 37 atores-chave entrevistados, figurando entre eles policiais, pesquisadores, ativistas da causa carcerária e indivíduos autointitulados membros de <em>facções.</em> Por intermédio desse conjunto de dados, investigamos o desfecho da <em>guerra </em>entre coletivos rivais, ocorridos entre 2015 e 2018, e o legado imagético que imprimiu a presença das <em>facções</em> no espectro municipal, perdurando até o presente momento. No tocante aos espólios simbólicos da <em>guerra</em>, agrupam-se no termo “marcações” as tatuagens e pichações, acrescidas do <em>footing </em>ou o alinhamento dos sujeitos ao ideário comunicacional das <em>facções,</em> enquanto um conjunto de elementos visualmente firmados no cotidiano e no ambiente. Concluímos que as marcações representam um valioso recurso ao trabalho investigativo e um dado sólido, capaz de contribuir com a construção de medidas preventivas à violência, informando, nesse caso, a hegemonia exercida por uma única <em>facção.</em></p>Henrique JeskeSimone da Silva Ribeiro Gomes
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2024-09-262024-09-26191779110.34019/2318-101X.2024.v19.43428O reflexo do medo:
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<p>O artigo aborda, a partir de um estudo de caso, uma situação de conflito diante da oferta de segurança privada à moradores de uma vizinhança na Zona Sul carioca. O objeto estudado é a classificação, por parte de moradores, dessa oferta de segurança como uma iniciativa miliciana. Com base nisso, discute-se as possíveis metamorfoses dos signos difusos de perigo social na gramática da violência urbana carioca. Assim, os principais objetivos do trabalho são analisar o que o medo despertado pelas milícias produz em termos de sociabilidade em um determinado local, quais suas implicações em termos de temporalidade e suas relações com as representações sociais da violência urbana. O texto insere-se nas discussões que estudam a violência urbana a partir de suas múltiplas manifestações práticas, com o intuito de demarcar o medo como uma categoria analítica útil para esse propósito.</p>André Luiz Gomes Soares
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2024-09-262024-09-261919210410.34019/2318-101X.2024.v19.43744Des(enquadramentos) dos conflitos armados em favelas do Rio de Janeiro:
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<p>O artigo apresenta parte dos resultados de pesquisa desenvolvida com trabalhadores da atenção básica (AB) que atuam em territórios de favelas da cidade do Rio de Janeiro e vivenciam em seu cotidiano a violência armada. Nesse texto, abordaremos dois dos aspectos analisados na pesquisa, sendo eles: 1.O Acesso Mais Seguro (AMS) como estratégia cínica de proteção e viabilidade de acesso aos equipamentos de saúde da AB; 2. As ‘Vidas Precarizadas’ e os múltiplos processos que mantém as desigualdades entre a população gerando adoecimentos e mortes não enlutadas. Esses pontos emergiram de entrevistas semiestruturadas realizadas com os trabalhadores no período de novembro de 2022 a março de 2023. Os testemunhos e reflexões dos entrevistados estiveram em diálogo com a experiência de trabalho e pesquisa das autoras. Acreditamos que os resultados são capazes de deslocar a moldura da discussão de violência dos conflitos armados territoriais nas favelas ao evidenciar que vidas não estão sendo salvas- como justificam a segurança pública nesses territórios- mas sim sendo precarizadas, gerando sofrimento mental e mortes não enlutadas.</p>Viviani CostaTatiana Wargas de Faria BaptistaMarize Bastos da Cunha
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2024-09-262024-09-2619110511510.34019/2318-101X.2024.v19.43391 Maconha, saúde, lazer e criminalização:
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<p>O artigo traz o resultado de observações sobre o caso de Mariana, uma jovem negra moradora da periferia de Belém, que durante uma gestação complicada decidiu utilizar um medicamento a base maconha para o alivio de dor. O relato apresenta as dificuldades enfrentadas no acesso ao sistema de saúde, tanto pelo isolamento espacial como por não sentir-se segura e acolhida nas maternidades disponíveis na rede de saúde da cidade. Somando-se a isso Mariana também faz uso recreativo de maconha, o que traz para esse processo já violento o elemento da criminalização. O resultado é uma sobreposição de violências, onde racismo institucional, violência obstétrica e segregação espacial acabam por definir os caminhos que Mariana trilha em busca assistência e cuidado para sua gestação. A conclusão possível é relatos como o dessa jovem possam contribuir para pensarmos caminhos para as questões envolvendo uso medicinal e recreativos da maconha, principalmente trazendo para o debate questões como raça, classe e territorialidade na gestão politicas de saúde e segurança pública.</p>Bruno Passos
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2024-09-262024-09-26191116127Viveiros de gansos e viveiros de patos:
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<p>O objetivo do presente artigo é descrever e interpretar uma modalidade de emprego da força policial em decorrência do cumprimento da Lei 11.343, de 2006, conhecida no Brasil como Lei de Drogas. Colocando sob análise sociológica os resultados daí decorrentes, esperamos contribuir no âmbito dos estudos sobre os efeitos práticos desta tecnologia política e legal, que, ao definir que substâncias podem e devem, ou não, circular nos meios sociais, cria, como consequência, as estruturas de circulação clandestina e seus legados de ordem social. Destaque para a face da chamada <em>“guerra às drogas”</em> no Rio de Janeiro, com as forças policiais na linha de frente e tendo o <em>“tráfico”</em> como inimigo a ser abatido, e populações inteiras circulando no <em>front</em>. A metodologia empregada é o trabalho de campo de inspiração etnográfica, com farto uso de material oriundo de conversas diretas com os sujeitos envolvidos nas ações policiais. Os resultados da pesquisa apontam para a dificuldade sistemática das forças policiais fluminenses em operar na lógica da administração institucional de conflitos, que seria seu papel dentro de um Estado Democrático de Direito, uma vez que em grande parte dos territórios as mesmas são uma das partes em conflito aberto.</p>Marcos VerissimoPerla Costa
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2024-09-262024-09-2619112814210.34019/2318-101X.2024.v19.43714Violências e resistências na luta por moradia no Norte de Minas:
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<p><span style="font-weight: 400;">A concentração de uma parte significativa da população em Ocupações Urbanas, estrategicamente assim denominadas, reflete as raízes históricas dos problemas das questões urbanas no Brasil. Essa dinâmica resultante dos períodos de colonização, são consequentes das desiguais distribuições de terras, com a posse concentrada em mãos de grupos sociais específicos e impulsionadas por políticas que promoveram a formação de grandes latifúndios. O Norte de Minas não está alheio a essa realidade, e as disputas por terras têm se intensificado, assumindo uma nova categoria de análise na região: os conflitos urbanos. O presente artigo apresenta uma análise por meio do relato sobre a Ocupação Tereza de Benguela (MTST) em Montes Claros, destacando a evolução da visibilidade dos conflitos urbanos com a chegada do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto à cidade. Inicialmente, busca-se fundamentar o estudo no contexto histórico de desigual distribuição de terras do município, seguido pela descrição do conflito ocorrido em 2022, entre as famílias organizadas pelo MTST e a elite local. Ao final, o artigo propõe reflexões sobre as particularidades das violências e resistências na luta por moradia em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, evidenciando a contribuição dos movimentos sociais na busca pela efetivação do direito à cidade. </span></p>Júlia Fernandez Canuto
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2024-09-262024-09-26191143153O reinado dos congos da cidade de Itapira:
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as congadas da cidade de Itapira, localizada no interior do estado de São Paulo e que estão presentes ainda hoje na mesma, sendo a maior expressão cultural e religiosa do município. Procuraremos nos aprofundar na trajetória delas e nas relações raciais estabelecidas no espaço em que se formaram, como também recolocar os povos negros na historiografia de Itapira. Visto a cidade de Itapira ser constituida a partir da escravização de homens e mulheres negros trazidos para a crescente região do oeste paulista em função do plantio do café. Um dos resultados culturais com a fixação dos povos negros foi o surgimento dos congos ou congadas como é conhecida na cidade. Nosso propósito assim é analisá-las levando em conta os apagamentos e distorções construídas pelas elites locais, juntamente com os discursos de harmonia racial que corroboram para a manutenção de uma história hegemônica da cidade sem a presença de conflitos, violências e disputas simbólicas e concretas pelo poder. </span></p>Cristiane da Rosa Elias
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2024-09-262024-09-26191154163Do outro lado do mundo branco:
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<p>O texto investiga as percepções e narrações da cidade nos feminismos negros contemporâneos a partir de um trabalho etnográfico com ativistas no Sudeste do Brasil entre 2016 e 2018. Centrando-me nas trajetórias urbanas da comunidade negra e, em particular, das trabalhadoras domésticas e sexuais, procuro demonstrar como esses debates consideram as relações entre gênero, raça e espaço urbano na formação e transformação das cidades no pós-abolição. A partir da dinâmica desenhada por essas ativistas, constituída por espaços de confinamento e trânsitos possíveis, é possível ver o enredamento de papeis laborais e morais na constituição de uma divisão sexual e racial do trabalho a partir das famílias brancas.</p>Julia Abdalla
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2024-09-262024-09-2619116417810.34019/2318-101X.2024.v19.43446Afrofuturismo e o “Afropensamento” na sociedade brasileira
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<p>Este artigo compreende aspectos do processo de constituição identitária de pessoas negras, associado com a emergente perspectiva de produção literária e pensamento social designados afrofuturismo e afropensamento, ao longo do século XXI na sociedade brasileira. Nesse sentido, a pesquisa procurou entender qual a posição entre identidade e a formação da concepção de uma nacionalidade, relacionando-as com a literatura a partir do emergente gênero afrofuturista. Os problemas de pesquisa que nortearam a pesquisa foram: as pessoas negras ocuparam quais locais na estrutura da sociedade brasileira em sua formação nacionalista? Quais características sociais e históricas que gênero literário afrofuturista e a perspectiva do afropensamento apresentam no Brasil do século XXI? A partir da pesquisa bibliográfica e da seleção intencional de elementos constitutivos da identidade de pessoas negras brasileiras, esse estudo apresentou como resultados: a definição e conceituação de uma identidade moderna fragilizada; como a literatura brasileira se constituiu como meio de afirmação ou apagamento identitário; apresentação do gênero literário afrofuturista e suas concepções relacionados com o afropensamento.</p>Ana Carolina de Paula LimaFábio LanzaDaniela Vieira dos Santos
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2024-09-262024-09-2619117919010.34019/2318-101X.2024.v19.43364“Então eu não tenho mais nada a perder mais, não, irmão!”:
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<p>Neste artigo, são exploradas as complexas relações entre juventudes negras, (in)visibilidade e violência, focando nas possíveis reverberações desses contextos na formação de identidades. Para isso, contamos com o escopo teórico pós-estruturalista dos Estudos Culturais, tomando os conceitos de juventudes negras, mídia e necropolítica como ferramentas centrais, através das quais buscamos entender melhor essas intersecções. O objetivo é compreender como a precarização do espaço, o constante convívio com o medo e a ação policial moldam identidades desses jovens de maneira singular. Para tanto, as contribuições teórico metodológicas de autores como Fischer (1997), Hall (2008), Woodward (2008), Mbembe (2013), Camozzato e Costa (2013) são centrais. O material empírico considerou oito reportagens do portal G1 de notícias, produzidas entre junho de 2010 e agosto de 2019, abordando o episódio de sequestro do ônibus 174, ocorrido no ano de 2000, na cidade do Rio de Janeiro, tendo sido amplamente divulgado <em>na</em> e <em>pela</em> mídia. Os resultados evidenciam aspectos de uma sociedade que respalda a morte do outro-negro como algo banal, fazendo girar o ciclo de racismo estrutural e violência policial que acometem rotineiramente esses corpos.</p> <p> </p>Henrique Ferreira da Silva Gisele Massola
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2024-09-262024-09-2619119120410.34019/2318-101X.2024.v19.43426A Maré Vive:
https://periodicos.ufjf.br/index.php/TeoriaeCultura/article/view/43736
<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como objetivo trazer um pouco da censura sofrida por comunicadores comunitários da Maré durante o ano de 2014. Este ano, 2024, completam-se dez anos que o exército se instalou na Maré, eles permaneceram ali por um ano e cinco meses (2014 a 2015). Naquela época, um grupo de comunicadores e comunicadoras comunitários criou uma página no Facebook intitulada de Maré Vive. Esta página, em menos de uma semana, teve grande repercussão chegando a quase um milhão de visualizações. Por causa da grande repercussão, os comunicadores sofreram censura, outros foram expulsos da favela, além de terem a página clonada. Durante esses anos, depois de terem sofrido tantas perseguições, os comunicadores buscaram outras formas de continuarem os seus devidos trabalhos internamente na Maré. Dez anos depois, em meio a um outro momento de grande ataque à democracia e a uma emergência sanitária, os mesmos comunicadores se reinventaram e se desafiaram mais uma vez se colocando na linha de frente e organizaram um grande movimento de combate à fake news e de distribuição de alimentos em meio a pandemia da Covid-19. Os dois movimentos (em anos diferentes) mostram que os comunicadores são parte importante de mobilização, denúncia, além de buscarem uma auto proteção comunitária em territórios que sofrem constantes com a militarização e violações de direitos, e isto, é independente de marcos históricos. </span></p> <p><br style="font-weight: 400;" /><br style="font-weight: 400;" /></p>Gizele de Oliveira Martins
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2024-09-262024-09-2619120521310.34019/2318-101X.2024.v19.43736Favelas que (se) contam:
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<p><span style="font-weight: 400;">Esta pesquisa abarca a relação entre a produção de dados e os territórios periféricos. </span><span style="font-weight: 400;">Visto que nas duas últimas décadas, coletivos de favelas e periferias estão se mobilizando de maneira crescente para produzir dados evidenciando sua centralidade nos repertórios de ação destes territórios. </span><span style="font-weight: 400;">Com base nos estudos sociais da quantificação, os métodos estatísticos vão além de contar, mensurar e descrever questões sociais, são também uma forma de constituir a vida social e política. Mas de que forma isso atravessa as favelas do Rio de Janeiro? Buscando responder essa questão será apresentado uma análise das experiências vividas em torno da produção de dados no Complexo da Maré e no Jacarezinho. A partir da análise desse cenário, concluo que a produção de dados na favela não se trata apenas de uma mobilização da operacionalidade estatística e/ou acadêmica, mas é também uma ferramenta política para pautar suas demandas e construir uma imagem desprendida das narrativas negativas historicamente atribuídas às favelas e aos seus habitantes.</span></p>Thaís Gonçalves Cruz
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2024-09-262024-09-2619121422110.34019/2318-101X.2024.v19.43442Violências, sociabilidades e resistências nas margens das cidades brasileiras
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<p>O presente artigo debate como violências e resistências relacionadas aos conflitos urbanos multiplicaram-se e diversificaram-se no Brasil nos últimos anos. A proposta parte da ideia de Machado da Silva (2008) de que a violência urbana é uma representação coletiva que confere sentido às experiências vividas nas cidades e que orienta instrumental e moralmente o curso da ação de seus habitantes. Além disso, tem o pressuposto de que para compreender a violência urbana é necessário considerar a sua dimensão territorial.</p>Rachel BarrosMarcelo CamposPalloma Menezes
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2024-09-262024-09-26191101810.34019/2318-101X.2024.v19.46082Nota Editorial
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<p>nota editorial</p>Cristina Dias
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2024-09-262024-09-2619199Sobre os autores
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<p>sobre os autores</p>
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2024-09-262024-09-26191228230Folha de Rosto
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<p>Folha de rosto</p>
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2024-09-262024-09-26191Sumário
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<p>Sumário</p>
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2024-09-262024-09-26191Fronteiras e movimentos dos estudos urbanos no Rio de Janeiro
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<p>Resenha do da obra <span style="font-weight: 400;">Rio a Oeste: Modos de Habitar e Fazer a Cidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2022.</span></p>Marcelo de Medeiros Reis Filho
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